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ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é promover a socialização e a apresentação dos
participantes , assim como, reconhecer as percepções e pontos de vista dos
professores com relação à inclusão de alunos com necessidades educativas
especiais.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Será realizada através da dinâmica de grupo: “Autorretrato”, que foi adaptada
do texto: Educar para não-violência: dignidade humana, de Marcia Aparecida dos
Santos Pinheiro.
Para finalizar a dinâmica faremos um fechamento procurando destacar pontos
relevantes observados nas apresentações dos professores. Para tal será utilizando
como suporte teórico o artigo de David Rodrigues, que trata de algumas questões
consideradas importantes no processo de inclusão, as quais serão sintetizadas e
relacionadas com a temática a ser trabalhada.
O artigo se encontra no seguinte endereço:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Inclusão:
Revista da educação especial. In: RODRIGUES, David. Questões preliminares
sobre o desenvolvimento de políticas de educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP,
2008, v. 4, n. 1, jan/jun 2008, p. 33-40. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf
Acesso em: 19 Ago.2016
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade será o estudo do material sobre inclusão de alunos
com necessidades educativas especiais e posteriores discussões e reflexões sobre
seu conteúdo.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Leitura do material de estudo sobre inclusão, abordando seus aspectos e
trajetória, contextualização da educação inclusiva e serviço de apoio complementar.
Ao realizar a leitura do material, os professores deverão destacar do texto
palavras chave para a formação de escolas inclusivas, que deverão ser escritas em
uma papeleta para fixação no quadro, para que em plenária, analisem e
hierarquizem os aspectos considerados mais importantes no processo de inclusão.
Os aspectos apontados pelos professores deverão ser analisados e
sintetizados considerando os autores pesquisados apresentados no texto, como
também pelas Leis e documentos oficiais que regulam e direcionam o processo de
inclusão e a Educação Especial.
O texto selecionado para estudo foi retirado do projeto de pesquisa de minha
autoria, na qual procuramos abordar aspectos gerais e importantes com referência à
inclusão educacional de alunos com necessidades educativas especiais.
1
O comentário refere-se ao início do século XXI, ano corrente de 2016.
receber e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades
educativas e diferenças.
Entretanto, ao se analisar o processo de inclusão de pessoas com
necessidades educativas especiais ao longo da história percebe-se que esta
atravessou diferentes fases, épocas e culturas. Foi marcada por forte marginalização
e somente em tempos recentes é que começou a integrar nas pautas das
discussões sociais.
Diante disso, notemos que Mazzota (1996, p. 15) afirma o seguinte:
Faz parte deste desafio, a materialização das condições favoráveis para que
a escola se torne pública, comum, competente, aberta e parceira, contemplando os
serviços e apoios especializados, conforme Deliberação n° 02/03, do Conselho
Estadual de Educação – CEE/PR.
No Paraná, a inclusão educacional, conforme exposto pelo Departamento de
Educação Especial e Inclusão – DEEIN é um projeto gradativo, dinâmico e em
transformação e em sua fase de transição, exige do Poder Público o absoluto
respeito e reconhecimento às diferenças individuais dos alunos e a responsabilidade
quanto à oferta e manutenção de uma Rede de Apoio composta por serviços
apropriados ao seu atendimento. (PARANÁ, 2009)
Os Serviços de Apoio Complementar Especializado, conforme consta no
Caderno de Subsídios para acompanhamento pedagógico da SEED/PR, (PARANÁ,
2012, p. 8 e 9) são:
- Sala de Recursos Multifuncional Tipo I
- Sala de Recursos Multifuncional Tipo II e/ou o Centro de Atendimento Educacional
Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV
- Centro de Atendimento Especializado – Deficiência Física Neuromotora,
Deficiência Visual e Surdez.
- Professor Itinerante
- SAREH – Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar e Domiciliar.
- Professor de Apoio à Comunicação Alternativa.
- Professor Intérprete e Instrutor de Libras – Área da Surdez.
A modalidade de apoio complementar especializado, a Sala de Recursos
Tipo I, será enfocada na parte seguinte deste referencial com maior amplitude do
que os demais serviços especializados ofertados pela Secretaria Estadual de
Educação do Paraná, pelo motivo dos Transtornos Funcionais Específicos ser uma
das áreas atendidas pela Sala de Recursos, o qual é objeto de estudo deste projeto.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: Com os Pingos nos “is”. Porto
Alegre: Mediação, 2004.
PINHEIRO, Marcia Aparecida dos Santos. Educar para não violência: dignidade
humana. Cuiabá, 2010, p. 26 - 27. Disponível em:
<https://docs.google.com/document/d/1nwbae7cUKF8YDiNVMyKoYdonWRnR0wdZ
Ch3Ved9F9Xs/edit?pli=1>. Acesso em: 15 ago.2016
SANCHEZ, Pilar Arnaiz. A educação inclusiva: um meio de construir escolas para
todos no século XXI. Revista da Educação Especial, out/2005. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao1.pdf>. Acesso em: 08
abr.2016.
TEMA: ADAPTAÇÕES CURRICULARES
ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é contextualizar o tema das adaptações
curriculares por meio de vídeo, pontuando e relacionando com a prática em sala de
aula.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Projeção do vídeo Cordas e apontamentos dos principais aspectos
observados. Disponível em: http://hdfilmesonlinegratis.net/cordas-dublado-online/,
acesso em 11 ago.16.
O filme narra à história de Maria uma garota muito especial e sua amizade
com Nicolás, seu novo colega de classe, que sofre de paralisia cerebral. Maria ao
perceber as dificuldades e impossibilidades de seu novo amigo, tenta adaptar e
recriar as brincadeiras e atividades escolares para que Nicolás consiga participar e
possa sentir-se incluso na escola.
Na sequência os professores deverão compartilhar as percepções
observadas no vídeo estabelecendo paralelo com o tema adaptações curricular,
enfatizando os seguintes aspectos:
- As adaptações curriculares são necessárias para que cada um possa aprender,
sendo respeitado em suas diferenças e necessidades educativas especiais?
