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Autor:
Felipe Cavalcante e Silva, Equipe
Materiais Carreiras Jurídicas
30 de Dezembro de 2021
Sumário
Acidente do trabalho ............................................................................................................................. 4
3 - Definição ....................................................................................................................................... 9
2 - Prescrição .................................................................................................................................... 22
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Gabarito ............................................................................................................................................... 72
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1 - UM POUCO DE HISTÓRIA
Tanto o direito trabalhista como o direito previdenciário trouxeram, desde suas origens, regras para
proteger o indivíduo contra os acidentes do trabalho.
Carlos Alberto Pereira de Castro, citando Victor Russomano, afirma que “não raramente se observa
que os primeiros ensaios de uma legislação social foram feitos no domínio dos acidentes e das
moléstias profissionais”.1
Considerando que o tomador dos serviços auferia lucro e se beneficiava da mão-de-obra de seus
funcionários, a proteção contra acidentes ficava a cargo exclusivo da empresa2. O acidente era visto
como um risco profissional (risco inerente ao exercício da atividade, suportado financeiramente pelo
empresário). Para minimizar esse risco, o empregador poderia, facultativamente, contratar seguros
de acidente de trabalho em benefício de seus trabalhadores.
Com o advento da Constituição Federal de 19343, o que era tido como mero risco profissional passou
a ser entendido, também, como um risco social. De fato, como os custos do acidente eram
integralmente arcados pela empresa, a sistemática anterior deixava os trabalhadores vulneráveis em
caso de insolvência.
1
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário. 13 ed. São Paulo: Conceito
Editorial, 2011, p. 568.
2
Conforme o Decreto n. 3.724/1919, que regulava as obrigações resultantes de acidentes no
trabalho.
3
Art. 121, §1º, h.
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O ônus de garantir a manutenção da vítima de acidente do trabalho (ou seus dependentes) foi
transferido para o regime previdenciário. O seguro indenizatório (facultativo) continuou previsto na
legislação específica. Assim, a responsabilidade e os custos passaram a ser divididos entre o
empregador e a sociedade.
Em 1944, o Decreto-Lei n. 7.036 tornou o seguro por acidente de trabalho obrigatório. A Constituição
Federal de 1946 confirmou essa obrigatoriedade.
Vale notar que o mencionado decreto-lei determinou que o seguro deveria ser realizado perante a
instituição de previdência social a qual estivesse filiado o empregado (estávamos na época dos IAP -
instituto de assistência e previdência dos ferroviários, dos comerciários, dos bancários, etc). Desde
então, a cobertura do risco de acidente do trabalho passou a ser um monopólio estatal: a) o governo
concede o benefício previdenciário e b) o governo mantém o seguro indenizatório.
Ao longo dessa história, a proteção também foi se tornando mais ampla. O que inicialmente dizia
respeito apenas ao acidente de trabalho estrito senso passou a incluir as moléstias profissionais e
outras situações a elas equiparadas, como a lesão in itinere e as concausas.
A lei n. 6.195/74 estendeu o SAT aos rurícolas, que desde então fazem jus ao recebimento de
benefícios acidentários.
Percebeu-se que não bastava proteger o trabalhador depois que o acidente já tivesse ocorrido. Por
isso, o governo passou a adotar medidas para evitar os acidentes, punindo determinadas condutas e
estimulando outras. Foram criados institutos para direcionar a atuação empresarial.
Nessa aula, veremos o que vigora atualmente com relação ao tema “acidente do trabalho”, incluindo
algumas regras trabalhistas e também as ferramentas utilizadas pelo governo para estimular as boas
práticas protetivas.
2 - PANORAMA ATUAL
A Constituição Federal de 1988 menciona a proteção contra os acidentes do trabalho em duas
ocasiões:
• no art. 201, §10 (regime geral de previdência social), recentemente alterado pela EC 103/19.
In verbis:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
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Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados,
inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo
Regime Geral de Previdência Social e pelo setor privado. (Redação dada pela EC 103/19)
É essa previsão do art. 7º, XXVIII, da CF/88 que justifica a contribuição adicional exigida das empresas
pela lei n. 8.212/91 (contribuição para o SAT):
Como se vê, as empresas ajudam a financiar o sistema previdenciário como um todo (art. 23). Além
disso, pagam, também, uma contribuição específica para o financiamento do seguro contra acidente
do trabalho (art. 22, II).
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Em 1995, a lei n. 9.032 unificou as regras e a forma de cálculo, trazendo uma equivalência que
superou muitas discussões relativas à origem da incapacidade, à competência jurisdicional, etc. Essa
uniformidade vigorou por quase 25 anos.
No que tange à concessão dos benefícios, o Brasil adota a teoria do risco social (seguro social). A
responsabilidade é objetiva: havendo acidente do trabalho, o benefício será devido pelo governo
independentemente da existência de culpa ou dolo de terceiros, ou do próprio segurado. De nada
interessa saber se o trabalhador foi imprudente, negligente ou se agiu de forma deliberada para
causar o acidente de trabalho.
Por outro lado, o art. 7º, XXVIII, da CF/88, menciona que o trabalhador fará jus a uma indenização
adicional por parte do empregador, se ficar demonstrada a ocorrência de culpa ou dolo daquele.
Aqui, sim, temos responsabilidade subjetiva a ser comprovada caso a caso, nos termos da legislação
civil.
Isso se dá porque o benefício previdenciário não tem cunho indenizatório. O intuito é apenas garantir
a manutenção do trabalhador ou de seus dependentes no momento do infortúnio. Ocorre que,
muitas vezes, do acidente derivam danos morais/patrimoniais que não são reparados pela mera
implantação de um benefício. Estes danos devem ser reparados pelo agente causador em ação
autônoma, se houver ato ilícito e nexo causal.
4
Art. 26, §3º, II, da EC 103/19.
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Portanto, quando o empregador é omisso na sua obrigação de fornecer ou cobrar o uso dos
equipamentos de proteção individual, ou age de forma imprudente ao exigir jornadas de trabalho
longas e exaustivas, poderá ter que pagar esta indenização adicional prevista na própria CF/88.
Passando ao art. art. 201, §10, da CF/88, vemos que foi prevista a participação da iniciativa privada
na cobertura do risco de acidente do trabalho.
A lei prevista desde a EC 20/98 jamais foi editada. Talvez por isso, a nova redação informa que lei
(agora complementar) poderá disciplinar...
