Você está na página 1de 110

APOSTILA

CURSO DE LIBRAS
BÁSICO
1
Deficiências

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar a sua vida, aceitando as


imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter
consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.

“ Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio , de fome, de


miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

“ Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou


o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer
garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da
máscara da hipocrisia.
“ Paralitico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam
de sua ajuda.

“ Diabético” é quem não consegue ser doce.

“ Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das
deficiências é ser miserável, pois:

“ Miseráveis” são todos que não conseguem falar com Deus.

“ A amizade e um Amor que nunca morre.”

Mensagem de um grande escritor Gaúcho –


Mario Quintana (30.07.1.906–05.05.1.994)

2
Apresentação
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é a língua natural da maioria dos surdos brasileiros e é
reconhecida no Brasil pela Lei 10.436/2002 e pelo Decreto–lei 5.626/2005.

Algumas pessoas pensam ou imaginam que a comunicação com os surdos se dá por meio de
mímica ou gestos usuais, mas a língua de sinais não é uma mistura de gestos naturais e mímica, pois
ela possui uma estrutura gramatical própria com níveis linguísticos como fonológicos, morfológicos,
sintáticos e semânticos. A LIBRA está em constante evolução; devemos lembrar que ela não é uma
ciência exata, mas humana e que os sinais são relativos.

A LIBRA é um código de comunicação, como o inglês ou o francês, que representa o universo


das ideias da comunidade surda e pode expressar os mesmos conceitos da Língua Portuguesa. Mas a
LIBRAS é diferente da Língua Portuguesa e a tradução não devem ser literais. É preciso ter bom senso
para escolher quais sinais deverão ser usados obedecendo à estrutura da Língua de Sinais para entender
o sentido da mensagem. O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas orais é a sua
modalidade visual-espacial.

Assim, a pessoa que aprende LIBRAS, vivencia a “estranheza”, ou seja, sente como é a
maneira de se comunicar sem som, fazendo movimentos no ar com as mãos, acompanhado de
expressão facial e corporal, gestuais visuais baseadas no uso de mãos, dos olhos, da boca, enfim, do
corpo todo. Para conversar em LIBRAS, não basta apenas conhecer os sinais de forma isolada, é
necessário conhecer a sua estrutura gramatical combinando-as em frases.

Atenção:
Os surdos são pessoas que tem os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os
mesmos receios, os mesmos sonhos, assim como todos. Se ocorrer alguma situação
embaraçosa, uma boa dose de delicadeza. Sinceridade e bom humor nunca falham.

3
Posição das mãos

4
PRINCIPIOS GERAIS PARA O ALUNO APRENDER LIBRAS

Para que o aluno alcance um nível razoável em deu desempenho comunicativo, precisará ter o desejo
e a oportunidade de comunicar-se em LIBRAS. Por isso, as orientações metodológicas abaixo servirão
de princípios que nortearão o ensino/aprendizagem desta língua:

• Estude o material recebido, sempre que possível, com a presença de uma pessoa surda.

• Evite falar durante a aula:


Devido ao fato de as línguas de sinais utilizarem o canal gestual-visual, muitos alunos ouvintes ficam
tentados a falar em sua língua enquanto tentam formular uma palavra ou frase na língua que estão
aprendendo. Esta atitude pode ocasionar um ruído na comunicação, ou seja, uma interferência mútua
de
códigos que prejudicam o processo de aprendizagem de uma segunda língua, já que cada uma tem a
sua própria estrutura gramatical.
• Use a escrita ou expressões corporais para se expressar:
Em primeiro momento, devido ao fato de não ter o domínio da língua, o aluno motivado por uma
insegurança natural, é tentado a usar sua língua para perguntar ao professor ou aos seus colegas o que
não consegue aprender de imediato. Uma alternativa para evitar esta interferência é a utilização da
expressão corporal e facial a partir do contexto.
O erro não deve ser entendido como uma falha, mas como um processo de aprendizagem. Tenha
segurança em si mesmo. Na comunicação o erro está presente, mas o contexto ajuda a perceber a
intenção comunicativa.
• Desperte a atencao e a memoria visual:
Como os falantes de línguas orais-auditivas tendem a ter sua atenção mais voltada para este canal, é
necessário um esforço para o desenvolvimento da percepção visual do mundo. Um olhar, uma
expressão facial, uma sutil mudança na configuração das mãos são traços que podem alterar o sentido
da mensagem.
• Sempre fixe o olhar na face do emissor da mensagem:
As línguas de sinais são articulados em um espaço neutro à frente do emissor mas as expressões faciais
e corporais podem especificar tipos de frases e expressões adverbiais. É também, considerando falta de
educação desviar o olhar durante a fala de alguém, pois representa desinteresse no assunto.
• Atente-se para tudo que esta acontecendo durante a aula:
Preste atenção na conversa do professor com outro aluno e na conversa de um aluno com o outro.
Tudo é aprendizado.
• Demonstre envolvimento pelo que esta sendo apresentado:
Através do aceno de cabeça, expressão facial e certo sinal receptor demonstra ao emissor da mensagem
que está interessado, compreendendo e que este pode continuar sua sinalização (função fática da
linguagem).
• Comunicacao com colegas de classe em LIBRAS:
Mesmo em horários extraclasse ou em outro contexto, pode-se sempre exercitar e aprender as
vantagens de saber uma língua de sinais por exemplo: falar à distância, ou quando a mensagem deve
ser sigilosa.
• Envolva–se com a comunidade surda:
Como todo aprendizado de língua o envolvimento com a cultura e os usuários é importantíssimo.
Portanto, não basta ir às aulas e revê-las através de vídeos. É preciso também buscar o convívio com os
surdos para poder interagir em LIBRAS e, consequentemente, ter um melhor desempenho linguístico.
5
O contato com a comunidade surda é fundamental nesse processo de aprendizado da língua, pois além
do grande exercício que se pode fazer, é uma preciosa oportunidade de se conhecer também a cultura
dessa comunidade.
• O estudo em grupo poderá facilitar o aprendizado, bem como o estímulo individual.
• Para que um sinal seja produzido corretamente, é necessário observar os parâmetros já vistos neste
livro: configuração de mão, ponto de articulação, movimento e expressão.
• Caso não encontre um sinal para uma determinada palavra, lembre-se de que somente a comunidade
surda poderá criá-lo.
• Certifique-se de que haja claridade suficiente no momento da conversa em Libras.
• Pode ser que em sua cidade, devido ao regionalismo, os surdos utilizem alguns sinais diferentes para
a mesma palavra. Caso isto ocorra, busque conhecê-los também com o próprio surdo.
• Nem sempre você encontrará um sinal que signifique exatamente a palavra que deseja empregar.
(Caso isso ocorra, procure um sinal em Libras), que mais se aproxime. EX.: CONFECCIONAR
(FAZER)
• Os termos técnicos, possivelmente, não terão sinais específicos que os represente exatamente.
Portanto, é recomendável digitá-lo para o surdo e tentar “interpretá-lo”, até que ele, entendendo o
contexto, crie o sinal correspondente.
• Informe aos surdos sobre o que acontece ao seu redor.
• Procure dar ao surdo o máximo de informações visuais. Ex.: campainha luminosa para início e
término das aulas.
• Se você quiser chamar a atenção de um surdo, procure tocá-lo no ombro se estiver próximo, ou acene
com os braços se estiver distante.
• Exercite sempre e boa sorte!

 Usar um tom normal de voz, a não ser que


peçam para falar mais alto. Gritar não vai
adiantar.

Informaçao:
D e acordo com as pesquisas realizadas nos Estados Unidos constataram que, apesar do investimento de
anos da vida de uma criança surda e na sua oralização, ela somente é capaz de captar, através da leitura
labial, cerca de 20% da mensagem e, além disso, sua produção oral, normalmente, não é compreendida
por pessoas que não convivem cm elas.

6
BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS

A história da educação dos surdos é cheia de controvérsias e descontinuidades.

A primeira notícia que temos é do século XII, quando os surdos não eram considerados
humanos, não tinham direito à herança, não frequentavam nenhum meio social e eram proibidos
de se casarem.
Na Idade Média, com o feudalismo, os surdos começaram a ter atenção diferenciada pelo
clero (Igreja), que estava muito preocupado com o que tais pessoas faziam e por que não vinham se
confessar.
As pessoas não iam se confessar porque não apresentavam uma língua estruturante para
seu pensamento. Mas a igreja também estava muito preocupada, pois nasciam muitos surdos nos
castelos dos nobres, devido à frequência dos casamentos consanguíneos, comuns na época, visto que
a nobreza não queria dividir sua herança com outras famílias e acabavam casando-se entre primos,
sobrinhas, tios e até irmãos.

Como nos mosteiros da Igreja havia padres, monges e frades que utilizavam de uma língua
gestual rudimentar, porque nesses ambientes existia o voto do silêncio, esses religiosos foram
deslocados para esses castelos com a missão de educar os filhos surdos dos nobres em troca de
grandes fortunas.
Quanto ao método utilizado na época não temos registros, mas sabe-se que alguns
acreditavam que deveriam priorizar a língua falada, outros, a língua de sinais e outros, ainda, o
método combinado.

Em 1880, aconteceu o Congresso Mundial de Professores de Surdos em Milão, na Itália,


onde foi discutido qual seria o melhor método para a educação dos surdos. Nesse congresso
ficou resolvido que o melhor método era o oral puro, sendo proibida a utilização da língua de
sinais a partir desta data.
A partir daí, as crianças surdas, muitas vezes, tinha suas mãos amarradas para trás e eram
obrigadas a sentarem em cima das mãos ao irem para a escola, para que não usassem a língua de
sinais.