- Apontar as adaptações que a menina Maria realizou para que Nicolás pudesse ser
incluso na escola.
- Que estratégias diferentes das usuais têm promovido para que seus alunos com
necessidades educativas especiais possam participar integralmente das atividades
propostas em sala de aula.
As discussões serão referenciadas no documento do Ministério da Educação
sobre Práticas em educação especial e inclusiva: adaptações curriculares. O texto
para suporte está disponível no seguinte endereço:
ATIVIDADE 2
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade será o estudo do material sobre adaptações
curriculares e posteriores discussões e reflexões sobre possibilidades de
adaptações em sala de aula e para o ambiente escolar.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A Atividade consiste na leitura em grupos do material de estudo sobre
Adaptações curriculares, destacando os principais aspectos trabalhados no texto e
posterior socialização com a turma.
Na sequência será solicitado aos professores que escolham um aluno de sua
sala de aula com algum diagnóstico de educação especial, ou aquele que apresente
mais dificuldades no processo de aprendizagem. Em seguida, debater sobre quais
são suas maiores dificuldades para garantir a este aluno o acesso ao currículo
flexível e adaptado, e como vem trabalhando com ele até este momento.
Para concluir, será solicitado à elaboração de uma listagem de adaptações
que já foram implementadas em sala de aula ou no colégio que possibilitaram
melhorias no processo de inclusão. Separar em adaptações de pequeno e grande
porte.
Os apontamentos apresentados pelos professores serão analisados a partir
dos autores pesquisados e discutidos no texto selecionado para leitura.
O texto utilizado no estudo foi retirado do projeto de pesquisa de minha
autoria, no qual procuramos abordar aspectos gerais com referência às adaptações
curriculares referenciando diversos autores que tratam à temática.
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
REFERÊNCIAS
SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é mostrar que a forma como é feita a comunicação
da tarefa pode afetar o resultado final, portanto é fundamental que no trabalho com
alunos com Transtornos Funcionais Específicos a comunicação seja clara e objetiva
sempre observando se aluno realmente compreendeu aquilo que está sendo
transmitido.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A atividade terá início com a realização da dinâmica: “O avestruz”. Através da
qual os participantes deverão seguir as instruções e resolver à dinâmica,
compartilhando as percepções.
Ao final da dinâmica, promover alguns questionamentos levando os
professores a refletirem sobre a maneira como se direcionam ou se comunicam com
seus alunos pode facilitar ou emperrar o processo de ensino aprendizagem.
Os questionamentos propostos para esta atividade enfocam os seguintes
aspectos:
- A comunicação e a maneira como o professor se reporta perante a turma em sala
de aula pode contribuir para o sucesso ou fracasso do aluno?
- O trabalho com alunos com Transtornos Funcionais Específicos requer uma
postura do professor diferenciada para obtenção de melhores resultados?
- Quais os principais pré-requisitos que o professor deve ter no trabalho com alunos
apresentam diagnóstico de Transtornos Funcionais Específicos?
DINÂMICA: O AVESTRUZ
Esta dinâmica deve ser utilizada para ilustrar formas de comunicação, estilo
autoritário ou participativo. É realizada em duas etapas:
- Procedimentos
a) Sugerir que todos tenham papel em branco e caneta na mão.
b) O exercício é desenvolvido em duas etapas.
c) Na primeira etapa, o facilitador demonstra muito autoritarismo.
d) Na segunda etapa, já demonstra flexibilidade, fluidez na comunicação e bom
relacionamento com as pessoas.
PRIMEIRA ETAPA
e) Iniciar de forma autoritária: “Estou trazendo uma recomendação da diretoria, para
ser realizado um projeto dentro das diretrizes que passarei a colocar a todos, a
partir de agora... Todas as orientações estão muito claras, foram feitas com a mais
criteriosa segurança, portanto não aceito questionamentos, nem perguntas... tudo
está muito claro!”
f) “Vamos, portanto as orientações do projeto – lembramos, ainda, que não
gostaríamos de ser questionados, uma vez que já está tudo muito claro”:
1. No centro de sua folha de papel, desenhe um elipse, com aproximadamente, 5
cm de diâmetro.
2. Na parte interna, superior, à direita, desenhe o sinal matemático “maior que”,
tendo, aproximadamente, 0,5 cm (meio centímetro) de raio.
3. Tocando na linha externa, direita, do elipse, iniciar duas retas paralelas,
ascendentes, levemente inclinadas para a direita, com uma distância entre si de 0,7
cm (zero, vírgula sete centímetros) e 2,5 cm de comprimento.
4. Ligada (ou tocando) a parte superior das duas retas, desenhe um círculo com
mais ou menos 1 cm de diâmetro.
5. Dentro círculo, desenhe outro círculo, bem menor, com mais ou menos 3 mm de
diâmetro.
6. Inicie na parte inferior externa, um pouco a direita, do círculo maior, duas retas de
0,5 cm (meio centímetro) cada, que se juntarão formando um vértice.
7. Tendo como vértice a parte externa, esquerda do elipse, inicie três retas de 0,7
cm (zero, vírgula sete centímetros), de modo que uma fique reta, uma inclinada
para cima e a outra inclinada para baixo.
8. Iniciando na parte inferior, externa, do elipse, tocando-o, desenhe duas retas,
descendentes, paralelas entre si em 2 cm e comprimento de 3 cm.
9. Tendo com vértices as extremidades inferiores das retas, inicie, em cada um dos
vértices, três retas de 0,5 cm, a primeira é extensão da reta maior e as outras duas,
uma inclinada para direita e a outra inclinada para a esquerda.
