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Autor:
Ricardo Torques, Equipe Materiais
Carreiras Jurídicas
08 de Janeiro de 2022
Sumário
Considerações Iniciais ........................................................................................................................................ 3
Convenção Internacional Para a Proteção de Todas as Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado ............. 3
5.2 - Objetivos................................................................................................................................................................. 11
Convenção relativa à proteção do patrimônio mundial, cultural e natural - “Declaração de Estocolmo” ..... 14
1 - Introdução ............................................................................................................................................... 17
Resumo............................................................................................................................................................. 21
Gabarito............................................................................................................................................................ 28
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Vamos lá?!
1 - REGRAS GERAIS
A “Convenção contra o Desaparecimento Forçado” foi assinada em 2007, aprovada em 2010, e ainda aguarda
ratificação pela Presidência da República. No preâmbulo da Convenção destaca-se a necessidade de prevenir
o desaparecimento forçado e de combater a impunidade.
Ressalta-se, assim:
DIREITOS RESGUARDADOS
Pergunta-se:
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Artigo 2
Do dispositivo você deve compreender que o desaparecimento forçado é qualquer forma de privação de
liberdade, seja perpetrada pelo Estado ou por pessoas agindo em nome do Estado, que não admitam a
prática do ato, o que inviabiliza qualquer forma de proteção jurídica.
disposições finais
Nos interessa especialmente a primeira parte que enuncia os direitos arrolados pela Convenção.
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interna ou qualquer outra emergência pública, poderá ser invocada como justificativa para o
desaparecimento forçado”.
Lembra-se do conceito?
Praticamente não há questões anteriores de concurso público sobre o assunto, razão pela qual vamos citar
uma questão que foi cobrada em Exame de Ordem para exemplificar a cobrança:
(OAB/FGV - XV Exame de Ordem - 2014) Em julho de 2013, o ajudante de pedreiro “X", após ter sido
detido por policiais militares e conduzido da porta de sua casa em direção à delegacia, desapareceu.
Há um amplo debate em torno do caso e, dentre outros aspectos, discute-se se seria esse caso uma
hipótese de desaparecimento forçado.
Sabendo que o Brasil ratificou, em 2010, a Convenção Internacional Para a Proteção de Todas as
Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado, assinale a afirmativa correta.
b) Entende-se por desaparecimento forçado a prisão, a detenção, o sequestro ou qualquer outra forma
de privação de liberdade por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas agindo com a
autorização, o apoio ou o consentimento do Estado, seguida da recusa em reconhecer a privação de
liberdade ou do encobrimento do destino ou do paradeiro da pessoa desaparecida, colocando-a, assim,
fora do âmbito de proteção da lei.
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c) Entende-se por desaparecimento forçado a prisão, a detenção, o sequestro ou qualquer outra forma
de privação de liberdade por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas agindo com a
autorização, o apoio ou o consentimento do Estado, colocando-a, assim, fora do âmbito de proteção
da lei.
d) Entende-se por desaparecimento forçado o sequestro de um cidadão praticado por agentes das
forças armadas do Estado, seguido da recusa em reconhecer a privação de liberdade ou do
encobrimento do destino ou do paradeiro da pessoa desaparecida, colocando-a, assim, fora do âmbito
de proteção da lei.
Comentários
A questão reporta-se ao caso do pedreiro Amarildo Dias de Sousa, desaparecido em 2013 após ser
detido por policiais da UPP na comunidade da Rocinha, Rio de Janeiro.
De todo modo, a resolução da questão estava no quadro acima estudado, que traz o art. 2º da
Convenção:
Artigo 2º
Para efeito desta Convenção, entende-se por desaparecimento forçado a prisão, detenção, sequestro
ou qualquer outra forma de privação de liberdade que seja perpetrada por agentes do Estado, ou por
pessoas ou grupos de pessoas agindo com autorização, apoio ou aquiescência do Estado, e a
subsequente recusa em admitir privação de liberdade ou a ocultação do destino ou o paradeiro da
pessoa desaparecida, privando-o, assim, da proteção da Lei.
Sigamos!
O desaparecimento forçado constitui crime contra a humanidade, passível, portanto, à condenação penal
internacional nas hipóteses do Estatuto de Roma.
