Torneamento Básico

Nelson Silva

KMU 1-36
 Teoria de Usinagem

O cavaco
gerado é...

KMU 2-36
 Teoria de Usinagem
Proposta:
 Melhorar nosso conhecimento em usinagem.

 Apreciar este processo “violento”.

 Apreciar variáveis e suas interações.

 Aprender e compartilhar informações com os outros

membros da classe.

KMU 3-36
 Teoria de Usinagem
Algumas coisas que você verá hoje:
– Algumas Definições Básicas
• Vc - Velocidade de Corte (m/min)
• ap - Profundidade de Corte (mm)
• f - Avanço (mm/rot)
– Formação do Cavaco
– Forças (Ft, Fa, Fr)
– Potência (Hp)
– Calor

KMU 4-36
Primeiro nós precisamos falar a...

Mesma Línguagem

KMU 5-36
Parâmetros Básicos de
Usinagem

• Velocidade de Corte
• Avanço
• Profundidade de Corte

KMU 6-36
Definição de Velocidade de Corte
(Vc)

Em torneamento, é a velocidade
periférica da peça, medido em metros
por minutos (m/min).
“É o percurso da Ferramenta”

KMU 7-36
Definição de Velocidade de Corte
(Vc)

Prof. De
Corte (ap)

Avanço ( f )
Vc

KMU 8-36
 Definição de Avanço ( f )

A quantidade relativa de movimento

da ferramenta na peça em cada
revolução, ciclo ou unidade de
tempo. Normalmente medido em
milímetros por rotação (mm/rot.).

KMU 9-36
Definição de Avanço ( f )

Prof. De
Corte (ap)

Avanço ( f )
Vc

KMU 10-36
Definição de Profundidade de
Corte (ap)

A distância entre o fundo do corte

e a superfície da peça, medido
perpendicularmente à superfície da
peça em milímetros.

KMU 11-36
Definição de Profundidade de
Corte (ap)

Prof. De
Corte (ap)

Avanço ( f )
Vc

KMU 12-36
Olhando o que acontece aqui..

KMU 13-36
 Um Processo Violento

• Altas forças de atrito

• Alta Temperatura (1100°C+)
• Altos esforços mecânicos
• Deformações plásticas severas

KMU 14-36
Processo de Formação de Cavaco
Vc ap

KMU 15-36
 Um Ambiente Mecânico Hostil

• Quanto mais negativo

o ângulo de saída,
menor será o ângulo
Ângulo de
de cisalhamento. cisalhamento

• Quanto mais positivo

o ângulo de saída,
maior será o ângulo de
cisalhamento.

KMU 16-36
Definição de Ângulo de Saída
Ângulo de Saída
Dorsal (Radial)

Positivo Neutro Negativo

Positivo Neutro Negativo

Ângulo de Saída
Lateral (Axial)
KMU 17-36
 Um Ambiente Mecânico Hostil

⚫ cisalhamento
⚫ deformação plástica

KMU 18-36
 Um Ambiente Mecânico Hostil

⚫ cisalhamento
⚫ deformação
⚫ espessura do cavaco

KMU 19-36
Forças

KMU 20-36
Três fatores que determinam
as forças de corte...

• Seção transversal de corte (f x ap)

• Pressão específica de corte (Ks) do
material
• Geometria da ferramenta

KMU 21-36
Forças de Corte

Ft = Força tangencial

KMU 22-36
Forças de Corte

Fa = Força axial

KMU 23-36
Forças de Corte

Fr = Força radial

KMU 24-36
Força Resultante

KMU 25-36
 requer

Força Potência

KMU 26-36
 Fatos sobre Potência...

– Potência é proporcional a Profundidade de corte

– Potência é proporcional a Velocidade de corte
– Potência NÃO é linearmente proporcional ao
avanço

KMU 27-36
Calor

KMU 28-36
 Altas Temperaturas
• Distribuição de Temperatura

Peça 570° C

680°

750°

840° Cavaco
930°
930°
1300° 1100°
1100°

1200°

1200°

1100°
Ferramenta

KMU 29-36
 Para onde vai o calor?
Inserto: SNMH250924
Material: 4140 P1 = 980° C
Dureza: 28 HRC
ap = 12,4 mm P2 = 300° C
f = 1,27 mm/rot.
Vc = 70 m/min P P3 = 270° C
2