SEGUNDA PARTE
g) Iniciar de forma bem descontraída, dizendo que “vamos realizar um grande
projeto e preciso da ajuda de todos vocês. Portanto, vou transmitir algumas
diretrizes que recebi da diretoria, mas que podemos fazer os ajustes que forem
necessários para que o projeto seja um sucesso. Daí, gostaria de ter a participação
e a crítica de todos vocês. Vamos lá?”
h) “No centro da sua folha de papel, desenhe u elipse, com aproximadamente 5 cm
de diâmetro”.
i) Com certeza, surgirá a pergunta: “O que é um elipse?” É um “círculo oval”, meio
inclinado.
j) A partir daí, todas as etapas, da alínea 1 a 9, serão repetidas, porém sendo
demonstradas e tiradas todas as dúvidas.
k) Com certeza, a construção do “projeto” será bem mais participativa e mais fácil,
surgindo assim, a figura do Avestruz.
FONTE:
ALBIGENOR; MILITÃO, Rose. S.O.S. Dinâmica de Grupo. Alagoas: Quaitymark, p. 101-102.
ATIVIDADE 2
OBJETIVO:
Favorecer, ao professor, o conhecimento e a compreensão sobre os
Transtornos Funcionais Específicos, enfatizando o debate e a troca de experiências.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Solicitar aos professores que formem grupos para leitura e discussão do
material de estudo sobre os Transtornos Funcionais Específicos, sublinhando
palavras chave que, a seu ver, representam um conteúdo relevante.
Após a leitura, o grupo discute sobre o conteúdo apresentado, elaborando
uma síntese das ideias que deverão ser apresentadas e discutidas criticamente em
plenária.
A atividade seguinte consistirá na elaboração em grupos de um programa de
entrevista para a TV, sendo que o entrevistador e os entrevistados devem ser
membros do grupo, com um roteiro de perguntas pré-elaborado promover uma
discussão sobre os Transtornos Funcionais Específicos de modos a instruir o público
ouvinte.
Finalizando as atividades desta oficina, elaborar individualmente uma frase
que expresse um aspecto do conteúdo que conseguiu melhor fixar e compreender.
Não utilize a letra “o”.
As discussões serão analisadas e fundamentadas nos autores apresentados
no texto base proposto aos professores, que constam do projeto de pesquisa de
minha autoria.
REFERÊNCIAS
ALBIGENOR; MILITÃO, Rose. S.O.S. Dinâmica de Grupo. Alagoas: Quaitymark, p.
101-102.
ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é ilustrar através da música “Quase sem querer –
Legião urbana”, algumas características presentes nos diagnósticos de pessoas com
TDAH.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A atividade inicial será a apresentação de um vídeo com a música Quase sem
querer – Legião Urbana, disponível no seguinte endereço
<https://www.youtube.com/watch?v=NKmjATGskA8>. Acesso em: 02 set.2016.
A atividade se desenvolverá em um primeiro momento através da projeção do
vídeo e em outro momento realizando a leitura da letra da música para que em
grupos reflitam sobre as seguintes questões:
- Quais características ou sintomas que aparecem na música que estão relacionados
a comportamentos verificados em uma pessoa com TDAH?
- Quais sentimentos ficam evidentes na letra da música que são ocasionados pelo
TDAH?
- Nos depoimentos apresentados no vídeo quais aspectos que o grupo considerou
mais relevante?
Cada grupo deverá apresentar, em plenária, as respostas para as perguntas e
percepções do grupo que considerarem importantes destacar.
As discussões serão analisadas tendo como suporte referencial o Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM IV, conforme referência
abaixo:
DSM IV. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Trad.
DORNELES, Claudia. 4. ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2002
ATIVIDADE 2
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade será o estudo do material e reflexões sobre o
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, abordando principais
características e possibilidades de adaptações curriculares para este público de
alunos.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A Atividade será realizada através da leitura em grupos do material de estudo
sobre Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, e possibilidades
de adaptações curriculares para estes alunos.
Após a leitura, o grupo deverá discutir sobre:
- Relato dos professores sobre suas experiências e desafios enfrentados no convívio
e trabalho com alunos com TDAH.
- Quais adaptações já foram promovidas para um trabalho com melhores resultados
com estes alunos?
- Introduzir novas adaptações para alunos com TDAH que não foram abordadas nos
textos de estudo apresentados na oficina.
As informações discutidas pelo grupo deverão ser sintetizadas em um
panfleto informativo sobre o TDAH, no qual deverá constar o conceito,
características e as adaptações que o grupo propôs e que não constavam do
material de estudo.
Para as análises das discussões promovidas nesta atividade serão
contemplado os autores discutidos no texto base para estudo da oficina, que consta
no projeto de pesquisa de minha autoria, conforme segue abaixo.
Dessa forma, contata-se pela abordagem das duas citações acima que o
TDAH pode ser predominantemente desatento, predominantemente hiperativo-
impulsivo ou tipo combinado, no qual se verifica características de ambos.
Para ser diagnosticada como sendo predominantemente desatenta, a criança
deverá apresentar pelo menos seis sintomas de desatenção ou poucos ou nenhum
de hiperatividade/impulsividade, presentes em pelo menos duas situações, como por
exemplo, na casa e escola. A mesma lógica para o diagnóstico dos demais subtipos.
Conforme exposto no DSM IV (2002, p. 118) os critérios diagnósticos para o
TDAH considerando os sintomas de desatenção:
Hiperatividade
(a) Frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.
(b) Frequentemente abandona sua cadeira na sala de aula ou outras
situações nas quais se espera que permaneça sentado.
(c) Frequentemente corre ou escala em demasia, em situações impróprias.
(d) Com frequência tem dificuldades para brincar ou se envolver
silenciosamente em atividades de lazer.
(e) Esta frequentemente “a mil” ou muitas age como se estivesse “a todo
vapor”.
(f) Frequentemente fala em demasia.
Impulsividade
(g) Frequentemente dá respostas precipitadas antes que as perguntas
terem sido completamente formuladas.
(h) Com freqüência tem dificuldades de aguardar sua vez.
(i) Frequentemente interrompe ou se intromete em assuntos alheios.
