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Estabilidade das Construções para Técnicos

EMENTA DA DISCIPLINA DE ESTABILIDADE TECNICO INTEGRADO

1 – ELEMENTOS DE FÍSICA E MATEMÁTICA


APLICADOS ÀS ESTRUTURAS
Grandezas fundamentais: força, momento e
sistema binário;
Condições de equilíbrio;
φ Centro de gravidade e momento de inércia;
φ Deformação estrutural: lei de Hooke, diagrama
tensão deformação, tensões normais e de corte,
tensão normal na flexão.
2 – ANÁLISE ESTRUTURAL
φ Elementos estruturais: lajes, vigas, pilares,
fundações;
φ Vínculos: tipos, simbologia;
φ Tipos de carregamento: cargas concentradas e
distribuídas;
φ Reações de apoio: vigas e lajes;
φ Esforços seccionais: esforço cortante, esforço
normal e momento fletor em uma viga isostática;
φ Diagrama de esforços cortante, normal e
momento fletor.
3 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL
φ Dimensionamento de lajes à flexão;
φ Dimensionamento de vigas à flexão e ao
cisalhamento;
φ Dimensionamento de pilares curtos e médios;
φ Dimensionamento de fundações diretas.
4 – DESENHO ESTRUTURAL
φ Planta de Fundação;
φ Planta de Lajes;
φ Detalhamento de Fundação;
φ Detalhamento de Pilares;
φ Detalhamento de Vigas;
φ Detalhamento de Lajes;
φ Detalhamento de Escadas e Reservatórios;
φ Quantitativos de armaduras e quadros de ferragem.
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Parte I – Conceitos Fundamentais

Forças no plano

De maneira intuitiva associamos o termo “força” a qualquer ato de puxar ou


empurrar algo. Em geral tal termo representa a ação de um corpo sobre o outro (força
de contato). No ambiente da construção civil temos a força de contato que uma viga
faz na outra, a força de reação normal que o chão faz na viga além da força peso. Na
física newtoniana força é uma grandeza vetorial de forma que ao expressa-la,
devemos fazer não apenas com um valor numérico (módulo), mas também por meio
de sua direção e sentido. A intensidade de uma força é expressa em Newton (N) no
Sistema Internacional de Unidades (SI).
A direção de uma força é definida por sua linha de ação, ou seja, é a reta ao
longo da qual a força atua, sendo caracterizada pelo ângulo que a mesma forma com
algum eixo de referência, como indicado na Figura 2.1 abaixo. Por conveniência
costuma-se descrever a força por meio de suas componentes em algum sistema de
coordenadas. As direções mais comuns são a vertical e horizontal. Na parte direita da
Figura 2.1 temos um exemplo da decomposição do vetor A em termos de suas
componentes, paralela e perpendicular ao segmento de reta aa’.

Figura 2.1 – Vetor Força (R.C.Hibbeler)

O sentido da força indica a orientação do vetor ao longo de uma direção


(esquerda, direita, cima, baixo).
Na grande maioria das situações reais, um corpo está sujeito a mais de uma
força. Denomina-se Grupo de forças, o conjunto de forças aplicadas em um único
ponto de um corpo. Sistema de forças é o conjunto de forças aplicadas
simultaneamente em pontos diversos de um mesmo corpo. Em boa parte dos
problemas estaremos interessados no vetor força que representa a superposição
(soma) de todas as forças (ou parte delas) que atuam em um corpo. Esse vetor se
chama vetor resultante que está representado na Figura 2.2 juntamente com um
exemplo de Grupos de força e Sistema de forças.
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Figura 2.2 – Da esquerda para direita, grupo de força e Sistema de Forças


(R.C.Hibbeler)

Momento de uma força

Quando se estuda a segunda lei de Newton, verifica-se que uma força


resultante aplicada a um corpo produz uma aceleração que é capaz de alterar o seu
estado, seja ele de movimento ou de repouso (movimento de translação). Em
determinadas condições a aplicação de uma força em um corpo pode determinar um
movimento giratório ou de torção. Define-se Momento como a tendência de uma força
F fazer girar um corpo rígido em torno de um eixo fixo. O Momento depende do
módulo de F e da distância “d” de F em relação ao eixo fixo.
Considere uma força F que atua em um corpo rígido fixo no ponto 0, como
indicado na Figura 2.3. A força F é representada por um vetor que define seu módulo,
direção e sentido. O vetor d é a distância perpendicular de 0 à linha de ação de F.
Note que na Figura 2.3 (a) quanto mais na extremidade do punho da chave a força F
for aplicada (maior d) maior será a sua eficiência. Note ainda que conforme a direção
de aplicação da força o momento provocará rotação em torno de eixos diferentes
Figura 2.3 (b) ou não provocará nenhuma rotação Figura 2.3 (c).

Figura 2.3 – Momento de uma Força (R.C.Hibbeler)


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Figura 2.3 – Momento de uma Força (R.C.Hibbeler)

Define-se o momento escalar do vetor F em relação a 0, como sendo,


M0 = ± |F| . d
Onde:
M0 = momento escalar do vetor F em relação ao ponto 0
0 = pólo ou centro de rotação
d = distância perpendicular de 0 à linha de ação de F, também chamada de braço de
alavanca ou braço de força
Se analisarmos o momento vetorialmente (M0 = F × d) percebemos que M0 é sempre
perpendicular ao plano que contém o ponto 0. O sentido de M0 é definido pelo sentido
de rotação imposto pelo vetor F. Convenciona-se momento positivo se a força F tender
a girar o corpo no sentido anti-horário e negativo, se tender a girar o corpo no sentido
horário.

Figura 2.4 – Convenção dos Sentidos dos Momentos


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No SI, como a força é expressa em newtons (N) e a distância em metros (m),


temos o momento expresso em newtons × metros (N.m).

2.1 Momento de um binário

Um caso especial ocorre quando um corpo está sujeito a duas forças, F e –F,
que têm o mesmo módulo, linhas de ação paralelas e sentidos opostos formando um
binário ou conjugado. A soma das componentes das duas forças em qualquer direção
é zero. Entretanto, a soma dos momentos das duas forças em relação a um dado
ponto não é zero. Apesar das duas forças não transladarem o corpo no qual atuam,
tendem a fazê-lo girar. A distância d mostrada na Figura 2.5 chama-se braço binário.

Figura 2.5 – Momento Binário (R.C.Hibbeler)

Exemplo 1: A força F, de módulo 20 N, e os pontos A, B e C estão todos


no plano do papel. Os pontos representam as intersecções entre
o plano do papel e três eixos perpendiculares a ele.

Utilizando a convenção dos sinais dos momentos, calcule o momento


escalar de F em relação a A, B e C.
Resolução:
Em relação a A, a força F dá tendência de rotação no sentido horário.
Sendo F = 20 N e b = 3 m, temos:
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M = -F. b = 20. 3 ⇒ M = - 60 N m

Em relação a B, a força F dá tendência de rotação no sentido anti-


-horário. Sendo F = 20 N e b = 2 m, temos:

M = +F. b = –20. 2 ⇒ M = +40 N m

Em relação a C, a força F não dá tendência de rotação, pois b = 0:

M = F. b = 20. 0 ⇒ M = 0

Exercícios
1. Considerando positivos os momentos anti-horários, calcule os
r r r
momentos das forças paralelas F1 , F2 e F3 em relação ao ponto O.
r r r
Dados: F1 = 200 N; F2 = 250 N; F3 = 50 N.