P4 = 275° C
P1
P5 = 160° C

P3 P4

P5
KMU 30-36
 Influência de Variáveis na
Temperatura
Aço 4340, 22 HRC
Inserto SNGN190412
Vc
925
Classe KC850
875 f
Quando a velocidade foi
temperatura ( ºC )

ap aumentada, o avanço foi

800 mantido em 0,63mm/rot. e a
profundidade de corte foi
mantida em 2,5 mm.
750
Quando o avanço foi
aumentado, a velocidade foi
700 mantida em 105 m/min e a
profundidade de corte foi
mantida em 2,5 mm.
650
.0,125 0,250 0,375 0,500 0,625 0,750 0,875 1,000 1,125 Quando a profundidade de
Avanço (mm/rot.) corte foi aumentada, a
velocidade foi mantida em
50 67 83 100 117 133 150 167 105 m/min e o avanço foi
Vc (m/min) mantido em 0,63 mm/rot.

0 1,25 2,50 3,75 5,00 6,25 7,50

ap (mm)

KMU 31-36
 Elementos Chaves para uma boa
Aplicação de Ferramentas

• Manutenção da Ferramenta
• Balanço da Ferramenta
• Linha de Centro
• Método de Fixação da Ferramenta
• Aplicação adequada de Refrigeração

KMU 32-36
Inspecione o Alojamento

KMU 34-36
Inspecione o Grampo

KMU 35-36
Inspecione o Pino/Parafuso

KMU 36-36
LP KL

Screw On
60°

KMU 37-36
Balanço da Ferramenta

KMU 38-36
Balanço da Ferramenta

KMU 39-36
 Rigidez

Barra de 25 mm Barra de 25 mm

Balanço de 100 mm Balanço de 75 mm

3x mais rígido
KMU 40-36
 Tangencial
Força

Força de
Torção

KMU 41-36
 Efeitos do Ângulo de Posição

Força de
Força de Avanço
Avanço Ângulo de Posição Ângulo de Posição
de 75° de 90°

KMU 42-36
 Para Reduzir a Pressão de Corte

• Ângulo de Saída Positivo

• Ângulo de Posição de 90°

• Raio do Inserto menor possível

• Reduzir a Profundidade de Corte

• Reduzir o Avanço
KMU 43-36
Linha de Centro

+/- 0,5% raio da peça

KMU 44-36
 Efeitos da Variação
da Linha de Centro

V KMU 45-36
Método de Fixação da Ferramenta

Bom Melhor

KMU 48-36
 Bom

Pinça
Melhor

Melhor

KMU 49-36
 Refrigeração

•Diminuir a Temperatura

•Melhorar o acabamento da peça

•Remover o cavaco da região de corte

SEM REFRIGERAÇÃO
(Tendência Mundial)
KMU 50-36
PERGUNTAS ? ? ?

KMU 52-36
Mecanismos de Falha
de Ferramenta

Kennametal

KMU 53-36
 Objetivos
Reconhecer, entender, e compensar:
• Mecanismos de Desgaste
• Padrões de Desgaste
• Tipos de Falha

KMU 54-36
 Introdução

• Ambiente da Ferramenta de Corte

• Efeitos na Ferramenta
• Terminologia de Falha de Ferramenta
• Mecanismos que levam à Falha
• A Importância em reconhecer os
Mecanismos que levam à Falha

KMU 55-36
Ambiente da
Ferramenta
de Corte

• Calor
• Pressão
• Abrasão
• Choque Térmico
• Choque Mecânico

KMU 56-36
 Efeitos na Ferramenta

• Calor Deformação
Desgaste da Aresta
• Pressão Deformação
Desgaste da Aresta
Quebra
• Abrasão Desgaste da Aresta

KMU 57-36
 Efeitos na Ferramenta

• Choque Térmico Lasca

Trinca
Quebra
• Choque Mecânico Lasca
Trinca
Quebra

KMU 58-36
 Mecanismos de Desgaste
• Abrasão
• Atrito
• Difusão
• Deformação plástica superficial por
cisalhamento a alta temperatura
• Deformação plástica durante uma tensão
de compressão a alta temperatura

KMU 59-36
 Vida das Ferramentas
• É a duração da ferramenta efetuando
usinagem de forma eficiente.
Consequências do fim de vida de uma
ferramenta:
– Desgaste excessivo;
– Quebra da ferramenta;
– Redução da qualidade da superfície usinada;
– Aumento de vibração
– Aumento da força e da potência de usinagem
KMU 61-36
 Vida das Ferramentas
• Critérios para fim de vida depende do tipo
de usinagem que está sendo efetuada.