Tal opressão perdurou por mais de um século, trazendo uma série de consequências sociais
e educacionais negativas.

No Brasil, a primeira lei que viabiliza o uso da Língua Brasileira de Sinais como a
primeira língua dos surdos foi assinada em novembro de 2002 pelo Presidente Fernando
Henrique Cardoso.

 Falar diretamente com a pessoa, não de lado


ou atrás dela.

7
A Educação de Surdos no Brasil

A história da educação de surdos iniciou-se com a criação do Instituto de Surdos-Mudos, hoje é


o atual Instituto Nacional de Educação de surdos (I.N.E.S.). Fundado em 26 de setembro de 1857, pelo
professor surdo francês Ernet Hwet, que veio ao Brasil a convite do Imperador D. Pedro II para
trabalhar na educação e surdos. No início, eram educados por linguagem escrita, articulada e falada,
datilogia e sinais. A disciplina "Leitura sobre os Lábios" estaria voltada apenas para os que
apresentassem aptidões e a desenvolver a linguagem oral. Assim se deu o primeiro contato com a
Língua de Sinais Francesa trazida por Hwet e a língua dos sinais utilizada pelos alunos. É importante
ressaltar que naquele tempo, o trabalho de oralização era feito pelos professores comuns, não havia os
especialistas. Assim a comunidade surda veio conquistando seu espaço na sociedade. Hoje podemos
observar que os governos têm se preocupado com a inclusão. De acordo com a Declaração de
Salamanca (1994, p. 15):

(...) a expressão necessidades educacionais especiais refere-se a todas as crianças e


jovens cujas carências se relacionam a deficiências ou dificuldades escolares. (...)
Neste conceito, terão que se incluir crianças com deficiências ou superdotados,
crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações remotas ou
nômades, crianças de minorias linguísticas, etnias ou culturais e crianças de áreas
ou grupos desfavoráveis ou marginais.

DATAS IMPORTANTES
23 de Abril – Dia Nacional da Educação de Surdos
26 de Julho – Dia do Intérprete de Libras
21 de Setembro – Dia Nacional da Pessoa com Deficiência
26 de Setembro – Dia do Surdo
10 de Novembro – Dia Nacional da Surdez
03 de Dezembro - Dia internacional da pessoa com Deficiência
09 de Dezembro - Dia do Fonoaudiólogo
10 de Dezembro – Dia da Inclusão Social.

Fazer com que a boca esteja bem visível. Gesticular ou segura algo em frente à boca
torna impossível à leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

8
LEI DE LIBRAS

Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002.

Dispõe sobre a LÍNGUA BRASILERA DE SINAIS - Libras e dá outras providências. Eu o


presidente da república faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei.
Art. 1 - É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo Único. Entende-se como LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora. Com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de
ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Art. 2 - Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS como meio de comunicação objetiva e de
utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art 3 - As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços
públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4 - O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de educação
especial, de fonoaudióloga e de magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da
língua brasileira de sinais - libras, como parte integrante dos parâmetros curriculares nacionais -
PCNS. Conforme legislação vigente.
Parágrafo Único. A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - Libras não poderá substituir a
modalidade escrita da Língua Portuguesa.
Art. 5 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de abril de 2002; 1810 da Independência e 1140 da República. Fernando Henrique

Cardoso

PauloRenato
Souza

Texto Publicado no D.O.U. de 25.4.200

Quando o surdo estiver acompanhado de um intérprete, dirigir-se a ele, não ao intérprete.

9
Capitulo I

O que é Libras

Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais. As Línguas de Sinais (LS) são as línguas
naturais das comunidades surdas.

Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos
soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais
próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis
lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.
O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas
línguas de sinais. O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-
espacial.

Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra língua,
como o Francês, Inglês etc. Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir
poemas e peças teatrais.

LIBRAS

A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem sua origem na Língua de Sinais Francesa. As Línguas de
Sinais não são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da
cultura nacional. Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região
para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.

SINAIS

Os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no
corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos. Nas línguas de sinais podem ser encontrados os
seguintes parâmetros que formarão os sinais:

INFORMAÇÃO

O alfabeto pode ser feito com ambas a s mãos, portanto, as pessoas canhotas podem usar a mão
esquerda. Mas não se pode fazer a alternância das mãos durante a sinalização.

10
Introdução aos Parâmetros da Libras
Geralmente, as pessoas pensam que aprendendo o alfabeto manual já podem se comunicar
bem com os surdos. Mas sabemos que isso não é suficiente. Embora em alguns momentos o alfabeto
manual seja incorporado a Libras. A expressão de significados em tal língua se dá principalmente por
meio de sinais. Os sinais são compostos de unidades menores.

A Libras- Língua Brasileira de Sinais – tem sua gramática própria e organizada a partir de
alguns parâmetros que estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Nos estudos atuais
precisaremos usar os cincos parâmetros que são:

OS CINCO PARÂMETROS DA LIBRAS

Configuração das Mãos (CM)


Pontos de Articulação (PA)
Movimento (M)
Orientação (O)
Expressão Corporal e/ou Facial

Configuração das mãos (CM): são as diversas formas que uma ou as duas mãos tomam na
realização do sinal. Podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão
predominante (mão direita para os destros), ou pelas duas mãos do emissor.
Os sinais APRENDER, LARANJA E DESODORANTE-SPRAY tem a mesma configuração de
mão.
Ponto de Articulação (PA): É o espaço em frente ao corpo ou uma região do corpo, onde os
sinais são articulados. Os sinais articulados no espaço são de dois tipos: os que articulam no espaço
neutro ou tocam alguma parte do corpo.Os sinais TRABALHAR, BRINCAR, PAQUERAR são
feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER, APRENDER e DECORAR são feitos na testa.

Ex:. A mesma configuração de mão, mas com Ponto de articulação diferente:

11
Movimentos (O): os sinais podem ter um movimento ou não> os sinais RIR, CHORAR E
CONHECER tem movimento, já os sinais de AJOELHAR, EM-PÉ, SENTAR não tem movimento.

Orientação (O): Orientação é a direção para qual a palma da mão aponta na produção do
sinal. Ex. para cima, para baixo, para o corpo, para a frente, para a direita ou para a esquerda, os sinais
podem ter uma direção e a inversão desta pode significar idéia de oposição: QUERER e QUERER-
NÃO, IR e VIR.

Expressão facial e/ ou corporal (EXP.F/C): muitos sinais, além dos quatro parâmetros acima
mencionados, em sua configuração tem como traço diferenciador taambém a expressão facial e / ou
corporal, como os sinais de ALEGRE e TRISTE, MAGR@, GORD@. Observe:

12
ALFABETO MANUAL DE LIBRAS

O alfabeto de Libras (Língua Brasileira de Sinais) teve sua origem ainda no Império. Em
1856, o conde francês Ernest Huet desembarcou no Rio de Janeiro com o alfabeto manual francês e
alguns sinais. O material trazido pelo conde, que era surdo, foi adaptado e deu origem a LIBRAS.
Este sistema foi amplamente difundido e assimilado no Brasil.

No entanto, a oficialização em lei da Libras só ocorreu um século e meio depois, em abril


de 2002 – nesse período, o Brasil trocou a monarquia pela república, teve seis Constituições e
viveu a ditadura Militar.

O longo intervalo deve-se a uma decisão tomada no Congresso Mundial de Surdos, na cidade
italiana de Milão em 1880. No evento, ficou decidido que a língua de sinais deveria ser abolida,
ação que o Brasil implementou em 1881.

A Libras quase mudou o nome e só voltou a vigorar em 1991, no Estado de Minas


Gerais, com uma lei estadual. Só em agosto de 2001, com o Programa Nacional de Apoio à
Educação do Surdo, os primeiros 80 professores foram preparados para lecionar a língua brasileira
de sinais. A regulamentação da Libras em âmbito federal só se deu em 24 de abril de 2002, com a lei
nº 10.436/2002.
Alfabeto Manual é usado para comunicar nomes próprios, endereços e para alguns termos
específicos, mas somente a datilologia, como é chamada o uso do alfabeto manual, não é suficiente
para se comunicar com os surdos. A Libras é muito mais completa e complexa, como já vimos. Cada
Pais tem o seu alfabeto manual, assim como diferentes sinais, portanto a língua de sinais não é
universal, apesar de haver algumas semelhanças entre alguns países. Que ocorrem também entre
línguas orais

13
Informação:

Antigamente, entre uma palavra e outra usávamos um sinal para o espaço,


hoje não é necessário, a soletração e a pausa indicam a separação entre as palavras.
14
QUEM SÃO OS SURDOS?

São aquelas pessoas que utilizam a comunicação espaço- visual como principal meio de conhecer
o mundo, em substituição à audição e à fala. A maioria das pessoas surdas, no contato com outros surdos,
desenvolve a Língua de Sinais. Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma
comunidade surda, apenas se comunicam por gestos. Existem surdos que por imposição familiar ou
opção pessoal preferem utilizar a língua oral (fala).
Deficiência Auditiva
Termo técnico usado na área da saúde e, algumas vezes, em textos legais. Refere-se a uma perda
sensorial auditiva. Não designa o grupo cultural dos surdos.
Surdo-Mudo
Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda
utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio.
* O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é outra deficiência,
totalmente desagregada da surdez. São minorias os surdos que também são mudos. Fato é a total
possibilidade de um surdo falar, através de exercícios fonoaudiólogos, aos quais chamamos de surdos
oralizados. Também é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de
exercício.