2. Calcule o momento resultante em torno de um ponto O para as duas


forças aplicadas mostradas na figura abaixo. A barra e as forças estão
sobre o plano da página.
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3. Uma pequena bola de massa 0,75 Kg está presa a uma das


extremidades de uma barra de 1,25 m de comprimento e massa
desprezível. A outra extremidade da barra está pendurada em um eixo,
conforme a figura abaixo. Quando o pêndulo assim formado faz um
ângulo de 30o a vertical, qual é o módulo do momento exercido pela
força gravitacional em relação ao eixo?

4. O comprimento do braço do pedal de uma bicicleta é de 0,152 m e uma


força de 111 N é aplicada ao pedal pelo ciclista. Qual o módulo do
momento em relação eixo do braço do pedal quando o braço faz um
ângulo de (a) 30o, (b) 90o e (c) 180o com a vertical?

3. Centro de Gravidade

A definição de centro de gravidade é importante para se entender a


estabilidade de um corpo. Analogamente ao centro de massa, que corresponde a uma
média ponderada das massas das partículas que formam um determinado corpo, o
centro de gravidade é um ponto de aplicação do peso total de um corpo. Entenda-se
peso total como sendo a soma vetorial de todas as forças gravitacionais que agem em
cada partícula constituinte do corpo. O cálculo do centro de gravidade (xCG) de um

corpo é feito de maneira simples quando consideramos que a aceleração da gravidade


que atua em um corpo é constante em todos os pontos do mesmo. Nesta situação o
centro de gravidade coincide como o próprio centro de massa (xCM) com segue a

baixo:

x .m + x .m + ... + x N .mN ∑ x .m i i
xCG = xCM = 1 1 2 2 = i =1

m1 + m2 + ... + m N N

∑m
i =1
i

onde xi e mi são a coordenada e massa de cada partícula do corpo. É importante notar


que a rigor a aceleração da gravidade varia com a altitude, mas para objetos comuns
com essa variação é bem sutil podemos despreza-la.
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Outra consideração importante a se fazer é que dependendo da simetria do


corpo o centro de gravidade coincide com o centro geométrico do corpo. Para corpo
com geometrias mais complexas podemos determinar o centro de gravidade do corpo
suspendendo o mesmo por pontos diferentes e a cada suspensão são traçadas linhas
verticais de forma que a interseção entre essas linhas determina o centro de gravidade
(figura 3.1).

Figura 3.1 – Centro de gravidade de corpos irregulares


(http://www.infoescola.com/fisica/centro-de-gravidade/)

O centro de gravidade é importante também na estabilidade dos corpos. Nos


automóvel quanto mais baixo for o seu centro de massa e quanto maior for a área de
apoio do carro em relação ao chão, maior é sua estabilidade. Isso permite o carro
percorrer curvas com uma determinada inclinação sem que o mesmo tombe. Para que
isso ocorra a reta vertical que passa pelo centro de massa do um corpo deve sempre
passar pela base de apoio (figura 3.2).

Figura 3.1 – Centro de gravidade e estabilidade


(http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/66)

Exemplo 1. Uma viga uniforme de comprimento L e massa M repousa


sobre dois apoios deparados por uma distância D, localizados em
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pontos equidistantes do centro de gravidade da viga. Roberto quer ficar


em pé na extremidade direita da viga. Qual deve ser a sua massa m
para que a viga permaneça em repouso?

Na figura a baixo temos o esquema do problema. Vamos considerar a


origem do sistema como sendo o ponto C (centro geométrico da viga).
Para que a viga permaneça em equilíbrio o centro de massa do sistema
deve ficar delimitado pelas bases de apoios. Na situação mais extrema
de equilíbrio o centro de massa deve ficar exatamente na vertical que
passa pelo apoio da direita (D/2 em relação à origem). Temos então:

x R = L / 2 (coordenada do centro de massa de Roberto)


xV = 0 (coordenada do centro de massa da viga )
xcg = D / 2 (coordenada do centro de gravidade do sistema )
N

∑ x .m i i
M ( 0) + m ( L / 2) m L
xcg = i =1
= =
N
M +m M +m 2
∑m
i =1
i

D m L
=
2 M +m 2
mL = D( M + m)
mL − Dm = DM
DM
m=
L−D
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3.1. Momento de Inércia

A primeira lei de Newton afirma que todos os corpos devem permanecer em


movimento ou em repouso a menos que uma força altere esse estado do corpo
(princípio da inércia). Isto é válido para qual quer corpo, seja ele uma partícula ou um
corpo rígido de dimensões não desprezíveis. O princípio da inércia é válido ainda para
os corpos em rotação, um corpo que gira em torno de um eixo deve permanecer
girando a menos que uma força atue sobre ele, costuma-se chamar essa propriedade
de inércia rotacional. Da mesma forma que em um movimento linear a inércia do corpo
depende de sua massa, no movimento de rotação ela dependerá da massa e também
de como essa massa se distribui no corpo em relação ao eixo de rotação.
Um corpo rígido em rotação possui associado a ele uma energia cinética K em
razão da velocidade vi de cada partícula de massa mi que forma esse corpo:

1 1 1 1
K = m1v12 + m2 v22 + m3v32 + ... = ∑ mi vi2
2 2 2 2
A grande dificuldade de se trabalhar com a equação acima é que para cada
partícula temos uma velocidade diferente de forma que é mais conveniente substituir

vi=ωri uma vez que a velocidade angular de cada partícula é mesma, senão o corpo
não seria rígido. A grandeza ri representa a distância entre cada partícula e o eixo de

rotação do corpo. Portanto:

1 1
K =∑ mi (ω ri ) 2 = ( ∑ mi ri 2 )ω 2
2 2

Essa grandeza entre parênteses é o que se define como momento de inércia


(Ι):
I = ∑m r i i
2

Note que quanto maior o momento de inércia do corpo maior será sua energia
cinética de rotação, ou seja, maior será o trabalho realizado para desacelerar ou
acelerar esse corpo caso ele esteja em repouso. É importante notar ainda que um
corpo pode ter um número infinito de momentos de inércia já que pode existir um
número infinito de eixos de rotação. Desta forma é conveniente conhecer um teorema
chamada de Teorema dos eixos paralelos que afirma mostra uma relação entre o
momento de inércia em relação ao centro de massa Icm de um corpo de massa me o
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momento de inércia Ip em relação a um eixo paralelo ao primeiro e a uma distância d


do mesmo.

I p = I cm + md 2

OBS: Para o cálculo do momento de inércia é necessário o conhecimento do


cálculo integral que não é do objetivo do curso. Abaixo segue uma tabela com
momentos de inércia de alguns corpos (Figura extraída do livro Física I, Sears e
Zemansky 12a edição).