A criança para ser diagnosticada como tipo combinado deve apresentar seis
sintomas tanto do grupo de desatenção quanto ao de hiperatividade/impulsividade.
Este grupo é o que apresenta maiores dificuldades na escola, trazendo prejuízos no
funcionamento global, comprometendo gravemente suas interações sociais e o
processo formativo acadêmico.
O DSM V (2014) apresenta as características essenciais do Transtorno do
Déficit de atenção/hiperatividade com predominância de desatenção como sendo um
padrão persistente destes sintomas que interfere no desenvolvimento, manifestada
como desatenção em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e
desorganização, e não pode ser atribuída por consequência de desafio ou falta de
compreensão.
Os estudos de Rohde (2000) referem-se à desatenção como a dificuldade de
prestar atenção a detalhes e erros por descuido, parece não escutar quando lhe
dirigem a palavra, dificilmente segue instruções e geralmente não termina as tarefas
escolares ou domésticas, evitar envolver-se em tarefas que exijam esforço mental
constante, frequentemente distraí-se por estímulos alheios à tarefa, é esquecido e
sempre perde coisas necessárias para as atividades.
A hiperatividade descrita pelo DSM V (2014) refere-se à atividade motora
excessiva (como uma criança que corre por tudo) quando não apropriado o remexer,
escala em lugares perigosos, batuca e conversar em excesso.
Para Rohde (2000) a hiperatividade tem como característica aquelas crianças
ou adolescentes que estão "a todo o vapor", falam em demasia, sempre estão
agitando as mãos ou os pés ou se remexem na cadeira, não conseguem ficar
quietos por muito tempo, vivem correndo e subindo em lugares inapropriados,
apresentam dificuldades em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades
de lazer.
Outra característica elencada pelo DSM V a impulsividade refere-se a ações
precipitadas que ocorrem momentaneamente sem premeditação que geralmente
causam danos a pessoa (p. ex. atravessar a rua sem olhar). Podem se manifestar
com intromissão social (p. ex. interromper os outros em excesso), tomar decisões
sem pensar nas consequências futuras.
Os sintomas de impulsividade destacados por Rodhe (2000) são
caracterizados pela impaciência, costumam dar respostas precipitadas antes mesmo
das perguntas terem sido concluídas, apresentam dificuldades de esperar a sua vez
e frequentemente interrompem ou se metem nos assuntos dos outros.
Conforme descrito pelo DSM V (2014) as consequências funcionais do
transtorno estão associadas ao desempenho escolar e sucesso acadêmico
reduzidos, rejeição social e nos adultos problemas referentes a desempenho,
sucesso e assiduidade no campo profissional e a maior probabilidade de
desemprego, além de altos níveis de conflitos interpessoais. São mais propensos a
sofrer lesões do que seus colegas, sofrer acidentes e violarem o trânsito, e pode
haver uma probabilidade aumentada para a obesidade.
Outro aspecto identificado no DSM V (2014) são as relações bastante
conturbadas com os colegas, assim como com os familiares que podem ser
caracterizadas por discórdias e interações negativas.
As intervenções no âmbito escolar são fundamentais para que tenha
resultados mais positivos no processo de escolarização destes alunos, Rohde (2000,
p.3) destaca alguns pontos relevantes:
Organização
- Escrever as tarefas no quadro e explicá-las oralmente.
- Usar e seguir o calendário diariamente
- Clarificar as tarefas no final da aula.
- Dar-lhe materiais prontos para arquivar na pasta.
- Ter pastas, cadernos etc, com divisões e cores diferentes.
- Ajudar a organizar a mesa e os materiais.
- Codificar os textos e livros por cor.
- Colar uma lista na mesa de: “Coisas por fazer”. Dividir tarefas longas.
- Listar a quantidade de materiais sobre a mesa do aluno.
Ensino e avaliação
- Dar tempo extra para processar informação (falar mais lentamente e dar mais
tempo para que o aluno pense e responda.
- Aumentar a quantidade de exemplos, modelos, demonstrações e prática dirigida.
- Dar muitas oportunidades para trabalhar com companheiros ou em grupo pequeno.
- Oferecer oportunidades para verbalizar na aula, para expressar-se sem temor em
um clima seguro sem temer o ridículo.
- Analisar o progresso e reforçá-lo: tarefas, trabalhos em classe, etc.
- Utilizar técnicas multissensoriais.
- Propor projetos que permitam a criatividade e expressão.
- Permitir o uso de computadores, calculadoras, etc.
- Ajustar-se às dificuldades envolvidas nos trabalhos escritos por meio de:
- Mais tempo disponível para completar.
- Respostas orais.
- Ditar as respostas, para que alguém as copie.
- Repetir as instruções dadas.
- Destacar os pontos importantes do texto.
- Facilitar-lhe com diagramas e resumos da lição.
- Dar-lhe gravações com a leitura do texto.
- Usar técnicas de perguntas variadas para dar mais oportunidades de respostas.
- Fornecer guias simples, organizados, breves.
REFERÊNCIAS
ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é projetar cenas do filme: “Como estrelas na terra”,
a fim de provocar reflexões acerca da postura dos professores e da família frente a
este distúrbio.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A atividade consiste em projetar trecho do filme: “Como estrelas na terra”, e
posteriores discussões e considerações sobre o papel dos professores e seus
direcionamentos pedagógicos, da família pelo desconhecimento do distúrbio,
tratamento e encaminhamento realizados.
O vídeo está disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=EaFpfX4GcbU>. Acesso em: 05 set.2016
O vídeo retrata a história de um menino de 9 anos chamado Ishaan Awasthi,
que sofre de dislexia, a maioria dos professores não o reconhecia como um aluno
que necessitava de um atendimento especial, apontavam apenas seus erros, de
forma rude, sem sensibilidade para perceber as dificuldades que o menino
apresentava. As tentativas mal sucedidas fizeram com que Ishaan apresentasse
baixa autoestima, insegurança e medo, considerando a escola uma tortura, porém
quando um professor substituto veio assumir as aulas de artes, utilizando de uma
metodologia mais dinâmica e inovadora consegue perceber as dificuldades de
Ishaan e tenta ajudar o menino a compreender e superar seu problema, como
também, procura a família para explicar o distúrbio, pois acreditavam que o filho era
indisciplinado e o tratavam com severidade.