– Desbaste: Pode ser o valor limite de um ou mais tipos

de desgaste, o aumento de vibração ou o aumento da
potência de usinagem;

– Acabamento: Redução da qualidade da superfície

usinada, por meio do aumento de rugosidade ou perda
da tolerância dimensional.
KMU 62-36
Terminologia de Falha
• Desgaste no Flanco
• Craterização
• Desgaste na Ponta
• Deformação Plástica
• Desgaste por Entalhe
• Aresta Postiça
• Trincas Térmicas
• Fratura

KMU 63-36
 Desgaste
no
Flanco
• Observada na face de folga da ferramenta
• Típica em usinagem de Ferro Fundido e Altas
ligas
• Causada por Abrasão por partículas duras do
material da peça.
• Piora quando aumenta a temperatura ( Vc) e
com maiores pressões de corte na ferramenta.
KMU 64-36
Desgaste no Flanco - Perda de Medida
• Geralmente um mecanismo desejável --
previsível !
0,025

Causa forças de 0,020

WC C/
COBERT.URA

DESGASTE
corte maiores o
0,015

0,010
CERÂMICA
que acaba 0,005
PCD/PCBN

alterando a 0,000
0 5 10 15 20 25

dimensão da TEMPO

peça
KMU 65-36
Minimizando Desgaste no Flanco
• Cobertura de alumina fina
• Classe com baixa porcentagem de cobalto
(mais dura)
• Menor hone ou cobertura de PVD para
pequenos desbastes
• Aresta mais positiva
• Cerâmicas, cermets e PCD/PCBN

KMU 66-36
 Craterização

• Observada no topo da ferramenta de corte

• Comum em usinagem de aços a altas
velocidades
• Causada pelo calor extremo e alta pressão
do cavaco sobre a ferramenta
• Difusão ou dissolução do material da
ferramenta no cavaco KMU 67-36
 Craterização Quebra
• Craterização pode ser difícil de identificar e
só aparece na peça quando já é muito tarde.

Craterização 0,2
0,18

excessiva 0,16

PROF. CRAT.
0,14
0,12

enfraquece a aresta 0,1

0,08
0,06

e acaba levando a
0,04
0,02
0

quebra da 0 5 10 15
TEMPO
20 25

ferramenta
KMU 68-36
 Minimizando Craterização
• Cobertura de alumina mais grossa
• Classe com baixa % cobalto (mais dura)
• Cerâmicas e cermets
• Outros Fatores:
– Velocidade/Avanço - Refrigerante
– Aresta Positiva - Quebra cavaco mais suave

KMU 69-36
 Deformação
Plástica

• Amaçamento da aresta de corte

• Comum em usinagem de Ligas duras a altas
velocidades e avanços.
• Causado por excessivo calor e pressão na
aresta de corte; elemento de liga da
ferramenta amolece e acaba permitindo o
movimento dos grãos de WC.
KMU 70-36
 Deformação Plástica
Geometria de Corte Alterada
• Muda a geometria de corte da ferramenta
-- Ferramenta acaba sem ângulo de folga
• Progressivo
-- deformação gera maior calor e pressão
• Normalmente leva rapidamente à quebra do
inserto

KMU 71-36
 Minimizando
Deformação Plástica
• Classe com baixa porcentagem de cobalto
• Menor hone ou aresta “viva”(cobertura de
PVD)
• Cerâmica, cermet ou PCD/PCBN

KMU 72-36
Desgaste na
Ponta
• Combinação de desgaste no flanco e
deformação plástica, localizada na ponta da
ferramenta
• Pode ser um problema em usinagem de altas e
baixas ligas, materiais pastosos e abrasivos
• Causada pela abrasão e forças de fricção entre
a ferramenta e a peça
KMU 73-36
 Desgaste na Ponta
Perda de Medida e acabamento
• Desgaste ocorre no raio e interfere no
acabamento final da peça
• Deterioração do dimensional e da
rugosidade superficial da peça