Exemplo 2. Três massas esféricas (A = 200 g, B = 400 g e C = 450 g) são colocadas


nos vértices de um triangulo isósceles de lados AB = 30 cm, BC = 40 cm e CA = 50
cm. Determine o momento de inércia em relação ao um eixo imaginário que passa
pelo centro da esfera A e seja perpendicular ao plano do desenho.

I = ∑mri i
2
= m A rA2 + m B rB2 + mC rC2 = 0, 2.0 2 + 0, 4.0,4 2 + 0, 45 .0,5 2
I = 0,06 + 0,11
I = 0,17 Kg .m 2
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Exercícios
1. Um aluno de edificações colocando em prática seus conhecimentos sobre centro de
gravidade deseja equilibra um pedaço de madeira uniforme de massa 3,2 kg e 60 cm
de comprimento e dois objetos presos às suas extremidades sobre uma base de
apoio. O objeto da esquerda tem massa de 1,2 kg e o da outra extremidade tem
massa de 3,0 kg. A que distância da extremidade esquerda deve ser posicionado o
apoio para que o sistema fique equilibrado horizontalmente?

2. Para melhorar a eficiência de seu número, um malabares percebeu que o seu


fabricante da clava piroutte deve deslocar em 3 cm para esquerda o centro de
gravidade (CG). O fabricante deve adicionar internamente uma massa de 30 g. Em
qual posição deve ser colocada a massa adicional? Dado que a massa original da
clava é de 220 g.

3. Uma caixa de massa desprezível está em repouso na extremidade esquerda de


uma prancha de 2,0 m e 25,0 kg. A largura da caixa é de 75,0 cm e areia deve ser
uniformemente distribuída dentro dela. O centro de gravidade da prancha está a
50,0 cm da extremidade direita. Qual massa de areia deve ser colocada dentro da
caixa de modo que a prancha se equilibre horizontalmente sobre o sustentáculo
colocado abaixo do seu ponto médio?

4. Uma barra uniforme de 1,5 m e 3 kg possui duas esferas de 0,7 kg presas às suas
extremidades. Determine o momento de inércia do sistema em relação a um eixo
que passa pelas duas esferas simultaneamente, em relação a um eixo
perpendicular que passa apenas por uma delas e em seguida por um eixo
perpendicular que passa no centro da barra.

5. Determine o momento de inércia de um aro de bicicleta de 60 cm de diâmetro,


massa M = 400 g e 32 raios de m = 6 g, em relação a um eixo perpendicular ao
plano do aro que passa no centro do mesmo.
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6. Qual o momento de inércia necessário para que um volante de um motor transfira


650 J de energia cinética para a caixa de câmbio de um veículo para que sua
velocidade angular diminua de 720 rev/min para 650 rev/min.

7. Utilizando o teorema dos eixos paralelos e uma placa retangular uniforme de


massa M e arestas de comprimentos a, b e c semelhante à figura (c) da tabela de

momentos de inércia de diversos corpos. Determine o momento de inércia desta


placa em relação a um eixo que passe por um vértice e seja perpendicular à face
ab.

4. Deformação estrutural

Por conveniência os corpos têm sido trados de maneira idealizada, corpos


indeformáveis. Entretanto, na prática, quando os corpos são submetidos à ação de
alguma força essa rigidez dá espaço às dilatações, compressões, torções ou
simplesmente deformação. O agente causador de tal deformação é grandeza tensão
que representa a distribuição de forças por unidade de área. A deformação na
dilatação e compressão pode ser representada pelo cociente da variação do
comprimento pelo comprimento original. Existe uma lei que relaciona essas duas
grandezas, entretanto sua validade é restrita aos casos onde as tensões e
deformações são pequenas. É a chamada Lei de Hooke. Essa lei afirma que a
deformação que um corpo sofre é diretamente proporcional a tensão aplicada á ele, a
constante de proporcionalidade é conhecida como módulo de elasticidade. Podemos
resumir em três equações o que foi dito acima:

Tensão (σ )
Módulo de elasticidade ( E ) = ( Lei de Hooke);
Deformação (ε )
F ∆l l − l0
σ= ; ε= =
A l0 l0

Deve-se ressaltar que neste caso a força aplicada na deformação de dilatação


é uma força perpendicular à superfície de seção reta do corpo (tensão normal). Para
ilustrar temos o corte transversal de um cubo de área A (figura 4.1) que é tensionado
nas suas extremidades de forma a garantir que o cabo não se mova para um lado ou
para o outro. É interessante notar que o tratamento dado à deformação de dilatação é
semelhante a deformação de compressão, basta pensar que uma é relacionada a
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puxar e a outra a empurrar, respectivamente. Desta forma para muitos materiais o


módulo de elasticidade, também chamado de módulo de Young, é o mesmo tanto para
a tensão de deformação quanto para a tensão de compressão, com exceção dos
materiais que são formados por dois ou mais componentes diferentes (materiais
compósitos).

Figura 4.1 – Corpo sujeito a uma tensão normal

Existe ainda a chamada tensão e deformação de cisalhamento, que para


pequenos valores da força também obedece a lei de Hook. Neste caso a costante de
proporcionalidade é conhecida por módulo de cisalhamento (S). Diferentemente da

tensão normal a força aplicada ao corpo é tangencial às superfícies das extremidades


opostas do objeto conforme figura 4.2. A deformação é dada pela razão entre o
deslocamento x e a dimensão transversal h.

Figura 4.2 – Corpo sujeito a uma tensão de cisalhamento


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Matematicamente temos tensão e deformação de cisalhamento da seguinte


forma:
Tensão (σ )
Módulo de cisalhamento( S ) = ( Lei de Hooke);
Deformação (ε )
F x
σ= ; ε=
A h

É importante notar que esta relação de proporcionalidade que existe entre


tensão e deformação deixa de existir depois de um limite. A figura 4.3 abaixo indica os
limites de tal relação por meio do diagrama tensão versus deformação. Do início da
curva até o ponto P temos a região onde é válida a lei de Hooke, ou seja, o ponto P
representa o limite de proporcionalidade válido para essas duas grandezas. A partir do
ponto P, se a tensão continuar a ser aplicada tal a lei deixe de ser válida. Até o ponto
B qualquer tipo de deformação sofrida pelo material pode ser reversível se a tensão
for removida gradualmente. O Ponto B é o chamado limite de elasticidade. Se
aumentarmos a tensão do ponto B até o ponto Y a deformação aumentará, entretanto
o material não retornará mais ao seu tamanho original e apresentará uma deformação
permanente. Entre os pontos B e D o material apresenta um comportamento chamado
de escoamento plástico. A deformação plástica é aquela que é irreversível. O ponto U
representa a máxima tensão atingida pelo material, ou limite de resistência. O ponto R
corresponde à tensão que o material sofre ruptura, também chamado de limite de
ruptura.