Tendo em vista que a CF/88 menciona a participação do setor privado, parcela relevante da doutrina
afirma que vigora no Brasil, hoje, um sistema misto entre a teoria do risco social e a teoria do risco
profissional.
No entanto, a participação do setor privado tem sido muito tímida, pois os empregadores (já
compelidos a pagar pelo SAT estatal) não possuem atrativos para contratar seguros na iniciativa
privada.
Atualmente, tramita no Congresso Nacional projeto de lei com o intuito de efetivamente acabar com
o monopólio do governo na cobertura do risco dos acidentes do trabalho, mediante sistema de
seguros contratados com recursos exclusivos das empresas e dos trabalhadores, como acontece em
outros países. Mas são apenas planos, por enquanto.
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3 - DEFINIÇÃO
Perceba que a CF/88 não especificou o que é “acidente do trabalho” e nem qual seria a cobertura
conferida ao público-alvo.
Atualmente, a cobertura dos riscos de acidente do trabalho é regida pela lei n. 8.213/91.
De acordo com o art. 19 da lei n. 8.213/91, acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos
segurados especiais que tenha provocado lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, de forma permanente ou temporária.
Lembro que, por força do art. 7º, XXXIV, da CF/88, todos os direitos concedidos aos empregados são
extensíveis também aos avulsos.
Importante ressaltar que nem todo acidente ocorrido na empresa dará direito a benefício
acidentário. Se não houver morte, perda ou redução da capacidade laborativa, ainda que temporária,
não haverá repercussão previdenciária.
No entanto, tratando-se de benefício acidentário, temos regra especial. Fica garantida a manutenção
do contrato por um período mínimo de 12 meses, independentemente da conversão em auxílio-
acidente. É uma estabilidade provisória que não existe no caso dos benefícios comuns.
Ademais, durante o afastamento por acidente de trabalho, o tomador de serviços fica obrigado a
continuar recolhendo o FGTS em favor do empregado, doméstico ou avulso.
Outro aspecto interessante: as faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são
consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina, conforme a
súmula n. 46 do TST.
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Na lei n. 8.213/91, encontramos dispositivo que impõe à empresa a responsabilidade pela adoção e
uso das medidas coletivas e individuais de proteção do trabalhador. Portanto, não basta entregar
luvas e capacetes. A empresa é obrigada a fiscalizar o efetivo uso dos equipamentos de proteção,
podendo demitir por justa causa o funcionário que se recuse a utilizá-lo.
Como dito um pouco acima, a cobertura dos riscos profissionais não se limita apenas à hipótese do
acidente de trabalho. Outras situações também garantem a proteção especial, como vemos na lei n.
8.213/91:
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
Acidentes são fatos súbitos, violentos, inesperados. As doenças, por outro lado, geram seus efeitos
nocivos de forma paulatina. Em ambos os casos, para que sejam consideradas acidentárias, as
morbidades devem possuir um nexo de causalidade com a atividade laborativa do indivíduo.
No caso dos acidentes, o nexo de causalidade em geral é óbvio: uma queda, explosão, amputação,
etc. No que tange às doenças, por outro lado, nem sempre é fácil verificar a conexão.
As doenças profissionais são típicas de determinadas atividades, como a silicose, a asbestose (lesão
no pulmão decorrente da aspiração de pó de amianto) e as contaminações decorrentes do contato
frequente com flúor, mercúrio, etc. Quando um trabalhador da indústria do amianto desenvolve
asbestose, o nexo causal entre a atividade e a morbidade é presumido, estando previsto (em rol
exemplificativo) nos anexos do Decreto n. 3.048/99.
Por outro lado, as doenças do trabalho correspondem às morbidades que, não sendo típicas de uma
atividade, podem ser desencadeadas em razão da forma de exercê-la. Um exemplo é a lesão por
esforço repetitivo – LER. O indivíduo pode apresentá-la por uma questão ergonômica no trabalho ou
por jogar tênis nos finais de semana. Quando a morbidade surge, somente será enquadrada como
acidentária se o nexo causal for comprovado.
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Resumindo:
Nexo de
Doença Típica da
causalidade
profissional profissão
presumido
Forma de
Doença do Nexo deve ser
exercer a
trabalho comprovado
atividade
As moléstias profissionais também geram discussões no que tange à data de aquisição do direito.
Sendo, em geral, progressiva e paulatina, a doença profissional ou do trabalho precisa de um marco
para que o benefício acidentário seja concedido.
Seria ideal que o benefício sempre fosse concedido a partir da efetiva data de início da incapacidade.
No entanto, os peritos precisam de algum elemento concreto para que a DII seja fixada de forma
retroativa. Citamos, como exemplo, o dia em que o segurado não conseguiu mais operar uma
máquina ou o dia em que foi internado em razão da doença.
Ausente esse marco objetivo, o benefício por incapacidade terá início na data de realização do
diagnóstico. Essa será, para todos os fins, a data de início da incapacidade – DII.
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Por outro lado, quando temos um pequeno acidente do trabalho (como uma leve torsão) e um
evento paralelo, externo, nitidamente mais grave se sobrepõe e dá causa à incapacidade, afasta-se a
natureza acidentária do benefício.
Quando o segurado está no curso de programa de reabilitação profissional e sofre um novo acidente,
este segundo será considerado um agravamento do primeiro, mantendo-se a natureza acidentária
se o acidente original fosse acidentário (art. 337, §2º, do decreto n. 3.048/99).
A lei n. 8.213/91 enumera situações que não são consideradas como doença do trabalho, por não
haver conexão entre a profissão e a morbidade:
Com efeito, dificilmente o empregador poderia ser culpado pelo aparecimento de Parkinson ou
Alzheimer em seu funcionário. Da mesma forma a pressão alta, diabetes e catarata, que são doenças
típicas da terceira idade.
Com relação às doenças endêmicas, chamo a atenção para a parte final da alínea d. Um engenheiro
gaúcho que seja contratado para acompanhar determinada obra na Amazônia terá direito ao
benefício acidentário se, lá chegando, for contaminado pela malária. Outro engenheiro, residente na
região, receberia o auxílio-doença comum (previdenciário).
Existem situações que são equiparadas ao acidente do trabalho para fins de concessão de benefícios,
apesar não terem, necessariamente, uma relação direta com a atividade exercida.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
(...)
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência
de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força
maior;
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Percebe-se que, no local e horário de trabalho, praticamente tudo que gere a morte, perda ou
redução da capacidade laborativa poderá ser caracterizado como acidente de trabalho, ainda que
seja um caso fortuito e absurdo.
