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Resumo: Nesse estudo temos como foco os alunos da EJA (Educação de Jovens e
Adultos) matriculados na disciplina de Química, sendo um estudo que busca analisar
como o entendimento das diferentes formas de linguagem interfere no processo de
aprendizagem na disciplina, procurando relacionar a interpretação textual com o
desempenho dos alunos na resolução de determinados tipos de questões
englobadas no conteúdo de “Concentração de Soluções”, o qual foi o escolhido
para dar início a pesquisa com os jovens e adultos. Pois, tais dificuldades geram
impactos relevantes no desenvolvimento do aprendizado devido a existência de uma
ligação direta entre leitura interpretativa, decifração dos símbolos e signos de
linguagem com o seu real entendimento ao serem aplicados em conceitos
relacionados com a Química, onde suas aplicações refletem em aquisição dos
conhecimentos científicos que devem ser abordados e estruturados no ensino da
Química, imprimindo significância em temas cotidianos de nossos alunos.
Ponta Grossa,
2015.
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Licenciada em Química (Uepg – Pr), pós-graduanda em Educação de Jovens e Adultos pela Faculdade de
Pinhais – FAPI . E-mail: ely_mvaz@yahoo.com.br
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Titulação do(a) orientador(a). E-mail: e-mail do(a) orientador(a)
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INTRODUÇÃO
O ensino da Química é por muitas vezes desafiador não somente no ensino
regular, mas também na modalidade EJA (Educação de Jovens E Adultos). Na
atividade docente na área das Ciências Exatas em especifico, por vezes nos
deparamos com a grande dificuldade que os alunos apresentam no quesito leitura
e gerando como consequência dificuldades de interpretação textual das diferentes
linguagens presentes no ciclo de ensino. Questão essa que ocasiona problemas na
interpretação de qualquer gênero textual aos quais terão contato nas diferentes
áreas de ensino.
A modalidade EJA foi instituída a parti de iniciativas de estudos e propostas
incentivadas pelo governo com o objetivo de redução na taxa de analfabetismo que
na década de 1930 era muito grande, sendo também fator de diferenciação social e
econômico que dificultava o desenvolvimento nacional dificultando, o público alvo
nesta época eram pessoas analfabetas e de classe baixa (GIL, 1993). Atualmente a
Educação de jovens e Adultos (EJA) o ensino é direcionado aos jovens e adultos
que por algum motivo não tiveram a oportunidade de frequentar e concluir o ensino
básico em seu devido tempo.
Em seu art. 37 a Lei 9.394/96 da Lei de Diretrizes e Base da Educação
Nacional (LDB), enfatiza que: “A educação de jovens e adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino
fundamental e médio na idade própria” (BRASIL, 1996, p.15). Sendo assim,
reconhecer a EJA como uma modalidade de ensino. De maneira que é de sua
responsabilidade a garantia do direito a educação aos indivíduos que se
enquadram nas características de alunos da EJA, direito esse que deverá ser
considerado fundamental a todos, o qual deve ser considerado um direito
fundamental a todos, e em decorrência disto ser merecedor de proteção por parte
de medidas políticas públicas que favoreçam a educação e de ações educacionais.
Segundo, Bonenberger et al. (2006, p.1) por vezes estudantes da
modalidade EJA apresentam inúmeras dificuldades e em alguns casos acabam se
frustrando durante o decorrer da disciplina por não se considerarem capazes de
aprender química, e, por não perceberem a importância dessa disciplina no seu dia
a dia.
Porém, esquece-se que a maioria dos problemas não estão diretamente
ligados aos conhecimentos químicos, mas sim a familiaridade com os diferentes
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2 PESQUISA EMPÍRICA
O estudo contido neste artigo representa os resultados obtidos ao buscar
compreender parâmetros de interpretação das analise das linguagens escrita e
química, procurando relacionar essas dificuldades em compreensão e interpretação
das simbologias e expressões específicas do conteúdo proposto no plano de ensino
da EJA.
Esse trabalho realizou-se entre os meses de agosto e setembro de 2015,
com alunos de uma Aped, turma de EJA situada nos bairros do município, porem
com vinculo direto ao CEEBJA-PG. Fase em que conteúdos referentes aos 2º ano
do EM são expostos a turma de Educação de Jovens e Adultos, contanto 22 entre
homens e mulheres com idades médias 19 a 56 anos.
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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Passada a realização de alguns exercícios propostos, tendo casos
semelhantes sendo explicados e resolvidos passo a passo, foi possível reafirmar as
mesmas dificuldades apresentadas por alunos do EM regular, tanto os alunos da
EJA quanto os do EM apresentam as mesmas dificuldades em relação a assimilação
do conteúdo teórico, devido a deficiência em alguns conceitos prévios de cunho
textual e matemático.
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4 CONCLUSÃO
A partir do estudo anteriormente realizado com alunos do EM e agora com
alunos da Educação de Jovens e Adultos, evidencia-se mais uma vez que existe
uma relação de interdependência entre a leitura, decifração e interpretação das
diferentes linguagens postas aos alunos no decorrer de sua caminhada
acadêmica.Essa relação quando não se dá de forma satisfatória tanto na linguagem
textual, química e matemática causa um efeito dominó no aprendizado do aluno.
Pois, a má interpretação ou não entendimento por completo de determinadas
etapas da sua formação estudantil se reflete posteriormente no momento em que
estes conhecimentos que pressupomos que nossos alunos já adquiriram se faz mais
presente no processo educacional, de forma que fica muito restrita a aquisição de
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REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino.
Departamento de Ensino de Segundo Grau. Reestruturação do ensino de 2º grau –
química. Curitiba:SEED/DESG, 1993.
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1763-8.pdf> Acesso em
10 de setembro de 2015.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª Ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
SILVA, Ezequiel Theodoro Da; O ato de ler: Fundamentos Psicológicos para uma
nova pedagogia da leitura. 10ª Ed. São Paulo: Cortez, 2005.