Figura 4.3 – Diagrama Tensão versus deformação


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Exemplo 1: Um cabo de aço de um guindaste têm 6 metros de comprimento


com seção reta de 0,35 cm2. O cabo está sustentando uma carga de 670 kg.
Determine a tensão e a deformação no cabo. Considere o módulo de Young do
aço 20 x 1010 Pa.
F m.g 670.10
σ= = =
A A 0,35.10 −4
σ = 1,91.108 Pa

∆l σ 1,91.108
ε= = =
l0 Υ 20.1010
ε = 9,55.10 −4

Exercícios
1. Para um determinado experimento um cabo de aço circular de 2,5 m não pode se
distender além de 0,35 cm quando sujeito a uma tensão de 430 N. Qual o menor
diâmetro do cabo para que ele atenda o experimento?Considere o módulo de
Young do aço 20 x 1010 Pa.
2. Uma corda de Nylon usada em escaladas tem o módulo de Young de 6,8 x 108 Pa.
Um escalador de 75 kg que fique pendurado em uma corda de 50 m e de diâmetro
igual a 70 mm provocará uma dilatação de quantos centímetros?
3. Dois objetos de massas mA = 8 kg e mB = 12 kg são presos no teto de uma casa. O
objeto A é preso por um cabo de aço de 0,6 m de comprimento fixo no teto. O
objeto B por sua vez é preso ao objeto A por um cabo semelhante que prende o
objeto A ao teto. Considere que o cabo possui seção reta de 3 mm e que o o
módulo de Young do aço 20 x 1010 Pa. Determine a deformação e o alongamento
do cabo.
4. Determine a tensão de cisalhamento resultante quando uma força de módulo 5.104
N é aplicada, paralelamente a um dos quatro lados de uma placa quadrada de
cobre. Considere o lado da placa de 12 cm, a espessura igual a 0,6 cm e o módulo
de Cisalhamento do cobre 4,4 x 1010 Pa. Em seguida determine qual foi o
deslocamento x.
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5. Equilíbrio

Em geral o estudo da física se inicia pelo movimento, no intuito de se entender o


deslocamento, a velocidade e aceleração dos corpos como consequência de forças
aplicadas aos mesmos. Outra parte da física já tem o interesse em garantir que esses
corpos permaneçam em repouso. Para que isso ocorra as forças que atuam em um
corpo, devem obedecer a certas condições que chamamos de condições de equilíbrio.
Condições essas que garantem que a sala que você estuda ou a casa que você mora
não desmorone.

5.1 Equilíbrio de um ponto material

Ponto material é uma pequena porção de matéria, com dimensões


desprezíveis, que pode ser considerada como um ponto no espaço. Um corpo
modelado desta forma encontra-se em equilíbrio quando a resultante de todas as
forças que atuam sobre ele for nula. Podemos ainda dizer que essa é a primeira
condição de equilíbrio. Este princípio é conseqüência da primeira lei de Newton: “se a
força resultante que atua sobre um ponto material é zero, este ponto permanece em
repouso ou move-se ao longo de uma reta com velocidade constante”.

Para exprimir algebricamente a primeira condição de equilíbrio de um ponto


material, temos:
ΣF = 0
ΣFx = Rx = 0;
ΣFy = R y = 0;

Onde: ΣFz = Rz = 0;

Fx ; Fy ; Fz são as forças atuantes nas direções x, y e z;


R x ; R y ; R z são as resultantes das forças atuantes nas direções x, y e z;

A representação gráfica de todas as forças que atuam em um ponto material,


bem como a decomposição dessas forças nos eixos x e y podem ser representadas
por um diagrama de corpo livre, como indica a figura 3.1 (a) e (b) respectivamente.
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Figura 4.1 – Forças atuantes em um ponto material. (R.C.Hibbeler)

Exemplo 2: Verificar se as forças que atuam na ponta da lança, figura abaixo, estão
em equilíbrio.

Figura xx - Equilíbrio de ponto material (adaptado Hibbeler)

1º - Para que a ponta da lança esteja em equilíbrio é necessário que o


somatório de todas as forças que agem na sua ponta seja nulo, ou seja:

ΣFx = R x = 0;
ΣFFy x= R y = 0;

2º - Verificação do somatório das forças no eixo X:

ΣFx = 0;
3
ΣFx = 850 ⋅ − 625 ⋅ sen30º −1727 ⋅ sen 45º +1036,2 = 0
5
ΣFx = 510 − 312,5 − 1221,2 + 1023,7 = 0
ΣFx = 0 em equilíbrio em X;

3º - Verificação do somatório das forças no eixo Y:

ΣFy = 0;
4
ΣFy = −850 ⋅ − 625 ⋅ cos 30º +1727 ⋅ cos 45º = 0
5
ΣFy = −680 − 541,2 + 1221,2 = 0
ΣFy = 0 em equilíbrio em Y;
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Exercícios
1. Em cada uma das extremidades de um fio considerado ideal, que passa por duas
pequenas polias também suposta ideal, está suspenso um corpo de massa igual a
m. Um terceiro corpo de massa m é suspenso do ponto médio M do fio e baixado
até a posição de equilíbrio. Determine, em função de l (ver figura), quanto desceu o
terceiro corpo.

2. Na figura, um corpo de peso 120 N encontra-se em equilíbrio, suspenso por um


conjunto de três fios ideais A, B e C. Calcule as intensidades das trações TA, TB e
TC, respectivamente nos fios A, B e C. Considere ainda sen θ = 0,6 e cos θ = 0,8.

3. Calcule a intensidade da tração no cordel, que mantém em equilíbrio um


ornamento de peso 80 N como indica a figura:
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4. Uma pedra de 664 N de peso encontra-se em repouso, suspensa por três cordas
leves A, B e C, como representa a figura. Calcule as intensidades das trações
nessas cordas (TA, Tb e Tc). Use: sen 30° = 0,50; cos 30° = 0,87; sen 53° = 0,80;
cos 53° = 0,60.

5.2 Equilíbrio de um corpo rígido

Para que um corpo, cujas dimensões não são desprezíveis, esteja em


equilíbrio quando submetido a diferentes forças, devemos ter ainda uma segunda
condição de equilíbrio. Devemos garantir que as forças não provoquem tendência à
rotação, ou seja, o somatório dos momentos das forças externas que atuam no corpo
deve ser igual a zero. Obviamente tendo sido atendida a primeira condição.
Uma vez que a segunda condição de equilíbrio é atendida, o somatório dos
momentos das forças que atuam sobre o corpo é zero, ou seja, o corpo não gira.
Algebricamente temos:

ΣM x = 0;
ΣM y = 0;
ΣM z = 0;

• Logo, têm-se as seis equações fundamentais da estática, que devem ser


satisfeitas para que um corpo esteja em equilíbrio estático. As equações da
coluna da esquerda se referem à translação do corpo e as da esquerda à
rotação.