Quando o indivíduo estiver fora do local e horário de trabalho, exige-se um liame mais forte para que
o infortúnio seja equiparado ao acidente de trabalho.
Volte um pouco e leia mais uma vez as hipóteses acima, porque elas costumam cair com bastante
frequência nas provas!
De acordo com a jurisprudência, pequenos desvios (como a parada para comprar pão) não
descaracterizam o acidente de trabalho in itinere.
Vale notar que, nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas (no local do trabalho ou durante este) o empregado é considerado
no exercício do trabalho.
Sumário
Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT...................................................................................... 15
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Apesar do caput mencionar apenas a empresa e o empregador doméstico, lembre-se que os avulsos
e os segurados especiais também fazem jus aos benefícios acidentários.
Atenção também aos prazos de que dispõe a empresa: primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência;
ou de forma imediata, em caso de morte.
Em termos práticos, o sistema foi construído de forma que o caráter acidentário de um benefício
acabava sendo definido pela existência (ou não) da CAT. Sem ela, o auxílio-doença ou a aposentadoria
por invalidez seriam concedidos como benefícios comuns (previdenciários).
No entanto, ao emitir a CAT, muitas vezes a empresa estará reconhecendo sua própria
omissão/negligência (e chamando a atenção das autoridades para esse fato).
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Como resultado, sempre tivemos índices altíssimos de subnotificação dos acidentes do trabalho, o
que prejudica o indivíduo e também a visão geral do problema por parte do governo.
Para trazer novos contornos ao tema, a legislação foi alterada em 2006 para criar uma outra forma
de estabelecimento do nexo causal. É o que veremos a seguir.
na lógica do sistema.
A partir dela, passou-se a presumir a existência de nexo causal entre o trabalho e a lesão, sempre
que verificada a relação entre o ramo de atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade.
Em outras palavras, quando o segurado vier a requerer o benefício, a perícia médica do INSS deverá
verificar se há relação estatística entre a profissão exercida e a patologia apresentada.
Para esse cruzamento de dados, são utilizadas as informações da tabela CNAE – Classificação
Nacional de Atividades Econômicas e da CID-10 – Código Internacional de Doenças.
Detectado o nexo técnico epidemiológico, o benefício será concedido como acidentário, ainda que
não tenha sido emitida a correspondente CAT.
Tal sistemática implica uma inversão do ônus da prova: uma vez estabelecido o nexo técnico
epidemiológico pela perícia do INSS, caberá ao tomador de serviços demonstrar que não concorreu
para a lesão ou morte, desde que traga documentos suficientemente fortes para afastar a presunção
legal.
Dessa forma, o NTEP permite que o governo tenha dados mais precisos no que tange à quantidade
de acidentes de trabalho ocorridos, ao tempo em que também resguarda o direito dos trabalhadores.
In verbis:
Lei n. 8.213/91
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Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará
caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de
nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a
atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade
com o que dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº
150, de 2015)
§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando
demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 11.430, de 2006)
§ 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo
técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da
empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da
Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
O §3º do mesmo dispositivo estabelece que o governo, com base nas estatísticas de acidentes do
trabalho, poderá alterar o enquadramento das empresas para efeito da contribuição a que se refere
o inciso II, a fim de estimular investimentos em prevenção de acidentes.
Dando concretude a essa norma, o decreto n. 3.048/99 estabeleceu o FAP – Fator Acidentário de
Prevenção:
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A ideia é comparar uma empresa com outras que atuem no mesmo ramo de atividade, com relação
à gravidade, frequência e custo dos acidentes a que deu causa.
A depender do FAP atribuído à empresa, esta pagará mais ou menos contribuições previdenciárias
para o financiamento do SAT (em acréscimo de até 100% ou redução de até 50%). Com isso, o
governo consegue estimular as iniciativas empresariais voltadas à redução de acidentes.
A alíquota será estabelecida para cada empresa individualizada pelo seu CNPJ, “ou pelo grau de risco
da atividade preponderante quando houver apenas um registro” (conforme a Súmula 351 do STJ,
posteriormente incorporada ao decreto).
Seguindo a mesma lógica, quando tivermos um grupo formado por matriz e filial(is), cada empresa
(individualizada por seu CNPJ) terá um FAP específico.
Os fatores acima serão ponderados em razão da média de 50% (gravidade), 35% (frequência) e 15%
(custo).
O FAP é calculado de acordo com os dados obtidos nos últimos dois anos, atualizados anualmente.
Após a divulgação anual, a empresa possui 30 dias para apresentar recurso administrativo contra o
valor que lhe foi atribuído.
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Outros aspectos relevantes ................................................................................................................. 20
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Questões comentadas ......................................................................................................................... 42
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1 - COMPETÊNCIA DE JULGAMENTO
A partir do que vimos na aula, podemos cogitar três situações distintas:
A ação manejada pelo trabalhador contra o INSS para que seja concedido um benefício acidentário;
A ação manejada pelo trabalhador contra o tomador de serviço para que seja concedida uma
indenização por danos morais/patrimoniais fundada na responsabilidade civil; e
A ação manejada contra o INSS para que seja revisada a renda mensal inicial, o salário-de-benefício,
1
salário-de-contribuição, etc, de benefícios derivados de acidente do trabalho.
De acordo com o art. 109, I, da CF/88, “compete aos juízes federais processar e julgar as causas em
que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas
à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”.
Portanto, as ações contra o INSS que tenham como causa de pedir o acidente do trabalho serão
processadas na justiça comum estadual.
A seu turno, a ação manejada contra o tomador de serviços para obter indenização por danos morais
ou patrimoniais será competência da justiça especializada do trabalho, como decorre da
jurisprudência do STF cristalizada na Súmula Vinculante n. 22:
No que tange à competência para revisão de benefício derivado de acidente do trabalho, ainda se
verifica alguma oscilação na jurisprudência.
Nessa hipótese, a causa de pedir próxima não é a ocorrência de um acidente de trabalho. É, sim, o
eventual erro do INSS em processar da forma devida o benefício.
Por uma questão de uniformização dos entendimentos, entendo que a competência deveria ser da
Justiça Federal, como já decidiu o STJ no Conflito de Competência n. 119.921/2012 e também no CC
n. 139.399/2016.
Nesses precedentes (e em diversos outros), o STJ entendeu que a ação revisional de pensão por
morte derivada de acidente de trabalho é de competência da justiça federal, pois o liame entre o
pedido de revisão e o acidente do trabalho é muito fraco.
