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LEI Nº 5.

764, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1971 - Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui


o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências.

PN: Viu-se, então, que a isenção de que gozavam as


cooperativas com base no art. 23. do Regulamento do Imposto de Renda vigente -
Decreto nº 58.400/66 - oriundo do art. 31. da Lei nº 4.506/64, foi substituída pela não
incidência; ex vi do disposto no art. 18. do Decreto-Lei nº 59, de 21/11/66

Comentários sobre o PN CST nº 73/1975


Em linhas gerais, o PN CST nº 73/1975 orienta a segregação contábil das operações de
associados e terceiros, evidenciando-se que é relativamente fácil identificar as receitas, os custos
e as despesas diretas das operações com terceiros. A partir daí, e, desde que seja impossível
destacar os custos e os encargos indiretos de cada uma das duas espécies de receitas, devem ser
eles apropriados, proporcionalmente ao valor das duas receitas brutas.

2.3. Operações das sociedades cooperativas


Em face do dispositivo citado e de outros contidos nessa Lei específica que passaremos
a indicar entre parênteses, pode-se constatar que duas categorias de operações são admitidas
como regulares no funcionamento da sociedade cooperativa.
2.3.1. Atos cooperativos
A primeira delas abrange os negócios jurídicos internos, negócios-fim, com caracteres
próprios em relação aos atos civis, mercantis ou trabalhistas, que a lei denomina "atos
cooperativos" e define como: "os praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes
e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associadas, para a consecução dos objetivos
sociais" (art. 79), devendo-se assinalar que as cooperativas singulares se caracterizam pela
"prestação direta" de serviços aos associados (art. 7º).

JUROS SOBRE CAPITAL SOCIAL


No entanto, a Instrução Normativa SRF nº 41/98 diz o seguinte:
Art. 1º. Para efeito do disposto no artigo 9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de
1995, considera-se creditado, individualizadamente, o valor dos juros sobre o capital
próprio, quando a despesa for registrada, na escrituração contábil da pessoa jurídica,
em contrapartida a conta ou subconta de seu passivo exigível, representativa de direito
de crédito do sócio ou acionista da sociedade ou do titular da empresa individual.
Nota-se que o RIR/99 autoriza a dedutibilidade dos juros, pagos pelas Cooperativas aos
seus sócios, e, ao mesmo tempo, a Receita Federal estabelece que a dedutibilidade dos juros
ocorre, quando a despesa for registrada, mostrando, desta forma, que a redução do lucro tributável
acontece pelo registro contábil dos juros na conta de despesa.
Entretanto, na Deliberação CVM nº 207/96, estipulou-se que os juros, pagos ou creditados
pelas companhias abertas, a título de remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9º da Lei
nº 9.249/95, devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros Acumulados, sem afetar o
resultado do exercício. Entendemos que esta norma somente se aplica às Companhias de capital
aberto, que estão subordinadas à CVM.
Evidencia-se que os juros, pagos ou creditados pelas Cooperativas, sobre o capital dos sócios
é calculado diretamente sobre o capital social e tem taxa limitada a 12% ao ano e somente podem
ser pagos ou creditados, quando forem apuradas as sobras, até o limite das sobras do exercício.

Aplicabilidade Prática
As Cooperativas somente podem remunerar juros sobre o capital social, quando houver
sobras e forem até o limite destas. Os juros devem ser lançados na data do balanço, depois de
confirmada a existência de sobras, porém, antes do encerramento das contas de resultado.

Avaliação em participações de cooperativas devem sempre ser feitas pelo custo, nunca pelo MEP.

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