ΣFx = 0; ΣM x = 0;
ΣFy = 0; ΣM y = 0;
ΣFz = 0; ΣM z = 0;
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Exemplo: Uma barra cilíndrica homogênea, de peso 200 N e 10,0 m de comprimento,


encontra-se em equilíbrio, apoiada nos suportes A e B, como representa a figura.

a) Calcule as intensidades RA e RB das reações dos apoios A e B sobre


a barra.
Solução:
a) Representando as forças que atuam na barra, temos:
Em relação a A:
MRA + MP + MRB = 0
-(RA · 0) – (200 · 5,0) + RB · 8,0 = 0
RB = 125 N
Como RA + RB = P:

RA + 125 = 200 ⇒ RA = 75 N

Exercícios
5. Sobre duas estacas A e B, distantes 2,0 m uma da outra, apóia uma
viga prismática e homogênea de comprimento 6,0 m e massa 72 kg.
Um pedreiro de massa 60 kg encontra-se em repouso na posição
indicada, a 50 cm da estaca A.

a. Calcule as intensidades das forças que a viga recebe das


estacas (g = 10 m/s2).
Estabilidade das Construções para Técnicos

b. O pedreiro começa a caminhar lentamente para a direita.


Qual o máximo afastamento dele em relação ao ponto de
apoio da viga na estaca B sem que ela tombe?
6. Uma barra homogênea de comprimento l = 1,0 m está em equilíbrio
na posição horizontal, sustentada por uma única corda fixada no
ponto C, como mostra a figura. Em suas extremidades A e B estão
pendentes duas massas, m1 = 100 g e m2 = 150 g.

Considerando a massa da barra 100 g e a aceleração da gravidade


local g = 10 m/s2, determine:
a. A tensão na corda fixa à barra no ponto C;
b. A distância do ponto C até o ponto A.

7. Uma barra rígida e homogênea, de peso 20 N e 2,0 m de


comprimento, articula-se no eixo lubrificado O. Nela, está suspensa
uma carga C, de peso 100 N, a 1,5 m do eixo O. A força vertical F
mantém o sistema em equilíbrio.

Calcule a intensidade:
a) da força F
b) da força que a barra recebe do eixo.
8. Suponha que, para arrancar um mourão fincado no chão, um homem,
puxando-o diretamente com as mãos, tivesse de exercer nele uma força
de intensidade 1 800 N, no mínimo. Usando uma viga amarrada no
mourão e apoiada em uma tora, como sugere a figura, determine a
mínima intensidade da força que o homem precisa exercer na viga para
arrancar o mourão. Para simplificar, desconsidere o peso da viga e
Estabilidade das Construções para Técnicos

suponha que a força total exercida nela pelo homem esteja aplicada no
ponto médio entre suas mãos.

Suponha que, para arrancar um mourão fincado no chão, um homem,


puxando-o diretamente com as mãos, tivesse de exercer nele uma força
de intensidade 1800 N, no mínimo. Usando uma viga amarrada no
mourão e apoiada em uma tora, como sugere a figura, determine a
mínima intensidade da força que o homem precisa exercer na viga para
arrancar o mourão. Para simplificar, desconsidere o peso da viga e
suponha que a força total exercida nela pelo homem esteja aplicada no
ponto médio entre suas mãos.
9. Duas pessoas transportam uma prancha de madeira uniforme com 3
m de comprimento e peso de 160 N. Se uma das pessoas aplica em
uma extremidade uma força de baixo para cima de 60 N, em qual
ponto a outra pessoa deve suspender a prancha?
10. Uma barra uniforme de 350 N e 1,5 m é suspensa horizontalmente
por dois cabos verticais presos em cada extremidade. O cabo A
pode suportar uma tensão máxima de 500 N e o cabo B pode
suportar até 400 N. Você deseja colocar um pequeno peso sobre
essa barra.
a. Qual é o peso máximo que você pode colocar sem romper
qualquer um dos dois cabos?
b. Em que ponto você deve colocar esse peso?
Estabilidade das Construções para Técnicos

Parte II - Análise Estrutural

Cargas Atuantes nas Estruturas

Cargas Externas

Uma estrutura pode estar sujeita à ação de diferentes tipos de carga, tais como
pressão do vento, reação de um pilar ou viga, as rodas de um veículo, o peso de
mercadorias, etc. Estas cargas podem ser classificadas quanto à ocorrência em
relação ao tempo e quanto às leis de distribuição.

Quanto à ocorrência em relação ao tempo:


Cargas Permanentes:
Atuam constantemente na estrutura ao longo do tempo e são devidas ao seu
peso próprio, dos revestimentos e materiais que a estrutura suporta. Tratam-se de
cargas com posição e valor conhecidos e invariáveis.

Figura 4.1 – Exemplo de carga permanente

Cargas Acidentais:
São aquelas que podem ou não ocorrer na estrutura e são provocadas por
ventos, empuxo de terra ou água, impactos laterais, frenagem ou aceleração de
veículos, sobrecargas em edifícios, peso de materiais que preencherão a estrutura no
caso de reservatórios de água e silos, efeitos de terremotos, peso de neve acumulada
(regiões frias), etc. Estas cargas são previstas pelas Normas em vigor.

Figura 4.2 – Exemplo de carga acidental


Estabilidade das Construções para Técnicos

4.1 Quanto às leis de distribuição:

Cargas concentradas:
São cargas distribuídas aplicadas a uma parcela reduzida da estrutura,
podendo-se afirmar que são áreas tão pequenas em presença da dimensão da
estrutura que podem ser consideradas pontualmente (ex.: a carga de um pilar de
transição em uma viga, a roda de um automóvel, etc.).

Cargas distribuídas:
Podem ser classificadas em uniformemente distribuídas e uniformemente
variáveis.

Uniformemente distribuídas:
São cargas constantes ao longo ou em trechos da estrutura (ex.: peso próprio,
peso de uma parede sobre uma viga, pressão do vento em uma mesma altura da
edificação, etc.).

Figura 4.3 – Exemplo de carga uniformemente distribuída

Uniformemente variáveis:
São cargas triangulares (ex.: carga em paredes de reservatório de líquido,
carga de grãos a granel, empuxo de terra ou água, vento ao longo da altura da
edificação, etc.).

Figura 4.4 – Exemplo de uniformemente variável


Estabilidade das Construções para Técnicos

Aparelhos de Apoios

A função básica dos vínculos ou apoios é de restringir o grau de liberdade das


estruturas por meio de reações nas direções dos movimentos impedidos, ou seja,
restringir as tendências de movimento de uma estrutura. Os vínculos têm a função
física de ligar elementos que compõem a estrutura, além da função estática de
transmitir as cargas ou forças.
Os vínculos ou apoios são classificados em função de número de movimentos
impedidos. Para estruturas planas existem três tipos de vínculos:

Vínculos de Primeira Ordem (apoio simples):

São aqueles que impedem deslocamento somente em uma direção,


produzindo reações equivalentes a uma força com linha de ação conhecida. Apenas
uma reação será a incógnita.

Figura 5.1 – Aparelho de Apoio do 1º Gênero (R.C.Hibbeler)

O deslocamento na direção y é impedido, logo, nesta direção, tem-se uma


reação de apoio V (vertical).
Estabilidade das Construções para Técnicos

Vínculos de Segunda Ordem (articulação plana):

São aqueles que restringem a translação de um corpo livre em todas as


direções, mas não podem restringir a rotação em torno da conexão. Portanto, a reação
produzida equivale a uma força com direção conhecida, envolvendo duas incógnitas,
geralmente representadas pelas componentes x e y da reação.

