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O Auge e a Crise da
Cristandade A Inquisição
A Transição Entre
a Idade Média e a
Idade Moderna 6
1. OBJETIVOS
• Compreender a transição entre Idade Média e Idade Mo-
derna.
• Conhecer a ciência escolástica e a mística medieval.
• Analisar a crise da Cristandade e os movimentos pré-lute-
ranos.
• Conhecer as heresias medievais (cátaros, valdenses, apo-
calípticos).
• Identificar os movimentos de renovação eclesial (mendi-
cantes).
• Interpretar a Inquisição.
• Conhecer a transição da Igreja Medieval para a Igreja
Moderna.
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2. CONTEÚDOS
• Auge e crise da Cristandade (investiduras).
• Heresias medievais (cátaros, valdenses, apocalípticos).
• Movimentos de renovação eclesial (mendicantes).
• Inquisição.
• Transição entre Idade Média e Idade Moderna.
• Ciência escolástica e a mística medieval.
• Crise da Cristandade e os movimentos pré-luteranos.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
A unidade anterior abordou o tema da Cristandade medieval,
o Cisma do Oriente, o Islamismo e as Cruzadas. Agora, na Unidade
6, última unidade da disciplina História da Igreja Antiga e Medie-
val, você terá a oportunidade de estudar conceitos relacionados
ao auge e à crise da Cristandade medieval, às heresias medievais e
aos movimentos de renovação eclesial, à Inquisição e à transição
entre Idade Média e Idade Moderna, destacando a ciência esco-
lástica, a mística medieval, a crise da Cristandade e os movimentos
pré-luteranos.
Vamos lá?
Reformas monásticas
Como já vimos, na segunda fase da Idade Antiga da Igreja
(séculos 4º ao 7º), surgiram várias Ordens Religiosas no Cristia-
nismo. Elas se desenvolveram a partir do Oriente, e dali, poste-
riormente, se expandiram para o Ocidente cristão. Como muitas
instituições sociais ou religiosas, já na Idade Média, várias dessas
Ordens desapareceram.
Em contrapartida, outras, especialmente a Ordem Benedi-
tina, desenvolveram-se muito, trazendo uma grande contribuição
para a Igreja e ajudando no fortalecimento do sistema de Cris
tandade. A Ordem Beneditina teve um grande destaque em todo
este processo. Em 529, São Bento de Núrsia fundou, na Itália, o
mosteiro de Monte Cassino.
Na Europa, aconteceu uma grande expansão de mosteiros e
a regra beneditina, muito precisa e fundamentada no ora et labo-
ra (oração e trabalho), foi, aos poucos, impondo-se sobre as outras
regras do Ocidente. No início do século 8º, com o apoio dos impe-
radores em seus projetos de reforma eclesial, ela foi imposta a todo
o Ocidente e os mosteiros foram fundados em todos os países, nos
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Informação–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A reforma monástica de Cluny, na França, foi iniciada por um nobre, Guilherme, o
Pio, de Aquitânia e São Berno, um grande reformador, e expandiu-se pela Fran-
ça, Itália, Espanha, Inglaterra, Portugal, Alemanha etc. No seu apogeu, foram
mais de 1.500 mosteiros dependentes.
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Nesse mesmo período, novas ordens surgiram:
1) Em 950, São Nilo fundou o mosteiro na Calábria e, de-
pois, assumiu a abadia de Grottaferrata, em Roma.
2) Camaldolenses de São Romualdo, fundados em 982, na
Itália.
3) Valombrosa de São João Gualberto.
4) Congregação da Cava etc.
Houve, também, as reformas do clero secular, a partir do sé-
culo 11, que iniciaram, em muitas regiões, um tipo de "vida comum"
ou "vida canônica".
Desse modo, com a Reforma Gregoriana (1073-1085), foi
fortalecida a autoridade papal e a tentativa de se acabar com a
intromissão leiga dos nobres e príncipes nos assuntos da Igreja.
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Informação–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O ponto culminante dessa obra foi o IV Concílio de Latrão, em 1215, que promul-
gou pela primeira vez a doutrina da transubstanciação (no ato da consagração, o
pão e o vinho da comunhão se transformam substancialmente no corpo e sangue
de Cristo).
