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O verdadeiro desafio contempla a identificação precisa dos reflexos, em termos de novos hábitos
de consumo, resultante das frenéticas mudanças por que passa a sociedade. Para a consecução
desse objetivo, foi realizada pesquisa de caráter global que desvendou as mais recentes exigências e
tendências dos consumidores de alimentos. A análise dos dados coletados resultou na definição de
cinco categorias de tendências:
Conveniência e Praticidade
Tendência motivada pelo ritmo de vida nos centros urbanos e pelas mudanças que ocorreram na estrutura familiar
tradicional, estimulando a demanda por produtos que permitam a economia de tempo e reduzam o esforço por parte
dos consumidores.
Sensorialidade e Prazer
Tendência relacionada principalmente com a melhoria do nível de educação, informação e
renda da população, dentre outros fatores.
Confiabilidade e Qualidade
Tendência decorrente do maior nível de exigibilidade de clientes, cada vez mais conscientes e
informados, que demandam produtos seguros e de qualidade atestada, valorizando a garantia de
origem e os selos de qualidade obtidos a partir das boas práticas de fabricação e controle de riscos.
Saudabilidade e Bem-estar
Tendência que se origina de fatores como o envelhecimento das populações, as descobertas
da ciência que relacionam dietas à prevenção de doenças, bem como ao estilo de vida nas
grandes cidades.
Sutentabilidade e Ética
Tendência que tem motivado o surgimento de consumidores preocupados com o meio ambiente e instigados a
contribuir com as causas sociais, apoiando a aquisição de alimentos produzidos em pequenas comunidades agrícolas.
O Brasil tem hoje uma forte aderência às tendências atitudinais de consumo de alimentos encontradas em
outros países do mundo. Das quatro tendências encontradas no Brasil, três delas são similares às globais:
Conveniência e Praticidade; Confiabilidade e Qualidade; Sensorialidade e Prazer. A quarta tendência
identificada no Brasil contempla a fusão Saudabilidade e Bem-estar e Sustentabilidade e Ética.
Quanto mais alta a escolaridade, a renda familiar e a classe socioeconômica da pessoa, mais frequente será o
costume de sair para comer em restaurantes, lanchonetes e padarias ou a aquisição de alimentos prontos, como
produtos congelados e comidas entregues via delivery. Esse tipo de consumidor também busca maior variedade de
estilos de comida, mostrando que o fato de comer fora se deve mais a momentos prazerosos que por necessidade.
Em recente pesquisa realizada (FIESP/IBOPE), buscou-se saber com que frequência os respondentes saiam de casa
para comer alguma refeição. Essa pesquisa coletou informações relacionadas às principais refeições - café da manhã,
almoço e jantar. Os pesquisadores arguiram aos entrevistados sobre a periodicidade que saíam de casa para fazer a
refeição. Os dados estão compilados nos gráficos a seguir:
Café da manhã
2
Boletim Alimentação Fora do Lar Edição n°1 Jun/16
Almoço
Jantar
3
Boletim Alimentação Fora do Lar Edição n°1 Jun/16
Em relação às três principais refeições do dia (café da manhã, almoço e jantar), o almoço é considerado a
principal refeição, razão pela qual se buscam os pratos mais nutritivos, caseiros e com foco no conceito
particular de Saudabilidade.
O jantar é a refeição mais realizada no âmbito do lar, além de ser aquela com maior variedade de
situações, podendo ser constituído de um lanche rápido, uma opção de comida leve ou até um prato
similar ao almoço. Além disso, é justamente no jantar que a maioria das familiares se encontra e tem a
oportunidade de jantar juntos.
Quando decidem comer fora, as escolhas das opções de restaurantes estão mais pautadas na necessidade
quando se trata do almoço, especialmente nos dias úteis, porém, essa característica muda em relação
ao jantar, tendo em vista que as pessoas buscam aliar o gosto gastronômico ao prazer de comer fora.
Em relação às
preferências dos Imagem disponível em freeimage.com
consumidores na
escolha de opções
para alimentação
fora do lar:
Outro dado interessante: o final de semana se apresenta como um momento de exceção, no qual as re-
feições são diferenciadas e propagam-se os lanches; é a chance para comer doces, frituras, refrigerantes,
bebidas alcoólicas e outros tipos de comida sem culpa ou vigilância e reflete ainda a oportunidade em que
as mães e esposas, geralmente responsáveis pela elaboração das refeições, podem descansar, optando
por pedir comida ou sair para comer fora com a família.