Figura 5.2 – Aparelho de Apoio do 2º Gênero (R.C.Hibbeler)

Os deslocamentos nas direções x e y são impedidos, logo, nestas direções,


têm-se duas reações de apoio H (horizontal) e V (vertical).

5.1 Vínculo de Terceira Ordem (engaste ou apoio fixo):

São aqueles que impedem qualquer movimento de corpo livre, imobilizando-o


completamente.

Figura 5.3 – Aparelho de Apoio do 3º Gênero (R.C.Hibbeler)


Estabilidade das Construções para Técnicos

Os deslocamentos nas direções x, y e a rotação em z são impedidos, logo,


nestas direções, têm-se três reações de apoio H (horizontal), V (vertical) e M
(momento).
Observação: Os vínculos podem ser chamados de 1ª, 2ª e 3ª ordem ou classe
ou gênero ou tipo.

Classificação da estrutura quanto à vinculação:

Isostática: Em uma estrutura isostática o número de incógnitas é igual ao


número de equações, ou seja, bastam as equações fundamentais da estática para
determinar as suas reações de apoio.

Hipostática: Nas estruturas hipostática os apoios são em menor número que o


necessário para restringir todos os movimentos possíveis da estrutura. Ou

Hiperstática: Estrutura hiperestática tem número de vínculos maior que o


necessário. O número de reações de apoio excede o das equações fundamentais da
estática.

Estudo das Vigas Isostáticas

Reações de Apoio
Uma estrutura para estar em equilíbrio deve atender as equações de equilíbrio
estático vistas anteriormente, este equilíbrio e garantido pelos aparelhos de apoios da
estrutura. De maneira que as forças que equilibrarão o sistema provem dos mesmos,
ou seja, as reações de apoio. O cálculo dessas reações é entendido de maneira mais
fácil através do exemplo a seguir:
Estabilidade das Construções para Técnicos

• Determinação das reações nos apoios de uma viga isostática:

o 1º CASO - 1 Carga concentrada horizontal e 1 carga concentrada


vertical.

Esquema Estrutural

1º Passo – Dar nome as apoios, isso evita confundir a posição das reações que
por ventura aparecerão.

2º Passo – Identificar os apoios quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo


suas respectivas reações.
Estabilidade das Construções para Técnicos

Onde,
VA = Reação vertical do apoio A (1º gênero);
VB = Reação vertical do apoio B (2º gênero);
HB = Reação horizontal do apoio B (2º gênero);
3º Passo – Utilização da primeira equação de equilíbrio, somatório das forças na
horizontal (eixo X).

Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que


aparecem na horizontal, eixo X, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de X, ( +) (- ).

ΣFx = 0 (→ + )
2 − HB = 0
HB = 2kN ;

Desta forma, determinamos a reação horizontal no apoio B que garante que a viga
não se deslocará na horizontal.

4º Passo – Utilização da segunda equação de equilíbrio, somatório das forças na


vertical (eixo Y).

Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que


aparecem na vertical, eixo Y, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de Y, (+ ) (- ).

ΣFY = 0 (↑ + )
− 4 + VA + VB = 0
VA + VB = 4kN ;

5º Passo – Utilização da terceira equação de equilíbrio, somatório dos momentos (eixo


Z).
Como pode ser observado, com apenas duas das equações não se pode
determinar os valores de VA e VB, desta forma faz-se uso da terceira equação de
equilíbrio. Escolhe-se um dos apoios como ponto de referência de momento e
verificamos quais forças e reações que tendem a promover rotação neste apoio.
Neste exemplo escolheremos o apoio B como referência. Para o momento adota-se
como positivo a rotação no sentido horário e negativo no caso contrário, .
Lembrando que momento é igual a força x distância, prosseguimos da seguinte
forma:
ΣM B = 0
VA × 8 − 4 × 6 = 0
8VA − 24 = 0
8VA = 24
Estabilidade das Construções para Técnicos

6º Passo – Com o conhecimento do valor da reação VA, voltamos ao 4º Passo e


determinamos o valor de VB.

VA + VB = 4kN
3 + VB = 4
VB = 4 − 3
VB = 1kN

Se analisarmos a estrutura, observaremos que os resultados são compatíveis


com a figura, uma vez que a força vertical, 4kN, está mais próxima do apoio A, sua
reação deverá ser maior, pois está sendo mais solicitado que o apoio B. O resultado
final é apresentado abaixo.

o 2º CASO - Várias cargas concentradas na direção vertical.

Esquema Estrutural
Estabilidade das Construções para Técnicos

1º Passo – Dar nome as apoios, isso evita confundir a posição das reações que
por ventura aparecerão.

2º Passo – Identificar os apoios quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo


suas respectivas reações.

Onde,
VA = Reação vertical do apoio A (1º gênero);
VB = Reação vertical do apoio B (2º gênero);
HB = Reação horizontal do apoio B (2º gênero);

3º Passo – Utilização da primeira equação de equilíbrio, somatório das forças na


horizontal (eixo X).
Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que
aparecem na horizontal, eixo X, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de X, ( +) (- ).

ΣFx = 0 (→ + )
HB = 0

Como pode ser visto na figura, não existe solicitação no eixo X, desta forma, sem
solicitação não haverá reação do apoio do 2º gênero na direção correspondente.
Estabilidade das Construções para Técnicos

4º Passo – Utilização da segunda equação de equilíbrio, somatório das forças na


vertical (eixo Y).

Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que


aparecem na vertical, eixo Y, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de Y, (+ ) (- ).

ΣFY = 0 (↑ + )
− 4 − 4 − 4 + VA + VB = 0
VA + VB = 12kN ;

5º Passo – Utilização da terceira equação de equilíbrio, somatório dos momentos (eixo


Z).
Como pode ser observado, com apenas duas das equações não se pode
determinar os valores de VA e VB, desta forma faz-se uso da terceira equação de
equilíbrio. Escolhe-se um dos apoios como ponto de referência de momento e
verificamos quais forças e reações tendem a promover rotação neste apoio. Neste
exemplo escolheremos o apoio B como referência. Para o momento adota-se como
positivo a rotação no sentido horário e negativo no caso contrário, .

Lembrando que momento é igual a força x distância, prosseguimos da seguinte


forma:
ΣM B = 0
VA × 8 − 4 × 6 − 4 × 4 − 4 × 2 = 0
8VA − 24 − 16 − 8 = 0
8VA = 48
48
VA =
8
VA = 6kN

6º Passo – Com o conhecimento do valor da reação VA, voltamos ao 4º Passo e


determinamos o valor de VB.

VA + VB = 12kN
6 + VB = 12
VB = 12 − 6
VB = 6kN
Estabilidade das Construções para Técnicos

o 3º CASO - Carga de momento aplicado com carga horizontal.