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Além disso, vale destacar os seguintes acontecimentos:
1) Foram condenados os valdenses, os albigenses e as dou
trinas de Joaquim de Fiore.
2) Foi decretada a Inquisição episcopal, que ordenava a cada
bispo investigar as heresias de sua diocese e extirpá-las.
3) Foi proibido fundar ordens religiosas com novas regras
monásticas.
4) Ordenou-se que fossem criadas escolas nas catedrais
para a educação dos pobres.
5) Foi proibido que os clérigos participassem de teatro, de
jogos, de caça e de outros passatempos semelhantes.
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Heresias medievais
A formação da ortodoxia cristã teve o seu auge entre os sé-
culos 4º e 7º, época dos grandes concílios ecumênicos. Com o Con-
cílio Ecumênico de Constantinopla (680-681), terminou a fase das
discussões antigas sobre a doutrina da Igreja.
Na primeira fase da Idade Média (692-1073), em função das
várias mudanças sociais e eclesiais, especialmente a questão das
instabilidades ocorridas pelas invasões bárbaras e expansão mu-
çulmana, o ambiente não foi muito favorável para a reflexão teo-
lógica.
Dentre as mudanças sociais na primeira fase da Idade Média,
estão: queda do império, invasões dos "bárbaros", fortalecimento
do sistema feudal, expansão muçulmana etc.
Assim, não surgiram heresias, mas sim várias discussões te-
ológicas sobre a doutrina cristã que não saíram do ambiente dos
mosteiros e escolas teológicas:
1) questão da Iconoclastia sobre a veneração das imagens
sagradas, iniciada em Constantinopla e esclarecida no II
Concílio de Niceia, em 787;
2) questão do Filioque, essa discussão provocou o aumen-
to das diferenças entre as Igrejas latina e grega e persiste
ainda hoje;
3) questão do Adocianismo (Jesus teria sido adotado como
Filho de Deus, desde o batismo), surgida na Espanha
com os bispos Elipando de Toledo e Félix de Urge e con-
denada no sínodo romano de 798;
4) controvérsia sobre a Predestinação, levantada pelo
monge Godescalco, do mosteiro de Fulda, na Alemanha
e condenada em vários sínodos alemães;
8. INQUISIÇÃO
Agora, estudaremos a "inquisição", entidade mais criticada
e mais incompreendida de toda a História do Cristianismo. Ela foi
um tribunal criado pela própria Igreja para combater os hereges
e aqueles que não se adequavam ao sistema da Cristandade me-
dieval. Aprofundando, podemos dizer que ela foi uma instituição,
com aspectos jurídicos precisos, que teve sua atenção voltada para
investigação dos hereges medievais e suas teorias, tendo como ob-
jetivo identificá-los e tomar as medidas para controlá-los e excluí-
los do contexto da Cristandade latina medieval.
O Pe. Giacomo Martina, historiador jesuíta, faz um juízo da
Inquisição com estas palavras, traduzidas do original italiano:
A Inquisição representa um dos pontos nevrálgicos da cristandade me
dieval, e, em geral, da História da Igreja. É necessário, porém, compre-
ender o espírito que permitiu o seu nascimento e desenvolvimento: a
intolerância era comum em toda a Idade Média e a tolerância se afir-
mou fatidicamente só na idade moderna mais recente. A Igreja, pois,
fez uso dos meios que o procedimento penal daquele tempo lhe colo
cava à disposição. Compreender isto, porém, não significa justificar ou
absolver. Não temos necessidade de justificar a Inquisição medieval e
não o faremos. A aceitação de algumas denúncias, também anônimas
e a conservação do segredo acerca de textos pesados, a exclusão qua
se geral de um defensor, a excessiva extensão do conceito de here-
sia, a aplicação da tortura, apesar dos limites e cautelas previstos pelo
Direito, a pena de morte, são atos tão distantes do genuíno espírito
evangélico: não resta senão reconhecer que, ao menos nisto, a idade
moderna, mesmo com erros e desvios, compreendeu melhor as exi
gências da mensagem cristã ( 1980, p. 130).
6) adultério;
7) bigamia;
8) prostituição;
9) ler livros proibidos;
10) infanticídio etc.
