Você está na página 1de 3

PROPOSTA DE LEI ELABORADA PELO MONPE (Movimento Nacional dos Profissionais de

Engenharia).

JUSTIFICATIVA

A desvalorização dos profissionais de engenharia chegou em um ponto prejudicial aos próprios


profissionais e para o restante de toda a sociedade. A falta de fiscalização às obras irregulares
e mal executadas vem causando mortes cada dia maiores em nosso país.
Elaboramos um estudo amplo, dentro de 4 grupos de discussão em aplicativo de mensagens.
Os problemas foram abordados e contaram com a participação de centenas de profissionais da
engenharia que atuam no campo profissional e acadêmico.
Vamos enumerar resumidamente descrevendo abaixo, causa e efeito:
- Ocorrência de inúmeros desastres como os das barragens em Minas Gerais: - Falta de
competência dos fiscais do CREA. São colocados fiscais sem formação em engenharia para
fiscalizar barragens e edificações.
- Ocorrência de acidentes com mortes e invalidez na construção civil: Vício da fiscalização da
Prefeitura e do CREA. Nas suas notificações solicitam apenas a apresentação de um documento
(ART) ao invés de solicitar a comprovação de execução de serviço corretivo ou reforço de
estruturas por exemplo.
- Exercício ilegal da profissão de todas as engenharias. Isso resulta em prejuízos materiais e
mortes. Ausência de atuação na fiscalização e punição dos casos de obras irregulares por
exemplo.
- Péssima qualidade na prestação de serviços de engenharia. Decretos criados pelo sistema
CREA/ CONFEA conferem a profissionais possibilidade de prestar serviços que não tem
competências para realizar. Exemplo: Projetos e cálculos de estruturas de concreto armado para
arquitetos e projetos arquitetônicos para engenheiros civis.
- Alto custo para o profissional da engenharia exercer suas atividades. O Médico não paga por
procedimento que realiza, por que o engenheiro precisa pagar por cada procedimento ao seu
conselho?
- Os valores pagos para o conselho de engenharia e ao CONFEA, não retornam com benefícios
à sociedade ou ao profissional e estão sendo mal-empregados, beneficiando dirigentes que se
valem do sistema para perpetuarem um sistema exploratório.
- Vamos dar um exemplo do desvio ético do conselho de engenharia. Ocorreu o desabamento
de uma casa na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foi noticiado em telejornal. Foi
mostrado a atuação de Engenheiros da Defesa Civil (prefeitura municipal) analisando os riscos
das habitações na vizinhança do desabamento. Enquanto o fiscal da defesa Civil se pronunciou
ao repórter explicando o grau de segurança das estruturas que estavam mantendo as habitações
livres do desabamento, o "fiscal" do CREA que não tem curso superior (apenas nível médio)
aparece na reportagem com cara de espanto sem ter nenhuma reação e demonstrando estar
deslocado com uma situação em que ele não tem a mínima condição de opinar. Se o Conselho
de engenharia acredita que só precisa verificar se a obra tem um engenheiro responsável por
ela e acha desnecessário o conhecimento de engenharia para seus "fiscais", ele próprio se
coloca na situação de inutilidade tanto para a sociedade quanto para sua classe. Qualquer órgão
governamental tem competência para verificar a emissão de uma declaração de serviços com
seus fiscais, tal qual faz a Receita Federal. Os recursos obtidos pelos Conselhos de Engenharia
são revertidos apenas em prol de uma lite que se mantém no poder com regalias e altos ganhos
financeiros.
- O sistema (CREA/CONFEA) foi concebido de forma errada. Não é a atuação daqueles que
estão lá que é o problema. Eles seguem as leis e as resoluções que eles definem corroboram
cada vez mais para o desvio da finalidade do conselho. O pilar central da criação do conselho
de engenharia é a proteção da sociedade. Se ele não precisa entender de engenharia e apenas
emite documentos de responsabilidade técnica, atua apenas como cartório. Não tem sentido
existir dessa forma. Ele mesmo insiste que não pode e não precisa fiscalizar a atividade
profissional, precisa apenas obrigar a declaração da atividade através de emissão de documento
obrigatório (ART). Não precisa ser o Conselho de Engenharia para fazer isso. Esse papel pode
ser realizado sem nenhuma diferença por outro órgão governamental aproveitando a estrutura e
fiscais que já existem. A Receita Federal precisa fiscalizar as obras quanto ao tocante ao
recolhimento do INSS e matrícula CEI. Pode tranquilamente verificar a ART da mesma forma
que um fiscal nível médio faz pelo CREA. A atitude do CREA de desprezar e não conter as
matérias de engenharia na sua atuação o faz de um órgão inútil, da mesma forma que ele coloca
que é inútil um fiscal ser Engenheiro. A PL da Ética, já com 15 páginas está em fase de finalização
para ser protocolada no congresso e ser apreciada. Será uma bomba que vai mudar o rumo da
engenharia no Brasil. Ou o CREA muda ou ele mesmo vai se extinguir.

