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Gato fedorento

O homem a quem parece que aconteceu


não sei o quê

José Diogo Quintela-


o homem a quem parece que aconteceu não sei o quê.

Ricardo-
meu amigo, isto o que aconteceu foi muito simples, meu amigo.
O que aconteceu é que eu chego aqui, e sou logo confrontado com certas e
determinadas situações.
hã!?!
E eu digo: então, mas como e que é? E os gajos ah e tal. E eu: ah e tal não. x2
Atão eu venho de lá de baixo dizem-me que não sei quê, chego cá acima e afinal
parece que não, em que é que ficamos. E os gajos ah não sei que mais e o camandro.
E eu mau, queres ver que a gente tem que se chatear.
Isto não pode ser, eu sou um gajo que tá aqui a trabalhar, eu quero trabalhar. Hã!?! E
dizem-me como eu aqui ouvi, dizem-me, ah não sei quê. Mas que é isto? Que é isto?
Isto não se faz. Porque eu sou um gajo que me dou bem com toda a gente, sim senhor,
dou-me bem, por mim tá tudo bem. E fazem-me isto e há gajos que andam para aí e
fazem trinta por uma linha e depois passa tudo um incolome. é coisa que eu não
percebo. É que eu assim não venho, deixo de vir aqui e vou fazer a minha vida para
outros sítios.
Sítios onde inclusivamente, malta me diz eh pá e tal sim senhor. E é para lá que eu vou,
deixo de vir para aqui pá. Hã!?! Porque quando eu vejo que há aí palhaços pá, que
falam falam falam falam falam falam e eu não os vejo a fazer nada. Fico chateado, com
certeza que fico chateado, pá. Tá a perceber?
Hein!

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