Entre os inquisidores mais conhecidos, destacam-se:
1) Bernardo Gui.
2) Tomás de Torquemada.
3) Conrado de Marburgo.
4) Pedro de Verona.
Calcula-se que, dos processos levados a termo, só foram
condenados à pena de morte 5% dos acusados. Tristes foram, tam-
bém, as acusações contra centenas de milhares de mulheres, acu-
sadas inocentemente de bruxaria, em vários países da Europa.
A Inquisição instalou-se também na Espanha, em 1480, e
em Portugal, em 1540. Calcula-se que nesses dois países houve
mais de 30 mil hereges queimados. Grande parte dos persegui-
dos e condenados era de judeus (conhecidos como cristãos-no-
vos) e muçulmanos, às vezes convertidos forçadamente ao Cris-
tianismo.
Todavia, segundo os inquisidores, continuavam praticando
suas antigas religiões. A Inquisição foi abolida em Portugal, em
1821, e, na Espanha, em 1834.
Por meio de Portugal, a Inquisição chegou também ao Brasil.
Aqui, "o Santo Ofício nunca instalou um tribunal permanente; mas
sua ação se exerceu através dos visitadores":
• Heitor Furtado de Mendonça, entre 1591 e 1595.
• Marcos Teixeira, entre 1618 e 1619.
Entretanto, eram delegados poderes aos bispos para efe
tuarem prisões, confiscar bens e enviar para Lisboa os prisioneiros
a serem julgados.
8) Benedito Spinoza.
9) René Descartes.
10) Ernest Renan etc.
A Inquisição precisa ser entendida a partir do contexto em
que ela surgiu e se expandiu. A Igreja reconheceu os erros e exces-
sos da Inquisição e deseja que não haja mais atentados contra a
vida humana por causa de assuntos religiosos.
O aspecto mais nefasto da prática inquisitorial, justificada no início
pela periculosidade não só religiosa, mas também social de certos
hereges – como os cátaros ou albigenses-, foi o de ter implantado
de maneira cada vez mais decidida e indiscriminada a luta contra a
dissidência, que se tornou perseguição contra qualquer ideologia
diferente e intolerância em relação ao legítimo pluralismo ideológi-
co (PIERINI, 1998, p. 117).
Espiritualidade
As heresias medievais (catarismo, valdenses, fraticelli etc.)
questionaram as estruturas eclesiais e sociais e os sacramentos
cristãos. Isso fez com que a Igreja refletisse sobre esse assunto e,
aos poucos, sistematizasse a "teologia dos sacramentos", até defi-
ni-los em sete, no Concílio de Trento, no século 16.
As devoções fortaleceram-se e se expandiram em torno do
"Cristo homem, crucificado e misericordioso" e também nas devo
ções à Virgem Maria e no culto aos santos (apesar do comércio de
relíquias e do crescimento das superstições). Surgiram iniciativas
de beneficência e caridade.
Ao mesmo tempo em que se desenvolvia a Ciência Esco-
lástica, foi-se fortalecendo a Mística, a qual tinha por objetivo le-
var o cristão a se aprofundar nas verdades reveladas por meio da
"contemplação interior". Assim, se a Escolástica estudava a fé por
meio da dialética, a Mística estudava a fé por meio da contempla-
ção. Nos séculos 12-14 surgiram grandes místicos, como:
1) Bernardo de Claraval.
2) Hugo de São Vítor.
3) Mestre Eckart.
4) João Tauler.
5) Henrique Suso.
6) João Ruisbroeck.
7) Santa Hildegarda de Bingen.
8) Santa Catarina de Sena.
9) Santa Gertrudes a Grande.
10) Santa Ângela de Foligno etc.
Ciência Escolástica (séculos 11-14)
Com o surgimento da cultura burguesa, aos poucos foram funda-
das as universidades em várias cidades do Ocidente cristão, quase sem-
pre, nas mãos do clero e das ordens religiosas. Nelas, havia um grande
espaço para os estudos teológicos e filosóficos, o que não tinha ocorri-
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Movimento humanista
A situação da Igreja na Idade Moderna foi muito difícil, pois
o mundo medieval, marcado por uma fé teocêntrica (Deus e Igreja
no centro de tudo), e que originou o Sistema de Cristandade, en-
trou em crise. A Idade Moderna ou Nova, cronologicamente, situa-
se do começo do século 14, e estendeu-se até o fim do século 18
(Revolução Francesa e a crise das monarquias).