Por isso, o surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada
clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons. Fora isto, é um erro chamá-los de
surdo-mudo. Apague esta idéia!
O que é o Surdo-Mudo?
Erro social dado ao tato de que o surdo vive num ‘’silêncio” rotulado pela própria sociedade
(por falta de conhedmento do real significado das duas palavras).
Surdez: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição
Mudez: problema ligado à voz.

O que é a deficiência auditiva?


É apenas uma perda sensorial, por isto as pessoas com problemas de audição têm potencialidade
igual à de qualquer ouvinte. Comunicação com liberdade e segurança. Para os surdos a língua de
sinais é fundamental, pois só através dela podem se comunicar.

 Audição normal – perda de até 25db


 Audição normal – perda de até 25db
 Deficiência leve- perda de 26 a 40 db
 Deficiência Moderada – perda de 41 a 55 db
 Deficiência acentuada – perda de 56 a 70 db
 Deficiência severa- perda de 71 a 90 db
 Deficiência profunda- perda acima de 90db
 Anacusia- Total ausência de db

Principais causas da surdez:

 Desordens genéticas ou hereditárias;


 Relativas a doenças infecto-contagiosas, como a rubéola;
 Sífilis, citomegalovírus, toxicoplasmose, herpes;
 Relativas à consanguinidade
 Relativas ao fator RH
 Relativas a doenças infecto-contagiosas, como a rubéola
15
 Remédios ototóxicos, drogas, alcoolismo materno
 Desnutrição, subnutrição, carências alimentares
 Pressão alta, diabetes
 Sarampo, caxumba
 Exposição contínua a ruídos ou sons muito altos,
 Traumatismo craniano, outros.

Prevenção da Surdez

 Campanha da vacinação de jovens contra a rubéola


 Campanhas de vacinação infantil contra sarampo, meningite, caxumba, etc
 Exames pré-nupciais
 Acompanhamento às gestantes
 Palestras às mães.

 Identidade Surda
 São pessoas que têm identidade surda plena, geralmente são flhos de pais surdos, têm
consciência surda, são mais politizados, têm consciência da diferença, e têm a língua de sinais
como língua materna. Usam recursos e comunicações visuais.
 Identidade Surda Híbrida
 São surdos que nasceram ouvintes e posteriormente tornam-se surdos, conhecem a estrutura
do português falado.

Dicas Importantes

Léxico é o acervo de palavras de um determinado idioma, no caso da Libras, acervo de sinais. É todo
universo de sinais que as pessoas tem a disposição para expressar-se. Características básica do léxico
é a mutabilidade, pois sempre em evolução, acontecendo de forma gradual e imperceptível.

16
Configuração de mãos

DICA:

Utilize o estudo dos parâmetros para aperfeiçoar a sua sinalização em Liras,


cada detalhe faz a diferença.

17
Vamos testar o aprendizado!

Descrevendo os Sinais

Descreva os cincos parâmetros dos sinais indicados abaixos.

Se for necessário, comunicar-se através de bilhetes. O importante é se comunicar. O


método não é tão importante

18
EXERCICIOS DE DATILOLOGIA

a) A-N-A f) K-A-K-A k) P-A-U-L-O p) D-I-A


b) B-E-A-T-R-I-Z g) G-U-G-U l) P-I-P-A q) B-A-R
c) J-O-S-E-F-A h) L-I-V-Í-A m) O-VO r) A-N-O
d) M-O-T-O i) C-A-S-A n) U-V-A s) I-V-O
e) T-I-C-O j) M-E-L o) C-O-C-A t) V-A-N-E-S-S-A
Prática da Libras: Expressão e compreensão.
Em dupla, a aluno A soletra um nome e B compreende, depois trocam de posição.

1.___________________________ 2._____________________________

3.___________________________ 4._____________________________

5.___________________________ 6._____________________________

7.___________________________ 8._____________________________

9.___________________________ 10.____________________________

Traduza: Português /Libras

1. __________________
2. _____________________
3. ___________________
4. __________________
5. _____________________
6. _______________________
7. ______________
8. ________________
19
9. _________________
10. ________________
2. Descubra quais são os nomes:

1. ___________________________
2. _______________________
3. _____________________
4. _____________________
5. ____________________
6. ____________________
7. _____________________
8. _____________________
9. ____________________
10 ________________

Dica

Observe os detalhes , e converse em Libras com os colegas, dentro e fora da sala de aula

20
DESCUBRA:

Se souber alguma língua de sinais, tentar usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender. De
modo geral, as tentativas são apreciativas e estimuladas.
21
Capitulo II
NUMERAIS
As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando utilizados como
cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou mês, horas e valores monetários.
Isso também acontece na Libras.

A língua de Sinais é a gramatical, ou seja, é errado utilizar uma única configuração das mãos para
determinados numerais que tem configurações especificas que dependem do contexto, por exemplo: o
numeral cardinal 1 é diferente da quantidade 1, como em LIVRO 1, que é diferente de PRIMEIRO-LUGAR.
Que é diferente de PRIMEIRO – GRAU, que é diferente de MÊS 1

1 – Número Cardinais

Usados como código representativo, os números cardinais de 1 a 4 são sinalizados na


horizontal. Exemplo: Número de Lei, número de telefone, número da caixa postal, Numero do
RG, Número de casa, Número de sapato, etc.

Para quantidades, geralmente a sinalização dos números de 1 a 4 é posicionada na vertical.


Exemplo: quantidade de carros, quantidade de pessoa, etc... Entretanto, somente em São Paulo,
usa esta forma de sinalização em quase todos os casos.

22
2 – Números Ordinais

São sinalizados com movimento trêmulo para cima e para baixo. Ao apresentar uma listagem,
como classificação em um pódium, o primeiro lugar deverá ser sinalizado acima em relação ao
segundo lugar e assim sucessivamente.

3 – Valores Monetários

Do 1 a 4, são sinalizados com movimento rotacional do punho, com a configuração de mão


dos números cardinais para quantidade.

Do 5 em diante faz-se o sinal do número e em seguida o sinal da moeda,

Exercitando:
1- 2 – 3 – 4 – 5 – 6 – 7 – 8 – 9 -10 - 11 - 12 – 20 – 30 - 40 – 50 – 55 – 60 – 70 – 80 – 90 – 100
– 150 – 200 – 300- 333 – 400 – 500 – 501 – 600 - 666 – 700 – 789 - 800 – 900 – 999 -
1.000 – 2.013 – 5.769 – 6.487 – 1.000.000

23
Vamos testar o aprendizado em Libras

Ditado datilológico Números Ditado datilológico - Palavra

Soletração Rítmica ou Sinais Soletrados


É um estágio da datilologia que apresenta forma, ritmo e movimento próprios. Algumas
palavras parecem transformar-se em sinais (sinal soletrado), equivalendo ao timbre das palavras.
Quase sempre há supressão ou aglutinação de letras. Ocorre frequentemente em nomes próprios e
geralmente é derivada de empréstimo linguístico da Língua Portuguesa.
Alguns sinais são realizados através da soletração expressa, uso das iniciais das palavras, cópia
do sinal gráfico pela influência da língua portuguesa escrita. Estes empréstimos sofrem mudanças
formativas, e acabam por se tornar parte do vocabulário da Libras.
Também pelo fato de algumas palavras serem soletradas ritmicamente tornam –se um “ sinal
soletrado” que podemos considerar um sinal derivado de empréstimo linguístico da língua Portuguesa,
comumente identificado pela inicialização, ou seja, quando inicial da palavra ganha um movimento, ou
quando soletramos apenas as letras inicial e a final.

Exemplos:

 N-U-N-C-A ou N-U-N = “nunca”, (movimento para trás).

 B-R : “bar” S-L = “sal” ou “sol”

 A-Z-U-L = A-Z-L = A-L = “azul”.

 SE = S-I (movimento para frente, Orientação da mão para baixo)

 PAI = P-I (indicador tocando o buço para frente com rotação do pulso)

 VAI = V-I (orientação da mão para baixo, dedos apontados para frente, movimento para frente)
24
 Arco para frente e para baixo: Ex: F-I-M

 SAL / SOL = S-L (a diferença está no P.A. S-O-L > mais alto, S-A-L > mais baixo) pulso para
fora e para dentro.

MAIS EXEMPLOS DE SR:

SE = S-I (MV para frente, O.M. para baixo)

PAI = P-I (indicador tocando o buço e MV para frente com rotação do pulso)

SAL / SOL = S-L (a diferença está no P.A. S-O-L > mais alto, S-A-L > mais baixo)

VOVÔ = V-O-V-O (usando dedos polegar, indicador e médio, unindo as pontas dos dedos 2x)
soletração rápida.

VAI = V-AI (O.M. para baixo, dedos apontados para frente, com MV para frente)

SUCO = S-U-C-O (U horizontal, com a O.M. para baixo, C com O.M. para frente, e MV de rotação
do pulso para fora e para dentro).

ALGUMAS REGRAS GRAMATICAIS CONHECIDAS

1 - Formas:
a) Arco lateral
Ex: O-I, L-U-I-Z, A-V, R-U-A, R-I-O, D-R, D-I-A, B-R, O-U-R-O
b) Arco para frente e para baixo
Ex: F-I-M

2 - Monossílabos tônicos: soletrados para cima.