Após a projeção do vídeo, serão propostas discussões acerca dos seguintes
aspectos:
- Como o grupo percebe o papel do professor de artes como principal agente de
mudanças ao atendimento das necessidades educativas de Ishaan, ajudando a
compreender e superar suas dificuldades e limitações.
- Que aspectos consideram relevante destacar quanto aos professores tradicionais
que entravam o processo ensino aprendizagem, sendo nada sensíveis ao
atendimento das necessidades educativas de Ishaan, criando um ambiente de
insegurança e distante do ideal para um aluno com dislexia.
- O desconhecimento da família sobre o distúrbio da dislexia, segundo o
entendimento do grupo, foi um dos fatores que muito contribuiu para fortalecer o
sentimento de fracasso e incapacidade do menino para ler e escrever.
- A iniciativa do professor de Artes em ir de encontro à família para orientá-los sobre
o distúrbio que Ishaan sofria, foi um grande passo para que um trabalho conjunto e
colaborativo tornasse possível?
As discussões serão debatidas e encaminhadas tendo como fundamentação
teórica os estudos de Diana Tereso Coelho sobre Dislexia, disponível em:
<http://www.ciec-
uminho.org/documentos/ebooks/2307/pdfs/8%20Inf%C3%A2ncia%20e%20Inclus%C
3%A3o/Dislexia.pdf>
ATIVIDADE 2
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é realizar a leitura do material sobre distúrbio de
aprendizagem – Dislexia e possíveis adaptações curriculares para esta dificuldade,
oportunizando momentos de estudo e trocas de experiência entre os participantes.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A atividade consistirá na leitura em grupo do material sobre Dislexia e
algumas sugestões de adaptações para este distúrbio. Após a leitura identificar e
transcrever na papeleta, cinco adaptações consideradas essenciais no trabalho com
o aluno com dislexia, listando motivos que justifiquem a escolha.
Em seguida, será promovido um momento para que possam refletir e sugerir
outras adaptações que poderiam ser promovidas com o aluno com dislexia que não
estão contempladas nos documentos e materiais estudados, listando-as na cartolina.
E para finalizar, será proposta uma atividade para que compartilhem os
conhecimentos adquiridos nesta oficina, podendo ser através da música, teatro,
desenho, paródias o outro instrumento que venha transmitir o entendimento da
temática trabalhada.
Como suporte teórico para as análise das discussões será utilizado os
autores referenciados no texto destinado para leitura sobre Distúrbio de
Aprendizagem – Dislexia, que consta no projeto de pesquisa de minha autoria,
conforme segue.
DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM
- Desempenho inconstante;
- Demora na aquisição da leitura e da escrita;
- Lentidão nas tarefas de leitura escrita, mas não nas orais;
- Dificuldades com os sons das palavras e, consequentemente, com a
soletração;
- Escrita incorreta, com trocas, omissões, junções, e aglutinações de
fonemas;
- Dificuldade de associar o som ao símbolo;
- Dificuldade com a rima e aliteração;
- Discrepância entre as realizações acadêmicas, as habilidades linguísticas
e o potencial cognitivo;
- Dificuldades em associações, como, por exemplo, associar os rótulos aos
seus produtos;
- Dificuldade para organização sequencial, por exemplo, as letras do
alfabeto, os meses do ano, tabuada etc;
- Dificuldades em nomear objetos, tarefas etc;
- Dificuldade em organizar-se no tempo (hora) no espaço (antes e depois) e
direção (direita e esquerda);
- Dificuldades em memorizar números de telefone, mensagens, fazer
anotações, ou efetuar alguma tarefa que sobrecarregue a memória
imediata;
- Dificuldade em organizar suas tarefas;
- Dificuldades em cálculos mentais (diz respeito a outro transtorno,
discalculia);
- Desconforto ao tomar notas e/ou relutância para escrever;
- Persistência no erro, embora conte com ajuda profissional.
REFERÊNCIAS
ALTREIDER, Asta. Dislexia: varlendo contra o vento. In: BRIDI FILHO, César
Augusto; BRIDI, Fabiane Romano de Souza; ROTTA, Newra Tellechea. Neurologia
e aprendizagem: abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016.
ZORZI, Jaime Luiz. Guia prático para ajudar crianças com dificuldades de
aprendizagem: dislexia e outros distúrbios – um manual de boas e saudáveis
atitudes. Pinhais: Melo, 2008.
TEMA: DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM: DISGRAFIA E DISORTOGRAFIA
ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é decifrar uma carta enigmática a fim de que
possam compartilhar suas percepções quanto à sua execução, dificuldades e
sentimentos ao concluir ou não a tarefa, estabelecendo relação com a sala de aula
ao se propor uma atividade além das capacidades de entendimento e limitações do
aluno.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Como atividade inicial será entregue aos professores participantes uma carta
enigmática com símbolos para que em determinado tempo decifrem e transmitam a
mensagem contida na carta. Promover discussões a respeito da tarefa e quais
dificuldades apresentaram ao desenvolvê-la, estabelecendo paralelo com o tema a
ser tratado: disgrafia e a disortografia.
As questões norteadoras para a realização da atividade são as seguintes:
- Quais as principais dificuldades que encontraram ao realizar a tarefa?
- O não reconhecimento do que significava cada símbolo, comprometeu o
entendimento geral da mensagem?
- De acordo com a opinião do grupo, o tempo estabelecido para realização da tarefa
foi fator decisivo para sua não conclusão?
- E os alunos com disgrafia que apresentam uma dificuldade maior em recordar a
grafia da letra e ao reproduzi-la para escrita, o fazem muito lentamente e muitas
vezes com uma letra ilegível, se tivessem um tempo maior e um apoio mais próximo
do professor poderia ter resultados mais satisfatórios?