De acordo com a Convenção, os Estados signatários assumem dupla obrigação: a de tipificar como crime a
conduta do desaparecimento forçado e a de investigar o crime decorrente.
a pessoa que cometa, ordene, solicite ou induza a prática de um desaparecimento forçado, tente
praticá-lo, seja cúmplice ou partícipe do ato.
o superior que:
tiver conhecimento de que os subordinados sob sua autoridade e controle efetivos estavam
cometendo um crime de desaparecimento forçado;
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tiver deixado de tomar todas as medidas necessárias e razoáveis a seu alcance para prevenir
ou reprimir a prática de um desaparecimento forçado.
Além da criminalização da conduta, os Estados devem adotar penas adequadas à gravidade da conduta.
Além disso, podem ser adotadas circunstâncias atenuantes, para aqueles que contribuírem para reaparição
com vida da pessoa desaparecida, que possibilitem o esclarecimento desses casos ou a identificação dos
responsáveis por eles.
Devem ser consideradas, ainda, como situações agravantes, a morte da pessoa desaparecida e o
desaparecimento forçado de gestantes, menores, pessoas com deficiência ou outras pessoas
particularmente vulneráveis.
A Convenção impõe, ainda, que seja adotada prescrição punitiva proporcional à longa duração e à extrema
seriedade desse crime e que sua contagem se inicie no momento em que cessar o desaparecimento
forçado, dada a natureza permanente do delito.
Em síntese, temos:
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penas adequadas à
gravidade da reaparição da vítima
conduta
circunstâncias esclarecimento do
atenuantes caso
identificação dos
responsáveis
PARÂMETROS DA
CRIMINALIZAÇÃO morte
circunstâncias
agravantes
pessoas vulneráveis
proporcional à longa
duração do crime
prescrição punitiva
proporcional à
seriedade
Na sequência, destaca-se que o Estado deve assegurar a qualquer indivíduo – vítima de desaparecimento
forçado – o direito de relatar os fatos às autoridades competentes, as quais examinarão as alegações
prontamente e de forma imparcial, com a instauração de investigação, se necessário.
Para tanto, é necessário assegurar instrumentos às autoridades para conduzir a investigação (acesso a
documentos, a informações e a locais privados, desde que, no último caso, haja autorização judicial).
Em relação ao tratamento entre os Estados na defesa da Convenção contra as Pessoas Desaparecidas, fixa-
se que eles devem:
vedação à expulsão ou extradição de pessoas, quando houver suspeita de que poderá ser
vítima de desaparecimento forçado; e
vedação à detenção em segredo.
condições sob as quais pode ser emitida autorização para a privação de liberdade; e
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que toda pessoa privada de liberdade seja mantida unicamente em locais de detenção
oficialmente reconhecidos e supervisionados;
que toda pessoa privada de liberdade seja autorizada a comunicar-se com seus familiares,
advogados ou pessoa indicada e a receber sua visita;
acesso de autoridades e instituições competentes e legalmente autorizadas aos locais de
reclusão; e
que toda pessoa privada de liberdade possa iniciar processo perante uma corte, para que esta
decida, sem demora, quanto à legalidade da privação de liberdade.
A Convenção fixa, ainda, os direitos que devem ser concedidos às pessoas que são encontradas, caso tenham
sido vítima de desaparecimento forçado:
4 - DISPOSIÇÕES FINAIS
Destacam-se duas informações:
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Da parte final da Convenção é importante destacar que, se o Estado prever regras mais
favoráveis, essas deverão ser aplicáveis em detrimento da Convenção sobre o Trabalho Forçado.
Além disso, as regras constantes do documento não afetam regras estabelecidas em outros
documentos internacionais.
5 - COMISSÃO DA VERDADE
A Comissão da Verdade foi criada pela Lei nº 12.528/2011, com o objetivo de investigar as violações de
Direitos Humanos perpetradas em um determinado período histórico, denominado de Ditadura Militar,
compreendido entre 18 de setembro de 1946 a 05 de outubro de 1988.
Ela está diretamente relacionada com a Convenção Internacional para a Proteção de todas as Pessoas contra
o Desaparecimento Forçado. Por essa razão traremos esse assunto aqui.
Assim...
promover a reconciliação
nacional
5.1 - Composição
A Comissão da Verdade será composta por sete membros nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros, com os seguintes requisitos:
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Há também aquelas pessoas que não poderão fazer parte da comissão. Vejamos um esquema sobre o
assunto.