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No entanto, com relação aos pedidos de revisão em que o próprio acidentado ainda está vivo, vem
prevalecendo o entendimento contrário. Como se vê no aresto abaixo, o STJ entende que a
competência será da Justiça Estadual Comum, pois a causa de pedir remota envolve a matéria
acidente do trabalho:
Em homenagem à coerência do sistema, entendo que a solução deveria ser a mesma para ambos os
casos.
- Revisional de pensão por morte decorrente de benefício acidentário: justiça federal (o liame entre
o acidente sofrido pelo segurado e a revisão pretendida pelo dependente é fraco demais para
justificar a competência da justiça estadual).
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2 - PRESCRIÇÃO
O art. 104 da lei n. 8.213/91 estabelece um prazo prescricional de 05 anos para as ações movidas
contra o INSS referentes a benefícios acidentários:
A prescrição atinge apenas as parcelas vencidas no quinquênio que antecede o ajuizamento da ação.
O fundo de direito permanece intacto, pois não9há previsão de decadência para o ato de requerer o
benefício. Nesse sentido, vide o seguinte acórdão do STJ:
Com relação às ações indenizatórias (ajuizadas contra o tomador de serviço) a Súmula n. 278 do STJ
define o termo inicial na data de ciência inequívoca da incapacidade:
O prazo prescricional também é de cinco anos, mas, aqui, ela fulmina o próprio fundo do direito
(decorrido esse prazo, o segurado não poderá mais pleitear o recebimento da indenização).
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Art. 120. A Previdência Social ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nos casos
de: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
I - negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas
para a proteção individual e coletiva; (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Essa hipótese de ação regressiva se funda na culpa (lato sensu) da empresa, que poderia ter evitado
o acidente, mas deixou que ele ocorresse.
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Nas palavras de Daniel Paulino, “o seguro acidentário, público e obrigatório, não pode servir de alvará
para que as empresas negligentes com a saúde e a própria vida do trabalhador fiquem acobertadas
de sua irresponsabilidade, sob pena de constituir-se verdadeiro e perigoso estímulo a esta prática
socialmente indesejável”.5
A doutrina e a jurisprudência entendem que a ação regressiva deve ser ajuizada não somente em
caso de negligência, mas também nos casos de dolo, imperícia ou imprudência do tomador de
serviços (culpa genérica).
De acordo com o art. 121 da lei n. 8.213/91, o pagamento das prestações de acidente do trabalho
pela Previdência Social não exclui a responsabilidade civil da empresa ou do causador do dano.
Isso significa que o INSS deve implantar o benefício de forma objetiva para garantir a ampla proteção
ao indivíduo, independentemente da análise de culpa ou dolo. Em todo caso, se houver culpa por
parte da empresa/tomador de serviço, ela poderá e responder em ação de regresso. A culpa é
requisito apenas da ação regressiva!
O pagamento da contribuição para custeio dos benefícios acidentários (contribuição SAT) também
não exime a empresa dessa responsabilidade regressiva. A empresa deve fazer todo o possível para
evitar o acidente! Seria um absurdo que essa obrigação caísse por terra pelo simples fato de já ter
sido pago um seguro público ou privado!
Tratando-se de ação movida pelo INSS contra o causador do dano, a ação tramitará na Justiça Federal
de 1º grau (autarquia federal no polo ativo).
Tudo o que foi dito acima decorre da autorização inserta nos arts. 120 e 121 da lei n. 8.213/91, que
prevê ação regressiva do INSS em caso de omissão da empresa no que tange às normas de segurança
do trabalho.
Ocorre que existem também outras hipóteses em que a ação regressiva é cabível!
5
Revista de Previdência Social. São Paulo: LTr, n. 182, p. 16.
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Percebeu-se que o INSS frequentemente concede benefícios em razão de ato ilícito praticado por
terceiros. É o caso do motorista embriagado que mata um indivíduo e dá ensejo à pensão por morte,
ou do companheiro que aleija a esposa e ocasiona sua aposentadoria por invalidez.
Em todos esses casos, o governo utiliza a ação regressiva não apenas em busca do dinheiro, mas
também como uma ferramenta para estimular a população a agir de determinada maneira. Se a
multa de trânsito não assusta, pense em quanto você gastaria para ressarcir ao INSS o valor de uma
aposentadoria por invalidez, paga pelas próximas décadas!
Estamos nos referindo ao INSS, mas a lógica é a mesma para os regimes próprios de previdência e,
também, para o cidadão individualmente considerado. A lei n. 8.213/91 menciona algumas das
hipóteses possíveis (acidente do trabalho e violência doméstica contra a mulher), mas a ação
regressiva decorre de ato ilícito praticado por terceiros, com base no Código Civil e diversas outras
hipóteses de ajuizamento possíveis.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
1 – ACIDENTE DE TRABALHO
Constituição Federal de 1988
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência,
as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados,
inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo
Regime Geral de Previdência Social e pelo setor privado. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
Lei n. 8.213/91
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Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de
2015)
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de
proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as
normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e
entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos
parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista
nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la
acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência
de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
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§ 5o A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
(Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)
Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do
trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade
habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico,
valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.
Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos
em parte iguais. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 2o-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos
previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2o, se o óbito do segurado decorrer de
acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho,
independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da
comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído pela Lei
nº 13.135, de 2015)
Decreto n. 3.048/99:
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SÚMULAS CORRELATAS
1 – ACIDENTE DE TRABALHO
Súmula Vinculante n. 22 do STF
Súmula n. 46 do TST
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JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
1 – ACIDENTE DE TRABALHO
STJ. Acidente ocorrido durante intervalo intrajornada. Caracterização como acidente do trabalho.
STJ. Fixação do momento de início da incapacidade no caso das moléstias profissionais. Tema 556
dos recursos repetitivos.
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TST. Ação indenizatória derivada de acidente do trabalho. Condenação da empresa com base na
responsabilidade objetiva. Possibilidade.
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Numa primeira interpretação do inciso I do art. 109 da Carta de Outubro, o STF entendeu
que as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente do
trabalho, ainda que movidas pelo empregado contra seu (ex-)empregador, eram da
competência da Justiça comum dos Estados-membros. Revisando a matéria, porém, o
Plenário concluiu que a Lei Republicana de 1988 conferiu tal competência à Justiça do
Trabalho. Seja porque o art. 114, já em sua redação originária, assim deixava
transparecer, seja porque aquela primeira interpretação do mencionado inciso I do art.