Ex: P-O-´, P-A-´

3 - Monossílabos terminados em “S” ou “Z”: são soletrados para baixo.


Ex: G-A-S, G-I-Z

4 - Palavras terminadas em “U” e “X”: há inversão da O.M.


Ex: O-U, V-I-U, E-X, M-A-U

5 – Palavras terminadas em R e L: têm o movimento final alongado.


Ex: M-A-R, S-O-N-A-R, M-E-L, V-A-R-A-L

25
Apresentação

Entrevista em Libras Conversando em Libras


Dialogo I:
A – Oi, A - Oi,
B – Oi. Tudo bem? B – Oi. Tudo bem?
A – Tudo bem. A – Tudo bem.
B – Qual é o seu nome? B – Qual é o seu nome?
A – O meu nome é................................... A – O meu nome é...................
Qual é o seu nome? B- Qual Número RG?...............
B- O meu nome é..................................... A – Número RG é....................
A – Qual é a sua idade? B- Qual número casa sua?........
B- Minha Idade é.................................... A – O número da minha casa é.............
Qual é a sua idade? B – Idade?.............................................
A – Minha idade é..................................... A – Minha idade é...............................
B- Você tem sinal? B - Qual número seu telefone?............
A -............................................................. A –número meu telefone é..............
E você tem sinal?
B -............................................................. B - Obrigada!
A – Tchau! A – De nada
B – Tchau.

Cultura Surda
Escutar com os olhos

A chave para uma boa comunicação com uma pessoa surda é o claro e apropriado contato visual. É uma
necessidade, quando os surdos se comunicam. De fato, quando duas pessoas conversam em língua de sinais é
considerado rude desviar o olhar e interromper o contato visual. E como captar a atenção de um surdo? Em vez
de usar o nome da pessoa é melhor dar um leve toque no ombro ou no braço dela, acenar se a pessoa estiver
perto, ou se estiver distante, fazer um sinal com a mão para outra pessoa chamar a atenção dela. Dependendo da
situação, pode-se dar umas batidinhas no chão ou fazer piscar a luz. Esses e outros métodos apropriados de
captar a atenção dão reconhecimento à experiência dos Surdos e fazem parte da cultura surda. Para aprender
bem uma língua de sinais, precisa-se pensar nessa língua. É por isso que simplesmente aprender sinais de
um dicionário de língua de sinais não seria útil em ser realmente eficiente nessa língua. Muitos aprendem
26
diretamente com os que usam a língua de sinais no seu dia-a-dia — os surdos. Em todo o mundo, os surdos
expandem seus horizontes usando uma rica língua de sinais.

Língua: Conjunto do vocabulário de um idioma, e de suas regras gramaticais; idioma. Por exemplo: inglês,
português, LIBRAS.

Linguagem: Capacidade que o homem e alguns animais possuem para se comunicar, expressar seus
pensamentos.

Língua de Sinais: É a língua dos surdos e que possui a sua própria estrutura e gramática através do canal
comunicação visual, a língua de sinais dos surdos urbanos brasileiros é a LIBRAS, em Portugal é a LGP.

Cultura Surda: Ao longo dos séculos os surdos foram formando uma cultura própria centrada principalmente
em sua forma de comunicação. Em quase todas as cidades do mundo vamos encontrar associações de surdos
onde eles se reúnem e convivem socialmente.

Intérprete de Língua de Sinais: Pessoa ouvinte que interpreta para os surdos uma comunicação falada usando
a língua de sinais e vice-versa.

Capitulo III

Primeira Pessoa do Singular: EU


Apontar para o peito do enunciador (a pessoa que
fala).

Há, também uma forma de representar pessoas no discurso no singular ou no plural:


Singular – Todas as representações têm a mesma configuração, mudando somente a direção.

Plural – a configuração muda conforme o número de participantes, mudando também o movimento e a


direção conforme a pessoa do discurso.

Primeira Pessoa do Plural: NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS-NÓS-TOD@

27
PRONOMES POSSESSIVOS

28
Exercitando a compreensão.
Observe a DATILOLOGIA feita pel@ Instrutor@ e anote abaixo.

29
Cultura surda

A cultura surda reflete os costumes e as características das pessoas que desenvolvem através das
habilidades visuais, manuais, gestuais e corporais a sua maneira de estar no mundo, a sua maneira de se fazer no
mundo, assim como qualquer outro tipo de pessoa.

O termo cultura nos remete a costumes peculiares que caracterizam um povo, que se comunica de forma
mais direta e compartilhada, pois, somam forças para defenderem causas comuns, Por isso podemos considerar
a cultura surda, em seus mais diversos recursos tanto tecnológicos, quanto linguístico, sendo sua língua uma de
suas características mais marcantes. Encontramos nela ideias das mais sutis, complexas e abstratas.

A cultura surda vem conquistando seu espaço a cada dia, uma vez que seus membros sejam eles
ouvintes ou não, têm se organizado de maneira a comunicar para a sociedade que suas necessidades devem ser
atendidas e suas peculiaridades devem ser respeitadas, pois, não é quantidade, mas sim a qualidade das pessoas
que estão comprometidas com a comunidade que irá fazer toda a diferença.

Fazer parte da comunidade surda significa dizer que me comprometo a agir de forma ética, auxiliando
no combate aos preconceitos, que partem muito mais da falta de conhecimento em relação à comunidade e á
cultura surda.

A cultura surda não se caracteriza apenas pela língua, mesmo que esta seja uma das características mais
marcantes, pois, dependendo da região, identidades linguísticas diferentes poderão surgir.

De uma forma geral a cultura surda nos passa a impressão e compreensão de que nela não existem
barreiras em compartilharem em um viver multicultural em sociedade. A maiores barreiras partem muito mais
da falta de conhecimento que as pessoas ainda possuem em relação a elas próprias.

Atividades Prática:

Os alunos em dupla irão desenvolver um diálogo em Libras

30
Capitulo IV

Saudações

Em todas as línguas há o ritual da saudação. (Dependendo do contexto, esse cumprimento


será mais formal ou informa) e geralmente é complementado por gestos. A Libras tem também
sinais específicos para cada uma dessas situações. Assim pode-se utilizar os seguintes sinais:
BO@ D-l-A, BO@ TARDE, BO@ NOITE , O-I, TCHAU, acompanhados os não de gestos para
cumprimento:

31
32
DIÁLOGO

A) O-I,BO@ NOITE!TUDO BEM?


B) O-I,BO@ NOITE!TUDO BEM!
A) VOCÊ SURD@?
B) NÃO!EU OUVINTE.VOCÊ SURD@?
A) S-I-M.EU SURD@
B) ENTENDER,OK!
A) SE@ NOME?
ME@ NOME.(SOLETRAR NOME)
A) NÃO ENTENDER,OUTRA VEZ!
B) (SOLETRAR NOME).ENTENDER
A) ENTENDER,OBRIGAD@.TCHAU!
B) DE NADA,TCHAU

33
Agora iremos aprender Sinais referente a Familia e parentesco

34
35
36
37
38
Enriquecendo o Vocabulário
VERBOS:

LEMBRAR COMEÇAR ACABAR/TERMINAR

QUERER/ QUER/ QUERO CASA/ MORAR DESCULPA/PERDÃO

VIAJAR CONHECER ERRAR/ERRADO

ENSINAR TRABALHAR ABRAÇAR

39
ACONTECER ACEITAR ACORDAR

AJUDAR AMIGO AVISAR

BRIGAR(1) BRIGAR(2) BRINCAR

COZINHAR CRESCER DESENVOLVER

Informação:

 A Língua de sinais é um meio de comunicação essencial para um diálogo em família.


Portanto, se os pais , irmãos, tios, avós e outros parentes não souberem Libras a comunicação com
seu familiar que é Surdo pode ficar prejudicada, em consequência disso o seu desenvolvimento
também.
 Para os Surdos é a Libras que proporciona conhecimento de mundo.
40
Conversando em Libras
Dialogo 1
A-OLÁ TUDO BEM? RENATA

B-TUDO BEM E VOCE? SÔNIA

A – EU MAIS OU MENOS.

B – PORQUÊ?

A – POR QUE MINHA MÃE ESTA DOENTE.

B – FICA CALMA ELA MELHORAR.

A – OK, TCHAU !

B - TCHAU

Dialogo 2

A-OLÁ TUDO BEM?

B-TUDO BEM!

A-É A SUA FAMÍLIA?

B-MINHA FAMILIA ESTA BEM. É MUITO BOM TER UMA FAMÍLIA GRANDE!E A SUA?

A-A MINHA FAMÍLIA É PEQUENA.

B-QUANTOS IRMÃOS VOCÊ TEM?

A-TENHO 3 IRMÃOS E VOCÊ?

B-TENHO 10:5 IRMÃS E 5 IRMÃOS.

A-QUANTOS ANOS TEM O MAIS VELHO E O MAIS NOVO?

B-O MAIS VELHO TEM 31 ANOS E O MAIS NOVO TEM 16.

A-SEUS IRMÃOS SÃO CASADOS OU SOLTEIROS?

B-TENHO 5 IRMÃOS SOLTEIROS,3 CASADOS E 2 ESTÃO NAMORANDO.

A-QUANTOS ANOS TEM SEUS PAIS?

B-MINHA MÃE TEM 58 ANOS E MEU PAI 81,ELES SÃO DIVORCIADOS.