Esquema Estrutural

Solução:

ΣFx = 0 (→ + ) ( )
ΣFY = 0 ↑ + ΣM B = 0
− HB + 3 = 0 VA + VB = 0 VA × 6 + 4 = 0
HB = 3kN (←) 6VA = −4
Calculo de VB
4
− 0,67 + VB = 0 VA =
VB = 0,67kN (↑ )
6
VA = −0,67 kN
VA = 0,67 kN (↓ )
Estabilidade das Construções para Técnicos

o 4º CASO - Carga uniformemente distribuída.

Esquema Estrutural

1º Passo – Dar nome as apoios, isso evita confundir a posição das reações que
por ventura aparecerão.

2º Passo – Identificar os apoios quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo


suas respectivas reações.
Estabilidade das Construções para Técnicos

Onde,
VA = Reação vertical do apoio A (1º gênero);
VB = Reação vertical do apoio B (2º gênero);
HB = Reação horizontal do apoio B (2º gênero);

3º Passo – Utilização da primeira equação de equilíbrio, somatório das forças na


horizontal (eixo X).
Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que
aparecem na horizontal, eixo X, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de X, ( +) (- ).

ΣFx = 0 (→ + )
HB = 0

Como pode ser visto na figura, não existe solicitação no eixo X, desta frma, sem
solicitação não haverá reação do apoio do 2º gênero na direção correspondente.

4º Passo – Cálculo da carga resultante do carregamento distribuído.

Neste momento, reduz a carga distribuída a uma carga concentrada equivalente,


chamada carga resultante e é determinada pelo cálculo da área do carregamento e
será aplicada no centro de gravidade da figura formada pelo carregamento. Como
segue:

5º Passo – Utilização da segunda equação de equilíbrio, somatório das forças na


vertical (eixo Y).

Faz-se a soma algébrica da a carga resultante e das reações que aparecem na


vertical, eixo Y, adotando como positivas todas as forças e/ou reações que apontem
na direção positiva de Y, (+ ) (- ).

( )
ΣFY = 0 ↑ +
− 24 + VA + VB = 0
VA + VB = 24kN ;
Estabilidade das Construções para Técnicos

6º Passo – Utilização da terceira equação de equilíbrio, somatório dos momentos (eixo


Z).
Como pode ser observado, com apenas duas das equações não se pode
determinar os valores de VA e VB, desta forma faz-se uso da terceira equação de
equilíbrio. Escolhe-se um dos apoios como ponto de referência de momento e
verificamos quais forças e reações tendem a promover rotação neste apoio. Neste
exemplo escolheremos o apoio B como referência. Para o momento adota-se como
positivo a rotação no sentido horário e negativo no caso contrário, .

Lembrando que momento é igual a força x distância, prosseguimos da seguinte


forma:
ΣM B = 0
VA × 6 − 24 × 3 = 0
6VA − 72 = 0
6VA = 72
72
VA =
6
VA = 12kN

7º Passo – Com o conhecimento do valor da reação VA, voltamos ao 4º Passo e


determinamos o valor de VB.

VA + VB = 24kN
12 + VB = 24
VB = 24 − 12
VB = 12kN
Estabilidade das Construções para Técnicos

o 5º CASO – Apoio do Terceiro Gênero - Cargas Concentrada e Carga


horizontal.

Esquema Estrutural

1º Passo – Identificar o apoio quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo suas
respectivas reações. Como só temos um apoio do terceiro gênero, ou seja,
um engaste. Desta maneira, representamos suas três reações no mesmo
ponto, como abaixo:

Onde,
VA = Reação vertical do apoio A;
HA = Reação horizontal do apoio A;
MA = Reação de momento do apoio A;

2º Passo – Utilização da primeira equação de equilíbrio, somatório das forças na


horizontal (eixo X).
Estabilidade das Construções para Técnicos

Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que


aparecem na horizontal, eixo X, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de X, ( +) (- ).

ΣFx = 0 (→ + )
HA − 3 = 0
HA = 3kN

3º Passo – Utilização da segunda equação de equilíbrio, somatório das forças na


vertical (eixo Y).

Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que


aparecem na vertical, eixo Y, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de Y, (+ ) (- ).

( )
ΣFY = 0 ↑ +
− 4 − 4 − 4 + VA = 0
VA = 12kN ;

5º Passo – Utilização da terceira equação de equilíbrio, somatório dos momentos (eixo


Z).
Como pode ser observado, neste apoio temos a presença de uma reação de
momento que entrará no somatório dos momentos, pois é a reação de equilíbrio que
estamos procurando. Para o momento adota-se como positivo a rotação no sentido
horário e negativo no caso contrário, .

Lembrando que momento é igual a força x distância, prosseguimos da seguinte


forma:
ΣM A = 0
− MA + 4 × 6 + 4 × 4 + 4 × 2 = 0
MA = +24 + 16 + 8
MA = 48kN .m
Estabilidade das Construções para Técnicos

o 6º CASO – Apoio do Terceiro Gênero - Carga Uniformemente


Distribuída e Carga Horizontal.

Esquema Estrutural

1º Passo – Identificar o apoio quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo suas
respectivas reações. Como só temos um apoio do terceiro gênero, ou seja,
um engaste. Desta maneira, representamos suas três reações no mesmo
ponto, como abaixo:

Onde,
VA = Reação vertical do apoio A;
HA = Reação horizontal do apoio A;
MA = Reação de momento do apoio A;

2º Passo – Utilização da primeira equação de equilíbrio, somatório das forças na


horizontal (eixo X).
Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que
aparecem na horizontal, eixo X, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de X, ( +) (- ).

ΣFx = 0 (→ + )
HA − 3 = 0
HA = 3kN
Estabilidade das Construções para Técnicos

3º Passo – Cálculo da carga resultante do carregamento distribuído.

Neste momento, reduz-se a carga distribuída a uma carga concentrada


equivalente, chamada carga resultante e é determinada pelo cálculo da área do
carregamento e será aplicada no centro de gravidade da figura formada pelo
carregamento. Como segue:

4º Passo – Utilização da segunda equação de equilíbrio, somatório das forças na


vertical (eixo Y).

Faz-se a soma algébrica da a carga resultante e das reações que aparecem na


vertical, eixo Y, adotando como positivas todas as forças e/ou reações que apontem
na direção positiva de Y, (+ ) (- ).

ΣFY = 0 (↑ + )
− 12 + VA = 0
VA = 12kN ;

5º Passo – Utilização da terceira equação de equilíbrio, somatório dos momentos (eixo


Z).
Como pode ser observado, neste apoio temos a presença de uma reação de
momento que entrará no somatório dos momentos, pois é a reação de equilíbrio que
estamos procurando. Para o momento adota-se como positivo a rotação no sentido
horário e negativo no caso contrário, .

Lembrando que momento é igual a força x distância, prosseguimos da seguinte


forma:
ΣM A = 0
− MA + 12 × 1,5 = 0
MA = 18
MA = 18kN .m
Estabilidade das Construções para Técnicos

o 7º CASO – Apoio do Terceiro Gênero - Carga de Momento Aplicado E


Carga Horizontal.