As discussões e fechamento das considerações realizadas pelo professores
terão como embasamento teórico os estudos de Leal e Nogueira (2011) em seu livro
sobre Dificuldades de aprendizagem: um olhar psicopedagógico.
Fonte: GALVÃO, Vera Lúcia. Foto pessoal da autora de material pertencente à Sala de Recursos
Multifuncional Tipo I do Colégio Estadual Wolff Klabin, 10 set.2016.
ATIVIDADE 2
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade consiste em fazer a leitura do material selecionado
para estudo e posteriormente abrir espaços para reflexões e socialização de
experiências sobre os Distúrbios de Aprendizagem: Disgrafia e Disortografia.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Para o desenvolvimento desta atividade será solicitado à leitura dos textos
sobre disgrafia e disortografia e possibilidades de adaptações para estes distúrbios.
Após a leitura, em grupos, destacar do texto e escrever nas papeletas as principais
diferenças da disgrafia e da disortografia e fixá-las no quadro. Em seguida, escolher
no texto adaptações para a disgrafia e disortografia, aqueles que são considerados
em sua opinião, como principais no processo de aprendizagem dos alunos com
estes distúrbios. Na sequência em conjunto com toda a turma elencar outras
adaptações não listadas nos materiais disponibilizados que já foram implementadas
em sala de aula e obtiveram bons resultados. Anotar em uma cartolina.
Para a fundamentação teórica das análises das discussões utilizaremos os
autores trabalhados no texto base sobre Distúrbios de Aprendizagem: Disgrafia e
Disortografia, proposto aos professores para leitura, que é parte do projeto de
pesquisa de minha autoria, conforme referência abaixo.
DISGRAFIA
DISORTOGRAFIA
Os autores Torres e Fernández (2001) citado por Coelho [entre 2008 e 2014]
descrevem que a escrita disortográfica apresenta numerosos erros ortográficos de
natureza muito diversa, que são apresentados a seguir:
- Erros de caráter linguístico-perceptivo: que estão relacionados a omissões, adições
e inversões de letras, de sílabas ou palavras, troca de símbolos linguísticos que se
parecem sonoramente (faca/vaca).
- Erros de caráter visoespacial: substitui letras que se diferenciam pela sua posição
no espaço (b/d), confunde-se com fonemas que apresentam dupla grafia (ch/x),
omite a letra “h”, por não ter correspondência fonética.
- Erros de caráter viso analítico: não faz síntese e/o associações entre fonemas e
grafemas, trocando letras sem qualquer sentido.
- Erros relativos ao conteúdo: ao separar sequências gráficas pertencentes a uma
dada sucessão fônica, ou seja, une palavras (ocarro, em vez de o carro), junta
sílabas pertencentes a duas palavras (no diaseguinte) ou separa as palavra
incorretamente.
- Erros referentes às regras de ortografia: não coloca “m” antes de “b” e “p”, ignora
as regras de pontuação, esquece de iniciar as frases com letra maiúscula,
desconhece a forma correta de separação das palavras na mudança de linha, a sua
divisão silábica, a utilização de hífen.
Os erros ortográficos sem dúvida são os principais problemas observados na
criança com disortografia, podendo ser de natureza diversa como citado acima,
porém o ponto fundamental está na intervenção junto a estes alunos,
proporcionando-lhes uma variedade de recursos e técnicas que trabalhem não
somente a correção dos erros ortográficos, mas também outras percepções que são
necessárias para o processo da escrita, como a memória auditiva e visual e a
percepção auditiva, visual e espaço temporal.
De acordo com Coelho ([entre 2008 e 2014], p. 12) que se baseou nos
escritos de Torres e Fernández (2001) recomenda como intervenção para se
trabalhar os fatores associados ao fracasso ortográfico aspectos relativos a
percepção, discriminação e memória auditiva e visual, através de exercícios que
trabalhem a discriminação de ruídos, o reconhecimento e a memorização de ritmos,
tons e melodias, uso de exercícios de reconhecimento de formas gráficas, de
identificação de erros e de percepção figura-fundo.
Ainda abordando a mesma autora Coelho ([entre 2008 e 2014], p.12), os
problemas de organização e estruturação espacial apontam para o uso de exercícios
de distinção de noções espaciais básicas como, Direita/esquerda, cima/baixo,
frente/trás, a percepção linguístico-auditiva (exercícios de conscientização do
fonema isolado, sílaba, soletração, formação de famílias de palavras, análise de
frases); e também exercícios que enriqueçam o léxico e vocabulário da criança.
Dessa maneira, para que os alunos com disortografia venham a obter
melhores resultados de desenvolvimento escolar algumas estratégias facilitadoras
deverão ser implementadas, como por exemplo, através do incentivo a percepção e
memória visual, pelo uso de recursos visuais, do jogo, da música, da brincadeira,
realizando um trabalho de forma lúdica e prazerosa para o aluno, para que este
venha se interessar e produzir melhores resultados quanto a sua produção escrita.
Também trabalhar as dificuldades do aluno, observando seus erros mais
frequentes, para assim possa propor um conjunto de atividades mais diretas e
focadas no propósito de minimizá-las, evitando assim um sofrimento mais
prolongado aluno e consequente elevação da autoestima e confiança na produção
escrita.
- O ritmo das atividades escritas para o aluno com Disgrafia deve atender aos
seguintes princípios:
• Permitir tempo extra para atividades escritas como tomar nota e copiar.
• Permitir que o aluno inicie as atividades mais elaboradas com antecedência.
• Incentivar a aprendizagem de habilidades de digitação para aumentar sua
velocidade e legibilidade na escrita.
• Fornecer textos com lacunas para serem preenchidas é outra estratégia útil para
melhorar o ritmo desses alunos.
- A quantidade de atividades escritas para o aluno com Disgrafia deve atender aos
seguintes princípios:
• Ao invés de o aluno escrever um conjunto completo de notas, fornecer as ideias
centrais para que ele complemente as informações com suas anotações.