109 estava, em boa verdade, influenciada pela jurisprudência que se firmou na Corte sob
a égide das Constituições anteriores. Nada obstante, como imperativo de política
judiciária – haja vista o significativo número de ações que já tramitaram e ainda tramitam
nas instâncias ordinárias, bem como o relevante interesse social em causa –, o Plenário
decidiu, por maioria, que o marco temporal da competência da Justiça Trabalhista é o
advento da EC 45/2004.
[CC 7.204, rel. min. Ayres Britto, j. 29-6-2005, P, DJ de 9-12-2005]
STJ. Competência da justiça estadual comum para julgar ação decorrente de fato equiparado a
acidente do trabalho.
STJ. Competência da Justiça Estadual Comum para julgar ação revisional de benefício acidentário.
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IV. É firme, no Superior Tribunal de Justiça, o entendimento no sentido de que "a natureza
ressarcitória de tal demanda afasta a aplicação do regime jurídico-legal previdenciário,
não se podendo, por isso, cogitar de imprescritibilidade de seu ajuizamento em face do
empregador" (STJ, AgRg no REsp 1.365.905/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
TURMA, DJe de 25/11/2014), atingindo a prescrição do próprio direito de ação.
V. No sentido da jurisprudência deste Tribunal, "é de cinco anos o prazo para o INSS
ajuizar ação contra o empregador tendo por objetivo o ressarcimento de despesas com
o pagamento de benefício acidentário. O termo inicial da prescrição da pretensão, por
sua vez, conta-se a partir da concessão do benefício. (...)
VI. No caso, cuida-se de ação regressiva, ajuizada pelo INSS, em desfavor de empregador,
sendo o benefício, decorrente de acidente de trabalho, concedido, ao segurado, em
23/01/2004. A ação indenizatória, contudo, somente foi ajuizada em 18/09/2009,
quando já fulminado o direito de ação, pelo decurso do prazo quinquenal.
VII. Agravo Regimental parcialmente conhecido, e, nessa parte, improvido.
(STJ. REsp n. 1.460.692. Rel. Min. Assusete Magalhães. Julg. 03-11-2015)
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RESUMO DA AULA
1 – ACIDENTE DE TRABALHO
CF/88, art. 7º, XXVIII → seguro a cargo do empregador (obrigatório e estatal, com responsabilidade
objetiva), sem excluir a indenização adicional devida em caso de culpa ou dolo.
CF/88, art. 201, §10 → cobertura do acidente do trabalho atendida pelo RGPS (risco social -
preponderante) e pelo setor privado (risco profissional).
Acidente do trabalho:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 150, de 2015)
CF/88, art. 7º, XXXIV → direitos dos empregados são extensíveis aos avulsos.
Benefícios acidentários:
- Depósito do FGTS.
- Dispensa a carência.
RMI, valor e reajustamento idêntico aos benefícios comuns, salvo no caso da aposentadoria por
incapacidade (pós EC 103/19).
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Moléstias profissionais:
Nexo de
Doença Típica da
causalidade
profissional profissão
presumido
Forma de
Doença do Nexo deve ser
exercer a
trabalho comprovado
atividade
- Data de diagnóstico
Evento externo suficiente para gerar a incapacidade → não enquadra como acidentário.
Acidente no curso de reabilitação profissional → considera agravamento do acidente anterior (se era
acidentário, continua como acidentário).
- doenças degenerativas.
- doença endêmica da região (salvo se o trabalhador foi exposto ao risco em razão do trabalho).
- Fora do local e horário do trabalho → se tiver relação com o trabalho (viagem a serviço,
deslocamento casa/trabalho, prestação espontânea).
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- acidentado.
- dependentes.
- sindicato.
- médico assistente.
Prazos:
- imediato (óbito).
Para combater a subnotificação da CAT, os médicos-peritos do INSS podem estabelecer o nexo causal
entre doença e atividade a partir de dados estatísticos (CNAE – CID-10).
Lei n. 8.212/91, art. 22, §3º: com base nas estatísticas de acidentes do trabalho, o governo poderá
alterar o enquadramento das empresas para efeito da contribuição ao SAT, a fim de estimular
investimentos em prevenção de acidentes.
Art. 202-A. As alíquotas constantes nos incisos I a III do art. 202 serão reduzidas em até cinquenta
por cento ou aumentadas em até cem por cento, em razão do desempenho da empresa em relação
à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção - FAP. (Incluído pelo Decreto
n. 6.042, de 2007).
Composição do FAP:
- 50% gravidade (proporção de pensões por morte, aposentadorias por invalidez, auxílios-doença e
auxílios-acidente concedidos).
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Calculado de acordo com os dados obtidos nos últimos dois anos, atualizados anualmente.
Após a divulgação, 30 dias para apresentar recurso administrativo contra o valor atribuído à empresa.
Havendo matriz e filial, cada empresa receberá um FAP específico (individualizada pelo CNPJ).
- Justiça comum estadual (jurisprudência ainda oscila, mas parece apontar nesse sentido)
Prescrição
- Decorrido o prazo, fica fulminado o fundo de direito (não pode mais ajuizar).
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QUESTÕES COMENTADAS
1 – ACIDENTE DE TRABALHO
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário de Procuradoria (PGE PE) - 2019
A respeito de acidente de trabalho e seus efeitos previdenciários, de contagem recíproca de tempo
de contribuição e de previdência complementar, julgue o item a seguir.
Acidente de trânsito sofrido pelo segurado quando do percurso compreendido entre a sua residência
e o seu local de trabalho, ainda que envolva veículo particular do segurado, é considerado acidente
de trabalho para efeito de concessão de benefício previdenciário.
Comentários
A assertiva está correta. Decorre da literalidade do art. 21, IV, “d”, da lei n. 8.213/91:
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
(...)
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
(...)
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Vale registrar que, na CLT, o percurso entre a residência e o trabalho deixou de ser considerado
tempo à disposição do empregador em 2017. Assim, o período in itinere deixou de ensejar o
pagamento de horas extras, por exemplo, mas continua enquadrado como “acidente de trabalho”
perante a legislação previdenciária. O governo tentou acabar com essa discrepância por meio da MP
905/19 (revogando a alínea “d” acima transcrita), mas a MP não foi convertida em lei.
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Comentários
a) Falso. O art. 20 da lei n. 8.213/91 define doença profissional como a “produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social”.
b) Falso. A assertiva traz a descrição literal da doença do trabalho, conforme o art. 20, II, da lei n.