A-ENTÃO A ANA É SUA MADRASTA?

B-SIM.ELA ERA VIÚVA QUANDO CONHECEU MEU PAI.

A-ADOREI CONHECER A HISTÓRIA DA SUA FAMÍLIA.

B-A MINHA FAMÍLIA É MUITO GRANDE SOMOS MUITO UNIDOS.

A-DESCULPA, AGORA PRECISO IR!DEPOIS ME APRESENTE AS SUAS IRMÃS SOLTEIRAS

B-OK.CUNHADO!TCHAU!

A-TCHAU!

B-TCHAU!

41
CAPITULO V

APRENDENDO A GRAMATICA

Durante muito tempo, acreditou-se que as Línguas de Sinais não eram consideradas línguas por serem
icônicas.
1. As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas.
Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos,
utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.
Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua, porque elas também são compostas pelos níveis
linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.
O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas é denominado sinais, nas línguas
de sinais. O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial.
Segundo Brito (1990), a LIBRAS como todas as línguas é natural, isto é, ela é por definição natural. Assim, não
é adequado dizer que a LIBRAS é a língua natural dos surdos brasileiros.
Ela é natural devido à sua própria natureza o que a opõe a sistemas artificiais como o Esperanto, o Gestuno
(sistema de sinais semelhante a um “pidgin” utilizado por surdos de vários países em sua interação em eventos e
encontros internacionais), os diferentes códigos de comunicação (de trânsito, das abelhas, dos golfinhos etc.) e as
diferentes línguas orais sinalizadas (português sinalizado, inglês sinalizado).
Dessa forma, considera-se que a LIBRAS é ou deve ser a língua materna dos surdos não porque é a língua
natural dos surdos, mas, sim, porque, tendo os surdos bloqueios para a aquisição espontânea de qualquer língua
natural oral, eles sim é que só vão ter acesso a uma língua materna que não seja veiculada por meio do canal oral-
auditivo.
A Libras é dotada de uma gramática constituída a partir de elementos constitutivos das palavras ou itens
lexicais e de um léxico (o conjunto das palavras da língua) que se estruturam a partir de mecanismos morfológicos,
sintáticos e semânticos, que apresentam especificidade, mas seguem também princípios básicos gerais.
2) A Língua de Sinais não é Universal
A prática da língua de sinais é diferente em cada país. Veja na tabela a seguir:
SIGLAS DESCRIÇÃO PAÍS

EUA, parte do Canadá e algumas regiões do


ASL (AMESLAN) American Sign Language
México

BSL British Sign Language Reino Unido

HSE Hausa Sign Language Nigéria

JSL Japanese Sign Language Japão

LGP Língua Gestual Portuguesa Portugal

LIS Língua Italiana dei Segni Itália

LSA Lengua de Senas Argentina Argentina

LIBRAS Língua Brasileira de Sinais Brasil

LSF Langue des Signes França

USC Lengua de Senas Chilena Chile

42
Segundo a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (FENEIS), a Língua Brasileira
de Sinais, mais conhecida como LIBRAS, é a língua materna dos surdos brasileiros e pode ser aprendida por
qualquer pessoa que tenha interesse em se comunicar com essa comunidade.

Assim como as línguas orais, possui gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos próprios.
É uma língua com vida própria e autonomia, reconhecida pela linguística.

 Vale ressaltar que a LIBRAS não é uma língua de um país, e sim, de um povo que se autodenomina
Povo Surdo. Este povo possui uma organização política de vida em função de suas habilidades, neste
caso a que mais se destaca é a habilidade visual.
3) Sinais Icônicos e Sinais Arbitrário:
Os sinais podem ser classificados em sinais icônicos, quando o sinal é semelhante à realidade, ou seja,
lembram o seu significado, por exemplo: telefone, correr, milho, entre outros.

Beber Borboleta

Já os sinais arbitrários, ou convencionais, são aqueles não representam nenhuma semelhança com a
realidade, é o caso dos sinais: morango, ajudar, conseguir, conversar, entre outros.

Feijão Cor preta

43
4) Regionalidade

Como em qualquer língua, a LIBRAS também pode sofrer variações sociais e regionais. Veja alguns
exemplos:

Ajudar (SP) Ajudar (RS)

Branco (SP) Branco (RJ)

Mudanças Históricas na LIBRAS


Outra características que encontramos na LIBRAS é a transformação do sinal ao longo do tempo. Assim
como toda língua evolui, na LIBRAS não poderia ser diferente.

Veja o exemplo:

Vovô (antigo) Vovô (atual)

44
6-Gêneros
Outra regra da LIBRAS é a aplicação do símbolo @, que é usado tanto para o sexo masculino quanto para o
feminino, pois LIBRAS não possui marcas de gênero (masculino e feminino).
O Símbolo @ é utilizar para indicar que o sinal tem flexão de gênero.
Para denominar o gênero masculino ou feminino deve-se acrescentar antes o sinal de homem ou mulher. O
@ pode ser utilizado em:
Veja a seguir alguns exemplos:
Ele e Ela = EL@

Bonita ou Bonito = BONIT@


Artigo: @ Presidente (a, o);

Família: Ti@; cunhad@; irm@;

Animais: coelh@;

Numeral: D@is (duas);

Pronome: El@;

Adjetivo: Bonit@;

Substantivo: Fri@;

Cor: Pret@

Exemplo de aplicação em frases

EL@ TRABALHAR.

EL@ TER GAT@ BRANC@.

MAMÃE VAI PASSEAR COM SE@ FILH@.

Sistema de Transcrição para a LIBRAS.


A LIBRAS será representada a partir das seguintes convenções:
1. Os sinais da LIBRAS, para efeito de simplificação, serão representados por itens lexicais da Língua
Portuguesa (LP) em letras maiúsculas.

Exemplos: CASA, ESTUDAR, FAMÍLIA;

2. Um sinal, que é traduzido por duas ou mais palavras em língua portuguesa, será representado pelas
palavras correspondentes separadas por hífen.

Exemplos: CORTAR-COM-FACA "cortar", QUERER-NÃO "não querer", MEIO-DIA "meio-dia",


AINDA-

Na Libras, assim como no português NÃO "ainda não", etc;, existem sinais simples e compostoa, ou
seja, existem significados que precisam da produção de mais de um sinal para fazer sentido no discurso em
Libras, como por exemplo a sequência de sinalização CASA^ESTUDAR que significa escola, assim como
CASA^CRUZ que significa igreja.
45
Para sinalizar designando o gênero na maioria das vezes também é necessário a produção de sinais,
como por exemplo: HOMEM^PROFESSOR@ OU MULHER^FILH@. É importante que o sinal de gênero
(HOMEM/MULHER) anteceda o sinal especifico (AMIG@, IRM@, etc.) dando mais sentido a sua
enunciação em Libras. Portanto para especificar gênero na maioria da s vezes precisamos também produzir
um sinal composto. Devemos perceber que em casos de pessoas que já se conhecem e determinados
contextos a apresentação do gênero pose ser dispensada. Vale lembrar que um sinal composto, é formado
por dois ou mais sinais, que será representado por duas ou mais palavras, mas com a idéia de uma única
coisa, serão separados pelo símbolo ^ .

Exemplos: CAVALO^LISTRA “zebra”;

4. A datilologia ( alfabeto manual), que é usada para expressar nome de pessoas, de localidades e outras
palavras que não possuem um sinal, está representada pela palavra separada, letra por letra por hífen.
Note também que os sinais em LIBRAS são representados em letras maiúsculas, e a datilologia (alfabeto
manual) além desta característica, aplica-se o hífen para a separação das mesmas.

Exemplos: E-S-C-R-E-V-E-R, C-A-S-A, M-A-R-I-A


J-O-Ã-O, A-N-E-S-T-E-S-I-A;
Notas sobre a transcrição da língua de sinais.
Como podem perceber, nesta apostila ou em outras publicações, quando escrevemos uma palavra de
referindo a um sinal da Libras ela deve estar em caixa alta, ou seja, toda em letras maiúsculas, e a
chamamos de GLOSA.
Quando usamos o Simbolo ^entre duas palavras, significa a transcrição de dois sinais para designar
apenas um significado.
O símbolo @ é utilizado para transcrever o sinal que não especifica flexão de gênero. Exemplo:
EL@; CUNHAD@; COELH@; BONIT@;PRET@.
A transcrição deve ser feita a partir de um texto produzido em Libras, como por exemplo um vídeo, a
transcrição é uma espécie de anotação dos sinais usando GLOSAS, entretanto ela não dá conta de
todas as características da Libras, pois como vocês já aprenderam, as expressões faciais e corporais
compreendem m dos parâmetros da língua de sinais e uma palavra não é suficiente para descrevê-las.
Portanto, não é o objetivo do curso ensinar aa transcrição da língua de sinais.

Exemplos:
Libras: EL@ TRABALHAR CASA^ESTUDAR.
Português: Ela trabalha na escola.
Libras:EL@ TER MULHER^GAT@ BRANC@.
Português: Ela tem uma gata branca.

QUANTO À SEMÂNTICA: os sinais podem ser:


Polissêmicos: quando possuem dois ou mais significados, de acordo com o contexto.
Ex: egoísta/problema meu, à toa/tédio/”ficar”
Tautológicos: quando possuem dois ou mais sinais que representam o mesmo significado Ex: verde,
branco.