• Permitir que o aluno dite para um escriba algumas tarefas ou respostas de
avaliações. Treinar o escriba para escrever textualmente o que o aluno diz. Em
seguida, permitir que o aluno faça as correções sem o auxílio do escriba.
• Permitir abreviaturas, elas facilitam a velocidade na escrita desses alunos.
Desenvolva com ele um repertório de abreviaturas em um caderno de notas de uso
diário.
• Reduzir a necessidade de cópia em atividades de sala de aula, tarefas de casa e
avaliações.
• Reduzir a quantidade de exercícios e questões, priorizar a qualidade.
- A complexidade das atividades escritas para o aluno com Disgrafia deve atender
aos seguintes princípios:
• Evitar a cópia da lousa, pois essa é uma atividade particularmente difícil para o
aluno com Disgrafia.
• Estimular o uso de fichário que facilita a organização das folhas e pode ter um
modelo de letras cursivas e letras bastão na capa.
• Elaborar junto com o aluno um molde laminado com o formato desejado dos
trabalhos escritos. Recorte no molde uma janela para o preenchimento do nome,
data e título do trabalho. Faça os orifícios para encaixe no fichário. Esse molde
ajudará o aluno a preencher o cabeçalho e delimitar a área de escrita no início de
cada tarefa escrita.
• Dividir a atividade escrita em estágios ensinando o aluno a fazer o mesmo. Ensinar
os estágios do processo da escrita (levantamento de ideias, rascunho, edição,
revisão etc). Considerar essa etapa na avaliação do aluno dando pontos para cada
estágio. Se o escrever é muito trabalhoso para ele, permitir que faça apenas
algumas marcas de edição ao invés de reescrever tudo após a correção.
• O aluno pode iniciar o rascunho no computador, copiá-lo para o papel e em
seguida revisá-lo, o que também auxilia o professor em sua avaliação.
• Incentivar o aluno a usar um corretor ortográfico e ter alguém para revisar seu
trabalho.
• Desenvolver projetos colaborativos entre os alunos onde cada um possa exercer
funções específicas: elaborar as ideias, organizar as informações, redigir, revisar e
ilustrar.
• Em trabalhos de longo prazo, fornecer suporte extra e estabelecer data limite para
cada etapa de realização, ao invés de um único prazo final. Ajudar o aluno a
encontrar alguém que o acompanhe ao longo das diversas etapas não deixando que
se atrase.
• Permitir ao aluno com Disgrafia o uso da letra cursiva. Para muitos, a escrita
cursiva apresenta várias vantagens. Ela evita que o aluno tenha que retirar a caneta
do papel e decidir em qual outro ponto recolocá-la letra após letra. Cada letra
continua na seguinte a partir da linha de base, evitando erros potenciais e hesitação.
A letra cursiva também apresenta poucas letras em espelho, algo tipicamente
problemático para o aluno disgráfico. Ela também elimina o problema de
espaçamento das palavras e dá à escrita um fluxo e ritmo que ajuda a melhorar o
aprendizado. Na escrita cursiva letras comumente confundidas pelo disgráfico como
b, d, p, e q são mais facilmente distinguidas.
- Quanto aos instrumentos utilizados nas atividades escritas para o aluno com
Disgrafia as seguintes modificações devem ser consideradas:
REFERÊNCIAS:
ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é resolver o enigma “A Travessia” e posterior
compartilhamento das estratégias para desvendá-lo, estabelecendo relação com as
atividades propostas em sala de aula com alunos que apresentam dificuldades na
resolução de problemas e conceitos relacionados à matemática.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A atividade terá início com o puzzle “A Travessia”, em que os participantes em
grupos deverão resolver o problema da travessia do rio e compartilhar sua opinião
quanto à dificuldade ou facilidade de realizar a tarefa proposta, relacionando com a
prática de sala de aula, quando se propõe uma atividade e os alunos não
conseguem ou apresentam dificuldades resolvê-la.
Será dado um tempo e os grupos deverão atravessar todos os personagens
para a outra margem do rio com o menor número de viagens, seguindo as
instruções dadas. Ao final da atividade, serão realizados alguns questionamentos,
favorecendo para que os professores possam refletir sobre os seguintes aspectos
abaixo:
- Quais dificuldades encontraram para concluir o puzzle da Travessia?
- Na opinião do grupo, as dificuldades que encontraram de propor a melhor solução
para o problema podem ser comparadas com as dificuldades dos alunos com
diagnóstico de discalculia, que embora tenham inteligência normal, apresentam
inabilidade para a realização das operações matemáticas e falhas no raciocínio
lógico matemático?
- Que estratégias de adaptações o grupo sugere no caso apresentado acima, se
percebesse que os alunos não conseguissem realizar a tarefa?
- Que encaminhamentos possibilitaria ao aluno de sua sala que apresenta
dificuldades severas na capacidade de compreender e manipular os números, que
frequentemente vem afetando a compreensão de sua disciplina?
As discussões serão referenciadas nos autores como Leal e Nogueira (2011)
em seu livro sobre Dificuldades de aprendizagem: um olhar psicopedagógico e nos
estudos de Bridi Filho et al (2016) sobre Discalculia e intervenção psicopedagógica.
PUZZLE TAVESSIA
Um grupo precisa atravessar o rio em um bote. Estão ali um homem (H), uma
mulher (M), duas meninas (m1, m2), e dois garotos (h1), (h2), um cão (c) e o
adestrador (A). A travessia tem algumas regras:
1) O barco só tem dois lugares e só os adultos (identificados por letras maiúsculas)
podem operá-lo;
2) O homem não pode ficar com as meninas sem a mulher por perto;
3) A mulher não pode ficar com os garotos sem o homem por perto;
4) O cão morde qualquer um se o adestrador não estiver por perto.
Tente levar todo o grupo para o outro lado, com o menor número possível de
viagens.