5.2 - Objetivos
É de suma importância sabermos quais os objetivos da Comissão da Verdade fixados pela Lei. Essencialmente
o objetivo é trazer à tona os fatos ocorridos durante a Ditadura Militar e, assim, punir os crimes praticados
durante esse período. Contudo, os objetivos listados foram muitos.
Vejamos todos os objetivos mencionados na Lei nº 12.528/2011 em forma de quadro para facilitar a
absorção.
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(OAB/FGV - XIV Exame de Ordem – 2014) A história recente da república brasileira conta com
capítulos autoritários e violentos. Para restituir o direito à memória e cessar a violência do silêncio
e da desinformação, o Estado brasileiro aprovou a Lei n. 12.528/11 que instituiu, no âmbito da Casa
Civil da Presidência da República, a Comissão Nacional da Verdade, como forma de realizar, no Brasil,
a Justiça de Transição.
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a) Investigar as atividades praticadas por grupos de oposição ao governo, no período de 1946 até 1988,
para apurar as responsabilidades civis e criminais de seus militantes em eventuais atos ilegais.
b) Promover uma avaliação e revisão da anistia no Brasil para, ao final, propor uma PEC que modifique
e adeque o Art. 8º, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, que trata, justamente, da
anistia.
c) Examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988, a fim
de efetivar o direito à memória e à verdade histórica, bem como promover a reconciliação nacional.
d) Examinar e esclarecer ocorrência de crimes praticados entre 1946 e 1988 que não tenham sido
resolvidos à época, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica, bem como promover a
reconciliação nacional.
Comentários
➔ encaminhar aos órgãos públicos competentes toda e qualquer informação obtida que possa auxiliar
na localização e na identificação de corpos e restos mortais de desaparecidos políticos;
➔ colaborar com todas as instâncias do poder público para apuração de violação de direitos humanos;
➔ recomendar a adoção de medidas e políticas públicas para prevenir violação de direitos humanos,
assegurar sua não repetição e promover a efetiva reconciliação nacional.
➔ promover a reconstrução da história dos casos de graves violações de direitos humanos, bem como
colaborar para que seja prestada assistência às vítimas de tais violações.
Para que esses objetivos sejam alcançados, a Comissão poderá adotar uma série de medidas. Vejamos:
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convocar, para entrevistas ou testemunho, pessoas que possam guardar qualquer relação
com os fatos e circunstâncias examinados
requisitar proteção aos órgãos públicos para qualquer pessoa que se encontre em
situação de ameaça em razão de sua colaboração com a Comissão Nacional da Verdade
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O resultado dessa conferência foi a aprovação da Convenção relativa à proteção do patrimônio mundial,
cultural e natural, conhecida como Declaração de Estocolmo.
De acordo com a doutrina especializada, podemos identificar quatro fatores que levaram à edição do
diploma:
Para fins de prova é fundamental que conheçamos os princípios que foram estatuídos do documento, os
quais podem ser resumidos nos seguintes itens:
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• Com o fim de se conseguir um ordenamento mais racional dos recursos e, assim, melhorar as
condições ambientais, os Estados deveriam adotar um enfoque integrado e coordenado de
planejamento de seu desenvolvimento.
• O planejamento racional constitui um instrumento indispensável para conciliar as diferenças que
possam surgir entre as exigências do desenvolvimento e a necessidade de proteger e de melhorar o
meio ambiente.
• Deve-se aplicar o planejamento aos assentamentos humanos e à urbanização com vistas a evitar
repercussões prejudiciais sobre o meio ambiente e a obter os máximos benefícios sociais, econômicos
e ambientais para todos.
• Nas regiões onde exista o risco de que a taxa de crescimento demográfico ou as concentrações
excessivas de população aumentem, devem ser aplicadas políticas demográficas que respeitem os
direitos humanos fundamentais e contem com a aprovação dos governos interessados.
• Deve-se confiar às instituições nacionais competentes a tarefa de planejar, de administrar ou de
controlar a utilização dos recursos ambientais dos estados, com o fim de melhorar a qualidade do
meio ambiente.