Esquema Estrutural

1º Passo – Identificar o apoio quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo suas
respectivas reações. Como só temos um apoio do terceiro gênero, ou seja,
um engaste. Desta maneira, representamos suas três reações no mesmo
ponto, como abaixo:

Onde,
VA = Reação vertical do apoio A;
HA = Reação horizontal do apoio A;
MA = Reação de momento do apoio A;

2º Passo – Utilização da primeira equação de equilíbrio, somatório das forças na


horizontal (eixo X).
Neste momento, faremos a soma algébrica de todas as forças e reações que
aparecem na horizontal, eixo X, adotando como positivas todas as forças e/ou reações
que apontem na direção positiva de X, ( +) (- ).

ΣFx = 0 (→ + )
HA − 3 = 0
HA = 3kN
Estabilidade das Construções para Técnicos

3º Passo – Utilização da segunda equação de equilíbrio, somatório das forças na


vertical (eixo Y).

Faz-se a soma algébrica da a carga resultante e das reações que aparecem na


vertical, eixo Y, adotando como positivas todas as forças e/ou reações que apontem
na direção positiva de Y, (+ ) (- ).

ΣFY = 0 (↑ + )
VA = 0

4º Passo – Utilização da terceira equação de equilíbrio, somatório dos momentos (eixo


Z).
Como pode ser observado, neste apoio temos a presença de uma reação de
momento que entrará no somatório dos momentos, pois é a reação de equilíbrio que
estamos procurando. Para o momento adota-se como positivo a rotação no sentido
horário e negativo no caso contrário, .

Lembrando que momento é igual a força x distância, prosseguimos da seguinte


forma:
ΣM A = 0
− MA + 4 = 0
MA = 4kN .m

Como apresentado, para toda determinação das reações de apoio, sempre


serão utilizadas as equações de equilíbrio estático. O procedimento adotado segue
esse padrão, o entendimento desta etapa da análise estrutural é de fundamental
importância para o desenvolvimento dos diagramas de esforços internos, assunto que
será abordado com maior detalhe no futuro.
Estabilidade das Construções para Técnicos

Exercícios Propostos.
Calcule as reações de apoio das estruturas isostáticas abaixo.
a)

Estudo das Vigas Geber ????????

b)

c)

d)

e)
Estabilidade das Construções para Técnicos

f)

g)

h)

Esforços internos

Vimos, anteriormente, como um sistema de forças encontra seu equilíbrio, através das reações
de apoio, quando solicitado por carregamentos que as provocam. Agora vamos conhecer os
efeitos que essas cargas e reações imprimem em cada seção da estrutura solicitada. Em uma
seção qualquer, para se manter o equilíbrio, as forças atuantes no lado esquerdo devem ser
iguais às forças atuantes no lado direito, Figura XX.

Figura XX – Esforços internos

Uma seção S de uma estrutura em equilíbrio está submetida a um par de forças F e –F


e um par de momentos M e –M aplicados no seu centro de gravidade, resultantes dos esforços
atuantes à direita e à esquerda da seção.
Estabilidade das Construções para Técnicos

Decompondo a força resultante e o momento em duas componentes, uma


perpendicular e a outra paralela à seção, teremos:

Assim, têm-se os seguintes esforços solicitantes:


N = força normal (força perpendicular à seção S);
Q = esforço cortante (força pertencente à seção S);
T = momento torçor (momento perpendicular à seção S);
M = momento fletor (momento pertencente à seção S).

Esforço Normal (N): é a soma algébrica de todas as componentes, na direção normal


à seção, de todas as forças atuantes de um dos lados da seção. Por convenção, o esforço
normal é positivo quando determina tração e negativo quando determina compressão.

Esforço Cortante (Q): é a soma vetorial das componentes sobre o plano da seção das forças
situadas de um mesmo lado da seção. Por convenção, as projeções que se orientarem no
sentido dos eixos serão positivas e nos sentidos opostos, negativas.
Estabilidade das Construções para Técnicos

Momento Fletor (M): é a soma vetorial das componentes dos momentos atuantes sobre a
seção, situados de um mesmo lado da seção em relação ao seu centro de gravidade.

No caso de momento fletor, o sinal positivo ou negativo é irrelevante, importante é


determinar o seu módulo e verificar onde ocorre compressão e tração.

3.1. Método das seções

Imagine-se uma estrutura qualquer com forças aplicadas; considerando que as partes
do corpo têm de estar em equilíbrio quando o corpo o está, e fazendo-se um corte imaginário
perpendicular ao eixo da viga, qualquer parte da viga poderá ser considerada como um corpo
livre. Cada um dos segmentos da viga está em equilíbrio, cujas condições exigem a existência
de um sistema de forças na seção de corte da viga. Em geral, na seção de uma viga, são
necessários uma força vertical, uma horizontal e um momento para manter a parte da viga em
equilíbrio.
A representação gráfica dos esforços internos em qualquer ponto da viga,
representados em função de uma distância x a partir de uma das extremidades da mesma, se
dá através dos chamados diagramas de estado ou diagramas de esforços internos. Por meio
desses diagramas é possível a determinação dos valores máximos absolutos do esforço
cortante, do momento fletor e do esforço normal.
Estabilidade das Construções para Técnicos

5. Vigas Biapoiadas e Diagramas de Esforços Internos

o 1º CASO - 1 Carga concentrada horizontal e 1 carga concentrada


vertical.

Diagrama de Esforços

Diagrama de Esforço Normal (DEN)

Diagrama de Esforço Cortante (DEC)

Diagrama de Momento Fletor (DMF)


Estabilidade das Construções para Técnicos

o 2º CASO - Várias cargas concentradas na direção vertical.

Diagrama de Esforço Normal (DEN)

Diagrama de Esforço Cortante (DEC)

Diagrama de Momento Fletor (DMF)

o 3º CASO - Carga de momento aplicado com carga horizontal.


Estabilidade das Construções para Técnicos

Diagrama de Esforço Normal (DEN)

Diagrama de Esforço Cortante (DEC)

Diagrama de Momento Fletor (DMF)

o 4º CASO - Carga uniformemente distribuída.

Diagrama de Esforço Normal (DEN)

Diagrama de Esforço Cortante (DEC)


Estabilidade das Construções para Técnicos

Diagrama de Momento Fletor (DMF)

o 5º CASO – Apoio do Terceiro Gênero - Cargas Concentrada e Carga


horizontal.

Diagrama de Esforço Normal (DEN)

Diagrama de Esforço Cortante (DEC)

Diagrama de Momento Fletor (DMF)


Estabilidade das Construções para Técnicos

o 6º CASO – Apoio do Terceiro Gênero - Carga Uniformemente


Distribuída e Carga Horizontal.

Diagrama de Esforço Normal (DEN)

Diagrama de Esforço Cortante (DEC)

Diagrama de Momento Fletor (DMF)

o 7º CASO – Apoio do Terceiro Gênero - Carga de Momento Aplicado E


Carga Horizontal.
Estabilidade das Construções para Técnicos

Diagrama de Esforço Normal (DEN)

Estudo dos Quadros Isostáticos ????????

Diagrama de Esforço Cortante (DEC)

Diagrama de Momento Fletor (DMF)

Exercícios Propostos.
Fazer os diagramas das vigas do exercicio anterior

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