Foto: GALVÃO, Vera Lúcia. Arquivo pessoal da autora, 20 set.2016.
SOLUÇÃO
Quem vai Quem volta Como fica a margem 1 Como fica a margem 2
1 Aec A A, H, M, h1, h2, m1, m2 c
2 A e h1 Aec A, c, H, M, h2, m1, m2 h1
3 H e h2 H A, c, H, M, m1, m2 h1, h2
4 MeH M A, c, M, m1, m2 h1, h2, H
5 Aec H H, M, m1, m2 A, c, h1, h2
6 MeH M M, m1, m2 A, c, h1, h2, H
7 M e m1 Aec A, c, m2 M, m1, H, h1, h2
8 A e m2 A A, c M, m1, m2, H, h1, h2
9 Aec
ATIVIDADE 2
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é facilitar momentos de reflexões sobre discalculia,
a partir de material selecionado para estudo, possibilitando uma melhor
compreensão da temática e estratégias adaptativas para este grupo de alunos.
PROPOSTA DE TRABALHO:
A atividade consistirá em realizar leitura do material disponibilizado sobre
Discalculia e possíveis adaptações para este transtorno, destacando os aspectos
mais significativos do texto, para que em grupos, possam elaborar um cartaz
representando a ideia central estabelecida pelo grupo. Poderão utilizar revistas, cola,
fita, pincéis, enfim, todo o material para que desenvolvam com criatividade a
atividade.
Na sequência das atividades será solicitado para que elaborem outras
possibilidades de adaptações para alunos com discalculia, as quais deverão ser
escritas em tiras de cartolinas e fixadas no quadro, em consenso com todo o grupo
analisar as adaptações sugeridas, reunindo aquelas que apresentam mesmo
sentido, ou tem uma relação muito próxima, elencá-las em uma nova listagem.
Atividade de encerramento da oficina será por meio de uma dinâmica:
“Caixinha das perguntas”, através da qual faremos uma série de perguntas
colocadas em uma caixinha com bombons, que será passada de mão em mão ao
som da música, assim que a música parar, quem estiver com a caixinha deverá
escolher um bombom e responder a pergunta fixada nele.
O embasamento teórico para síntese e análise das discussões será
amparado nos autores pesquisados no texto base para estudo da oficina, que faz
parte do projeto de implementação pedagógica de minha autoria, conforme
apresentado abaixo.
DISCALCULIA
REFERÊNCIAS
Revista Super Interessante. Ed. Abril, edição n. 181, out 2002, p. 104
TEMA: APLICAÇÃO DOS INTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
ATIVIDADE 1
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é realizar uma síntese das oficinas e estabelecer
uma conversa com os participantes no sentido de buscar informações que foram
melhor assimiladas e colocadas em prática pelos professores.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Para o desenvolvimento desta atividade inicialmente faremos uma breve
síntese das temáticas trabalhadas em cada uma das oficinas, procurando destacar
aspectos relevantes estudados, como também, sintetizando as principais
contribuições dos professores nas atividades de trabalhos em grupo e socialização
das opiniões.
Na sequência será aberto um momento para que os professores relatem suas
experiências a partir das propostas apresentadas durante as oficinas e de que forma
estas possam ter contribuído para a efetivação de uma prática pedagógica com
maior conhecimento e subsídios para a concretização de adaptações curriculares
aos alunos com Transtornos Funcionais Específicos.
Questões norteadoras a serem socializadas e relatadas pelos professores:
- Que adaptações você efetuou em sala de aula para atender as necessidades
educativas dos alunos com Transtornos Funcionais Específicos? Se não tiver alunos
com estes transtornos em sala de aula, como aproveitou e colocou em prática os
conhecimentos adquiridos em sala de aula?
- Socialize alguma atividade que realizou em sala de aula, aplicando os
conhecimentos adquiridos durante as oficinas que favoreceu um melhor
desempenho do aluno no aprendizado do conteúdo da sua disciplina.
As análises das discussões terão como suporte teórico os autores estudados
e referenciados durante as oficinas, uma vez que estes foram à base de toda a
fundamentação e direcionamentos realizados.
ATIVIDADE 2
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é aplicar o questionário de coleta de dados visando
obter informações se a formação continuada por meio de oficinas contribuiu para
uma maior sensibilização e conhecimento sobre os Transtornos Funcionais
Específicos e consequente melhorias no processo ensino aprendizagem.
PROPOSTA DE TRABALHO:
Nesta atividade serão aplicados os questionários para coleta de dados sobre
as percepções dos professores quanto à contribuição das oficinas para melhorias de
sua atuação docente e maiores subsídios para que venha formular adaptações
curriculares mais adequadas e direcionadas ao atendimento das particularidades
diagnósticas dos alunos com Transtornos Funcionais Específicos.
Portanto, serão distribuídos aos participantes um questionário para coleta de
informações para que possamos analisar e avaliar:
- Quais as possibilidades de ocorrer adaptações curriculares para alunos da Sala de
recursos com Transtornos Funcionais Específicos no Colégio Estadual Wolff Klabin,
a partir da realização de oficinas com os professores? A formação continuada por
meio de oficinas contribui para uma maior sensibilização e conhecimento sobre os
Transtornos Funcionais Específicos? Qual a necessidade da formação continuada
de acordo com os professores participantes das oficinas?
Assim sendo, abordaremos os professores participantes da seguinte forma e
com os seguintes questionamentos:
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG
QUESTIONÁRIO
1) A formação continuada por meio de oficinas contribuiu de alguma forma para que
melhorias pudessem ser percebidas no seu trabalho docente com alunos com
Transtornos Funcionais Específicos? Faça um breve relato das principais
contribuições.
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7) Relate uma adaptação curricular que realizou com alunos com Transtornos
Funcionais Específicos que foi bem sucedida. Se não tiver nenhum aluno com estes
transtornos em sala de aula, de que forma aproveitou e aplicou os conhecimentos
trabalhados nestas oficinas.
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