46
Pesquisando:

Pesquise nos dicionários on-line 5 sinais compostos, 05 sinais arbitários, 05 sinais icônicos e 05 sinais
simples, que não foram apresentados ou discutidos em sala de aula. Anote e traga na próxima aula.

47
CAPITULO VI

Sinais de Calendários e Diversos

48
49
50
51
Enriquecendo o Vocabulário
ESCREVER ESPERAR DORMIR

MORRER NASCER OBEDECER

AFASTAR/SEPARAR SUBIR DESCOBRIR

 É muito grosseiro passar por entre duas pessoas que estão se comunicando através da língua de
sinais, pois isto atrapalha ou impede a conversa.

52
Diálogo 1
A – OLÁ. TUDO BEM?
B - OLÁ. TUDO BEM!
A – VOCÊ VIAJAR QUE DIA?
B – EU VIAJAR SEXTA-FEIRA A NOITE.
A – SE@ P-A-I VIAJAR TAMBÉM?
B – VIAJAR –NÃO PRECISAR TRABALHAR.
A – AH! BOA VIAJAR.
ENCONTRAR VOCE SEMANA QUE –VEM.
B – OBRIGADA! TCHAU.
A – DE NADA. TCHAU.

Diálogo 2

A - O-I BOA NOITE. TUDO BEM?


B – BOA NOITE. TUDO BEM!
A – ME@ NOME----------------SE@ NOME--------------------------
B – ME@ SINAL----------------SE@ SINAL--------------------------
A – VOCE MORAR LUGAR?------------------------------------------
B - ----------------------------------------------------------------------------
A – IDADE--------- VOCE CASAD@, SOLTEIR@, VIÚV@ OU SEPARAD@?
B-------------------------------------------------------------------------------
A – VOCE FILHOS TER------------------QUANTOS?-------------------

Exercitando a compreensão

Observe a sinalização do Instrutor e anote abaixo:

53
Cultura Surda

Setembro é o mes que marca a lembrança das pessoas surdas, de suas lutas e
conquistas. Alia-se a cor azul, que simboliza a comunidade surda em todo o mundo e está
presente no laço que representa o conceito de SER SURDO.

A Fita Azul

A fita azul foi introduzida em Brisbane, na Austrália, em julho de 1999, no


Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos. Durante o evento foi feita a
sensibilização da luta dos Surdos e suas famílias ouvintes, através dos tempos.
Desde então, tornou-se parte da cultura surda usar uma fita azul. Este símbolo "engloba uma
história, uma cultura, uma língua, um povo, representa a opressão enfrentada pelas pessoas
surdas ao longo da história, representa as suas silenciosas vozes em um mar de línguas
faladas.“
A cor azul foi escolhida para representar "O Orgulho Surdo", para homenagear todos os que
morreram depois de serem classificados como "surdo" durante o reinado da Alemanha
nazista.
Ao recordarmos a opressão dos Surdos no passado e hoje, está se tornando claro para um
número maior de pessoas que os Surdos podem fazer qualquer coisa, exceto ouvir.
Aqueles que usam a fita azul têm orgulho em mostrar um pouco de sua própria cultura: “A
Cultura surda”.

"Surdez não é uma deficiência, mas uma cultura".

Dicas: Ao final de uma apresentação a salva de palmas para surdos é produzida pelo balançar das
mãos, em posição alta na direção da cabeça, para que visualizem a felicidade de seus amigos em
compartilhar momentos prazerosos.

Já para os ouvintes batem-se palmas produzindo som.

54
Capitulo VII
Advérbios de tempo
Na Libras não há marca de tempo nas formas verbais, é como se , nas frases, muitos verbos
ficassem no infinitivo. O tempo é marcado sintaticamente através do advérbio de tempo que indicam se
ação esta ocorrendo no presente: HOJE AGORA.

Ocorreu no passado ONTEM E ANTEOTEM: Ou irá ocorrer no futuro: AMANHÃ. Por isso os
advérbios geralmente vêm no começo da frase, mas podem ser usados também no final.

Quando não há, na frase, um adverbio de tempo especifica geralmente a frase no presente, não é
marcada, ou seja, não há nenhuma especificação temporal: já para a frase no passado, pose-se utilizar -
sinal PASSADO ou seja, JÁ, e para a frase no futuro pode-se utilizar sinal de FUTURO.

 Nenhuma marca – Traz a ideia de tempo presente


 PASSADO – Traz a ideia de ação/evento que foi realizado;
 FUTURO – Traz a ideia de ação/ evento que será realizado

Exemplos:
 Presente: HOJE, AGORA, JÁ.....
 Passado: ONTEM, ANTEONTEM, ANTIGAMENTE.....
 Futuro: AMANHÃ, DEPOIS, FUTURO..

VEJA ABAIXO ALGUNS EXEMPLOS:

 HOJE SHOPPING PASSEAR QUERER.

 SEMANA PASSADA EU MÉDICO IR.

 AMANHÃ DIA-TODO TRABALHAR

Atenção:
Respeitando sintaxe da Libras , ou seja, esta ordem de sinalização, há menos risco de ambiguidade,
porque fica claro o tempo verbal apresentado no contexto.

Exercício de compreensão:
1 – Agora em individual cada aluno deverá fazer 05 frases usando os advérbios no tempo certo e
apresentar na sala de aula.
_________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

55
Tipos de frases na Libras

Existem quatro tipos de frases que produzimos em Língua Brasileira de Sinais. Dessa forma, é
preciso atentar-se às expressões faciais e corporais, pois são estas demonstrações que determinarão o tipo de
frase que está sendo feita. São elas:
AFIRMATIVA: e expressão facial é neutro ou ligeiro movimento com a cabeça para cima e para
baixo.

INTERROGATIVA: Sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando -se para cima.

NEGATIVA: Caracterizada pelo movimento lateral da cabeça para um lado e para o outro, curiosamente
existem pelo menos 4 formas de ser efetuada:

- Simultaneamente ao sinal, movimento negativo com a cabeça.


Recomendado para a maioria dos casos de verbos invariáveis.
Ex: conhecer, entender, fazer.
2 - Sinal com movimento contrário marcado pela orientação das mãos.
Ex: gostar, querer e aceitar.
3 - Sinal próprio de negação.
Ex: poder, ter, saber
4 - Acréscimo do “NÃO” após o verbo, geralmente em casos de ênfase.
Ocorre principalmente com verbos invariáveis e direcionais, e jamais nos
casos 2 e 3.
Ex: viver, aprender, ajudar.

56
EXCLAMATIVA: Sobrancelhas levantadas, e ligeiro movimento da cabeça para cima
e para baixo.

IMPERATIVA: Sobrancelhas franzidas, movimento firme da cabeça para baixo.

Perguntas?

57
Conversando em Libras
Em dupla, converse com o colega, utilize as perguntas abaixo:

1. QUAL O SEU SINAL?


2. QUAL A SUA IDADE?
3. PORQUE VOCÊ FAZ O CURSO DE LIBRAS?
4. PORQUE VOCÊ NÃO TEM SINAL?
5. O QUE VOCÊ ESTUDOU?
6. VOCÊ TEM TELEFONE?
7. VOCÊ TRABALHA?
8. QUAL NUMERO SEU TELEFONE?
9. VOCÊ É SURDO OU OUVINTE?
10. DIA DA SEMANA É HOJE?
11.QUAL DIA, MÊS E ANO VOCÊ NASCER
12.QUANTOS DIAS DA SEMANA VOCÊ TRABALHA? QUAIS ?
13.QUAL DIA SEMANA VOCÊ E MAIS GOSTA?
14.QUANTOS MESES TEM UM ANO? QUAIS?
15. O QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE FAZER?
16.VOCÊ É SOLTEIRO OU CASADO?
17.VOCÊ MORA ONDE?
18.QUANTOS DIAS TEM A SEMANA?
19. VOCÊ TRISTE PORQUE?
20. SE@ MOTO QUAL?
21.VOCÊ IR CASA SE@ COMO?
22.VOCÊ TER LIVROS QUANTOS?
23. DOMINGO VOCÊ FAZER O QUÊ?
24. VOCÊ VAI VIAJAR SÃO PAULO QUANDO?
25.QUANTAS PESSOAS TEM NA SALA?
26.QUANTAS PESSOAS TEM NA SUA FAMÍLIA?
27. QUAL IDADE COMEÇAR A TRABALHAR?

Dicas Importantes
Para indicar que a frase esta na interrogativa não se esqueça da expressão facial com as sobrancelhas
levantadas, e a cabeça levemente inclinada para trás.

58
Diálogo 1

A –Boa tarde
B- Boa tarde, tudo bem?
A- Tudo bem!
B- Você estuda?
A- Sim, eu faço curso de Libras.
B- Aonde?
A- Na Secretaria de Educação de Itaquaquecetuba.
Perto do hospital Santa Marcelina. Você conhece?
B- Sim. Ah! Eu também quero fazer o curso de Libras.
Qual o nome da rua?
A – Rua Rio Paraná, nº 305
B – Obrigada.
A – de nada

Diálogo 2
A – Oi!
B – Olá, tudo bem?
A – Tudo bem?
B – Voce vai trabalhar?
A – Não, eu e ele vamos à escola
B – Ah! Eu também vou.
A – Qual o nome da sua escola?
B – Escola H-O-M-E-R-O.
A – Eu também vou à escola H-O-M-E-R-O.
B – Legal! Nós quatro vamos juntos.
A – A escola fica perto da minha casa.
B – Que bom! Eu também moro perto.
A – Vamos!

