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Aula 16 e 17
Forças e Potências de Corte
Introdução
Introdução
Forças na usinagem
Componentes de Fu (DIN6584).
componente de Fu no
plano de trabalho.
As componentes da força
ativa contribuem para a
potência de usinagem, pois
estão no plano de trabalho,
onde os movimentos de
usinagem são realizados
Forças na usinagem
Forças na usinagem
Potências na usinagem
Uma máquina-ferramenta gera potência para girar seu
eixo-árvore e executar os movimentos de corte e
avanço. As relações para as potências de corte e
avanço são as seguintes:
a. Potência de Corte;
Fc . vc Fc . vc
Pc = [kW] ou Pc = [CV]
60 . 103 60 . 75
Onde: Onde:
Fc - força de corte, dada em [N] e, Fc - força de corte, dada em [kgf] e,
vc - velocidade de corte, em [m/min]. vc - velocidade de corte, em [m/min].
Potências na usinagem
b. Potência de Avanço:
Ff . vf
Pf = [kW]
60 . 103
Onde:
Ff – força de avanço, dada em [N] e,
vf - velocidade de avanço,em [mm/min].
Potências na usinagem
Pc 1000 . Fc . vc
=
Pf Ff . vf
Pc Fc . . d . n Pc Fc . . d
então: = =
Pf Ff . f . n Pf Ff . f
Usinagem - UNESP / Campus de Guaratinguetá - 10 -
Forças e Potências de Corte
Potências na usinagem
No torneamento: Fc = 4,5 Ff
Potências na usinagem
Potência fornecida pelo motor
Pc
Pm =
onde = rendimento da máquina.
Potências na usinagem
Variação da força de corte
com as condições de trabalho
Fc = Ks . A
No torneamento: A = b . h = ap . f
Potências na usinagem
Cálculo da Pressão Específica de Corte (Ks)
Vários pesquisadores e instituições já propuseram fórmulas
para o cálculo de Ks (Taylor, ASME, AWF, Hucks e
Kronenberg).
Ks = Ks1 . h-z
Potências na usinagem
Fc = Ks . h. b = Ks1 . h1-z . b
Potências na usinagem
Condições de Ensaio:
K*s1 K s1 C C FC C MF
Onde:
CFC = fator de correção para o fluido de corte,
CFC = 1 – rc (redução do fluido),
CMF = fator de correção para o material da ferramenta,
CMF = 1 (metal duro), CMF = 1,3 (HSS),
Cγ = fator de correção para o ângulo da superfície de saída
C 1 F T 0,0035
Influência no “Ks”.
a.1. Material da Peça:
Composição Química:
• O crescimento da porcentagem de carbono nos aços provoca a
elevação do Ks,
• Ao contrário, o aumento na porcentagem de fósforo, chumbo, boro,
manganês e enxofre causam uma diminuição nos valores de Ks.
Influência no “Ks”.
Dureza:
• A elevação da dureza do material, em geral, aumenta o Ks.
Em alguns casos, materiais com durezas semelhantes podem
ter Ks muito diferentes.
Propriedades Mecânicas:
• A tensão de ruptura ao cisalhamento é a propriedade que
melhor se correlaciona com Ks, já que a formação do cavaco é
um processo que envolve cisalhamento.
Influência no “Ks”.
a.2. Material e Geometria da Ferramenta:
Material:
• A variação do material da ferramenta, dentro de uma mesma
classe, não ocorre alterações significativas nos valores de Ks,
• A aplicação de recobrimentos reduzem o coeficiente de atrito
diminuindo os valores de Ks; como exemplo, o nitreto de titânio.
Geometria:
• O aumento dos ângulos de saída () e de inclinação () diminuem
o Ks, causado pela redução da deformação do cavaco.
• A diminuição no ângulo de folga (), eleva o atrito entre peça e
ferramenta, aumentando o valor de Ks.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
a.3. Seção de Corte:
• Um aumento na área da seção de corte acarreta uma
diminuição nos valores de Ks. Esta redução é justificada pelo
fluxo lateral de cavaco, ou seja, pelo material que não se
transforma em cavaco mas, que escorrega entre a peça e a
ferramenta,
• O crescimento da velocidade de avanço diminui o coeficiente
de atrito e torna o corte mais dinâmico,
• O aumento na profundidade de usinagem praticamente não
altera o valor de Ks, pois este crescimento só faz aumentar o
comprimento de contato ferramenta-peça, sem elevar as
velocidades envolvidas.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
Portanto:
pode-se dizer que:
Influência no “Ks”.
a.4. Velocidade de Corte:
• Em velocidades de corte menores que 150m/min, os valores de Ks
tendem a diminuir levemente com o crescimento da velocidade,
devido a diminuição da deformação, da dureza do cavaco e do
coeficiente de atrito.