8.213/91.
d) Falso. A doença endêmica só é equiparada ao acidente do trabalho se o indivíduo tiver sido exposto
a ela em razão do trabalho. Art. 20, §1º, “d” da lei n. 8.213/91.
Comentários
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
A banca considerou a assertiva correta. Talvez merecesse alteração de gabarito, pois a da lei inclui
também o empregador doméstico no conceito.
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Comentários
Essa questão poderia ter sido anulada pela banca examinadora, mas serve de alerta.
Com a exceção da letra D, todas as alternativas estão descritas no art. 20, §1º, da lei n. 8.213/91
como hipóteses que não se equiparam ao acidente de trabalho:
A seu turno, a alternativa D se equipara ao acidente de trabalho e foi a resposta indicada como
correta.
No entanto, de forma mais técnica, a redação corresponde à doença profissional (art. 20, I) e não à
doença do trabalho exigida pelo comando da questão (art. 20, II).
O examinador utilizou o termo “doença do trabalho” de forma genérica e imprecisa, algo que,
infelizmente, ocorre com alguma frequência. Sem dúvida alguma caberia um recurso, mas não vá
ficar procurando “pelo em ovo” quando as outras alternativas estiverem nitidamente incorretas.
Comentários
O art. 21 da Lei n. 8.213/91 trata dos acidentes equiparados ao acidente de trabalho, dispondo o
seguinte no § 1º:
Lei 8.213/91.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
(...)
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Comentários
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
(..)
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
(...)
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
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b) o dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, será considerado como sendo a
data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da
segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que
ocorrer primeiro.
c) o rol de entidades mórbidas que a lei considera como acidente de trabalho é taxativo, incluindo a
doença profissional e a doença do trabalho, razão pela qual a Previdência Social não deve considerar
acidente do trabalho a doença não incluída nessa relação ainda que tenha resultado das condições
especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente.
d) a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências
do anterior, será considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho.
e) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado equipara-se ao acidente do trabalho, o que não ocorre
quando ocasionar apenas redução da sua capacidade para o trabalho, porque esta hipótese não será
considerada como concausa.
Comentários
A – Falso, pois esta hipótese equipara-se ao acidente de trabalho, conforme texto do art. 21, IV, “b”
da Lei n. 8.213/91:
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
C – Falso. O rol trazido na norma é exemplificativo e poderá ser alargado se demonstrado, no caso
concreto, o nexo causal entre lesão e trabalho. É o que dispõe o art. 20, §2º, da Lei n. 8.213/91:
Art. 20, §2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho
é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la
acidente do trabalho.
D – Falso. Se o acidente era comum e progrediu para algo mais grave, ele mantém a característica de
acidente comum. Se era acidentário, mantém a característica de acidentário. Art. 21, §2º, da lei n.
8.213/91:
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E – Falso. O acidente ligado ao trabalho que contribua para a redução da capacidade do trabalhador
também se equipara ao acidente de trabalho, o que torna a letra “e” errada:
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
Comentários
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
(...)
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência
de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força
maior;
A questão repete os exatos termos do artigo transcrito. Portanto, a assertiva está correta.
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Comentários
A alternativa incorreta é a letra B, pois contraria o disposto no art. 21, § 2º, da Lei n. 8.213/91,
segundo o qual “Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,
resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior”.
Gabarito: letra B.
Comentários
A assertiva está errada, pois o art. 21, IV, “d”, da lei n. 8.213/91 estabelece o seguinte:
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Gabarito: errado.
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Comentários
a) Sobre a letra “a”, vejamos o art. 20, II, §1º, alínea “d”:
Ou seja, a princípio, a doença endêmica de determinada região não será considerada doença do
trabalho, a não ser que reste comprovada a relação com a atividade exercida.
b) Assertiva errada, pois as doenças degenerativas não são consideradas doenças do trabalho,
consoante art. 20, §1º, a da Lei n. 8.213/91.
c) O enunciado está equivocado, pois prevê conceito correspondente à doença do trabalho (art. 20,
II, Lei n. 8.213/91).
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Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
(...)
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Comentários
A questão aborda conhecimento da lei, mais especificamente as alíneas do inciso IV do art. 21 da Lei
n. 8.213/91:
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência
de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força
maior;
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Comentários
Assertiva correta. A assertiva trata do art. 201, §10 da Constituição Federal, que tinha a seguinte
redação antes da EC 103/19:
Art. 201 § 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida
concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado
Comentários
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
(...)
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
Gabarito: Certo.
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A doença adquirida em função de condições especiais em que o trabalho seja realizado será
considerada acidente do trabalho ainda que não produza incapacidade laborativa.
Comentários
De acordo com o art. 20, §1º, alínea “c” da Lei n. 8.213/91, deve haver incapacidade laborativa. Se o
acidente não produziu incapacidade para o trabalho, não se considera existente o acidente de
trabalho:
Art. 20, §1º (Lei 8.213) - Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente ao grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
Comentários
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência
de:
ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
Gabarito: letra C.
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Comentários
A princípio, a doença endêmica de determinada região não será considerada doença do trabalho, a
não ser que reste comprovada a relação com a atividade exercida. No caso, a questão está errada,
porque, se a doença é resultante da natureza do trabalho, deve ser considerada como doença do
trabalho nos termos do artigo abaixo:
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
(...)
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
(...)
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
Gabarito: errado.
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Comentários
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
(...)
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade;
Comentários
Diana – as concausas admitem o enquadramento como acidente do trabalho, como se vê no art. 21,
I, da lei n. 8.213/91 (“Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o
acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente
para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação”).
Hermes – quando o indivíduo está fora do local e horário do trabalho, o acidente de trabalho será
caracterizado se houver um liame mais forte, como é o caso da viagem a serviço (prevista no art. 21,
III, c, da lei n. 8.213/91).
Helena – a contaminação acidental caracteriza acidente de trabalho, como se vê no art. 21, III, da lei
n. 8.213/91.
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Portanto, todos os quatro casos se enquadram como acidente do trabalho. A resposta correta está
na alternativa D.
Comentários
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência
de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
Gabarito: errado.
Comentários
Comentários
Falso. Em caso de óbito, a comunicação deve ser realizada de imediato, conforme o art. 22 da lei n.
8.213/91:
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Gabarito: Errado.
Comentários
Súmula n. 46 do TST: “As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são
consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina”.
Gabarito: Letra C.