DIÁLOGO 3
A – O-I BOM DIA TUDO BEM?
B – O-I BOM DIA TUDO BEM.
A ─ POR FAVOR, PROCURAR CASA N° 4
B ─ DESCULPE, EU SURDO.
A ─ MINH@ ESPOSA TAMBÉM SURDA.
B ─ VOCÊ SABER LIBRAS?
A ─ SABER. FIZ CURSO.
B ─ VOCÊ MORAR EM ITAQUÁ
A ─ NÃO MORAR EM MOGI DAS CRUZES.
B ─ VOCÊ VEIO ÔNIBUS?
A ─ NÃO, CARRO. (uma mulher se aproxima)
B ─ QUEM ELA?
A─ MINH@ ESPOSA.

59
Exercitando a compreensão.
Observe a datilologia e os Sinais feito pela Instrutora@ e anote abaixo.

Cultura Surda

Fonoaudiologia e surdez

O fonoaudiólogo é o profissional que trata de todo e qualquer distúrbio que possa prejudicar ou
impedir a comunicação humana, seja ela oral auditiva ou visual-gestual.

Quando pensamos na surdez, cabe ao fonoaudiólogo, que trabalhe em uma perspectiva bilíngue,
possibilitar ao sujeito surdo o acesso a uma língua, de forma plena, seja ela oral ou de sinais. Vale ressaltar
que nesses casos a utilização de aparelhos de amplificação sonora ou próteses auditivas também são
importantes, pois, o aproveitamento de qualquer resíduo de audição melhorará a compreensão e
interpretação que aquele sujeito fará das informações recebidas.

A família tem um papel fundamental no desenvolvimento de linguagem do individuo, junto com o


fonoaudiólogo seguem os parceiros durante todo o tempo necessário para a aquisição de linguagem.

O bom fonoaudiólogo é aquele que prioriza a comunicação, com base na existência de uma língua,
seja ela a língua de sinais e ou a língua oral, pois, é somente por meio dela que o sujeito pensa e constrói
conceitos e opiniões, ou seja, passa existir no mundo.

Cabe à sociedade entender e aceitar que o importante não é de forma de se comunicar e sim fazer
com que a comunicação ocorra de forma funcional, para que todos possam existir e fazer parte do mundo
igualmente. No entanto a Língua de sinais é a língua natural para o sujeito surdo e na maioria dos casos a
melhor forma de proporcionar a esse sujeito o desenvolvimento cognitivo adequado.

60
Sinas de documentos.

61
62
Diálogo 2

A - BOM DIA. TUDO BEM?


B – BOM DIA . TUDO BEM
A – EU PRECISAR PASSAR MÉDICO
B – QUAL MÉDICO?
A – NÃO SEI. EU SENTIR DOR DE CABEÇA E FEBRE E ESTOU VOMITANDO .
B – AH! MELHOR PASSAR MEDICO CLINICO.
A - CERTO, QUAL DOCUMENTO PRECISAR?
B – PRECISAR R.G E CARTÃO SUS.
A – OK. VOU PEGAR.
B – SEU NOME COMPLETO?
A – _________________________________________________________________________________________
B – DIA NASCER?
A - ___________________________________________________________________________________________
B - SOLTEIRO OU CASADO?
A – ________________________________________________________________________________________
B – ENDEREÇO?
A__________________________________________________________________________________________
B – NUMERO TELEFONE
A -______________________________________________________________________________
B – VOCE TRABALHA?
A -__________________________________________________________________________________
B – QUAL PROFISSÃO?
A - _______________________________________________________________________________

Exercitando a compreensão da Libras


Observe a Sinalização feita pelo professor e anote abaixo:

63
Segundo Perlin (1998), as identidades podem ser definidas como:

Identidade Flutuante: na qual o surdo se espelha na representação hegemonia do ouvinte, vivendo e se


manifestando de acordo com o mundo ouvinte;

Identidade Inconformada: na qual o surdo não consegue captar a representação da identidade ouvinte,
hegemônica, e se sente numa identidade subalterna;

Identidade de Transição: na qual o contato dos surdos com a comunidade surda é tardio, o que faz passar da
comunicação visual-oral (na maioria das vezes truncada) para a comunicação visual sinalizada – o surdo passa
por um conflito cultural;

Identidade Híbrida: reconhecida nos surdos que nasceram ouvintes e se ensurdeceram e terão presentes as
duas línguas numa dependência dos sinais e do pensamento na língua oral;

Identidade Surda: na qual ser surdo é estar no mundo visual e desenvolver sua experiência na Língua de
Sinais. Os surdos que assumem a identidade surda são representados por discursos que os veem capazes
como sujeitos culturais, uma formação de identidade que só ocorre entre espaços culturais surdos;

Cada identidade se fortalece quando os mesmos se relacionam com os seus pares. E é vista também como
multiculturalismo.
A partir do momento em que compreendemos essa diversidade de identidade, deve ser observado que tipos de
comunicações que esses indivíduos fazem uso e assim estabelecer uma comunicação mais adequada.

Falar e sinalizar junto não são a melhor forma de se comunicar com a pessoa surda, às vezes nós ouvintes
pensamos que estamos ajudando, mas na verdade tornamos a comunicação mais confusa. Pois o indivíduo
não sabe se olha para os seus lábios ou para suas mãos.

64
VERBOS NEGATIVO

65
Observe as frases sinalizadas feito pela
Instrutor@ e anote abaixo.

66
Diálogo

67
Capitulo VI
Flexão verbal – verbos indicadores
Assim como nos pronomes pessoais e possessivos, os verbos na Libras são flexionados de acordo
com a pessoa do discurso, são os verbos indicadores, em outros livros também são chamados de verbos
direcionais, porque direção do movimento indica quem executa e quem sofre a ação do verbo.

No Português, a flexão verbal está relacionada a pessoa do discurso e ao tempo, já na Libras, o


tempo (passado, presente e o futuro) não está incorporado ao verbo, e deve ser apresentado ante do verbo.
A concordância verbal na Libras esta relacionada principalmente à pessoa do discurso a ao objeto, que
iremos estudar:

VERBOS:

PERGUNTAR

AVISAR

RESPONDER

AJUDAR

ENSINAR

OBEDECER

IR/VIR

AVISAR

Exemplos: ONTEM 1sAVISAR2s AULA CANCELAD@.

Informação:

Os surdos escrevem conforme a influência da Estrutura da Libras, que, como vocês já aprenderam, é
bem diferente da estrutura do Português.

68
SINAIS DE CORES

69
Exercitando a Libras

M-A-R-I-A J-O-S-E MORA NA RUA W-A-S-H-I-N-G-T-O-N L-U-I-S , 250. NESSA RUA 10


CASAS AMARELA, 5 CASAS ROXO, 02 CASAS VERDE E BRANCA, 01 CASA LILÁS, 05 MARROM,
06 CASAS ROSA ESCURO, 09 CASAS BEGE

70
Conversando em Libras

Diálogo 1

A- O-I TUDO BO@?


B- O-I TUDIO BO@.
A – VOCE IR FESTA AMANHA?
B - SIM. EU IR.
A- VOCE TER ROUPAS EMPRESTAR?
B – TER. VOCE PRECISAR VER.
A – EU PRECISAR, BLUSA ROSA, CALÇA BRANCA E SAPATO BRANCO OU PRETO.
B – AH! EU SÓ TER CALÇA BRANCA, BLUSA ROSA TER-NÃO E SAPATO SÓ MARROM.
A- OBRIGAD@, PROBLEMA TER-NÃO, EU PEDIR OUTRA AMIG@.
B- OK. TCHAU

Diálogo 2

A- EU PRECISO COMPRAR ROUPAS DAR FAMÍLIA. VOCÊ PODE AJUDAR


ESCOLHER CORES?
B- SIM, POSSO AJUDAR VOCEÊ, MAS PRECISA ROUPA BOA, BARATA.
A- EU ESCOLHI CALÇA AZUL DAR MEU IRMÃO, SAIA BEGE DAR MINHA
ESPOSA, CAMISA BRANCA DAR MEU PAI, VESTIDO ROSA DAR MINHA
FILHA, TÊNIS PRETO DAR MINHA MÃE, SAPATO MARROM É PARA EU.
B- BOM! MUITO BONITO, MAS EU NÃO GOSTAR CAMISA BRANCA,
PORQUE COR FEIA. MELHOR AZUL CLARO.
A – HUM... EU MUITO ANIMADO DAR PRESENTE FAMÍLIA, MINHA FILHA
VAI GOSTAR RECEBER PRESENTE. DEPPOIS ELA BEIJAR MUITO EU.
(SORRI).
B - CERTO, VOCÊ ESQUECEU ESCOLHER PRESENTE TUA IRMÃ.
A- É MESMO! EU VOU PEGAR VESTIDO VERDE ESCURO.
B- MAS ELA ACEITA COR FORTE? MELHOR NÃO, EU NÃO CONHEÇO SUA
IRMÃ.
A- NÃO SEI, MELHOR CAMISETA VERMELHA CLARA.
B – CERTO, OLHA TECIDO CAMISETA É FINA!
A- NÃO TEM PROBLEMA, OBRIGADO ME AJUDAR.
B – DE NADA

71
ENRIQUECENDO VOCABULÁRIO
DANÇAR TROCAR EMAGRECER

EXPERIMENTAR COMPRAR FAZER

HUMILHAR GUARDAR MUDAR

IGNORAR ROUBAR DESCER

72
SORRIR SALVAR OBRIGAR

DAR FLERTAR ACONSELHAR

CONSERTAR CHORAR FERIADO

73
74
Exercicios

RECONHECENDO AS FRASES SINALIZADAS

Enumerar a frase que o professor sinalizar, colocando nos parênteses os números de 01 ao 17.