A Europa está passando por grandes mudanças. Um aspecto
importante a se ressaltar foi a expansão das universidades:
As crises de crescimento típicas do período 1250-1500, embora
agravadas pelos mais diversos fatores (climáticos, higiênicos, re-
ligiosos, ambientais, econômicos, demográficos, sociais, políticos),
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Informação–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O começo do século 14 é marcado pela crise da Igreja e o declínio do poder
temporal do Papado, com o Exílio de Avinhão.
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Desse modo, o Humanismo é definido como:
[...] doutrina ou atitude que se orienta expressamente por uma
perspectiva antropocêntrica. Afirma ser o homem o criador dos va-
Papas simultâneos
O papa Gregório XI foi o último papa de Avinhão e morreu logo
depois de chegar a Roma. Mas a influência dos reis franceses era mui-
to grande em função do grande número de cardeais franceses. Neste
contexto, foi eleito o papa Urbano VI (1378-1389). Sua eleição foi du-
vidosa, segundo alguns, pois houve muita pressão no conclave para
que se elegesse um papa italiano e não um francês. O papa era um
homem piedoso e reformador, mas orgulhoso, áspero e imprudente,
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e ameaçou criar mais cardeais italianos para fazer frente aos france-
ses. Isso tudo fez com que ele se voltasse contra muitos cardeais que
se afastaram dele e elegesse outro papa, mais próximo dos interes-
ses franceses: Clemente VII (1378-1394), que se instalou em Avinhão.
Cada papa teve apoio de várias nações. O Cisma durou 37 anos.
Tentativas de solução
Houve várias tentativas de se solucionar o Cisma, todas
em vão. O Concílio de Pisa, convocado em 1409 para resolver a
questão, não conseguiu depor os dois papas e elegeu um terceiro,
Alexandre V (1409-1410), conciliador que poderia ter resolvido a
questão, mas morreu logo em seguida. Alexandre V foi sucedido
por João XXIII, totalmente indigno e mundano.
Um só papa novamente
Somente no ano de 1414 foi solucionada a questão, no Concílio de
Constança. Com o apoio do rei Sigismundo da Alemanha, os três papas
foram depostos e eleito o papa Martinho V (1417-1431), que reconduziu
a Igreja a tão esperada paz e tranquilidade. O Concílio criou vários decre-
tos de reforma e condenou as heresias de João Wiclif e João Huss.
3) Olivier Maillard.
4) O dominicano Vicente Ferrer, chamado de "o pregador
do fim do mundo".
Em pleno pontificado de Alexandre VI, da família dos Borja,
um dos papas mais indignos, Jerônimo Savonarola (1498), abalou
a opulenta Florença.
Inicialmente, por meio de sermões à moda da época:
Vede esses prelados dos nossos dias: só pensam na terra e nas coi-
sas terrestres; a preocupação pelas almas não lhes fala mais ao co-
ração. Nos primeiros tempos da Igreja, os cálices eram de madeira
e os prelados de ouro; hoje, a Igreja tem cálices de ouro e prelados
de madeira [...].
Evangelismo
Foi um movimento cristão que surgiu dos Círculos Humanis
tas Cristãos. Esse Humanismo cristão estava:
[...] marcado pelo culto da exegese bíblica, caracterizado por uma
concepção otimista do homem, por interpretações amplas dos
dogmas, pelo apego mais às experiências místicas do que às disser-
tações teológicas, pelo anseio de uma Igreja evangélica e tolerante,
mas também pela fidelidade ao corpo da Igreja romana (PIERRARD,
1982, p. 162).
Devoção moderna
Do século 14 ao 16, nasceu e se desenvolveu na Igreja um
movimento espiritual que, ligado às tendências modernas, propu
nha uma "nova orientação da vida espiritual", caracterizada pela
perda de prestígio das teorias sábias e por um método de oração
simples, razoável, acessível a todos, visando à perfeição cristã e à
união com Deus em um abandono que, aliás, não é quietismo, mas
ascese.