• Como parte de sua contribuição ao desenvolvimento econômico e social, deve-se utilizar a ciência e
a tecnologia para descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio ambiente.
• É indispensável um esforço para a educação em questões ambientais.
• Devem-se fomentar em todos os países, especialmente nos países em desenvolvimento, a pesquisa
e o desenvolvimento científicos referentes aos problemas ambientais.
• Os Estados têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos em aplicação de sua própria
política ambiental e a obrigação de não prejudicar o meio-ambiente.
• Os Estados devem cooperar para continuar desenvolvendo o direito internacional no que se refere à
responsabilidade e à indenização às vítimas da poluição e de outros danos ambientais.
• Indispensável considerar os sistemas de valores prevalecentes em cada país e a aplicabilidade de
normas que, embora válidas para os países mais avançados, possam ser inadequadas e de alto custo
social para países em desenvolvimento.
• Todos os países, grandes e pequenos, devem ocupar-se com espírito e cooperação, e em pé de
igualdade, das questões internacionais relativas à proteção e ao melhoramento do meio ambiente.
• Os Estados devem assegurar-se de que as organizações internacionais realizem um trabalho
coordenado, eficaz e dinâmico na conservação e no melhoramento do meio ambiente.
• É preciso livrar o homem e o seu meio ambiente dos efeitos das armas nucleares e de todos os demais
meios de destruição em massa.
O sistema começou a ser estruturado com a Organização da Unidade Africana (OUA), constituída em 1963.
Contudo, dada a dificuldade de lidar com os problemas africanos houve a substituição para a União Africana
(UA), baseada no modelo europeu de sistema e que tem por objetivo promover a democracia, os direitos
humanos e o desenvolvimento econômico dos países africanos.
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O principal documento do Sistema Africano é a Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos. É
desnecessário analisar todo o conteúdo da Carta, então, vamos, apenas, referenciar aqui as principais regras:
1 - INTRODUÇÃO
Em relação à proteção dos direitos humanos dos indígenas, destaca-se, a nível internacional, pela Declaração
Universal dos Direitos dos Povos Indígenas e, nacional, pelo tratamento conferido pela Constituição Federal,
nos arts. 231 e 232.
O edital foi expresso, referindo-se apenas à Declaração das Nações Unidas sobre os Povos Indígenas. Quanto
aos dispositivos da Constituição Federal, o tema é estudado corriqueiramente dentro de Direito
Constitucional. De todo modo, como um reforço ao estudo da matéria constitucional, vamos tratar de alguns
aspectos que consideramos relevantes, com enfoque humanístico.
Desse modo, vamos iniciar com a análise da proteção internacional, com enfoque nos principais pontos desse
diploma e, em seguida, analisaremos a legislação interna, com enfoque nos dispositivos constitucionais.
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2 - TEXTO CONVENCIONADO
A presente Declaração1 foi discutida e debatida internacionalmente por mais de 20 anos até ser adotada em
2007. Todo esse tempo justifica-se em razão dos assuntos que trata como direito à terra, recursos,
identidade indígena, não discriminação, autodeterminação, todos fundamentais à comunidade.
Como um texto declaratório que é, a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas (DUPI) enuncia
um rol de direitos que são assegurados aos indígenas.
Destaca-se que os direitos humanos e as liberdades fundamentais são assegurados a todos os indígenas,
representando, portanto, sujeitos de direitos e não meros objetos de proteção legal.
Para fins do nosso estudo, não há a necessidade de ler a DUPI, o importante é que você reconheça o rol de
direitos previstos. Diante disso, listamos os direitos humanos explicitados expressamente para esse grupo
vulnerável. Você notará que os direitos explicitados são direitos de primeira, de segunda e de terceira
dimensão.
1
Íntegra da Declaração disponível em
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Direito-dos-Povos-
Ind%C3%ADgenas/declaracao-das-nacoes-unidas-sobre-os-direitos-dos-povos-indigenas.html, acesso em
27/7/2016.
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• Direito a melhores condições econômicas e sociais, com assistência estatal em esferas como
educação, emprego, capacitação, moradia, saneamento, saúde e seguridade social, com especial
atenção aos idosos, mulheres, jovens, crianças e deficientes
• Direito à manutenção e conservação do meio ambiente e, especialmente, da produtividade de suas
terras
conservação da
diversidade biológica
A Convenção é um diploma extenso, com diversos artigos. Vamos focar, nessa análise, nos tópicos mais
relevantes, até porque trata-se de uma Convenção pouco frequente em provas de concurso público.
