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Paulo
Um dos principais pontos dessas disputas é o sentido da defesa dos direitos humanos.
Não se trata apenas de garantir direitos, é algo mais elementar: reconhecer a humanidade
de alguém.
Milhares de brasileiros não são vistos como pessoas. O resultado dessa desumanização é
uma democracia mutilada, marcada pela negação da cidadania aos chamados menores,
vagabundos, marginais, favelados. São os ninguéns, os nenhuns do poema de Eduardo
Galeano.
O nome do estudo, publicado na segunda (3), é certeiro por rasgar o véu que invisibiliza as
principais vítimas da violência policial: jovens negros moradores de favelas.
Ele mostra que os mortos não são meras estatísticas, são filhos de alguém, têm família e
história. São pessoas.
O envolvimento com o crime não pode justificar uma execução. A sociedade que dá à
polícia o direito de decidir sobre a vida e a morte abre mão da democracia. O resultado é
uma violência que atinge os próprios policiais: no Rio, são os que mais matam e mais
morrem.
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12/03/2019 Democracia dos excluídos - 04/08/2015 - Marcelo Freixo - ex-colunistas - Folha de S.Paulo
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