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Carlos Moore nasceu em cuba no ano de 1942.

É um escritor, pesquisador e cientista social


dedicado ao registro da historia e da cultura negra. É conhecido internacionalmente pela luta
contra o racismo, pelo panafricanismo e por ter escrito a biografia autorizada do cantor,
saxofonista e ativista nigeriano Fela Kuti : "Fela, esta vida puta".

Carlos Moore foi um ativista intelectual que denunciou o racismo em cuba e passou a vida
perseguido pelos dois lados da guerra fria, até chegar no Brasil e encontrar um país
mergulhado numa crescente tensão racial. Ele é filho de imigrantes jamaicanos, e pertencia o
degrau mais baixo da escala racial da sociedade cubana.

O livro racismo e sociedade novas bases epistemológicas para a compreensão do racismo na


historia, de Carlos Moore, publicado em 2007, tem como objetivo apresentar alguns pontos de
vista que o autor julga importante na compreensão da questão racial em termos históricos,
elaborados por autores que não são conhecidos, por questões políticas, Neste livro ele
defende a tese de que o racismo não se estrutura em torno do conceito biológico de raça, nem
a partir da escravização dos africanos, mas sim a partir de um dado universal inegável, o
fenótipo.

O fenótipo - características observáveis de um organismo ou população - é um


elemento, objetivo real, que não se presta á negação ou á confusão. O racismo na antiguidade
sempre foi uma realidade no fenótipo, antes de ser um fenômeno político e econômico
pautado na biologia. Por isso a idéia de que o racismo teve um único berço e período de
gestação não aprece carente com a realidade histórica. Negar a existência da raça, portanto, é
um absurdo, ao qual somente se poder chegar negando a historia.

segundo o autor existe uma mito - Ideologia de auto-engano chamada democracia


racial, que afirma que há uma harmonia entre as raças. Ele diz que é mito porque para existir
harmonia tem que haver sensibilidade e isso não acontece, e essa forma de auto-engano tem
constituído um obstáculo serio ao avanço da sociedade, tanto na África do Sul quanto no
Brasil. Existe um grande quadro de opressão racial, totalmente exposta, e não há comoção
alguma perante a sociedade. A insensibilidade é produto do racismo, e o racismo retira a
sensibilidade dos seres humanos para perceber o sofrimento alheio, conduzindo-os
inevitavelmente a sua trivialização e banalização.

Outro conceito implica a nação de unidade, união, mas as disparidades


socioeconômicas e raciais constatadas no Brasil constroem uma nítida e cruel polarização da
população percebendo isto o Brasil se converte apenas no quarto país, desde a Segunda
Guerra Mundial, a lançar uma tentativa de reforma de usa ordem sócio racial.

A partir dos anos 2000 surgem correntes de Neo-Racismo no Brasil. com a tendência
crescente de trivializar o racismo, ------------ á esfera ------------- das relações interpessoais ou
reduzindo-o ao plano de meros preconceitos que "Todo o mundo tem". As pessoas que
acreditam no contrario são julgadas como revoltosas, inconformadas e até mesmo "racistas ás
avessas". E contra essas pessoas, a " boa sociedade" estaria legitimada a organizar vigorosas
ações de repressão.
Carlos Moore nos trás um fato importante ocorrido na África do Sul em 2000= a
conferencia Mundial contra o Racismo, a discriminação Racial, a Xenofobia e formas correlata
das de intolerância. Ela representou um momento importante na medida em que reacendeu a
discussão e revelou a seriedade do problema do racismo em escala planetária. A conferencia
identificou o racismo como uma grave ameaça para a paz mundial e um perigoso fato de
desagregação interna para as nações, ressaltando a necessidade de ações urgentes no sentido
de conte-lo com medidas especificas de caráter publico.

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