Comentários
Gabarito: errado, pois o recurso para o Conselho possui efeito suspensivo. Art. 21-A, §2º, da lei n.
8.213/91:
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Comentários
Questão atual apesar do ano (2010). Cuida-se de transcrição literal da súmula n. 351 do Superior
Tribunal de Justiça:
SÚMULA N. 351
A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo
grau de risco desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau
de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro.
Comentários
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Comentários
O item está correto, pois repete a literalidade do art. 22, com a redação que lhe foi dada pela LC
150/2015:
Gabarito: correto.
Comentários
Ao contrário do que afirmado na parte final da questão, não há previsão de prorrogação de prazo
para a empresa, quando os outros legitimados apresentam a CAT.
O prazo (e a multa por seu descumprimento) não se aplica aos legitimados subsidiários, pois quem
tem a obrigação de apresentar a CAT é justamente a empresa.
Quando essa é omissa e algum dos outros legitimados apresenta o documento, a multa incidirá
normalmente, sem que haja previsão de prorrogação de prazo:
Lei n. 8.213:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do
trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso
de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o
limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada
nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
(...)
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu
ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste
artigo.
Gabarito: Errada
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Comentários
Falso. O prazo é idêntico para empresas e empregadores domésticos (bem como para os órgãos
gestores de mão-de-obra). Ademais, em caso de óbito, a CAT deveria ser apresentada de imediato,
como vemos no art. da Lei n. 8.213/91:
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Comentários
III – Falso. O auxílio-acidente será devido quando resultar sequela de acidente de qualquer natureza,
como se vê no art. 86 da 8.213/91:
IV – Correto. Mais um item que fala sobre o auxílio-acidente. A assertiva se embasa no art. 124, V,
da Lei n. 8.213/91:
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
seguintes benefícios da Previdência Social:
(...)
V - mais de um auxílio-acidente;
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará
caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de
nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a
atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade
com o que dispuser o regulamento.
Gabarito: Como todas as assertivas estão corretas, exceto o item III, a resposta da questão está na
letra D.
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Comentários
A ação regressiva decorre de ato ilícito praticado por terceiros. Tratando especificamente do INSS, a
lei n. 8.213/91 menciona a possibilidade de a Previdência Social ajuizar ação regressiva “nos casos de
negligência [da empresa] quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados
para a proteção individual ou coletiva” (art. 120 da lei n. 8.213/91).
Essa autorização específica mencionada na lei n. 8.213/91 não afasta a possibilidade de o INSS ajuizar
ações regressivas em outras situações, assim como também não impede que outros órgãos públicos
se valham do mesmo instrumento. Afinal, a reparação civil (direta ou por meio de ação de regresso)
está prevista no Código Civil e decorre do mero ato ilícito praticado por terceiros, que tenha nexo de
causalidade com dano moral ou material.
a) Falso. A PauliPrev possui, sim, interesse e legitimidade para postular o ressarcimento contra o
assassino. As contribuições recebidas não afetam esta prerrogativa.
b) Falso. A lei n. 8.213/91 menciona apenas o acidente de trabalho, mas o Código Civil autoriza o
ajuizamento de ação regressiva em diversas outras hipóteses.
c) Falso. Apesar da empresa ter sido omissa no fornecimento dos equipamentos de proteção
individual, este fato não possui nexo de causalidade com a morte.
Comentários
Existem basicamente dois tipos de litígios decorrentes de acidente do trabalho: a) a ação do indivíduo
contra o INSS, para obter benefício acidentário, e b) a ação do indivíduo contra o tomador de serviços,
para obter indenização por danos morais/patrimoniais.
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Comentários
Essa questão diz respeito à jurisprudência do STJ a respeito da competência para processar e julgar
as ações revisionais derivadas de benefícios acidentários.
- Revisional de benefício acidentário ajuizada pelo próprio segurado: competência da justiça estadual
comum, pois a interpretação a ser dada à expressão “causas decorrentes de acidente do trabalho”
(art. 109, I, da CF/88) é ampla, compreendendo também os pedidos de revisão delas decorrentes.
Como a causa de pedir remota é o acidente, fica tudo na justiça estadual.
Comentários
Art. 121. O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente do trabalho
não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem.
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LISTA DE QUESTÕES
1 – ACIDENTE DE TRABALHO
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário de Procuradoria (PGE PE) - 2019
A respeito de acidente de trabalho e seus efeitos previdenciários, de contagem recíproca de tempo
de contribuição e de previdência complementar, julgue o item a seguir.
Acidente de trânsito sofrido pelo segurado quando do percurso compreendido entre a sua residência
e o seu local de trabalho, ainda que envolva veículo particular do segurado, é considerado acidente
de trabalho para efeito de concessão de benefício previdenciário.
VUNESP/IPSM – Procurador - 2018
Equipara-se ao acidente do trabalho
a) a doença profissional, assim entendida aquela desencadeada ao longo da vida do trabalhador.
b) a doença profissional, assim entendida aquela adquirida ou desencadeada em função das
condições especiais em que o trabalho é realizado.
c) a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.
d) a doença endêmica adquirida pelo segurado habitante de região em que ela se desenvolva.
e) o acidente no percurso do local de trabalho até a residência do empregado, desde que realizado
em transporte público regular.
CESPE – EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho 2018
Considerando os conceitos, as causas e consequências dos acidentes de trabalho e das doenças
ocupacionais e profissionais, bem como da psicologia do trabalho, julgue o item que se segue.
Legalmente, acidente do trabalho se configura como o acidente que ocorre no exercício do trabalho
a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause perda ou
redução da capacidade de trabalho, temporária ou permanente, ou ainda a morte.
IBADE/IPERON–RO - Analista em Previdência – Auditor - 2017
Nos termos da legislação previdenciária, é considerada uma doença do trabalho a:
a) que não produza incapacidade laborativa.
b) degenerativa.
c) Endêmica, adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
d) produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
e) inerente a grupo etário.
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III. Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos da legislação previdenciária, em regra,
o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência dos
acontecimentos indicados em
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – 2014 – ADAPTADA
Julgue o item a seguir, relativo a acidente do trabalho.
A cobertura do risco de acidente do trabalho será atendida concorrentemente pelo RGPS e pelo setor
privado.
CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – 2014 - ADAPTADA
Equipara-se a acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado na prestação espontânea de
qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo o proporcionar proveito, ainda que fora do local
e horário de trabalho.
CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – 2014 - ADAPTADA
Julgue o item a seguir.
A doença adquirida em função de condições especiais em que o trabalho seja realizado será
considerada acidente do trabalho ainda que não produza incapacidade laborativa.
CESPE - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - 2017
Amanda foi agredida fisicamente, na loja onde trabalha e em horário de expediente, por cliente da
empregadora. Roberto caiu de escada enquanto prestava espontaneamente serviço à empresa, para
lhe evitar prejuízo. Tanto Amanda quanto Roberto sofreram lesões que os levaram ao afastamento
do trabalho por trinta dias.
Considerando-se o disposto na Lei n.º 8.213/1991, nessa situação hipotética
a) nem Amanda nem Roberto sofreram acidente de trabalho por equiparação.
b) somente Amanda sofreu acidente de trabalho por equiparação.
c) Amanda e Roberto sofreram acidente de trabalho por equiparação.
d) somente Roberto sofreu acidente de trabalho por equiparação.
CESPE - INSS -Técnico do Seguro Social - 2016
Com base no disposto na Lei n. 8.213/1991, que trata dos planos de benefícios da previdência social
e dá outras providências, julgue o item seguinte.
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Não é considerada doença do trabalho a doença endêmica adquirida por segurado habitante de
região em que ela se desenvolva, mesmo que essa doença seja resultante de contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
Banca: IADES- Ceitec S.A - Analista Administrativo e Operacional – Advogado - 2016
Assinale a alternativa que corresponde a uma hipótese de equiparação ao acidente de trabalho, nos
termos expressamente contidos na Lei nº 8.213/1991, que dispõe acerca dos Planos de Benefícios da
Previdência Social e dá outras providências.
a) Doença degenerativa.
b) Acidente ligado ao trabalho, que haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para
redução ou perda da respectiva capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção
médica para a própria recuperação, mas desde que, nesse caso, tenha sido a sua causa única.
c) Doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou do contato direto ou indireto determinado pela
natureza do trabalho.
d) Acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de ofensa física
ou psicológica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho.
e) Doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício da respectiva
atividade.
FCC –MANAUSPREV - Procurador Autárquico - 2015
Diana sofreu um acidente ligado a seu trabalho que, embora não tenha sido a causa única, produziu
lesão que exige atenção médica para sua recuperação. Zeus sofreu acidente no local e horário de
trabalho em consequência de inundação. Hermes sofreu acidente fora do local e horário de trabalho
em viagem a serviço da empresa. Helena foi acometida de doença proveniente de contaminação
acidental no exercício de sua atividade. Equiparam-se a acidente de trabalho para efeitos da Lei
Previdenciária de
a) apenas os casos de Diana e de Helena.
b) apenas o caso de Zeus.
c) apenas os casos de Diana e de Hermes
d) todos os quatro casos.
e) apenas os casos de Hermes, de Zeus e de Helena.
CESPE – AGU - Procurador Federal - 2013
Considerando os termos das Leis n.º 8.212/1991 e n.º 8.213/1991, bem como o que dispõem a LOAS
e o Estatuto do Idoso, julgue os próximos itens.
Caso um segurado do RGPS, no local e no horário do trabalho, seja vítima de acidente em
consequência de ato de terrorismo praticado por terceiro, tal fato não se equiparará a acidente do
trabalho.
CESPE – DPE - Defensor Público - 2013
Julgue os itens a seguir, relativos à seguridade social e a acidente do trabalho.
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De acordo com a Lei n. 8.213/1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social,
equipara-se ao acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado do RGPS no local e no horário
do trabalho, em consequência de ato de agressão praticado por terceiro.
CESPE - DPE-ES - Defensor Público - 2012
No caso de empregada de determinada empresa morrer, em seu local de trabalho, em decorrência
de queimaduras sofridas durante um incêndio ocorrido no seu horário de trabalho, a empresa será
obrigada a comunicar o acidente à previdência social até o 1o dia útil seguinte ao da ocorrência, ainda
que o incêndio não tenha sido intencional.
FCC - TRT - 11ª Região - Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017
De acordo com o entendimento Sumulado do TST, as faltas ou ausências decorrentes de acidente do
trabalho
a) são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.
b) não são consideradas para os efeitos de duração de férias, mas são consideradas para o cálculo da
gratificação natalina.
c) não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.
d) são consideradas para os efeitos de duração de férias, mas não são consideradas para o cálculo da
gratificação natalina.
e) são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina de forma
reduzida, limitando-se a quinze dias.
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A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de
multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente
aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
FCC – TST – Juiz do Trabalho Substituto – 2017 - ADAPTADA
Havendo omissão da empresa ou do empregador doméstico, a comunicação do acidente poderá ser
feita pelo próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical, o médico que o atendeu ou
qualquer autoridade pública, caso em que o prazo previsto ao empregador será prorrogado por mais
um dia útil.
FCC – TST – Juiz do Trabalho Substituto – 2017 – ADAPTADA
A Empresa, no primeiro dia útil seguinte ao de sua ocorrência, e o empregador doméstico, em até
cinco dias da ocorrência, tem o dever de comunicar à Previdência Social de todo e qualquer acidente
de trabalho por meio de emissão da CAT, independentemente do resultado que o infortúnio
ocasione.
TRT - 21ª Região - Juiz do Trabalho Substituto – 2015
Analise as assertivas abaixo e, a seguir, assinale a opção correta:
I – Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.
II – Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do
início da incapacidade laboral para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação
compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo, para este efeito, o que ocorrer
primeiro.
III – O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação
das lesões decorrentes meramente de acidente de trabalho típico, resultarem sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
IV – Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento de mais de um auxílio-
acidente.
V – A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social considerará caracterizada a natureza
acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o
trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico
e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de
Doenças.
a) todas as assertivas estão corretas;
b) apenas as assertivas I, II e V estão corretas;
c) apenas as assertivas III e V estão corretas;
d) apenas as assertivas I, II, IV e V estão corretas;
e) apenas a assertiva V está correta.
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GABARITO
1 – ACIDENTE DE TRABALHO
1. CERTO
2. C
3. CERTO
4. D
5. CERTO
6. CERTO
7. B
8. CERTO
9. B
10. ERRADO
11. A
12. A
13. CERTO
14. CERTO
15. ERRADO
16. C
17. ERRADO
18. E
19. D
20. ERRADO
21. CERTO
22. ERRADO
23. C
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31. E
32. ERRADO
33. CERTO
34. ERRADO
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