Área protegida significa uma área definida geograficamente que é destinada, ou regulamentada,
e administrada para alcançar objetivos específicos de conservação. Biotecnologia significa
qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus
derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica.
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Espécie domesticada ou cultivada significa espécie em cujo processo de evolução influiu o ser
humano para atender suas necessidades.
Hábitat significa o lugar ou tipo de local onde um organismo ou população ocorre naturalmente.
Material genético significa todo material de origem vegetal, animal, microbiana ou outra que
contenha unidades funcionais de hereditariedade.
País de origem de recursos genéticos significa o país que possui esses recursos genéticos em
condições in situ.
País provedor de recursos genéticos significa o país que provê recursos genéticos coletados de
fontes in situ, incluindo populações de espécies domesticadas e silvestres, ou obtidas de fontes
ex situ, que possam ou não ter sido originados nesse país.
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Na sequência, a Convenção estabelece que compete ao Estado explorar os próprios recursos, sempre com o
cuidado de não causar danos ao meio ambiente, notadamente para além dos limites estatais.
Além disso, entende-se que os países integrantes da Convenção devem agir em cooperação.
RESUMO
DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO
• O homem tem direito à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio
ambiente de qualidade.
• Os recursos naturais devem ser preservados em benefício das gerações presentes e futuras, mediante uma
cuidadosa planificação ou ordenamento.
• Deve-se manter, restaurar ou melhorar a capacidade da terra em produzir recursos vitais renováveis.
• O homem tem a responsabilidade especial de preservar e administrar judiciosamente o patrimônio da flora e
da fauna silvestres e seu habitat.
• Os recursos não renováveis da terra devem empregar-se de forma que se evite o perigo de seu futuro
esgotamento.
• Deve-se por fim à descarga de substâncias tóxicas ou de outros materiais que liberam calor, em quantidades
ou concentrações tais que o meio ambiente não possa neutralizá-los.
• Os Estados deverão tomar todas as medidas possíveis para impedir a poluição dos mares por substâncias que
possam por em perigo a saúde do homem, os recursos vivos e a vida marinha.
• O desenvolvimento econômico e social é indispensável para assegurar ao homem um ambiente de vida e
trabalho favorável e para criar na terra as condições necessárias de melhoria da qualidade de vida.
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A presente Declaração foi discutida e debatida internacionalmente por mais de 20 anos até ser adotada em 2007.
Todo esse tempo justifica-se em razão dos assuntos que trata como, direito à terra, recursos, identidade indígena, não-
discriminação, autodeterminação, todo fundamentais à comunidade.
Como um texto declaratório que é, a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas (DUPI) enuncia um rol
de direitos que são assegurados aos indígenas.
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conservação da
diversidade biológica
Compete ao Estado:
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) A Organização das Nações Unidas (ONU) realiza, desde
1972, conferências com o objetivo de debater temas ligados ao desenvolvimento e ao meio ambiente. O
Brasil sediou duas delas no Rio de Janeiro, em 1992 (Rio-92) e 2012 (Rio+20). Considerando os resultados
dessas conferências realizadas pela ONU, tanto no plano nacional como no internacional, julgue o item a
seguir.
O desenvolvimento sustentável foi definido na Declaração de Estocolmo de 1972.
Comentários
Para responder à questão devemos ter em mente o ano em que foi elaborada a Declaração de Estocolmo.
Tal documento data de 1972, em plena era do Petróleo. Dessa forma, não podemos afirmar que o conceito
de desenvolvimento sustentável provém esse período.
Comentários
A assertiva está incorreta. A Declaração de Estocolmo, que data de 1972, ainda é fortemente centrada no
antropocentrismo, ou seja, em ter o homem como centro do universo e não o biocentrismo como diz a
questão.
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c) o princípio da prevenção, também conhecido como precaução ambiental, visa à durabilidade da sadia
qualidade de vida e a continuidade das espécies.
d) o princípio do poluidor-pagador reza que o utilizador do recurso natural deve suportar o conjunto dos
custos oriundos da manipulação da natureza.
e) a previsão legal de crimes ambientais representa desdobramento lógico do Princípio da Reparação.