• Em altas velocidades de corte (acima de 150m/min), a diminuição
de Ks não é tão acentuada. Neste caso, pode-se dizer que a força de
corte não é influenciada pela vc e, assim, a potência de corte é
diretamente proporcional à vc.
• O fenômeno da aresta postiça de corte tende a diminuir o valor de
Ks, devido ao efeito de aumento do ângulo efetivo de saída
proporcionado pela aresta postiça de corte.
Influência no “Ks”.
Influência no “Ks”.
Cálculos
Exemplo 01:
Pretende-se tornear um eixo de aço ABNT
1050, com velocidade de corte Vc = 300m/min,
profundidade de corte ap = 0,5 mm e avanço f = 0,1
mm/rot. Para esta usinagem utiliza-se uma pastilha
P10 com ângulo de posição = 30o. Calcular a força
de corte e a potência de corte, segundo Kienzle.
Cálculos - Solução
•Cálculo da Força de Corte:
Fc = Ks1 . h1-z . b [N]
onde h = f . sen = 0,1 . Sen30o = 0,1 . 0,5 = 0,05 mm
b = ap / sen = 0,5 / sen30o = 0,5 / 0,5 = 1,0 mm
Ks1 = 2260 N/mm2
1-z = 0,70
Portanto, Fc = 2260 . 0,05 0,70. 1,0 Fc = 277,6 N
Fc . vc
•Cálculo da Potência de Corte: Pc = [kW]
60 . 103
onde Vc = 300 m/min
Portanto: 277,6 . 300
Pc = [kW] Pc = 1,39 kW
60 . 103
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Forças e Potências de Corte
Cálculos
Exemplo 02:
Pretende-se tornear um eixo de aço ABNT
1045, com diâmetro d = 50 mm, profundidade de
corte ap = 1,0 mm, rotação n = 320 rpm e avanço
f = 0,5 mm/rot. Para esta usinagem utilizou-se
uma pastilha P10 com ângulo de posição = 30o.
Calcular a força de corte e a potência de corte,
segundo Kienzle.
Cálculos - Solução
•Cálculo da Força de Corte: Fc = Ks1 . h1-z . b [N]
onde h = f . sen = 0,5 . sen30o = 0,5 . 0,5 = 0,25mm
b = ap / sen = 1,0 / sen30o = 1,0 / 0,5 = 2,0mm
Ks1 = 2220 N/mm2
1-z = 0,86
Portanto: Fc = 2220 . 0,25 0,86. 2,0 Fc = 1347,8N
Fc . vc
•Cálculo da Potência de Corte: Pc = [kW]
60 . 103
onde Vc = ( . d . N)/1000 = ( . 50 . 320)/1000 Vc = 50,3m/min
Portanto:
1347,8 . 50,3
Pc = Pc = 1,13 kW
60 . 103
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Forças e Potências de Corte
Cálculos
Exemplo 03:
Com auxílio de um torno CNC, potência do motor
Pm = 2,0kW, rendimento = 0,9 (90%), objetiva-se
tornear um eixo de aço ABNT 1045, com diâmetro d = 100
mm, profundidade de corte ap = 1,0 mm, rotação n = 660
rpm e avanço f = 0,5 mm/rot. Para esta usinagem utilizou-
se uma pastilha P20 com ângulo de posição = 30o.
Considere que são necessárias correções para o cálculo
da pressão específica, aplicando-se um ângulo de saída
da ferramenta = 10o e utilização de fluidos de corte
(redução de 18%). Verifique se a potência do motor da
máquina é suficiente para a realização desta usinagem.
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Forças e Potências de Corte
Cálculos - Solução
•Cálculo da potência máxima do motor disponível para corte
Pm = Pc/ Pc = 2,0 . 0,9 Pc = 1,8 kW
Cálculos - Solução
•Cálculo da Força de Corte: Fc = Ks1* . h1-z . b [N]
onde h = f . sen = 0,5 . sen30o = 0,5 . 0,5 = 0,25 mm
b = ap / sen = 1,0 / sen30o = 1,0 / 0,5 = 2,0 mm
Ks1* = 1794,9 N/mm2
1-z = 0,86
Portanto: Fc = 1794,9 . 0,25 0,86. 2,0 Fc = 1089,7 N