KMU 74-36
 Minimizando Desgaste na
Ponta
• O mesmo que desgaste no flanco:
• Cobertura de alumina fina
• Classe c/ baixa porcentagem cobalto (mais dura)
• Menor hone ou aresta “viva”(cobertura de PVD)
• Use um raio de ponta maior se possível
• Aresta mais positiva
• Cerâmicas, cermets e PCD/PCBN

KMU 75-36
Desgaste por
Entalhe
• Observado na extremidade da aresta de
corte, distante da ponta da ferramenta
• Comum em aços inoxidáveis e ligas
resistentes a altas temperaturas (endurecem)
• Causado por desgaste químico e stress na
aresta de corte (pressão de corte)
• Casca endurecida aumenta o problema
KMU 76-36
 Desgaste por Entalhe
Rebarba e Quebra
• Corte ineficiente leva a formação de
rebarbas
• Concentração de tensão de um grande
entalhe pode levar o inserto a quebra

KMU 77-36
 Minimizando
Desgaste por Entalhe
• Classe de metal duro Tenaz (% cobalto)
• Cobertura de AL2O3 e TiN
• Inserto com hone maior
• Mudar estilo de inserto, ângulo de posição e
percurso de usinagem
• Seleção de classes (cerâmicas)

KMU 78-36
 Aresta
Postiça

• Solda do material da peça na aresta da

ferramenta de corte
• Normalmente ocorre em usinagem de
materiais macios e pastosos
• Causado pela solda química e mecânica do
material da peça na aresta de corte da
ferramenta
KMU 80-36
 Aresta Postiça
Mau acabamento
• Observado material soldado na superfície da
peça acabada
• Acabamento “arrepiado” (fosco)
• Aresta postiça instável é periodicamente
removida da aresta de corte
• Pequenas partículas da ferramenta são
removidas

KMU 81-36
 Em Resumo

• Gume postiço constitui uma massa mais ou

menos estacionária de metal, soldada na
face (superfície de saída) da ferramenta.
– Prejudica o acabamento superficial da
ferramenta
– Reduz do com aumento da velocidade de corte
– É praticamente inexistente nas ferramentas de
metal duro
KMU 82-36
 Minimizando Aresta Postiça
• Refrigerante e/ou velocidade de corte maior
• Minimizar desgaste no flanco/ponta
• Menor hone ou aresta “viva” (cobertura de
PVD)
• Cerâmica, cermet ou PCD/PCBN
• Arestas polidas e coberturas lisas
(exemplo:KC935)

KMU 83-36
 Trincas
Térmicas

• Trincas igualmente espaçadas

perpendiculares à aresta de corte
• Comum em cortes interrompidos
• Causados por ciclos de choques térmicos
-- aquecimento e resfriamento repetidos na
aresta de corte

KMU 84-36
 Trincas Térmicas
Lasca e Quebra

• Progride devagar podendo levar a lasca da

aresta de corte
• Trincas podem progredir e causar quebras
do inserto em usinagens pesadas

KMU 85-36
 Minimizando
Trincas Térmicas
• Ferramenta mais resistente a choque
térmico (mais tenaz)
• Classe de metal duro com maior
porcentagem de cobalto
• Evite refrigerante se possível ou garanta um
fornecimento estável

KMU 86-36
 Fratura

• Lasca ou Quebra
• Comum em cortes
interrompidos e setups sem
rigidez
• Muitas causas potenciais:
boa prática de aplicação são
essenciais

KMU 87-36
 Minimizando Fratura--
Lasca e Quebra
• Material da ferramenta de corte mais tenaz:
– classe com alta porcentagem de cobalto
– classe com enriquecimento de cobalto
– classe de WC ao invés de cermets ou cerâmicas
• Geometria mais robusta
• Garantir assentamento de inserto
apropriado e rigidez de ferramenta

KMU 88-36
 Importância em Reconhecer o
Mecanismo e Tipo de Falha
• É importante reconhecer apropriadamente o
problema antes de pensar na solução
• Diagnóstico errado pode levar a uma
escolhas erradas de ferramentas
– exemplo: craterização e deformação plástica
podem ser confundidas como quebra de inserto

KMU 89-36
PERGUNTAS ? ? ?

KMU 90-36