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“No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos; o
parceiro (marido, namorado ou ex) é o responsável por mais de 80% dos casos
reportados, segundo a pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e
Privado (FPA/Sesc, 2010).” (p. Apresentação)
“Dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento apontam
que uma em cada cinco faltas ao trabalho no mundo é motivada por agressões
ocorridas no espaço doméstico. Essas instituições calculam ainda que as mulheres
em idade reprodutiva perdem até 16% dos anos de vida saudável como resultado
dessa violência.” (p. Apresentação)
“A recorrência, porém, não pode ser confundida com regra geral: a relação íntima de
afeto prevista na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) não se restringe a
relações amorosas e pode haver violência doméstica e familiar independentemente
de parentesco – o agressor pode ser o padrasto/madrasta, sogro/a, cunhado/a ou
agregados – desde que a vítima seja uma mulher, em qualquer idade ou classe
social.” (p. O que é violência doméstica)
“Violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada
no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial, conforme definido no artigo 5oda Lei Maria da Penha, a
Lei nº 11.340/2006.”
– violência sexual: forçar relações sexuais quando a mulher não quer ou quando
estiver dormindo ou sem condições de consentir; fazer a mulher olhar imagens
pornográficas quando ela não quer; obrigar a mulher a fazer sexo com outra(s)
pessoa(s); impedir a mulher de prevenir a gravidez, forçá-la a engravidar ou ainda
forçar o aborto quando ela não quiser;
– violência patrimonial: controlar, reter ou tirar dinheiro dela; causar danos de
propósito a objetos de que ela gosta; destruir, reter objetos, instrumentos de
trabalho, documentos pessoais e outros bens e direitos;
“Os dados dessa pesquisa revelam ainda que o problema está presente no
cotidiano da maior parte dos brasileiros: entre os entrevistados de ambos os sexos e
de todas as classes sociais, 54% conhecem uma mulher que já foi agredida por
um parceiro e 56% conhecem um homem que já agrediu uma parceira.” (p.
Dados Nacionais)
“O estudo realizado pela OMS (Estudio multipaís sobre salud de la mujer y violencia
doméstica contra la mujer (OMS, 2002) constatou que cerca de 20% das mulheres
agredidas fisicamente pelo marido no Brasil permaneceram em silêncio e não
relataram a experiência nem mesmo para outras pessoas da família ou para
amigos.” (p. Dados Nacionais)
“Grande parte dos homens autores de violências contra suas parceiras dizem: ‘eu
bati nela porque ela me tirou do sério, me irritou, a culpa é dela’. Quando a gente
começa a analisar isso junto com eles e questionar – ‘por que você acha que tem
direito de controlar a maneira como ela se veste? Por que você acha que ela deve
cozinhar para você?’ – é quase impossível separar o que eles entendem como ‘ser
homem’ e os direitos que isso lhes dá, da maneira que eles se comportam e de suas
atitudes’.”
Marai Larasi, diretora executiva da Imkaan, organização não governamental
feminista negra, e da End Violence Against Women Coalition (Coalizão de
Combate à Violência contra Mulheres) sediadas no Reino Unido.” (p. Quais as
Causas)
“[...] Lei Maria da Penha não se restringe às relações amorosas, ou seja, também
vale para a violência cometida por outros membros da família, como pai, mãe,
irmão, irmã, padrasto, madrasta, filho, filha, sogro, sogra – desde que a vítima
seja uma mulher, em qualquer faixa etária. (p. Há um perfil de vítima e agressor?)