As causas deste novo movimento foram o culto individualista
medieval, as crises eclesiais deste período e as falhas da vida cristã
(excomunhões aleatórias, interditos, tráfico de relíquias, práticas
supersticiosas, grande parte do clero mal preparado e ineficiente).
As principais características deste movimento foram:
1) cristocentrismo prático que reforça a humanidade do
Redentor e não discute os temas teológicos, pois o fiel
deve imitar os exemplos de Cristo;
2) oração metódica, inflamada e simples;
3) tendência moralista e antiespeculativa;
4) afeto expresso no fervor e desejo de Deus;
5) biblismo, ou seja, apego à Bíblia como base da Revelação;
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6) interioridade e silêncio;
7) ascetismo e esforço da vontade: fala-se mais do exercí-
cio das virtudes e da vitória contra os vícios do que da
fidelidade às aspirações do Espírito Santo.
Os principais representantes desta corrente espiritual foram:
1) Geraldo, o Grande (1340-1381).
2) Fiorenzo Radewijnis (+1400).
3) Teodorico de Herxen.
4) Henrique Mande.
5) João Busch.
Um dos maiores representantes foi Tomás Kempis (1380-
1471), autor da Imitação de Cristo, que propõe a conformidade e a
configuração com Cristo.
Infelizmente, esses movimentos de reforma não conseguiram
o apoio esperado junto às altas esferas da hierarquia eclesiástica e
não puderam evitar o advento da Reforma Protestante, iniciada com
Martinho Lutero, a partir do ano de 1517. Mesmo assim, esses mo-
vimentos foram importantes para a Igreja porque serviram de base
para reforma eclesial articulada após o Concílio de Trento.
13. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade abordou, também, conceitos relacionados à
transição entre Idade Média e Idade Moderna, destacando a ci-
ência escolástica, a mística medieval, a crise da Cristandade e os
movimentos pré-luteranos.
Chegamos ao final da disciplina: História da Igreja Antiga e
Medieval. É oportuno observar que o presente trabalho não teve a
pretensão de esgotar o assunto, pois nosso objetivo era o de traçar
os principais pontos que o envolvem a fim de despertar o interesse
pela pesquisa nessa área.
Continue pesquisando e discuta com seus colegas diferentes
respostas para os antigos problemas. Afinal, o caminho é construí-
do a cada passo! Esperamos que, nessa caminhada rumo ao saber,
nos encontremos novamente para outras buscas.
Resta, por fim, desejar a todos sucesso nos estudos e que os
ensinamentos adquiridos na presente disciplina sejam o primeiro
passo de uma caminhada de reflexão profunda sobre os funda-
mentos teológicos dos cristãos.
Foi um prazer conhecê-lo, ensinar e aprender com você!
GONZALEZ, J. L. Uma história ilustrada do cristianismo. São Paulo: Vida Nova, 1978. v.
4-5.
GRIGULÉVITCH, I. História da inquisição. Lisboa: Editorial Progresso, 1990.
HUBERT, J. Manual de historia de la Iglesia. Barcelona: Editorial Herder, 1986.
JEDIN, H. Manual de historia de la iglesia. Barcelona: Herder, 1986. v. 4-5
MARTINA G. História da Igreja: de Lutero a nossos dias. São Paulo: Loyola, 1995. v. 1
MARTINA, G. Storia della Chiesa. Roma: Centro Ut Unum Sint ,1980.
MATHIEU-ROSAY, J. Dicionário do Cristianismo: Rio de Janeiro: Ediouro, 1990.
NIEL, F. Cátaros y Albigenses. Barcelona: Obelisco, 1998.
NOVINSKY, A.; CARNEIRO, M. L. T. Inquisição: ensaio sobre mentalidade, heresias e arte.
São Paulo: Edusp, 1992.
______. A inquisição. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
PIERINI, F. A idade média. São Paulo: Paulus, 1998.
RIBEIRO JUNIOR, J. Pequena história das heresias. São Paulo: Papirus, 1989.
SANZONI, L. La inquisición. Barcelona: Liberduplex, 2004.
PIERRARD, P. História da Igreja. São Paulo: EP, 1982.
SCHLESINGER, H.; PORTO H. Dicionário enciclopédico das religiões. Petrópolis: Vozes,
1995. v. 1.