Comentários
5 - Os recursos não renováveis da Terra devem ser utilizados de forma a evitar o perigo do seu
==1c7550==
esgotamento futuro e a assegurar que toda a humanidade participe dos benefícios de tal uso.
Você não deve analisar se esse princípio está correto com a atual fase de evolução do Direito Ambiental,
mas apenas avaliar se é esse o conteúdo da Declaração.
4. (FCC/DPE-SP - 2013) Sobre os direitos humanos dos povos indígenas julgue o item que se segue.
A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas atribui aos Estados e aos órgãos das
Nações Unidas, especialmente o Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, a função de zelar pelo seu
cumprimento, já que a sua violação pelos Estados pode ensejar a responsabilização internacional perante a
Corte Internacional de Justiça, admitindo-se a petição individual dos índios vítimas para que figurem como
partes em questões contenciosas.
Comentários
A assertiva está incorreta. Não se fala em responsabilização estatal pelo descumprimento da declaração,
tampouco é possível a petição individual à Corte Internacional de Justiça. Não há tais previsões no
documento.
Comentários
Assertiva fácil, que está incorreta. A Convenção é Estocolmo é da década de 70, ao passo que a DUDH data
de 1948.
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Aula 08
LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) A Organização das Nações Unidas (ONU) realiza, desde
1972, conferências com o objetivo de debater temas ligados ao desenvolvimento e ao meio ambiente. O
Brasil sediou duas delas no Rio de Janeiro, em 1992 (Rio-92) e 2012 (Rio+20). Considerando os resultados
dessas conferências realizadas pela ONU, tanto no plano nacional como no internacional, julgue o item a
seguir.
O desenvolvimento sustentável foi definido na Declaração de Estocolmo de 1972.
2. (CESPE/TRF-1ªR - 2011) Em defesa do meio ambiente, o STF assim se pronunciou: “O direito à
integridade do meio ambiente — típico direito de terceira geração — constitui prerrogativa jurídica de
titularidade coletiva, refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a expressão
significativa de um poder atribuído, não ao indivíduo identificado em sua singularidade, mas num sentido
verdadeiramente mais abrangente, à própria coletividade social”.
Tendo o texto acima como referência, julgue o item abaixo com base nas disposições legais de defesa do
meio ambiente.
A defesa do direito ao meio ambiente equilibrado nasceu a partir da Declaração de Estocolmo, em 1972,
cujas premissas são marcadamente biocêntricas.
3. (COPEVE/UFAL - 2010) Acerca dos princípios do Direito Ambiental, afirma-se que
a) o princípio da participação, consagrado na Declaração do Rio de Janeiro de 1992, protege a tão somente
a participação individual na tomada de decisões relativas ao meio ambiental, não abrangendo a intervenção
de associações da sociedade civil.
b) o Princípio 5 da Declaração de Estocolmo de 1972: Os Recursos não renováveis do Globo devem ser
explorados de tal modo que não haja risco de serem exauridos e que as vantagens extraídas de sua utilização
sejam partilhadas a toda humanidade, traduz o princípio da equidade no acesso aos recursos naturais.
c) o princípio da prevenção, também conhecido como precaução ambiental, visa à durabilidade da sadia
qualidade de vida e a continuidade das espécies.
d) o princípio do poluidor-pagador reza que o utilizador do recurso natural deve suportar o conjunto dos
custos oriundos da manipulação da natureza.
e) a previsão legal de crimes ambientais representa desdobramento lógico do Princípio da Reparação.
4. (FCC/DPE-SP - 2013) Sobre os direitos humanos dos povos indígenas julgue o item que se segue.
A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas atribui aos Estados e aos órgãos das
Nações Unidas, especialmente o Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, a função de zelar pelo seu
cumprimento, já que a sua violação pelos Estados pode ensejar a responsabilização internacional perante a
Corte Internacional de Justiça, admitindo-se a petição individual dos índios vítimas para que figurem como
partes em questões contenciosas.
5. (FEPESE/SJC-SC - 2013) Julgue a alternativa:
Após a Convenção de Estocolmo, o Brasil tornou-se signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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Aula 08
GABARITO
1. INCORRETA
2. INCORRETA
3. B
4. INCORRETA
5. INCORRETA
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