( ) COMEÇAR TRABALHAR QUE HORAS?

( ) ALMOÇAR QUE HORAS?

( ) TREM SÃO PAULO ATÉ ITAQUAQUECETUBA QUANTAS HORAS?

( ) ONTEM FUI PASSEAR NO SHOPPING COM ME@ AMIG@.

( ) VOCE MORAR ONDE?

( ) TERMINAR CURSO DE LIBRAS QUANDO?

75
( ) IR PARA SE@ TRABALHO CARRO, ONIBUS OU METRO?

( ) ONIBUS SE@ TRABALHO QUANT@ HORAS?

( ) AVISAR ENVIAR MENSAGEM. POR FAVOR FALTAR –NÃO MUITO IMPORTANTE


VOCE.

( ) VOCE AMANHA IR CINEMA FAMILIA OU AMIGO?

( ) QUANT@ PESSOAS TER FAMILIA SE@?

( ) MEU PAI NÃO ENTENDEU QUE EU ESTAVA ESTUDANDO E BRIGOU COMIGO

( ) EU CONCORDO QUE OS PAIS PRECISAM ACEITAR AS MUDANÇAS DOS FILHOS.

( ) MINHA AMIGA COMBINAR ENCONTRAR EU NO SHOPPING.

( )TODO O COMEÇO DE ANO AS PESSOAS PROMETE MUDAR DE VIDA

( ) ONTEM FALTAR NO TRABALHO, PORQUE ESTAVA DOENTE

( ) NASCIMENTO DE JESUS CRISTO MUITO IMPORTANTE

Exercitando a compreensão.

Observe a datilologia e os Sinais feito pela Instrutora@ e anote abaixo.

Observe a sinalização das frases feitas pelo professor e anote abaixo:

76
Capitulo VII
Agora vamos aprender sinais de referentes a Sáude

77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
Diálogo 1

Aluna passa mal durante o intervalo das aulas. Um funcionário se aproxima para oferecer ajuda:

(Funcionário): O-I! VOCÊ DOENTE?

(Aluna ): S-I-M. DOENTE.

(Funcionário): PODER AJUDAR? EU TRABALHAR AQUI.

(Aluna): OBRIGADA! (acenando afirmativamente com a cabeça).

(Funcionário): O QUE ACONTECER VOCÊ SENTIR?

(Aluna): MINHA CABEÇA DOER, ENJOO, TONTURA.

(Funcionário): VOCÊ COMER O QUE HOJE?

(Aluna: NADA. BEBER POUCO CAFÉ.

(Funcionário): VAMOS MÉDICO. ELE CUIDAR VOCÊ. DAR REMÉDIO.

(Aluna): DESCULPAR! NÃO PODER. PRECISAR ESTUDAR.

(Funcionário): QUAL TIPO CURSO?

(Aluna): ALIMENTAÇÃO.

(Funcionário): NÃO PRECISAR NERVOSA. EU AVISAR PROFESSOR. AGORA VOCÊ PRECISAR DESCANSAR.

(Aluna): OBRIGADA! EU ACEITAR.

89
Capitulo 8
Sinais de especialidade médica

90
91
Sinais de profissões

92
93
94
95
DIÁLOGO 01

A- BOA TARDE! TUDO BEM?

B- TUDO BEM! TÔ OTIMO, SAUDADE! QUE SUMIDO,HEIN?

A – ONTEM ACONTECEU, EU VI ACIDENTE CARRO, HOMEM FOI ATROPELADO, FRATUROU PERNA,


CHORANDO DOR, NERVOSO.

B – N-O-S-S-A! RUA É PERIGOSA?

A – SIM, NO CENTRO, PERTO BANCO, ESQUINA NA PRAÇA, SABE?

B- AH, SEI! MAS CHEGOU AMBULÂNCIA? QUEM CUIDAR? AJUDAR HOMEM?

A – SIM, CHEGOU AMBULÂNCIA, MÉDICO, ENFERMEIRA CUIDAR, DANDO REMÉDIO HOMEM, POLÍCIA
CUIDAR TRÂNSITO.

B – QUE BOM, SABIA ONTEM EU RUIM SAÚDE, DOENTE, TONTURA, CAIR NO CHÃO, VÔMITO, ENJOO, DOR
DE CABEÇA, EU NÃO FUI TRABALHAR, FIQUEI CASA DESCANSANDO.

A – QUE VOCE COMEU?

B – NÃO SEI, EU BEBER POUCO, COMI MUITO SALGADO, MAS HOJE EU MELHOR. DESCULPA, EU PRECISO
PEGAR TÁXI , IR AGORA AEROPORTO COMPRAR PASSAGEM AVIÃO VIAJAR.

A – OK BOAS MELHORAS! EU TAMBÉM PRECISO IR TRABALHAR, DEPOIS IR TEATRO ENCONTRAR AMIGOS.


VOLTAR CASA NOITE CANSADO.PACIÊNCIA.

B – OBRIGADO. AMANHÃ VOU CURSO LIBRAS, PROFESSOR BOM . EU APRENDER BASTANTE.

A – BOM TRABALHO, BOA SEMANA. TCHAU

96
Capitulo 10
Agora iremos aprender sinais referentes a Alimentos

97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
Sinais de bebidas

107
108
ATIVIDADES PRÁTICAS

1 – Os alunos irão sentar em dupla e desenvolver um


diálogo e apresentar na aula.

2 – Simular compra no supermercado.

A- TUDO BO@!
B – TUDO BO@ ! ONDE VOCÊ IR?
A – EU IR VISITAR AMIGO ME@ HOSPITAL
B – QUE ACONTECER AMIGO SE@
A – ESTÁ DOENTE TER AVC? MAS AGORA MELHOR.
B – AH!!!
A– AGORA PRECISO IR. DESCULPA, EU PRECISO PEGAR TAXI IR RODOVIÁRIA COMPRAR
PASSAGEM ÔNIBUS VIAJAR.
B – OK. BOA VIAJEM! EU TAMBÉM PRECISO IR TRABALHAR, IR ACADEMIA DEPOIS
FACULDADE ESTUDAR. DEPOIS CHEGAR CASA NOITE CANSADO. PACIÊNCIA.
A – OBRIGADO. SEMANA QUE VEM VOU CURSO LIBRAS, PROFESSOR BOM. EU
APRENDER BASTANTE.
B – PRECISA COMBINAR DIA IR SHOPPING, PASSEAR. OK?
A – S-I-M, BOA SEMANA, TCHAU.
B – DE NADA, TCHAU.

109
BIBLIOGRAFIA, FONTES DE PESQUISA, ESTUDO
E ILUSTRAÇÕES

BRASIL, Lei, nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprovada o Plano Nacional de Educação e da outra
providência. Diário Oficial da União. Brasileira, 10 jan. 2001.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, Diretrizes nacionais para a
educação especial na educação básica. Brasília: Mec/SEESP.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Projeto escola viva: Garantindo o
acesso e permanência de todos os alunos na escola: alunos com necessidades educacionais
especiais. Brasília, v. 1 a 6, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de educação fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Adaptações Curriculares; estratégias para educação de alunos com necessidades
educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1999.
BRASIL, Congresso Nacional. Constituição da República Federativa, 1988.
FELIPE, Tanya Amara. Bilinguísmo e surdez. Anais I Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada.
São Paulo: Universidade Estadual de Campinas, 1983.
FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos). Kit LIBRAS é Legal! 2002.
HONORA, Márcia / FRIZANCO, Mary Lopes Esteves. Livro Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais:
“Desvendando a comunicação usada pelas pessoas com
surdez”. São Paulo. Ciranda Cultural, 2009
Mazzota, M.J.S.Educação Especial no Brasil: História e Politicas públicas. São Paulo: cortez, 1996.
MOURA, M.C. O Surdo – Caminhos para uma nova Identidade. o de Janeiro: Editora Revinter, 2000.
RAMOS, Rossana. Passos para a inclusão. São Paulo: Cortez, 2006.
SACKS, O. W. Vendo Vozes:Uma jornada pelo Mundo dos Surdos. Rio de Janeiro: Imago Editora,
1990.
SOARES, M. A. L. A Educação do surdo no Brasil. Bragança Paulista: Editora Autores Associados,
1999.
SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
VELOSO, Éden/ MAIA, Valdeci: “Aprenda LIBRAS com eficiência e rapidez”. Curitiba. Ed. Mãos Sinais.
2011

1. Atividades Ilustradas em Sinais da LIBRAS. Copyright 2004 by Livraria e


Editora Revinter Ltda.
2. Atividades Ilustradas em Sinais da LIBRAS. HONORA, Márcia / FRIZANCO, Mary
Lopes Esteves. Livro Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: “Desvendando a comunicação usada
pelas pessoas com
surdez”. São Paulo. Ciranda Cultural, 2009

3 FELIPE, Tanya A. Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do Estudante.


Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. 6ª
Edição 188 p.: il.

a. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Departamento de Educação


Especial. Falando com as Mãos.
b. http://wvrw.feneis.com.br/Educacao/Surdos_surdosmudos.html

c. http://www.ines.org.br/libras

110

Você também pode gostar