A PL DA ÉTICA:

O OBJETIVO DESTA PROPOSTA É CRIAR UMA DIRETRIZ ÉTICA QUE NÃO PODE SER
DESRESPEITADA PELOS CONSELHOS DE CLASSE E OS PROFISSIONAIS FILIADOS A
ELES.
A partir do momento que existirem princípios básicos de ética dentro das normas do conselho
de engenharia, estes serão como a Constituição Federal é para o conjunto de leis do país, ou
seja, não pode jamais ser contrariada.
1º Item: Não será criada nenhuma taxa por nenhum conselho de classe sobre o exercício
profissional de nenhuma atividade desempenhada por diplomados em curso superior no território
Nacional.
2º Item: O exercício de qualquer atividade fiscalizadora da atividade profissional no país, deve
prezar pela inibição de erros e falhas, contemplando o registro das situações irregulares e
somente poderá ser exercida por profissional competente e de nível superior nos casos de
conselhos de classe de profissões de nível superior.
3º Item: Cabe aos conselhos de Classe fiscalizar a atividade profissional dos diplomados no país,
contudo com a obrigatoriedade de combater na mesma proporção (50%) o exercício ilegal da
profissão. O desrespeito à esta determinação pode resultar no impeachment da presidência em
exercício e dos cargos relacionados a atuação da fiscalização.
4º Item: Não poderá ser cobrada taxa de anuidade em duplicidade, quando já houver
recolhimento da taxa para um profissional responsável por uma empresa de engenharia. A
cobrança de taxa de anuidade sobre Pessoa Jurídica somente ocorrerá para os casos que os
sócios não sejam profissionais de engenharia ou o profissional de engenharia tenha menos que
50% de representatividade no quadro societário da empresa.
5º Item: Os Conselhos de Classe se obrigam em prestigiar sua classe representada com cargos
e empregos em todas as funções exercidas por ele se valendo para isso de contratações
temporárias e de estágio. Os profissionais com o curso superior já concluído poderão ser
contratados em status de "trainee" e com contrato temporário para que o piso salarial possa ser
reduzido nestes casos específicos.
6º Item: O orçamento de gastos anuais dos Conselhos de Classe deve ser submetido ao crivo e
apreciação de um conselho formado por profissionais filiados más sem cargos dentro do sistema
administrativo. Antes de aprovado deverá ser submetido também à um plebiscito online dentro
do sistema dos profissionais na internet, para que os recursos sejam aplicados de forma mais
democrática e atendendo os interesses da maioria.
7º Item: As eleições para a presidência e os cargos eletivos, deverão ser online e obrigatórias
com a participação de todos os profissionais. Aqueles filiados ao conselho que não participarem
terão prazo para apresentar as justificativas e em caso de não o fizer terão seus registros
suspensos pelo período de 6 meses.
8º Item: O Profissional terá o direito de escolher a forma de declarar o exercício profissional para
a sociedade. As formas de declaração, serão: - Colocação de placa padronizada nos casos de
obras no logradouro público ou em Centros comerciais de grande movimento. - Emissão de
Declaração online no sistema do Conselho de Classe (ART). - Publicação em jornais de Grande
Circulação. Contrato Registrado em Cartório com data anterior ao evento de fiscalização.
Declaração homologada em Associação ligada a atividade profissional, devidamente
reconhecida pelos órgãos federais competentes.
9º Item: Não Caberá mais aos Conselhos profissionais a exclusividade de emissão e verificação
das declarações de prestação de serviços dos profissionais. Contudo a atividade de fiscalização
do exercício profissional será de sua única e exclusiva responsabilidade podendo para isso se
valer dos conhecimentos existentes dentro de seu corpo técnico de fiscais, inspetores e demais
profissionais que compõem o conselho. Nos casos complexos poderá o conselho se valer de
apoio de outros órgãos ligados aos conhecimentos e legislações pertinentes para dar apoio ao
objeto de fiscalização.
10º Item: Caberá aos Conselhos de Classe atribuir provas de conhecimento para matérias que
conflitem entre as atividades profissionais de cadeiras de engenharia distintas. Aqueles que não
realizarem as provas de conhecimento ficarão com as atribuições notórias à sua cadeira de
conhecimento. Todas as atribuições que extrapolem a nomenclatura original do curso exercido
estarão sujeitas a provas de conhecimento e consequente liberação para o exercício ou não.

Todas as medidas tem o propósito de sanar os desvios observados em larga escala ao longo de
muitos anos sem que houvesse intervenção dos Conselhos para a solução.

Agradecemos ao Sr Parlamentar pela atenção dispensada e contamos com vosso apoio para
através destas medidas retomar os princípios éticos nas nossas profissões e a proteção da
sociedade.

Att,

Engº Civil Vagner de Jesus Vieira


1º Secretário Administração MONPE
(31)991447550

Você também pode gostar