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Dpoc PDF
Dpoc PDF
06/06/2017
DPOC é uma doença evitável e tratável caracterizada pela limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível.
A limitação do fluxo aéreo geralmente é associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas ou
gases nocivos.
Tem alguns efeitos extrapulmonares importantes que podem contribuir para um agravamento em alguns pacientes.
O termo enfisema pulmonar descreve as características estruturais da doença que se apresentam em graus variados
em diferentes pacientes, não definindo a doença com relação ao seu aspecto mais importante, e que traz o maior
impacto na morbidade e mortalidade, que é a obstrução do fluxo aéreo .
*Estes termos não são mais usados para definir DPOC
Condição pulmonar crônica caracterizada pela presença de tosse produtiva e com dispneia aos esforços, geralmente
progessiva determinando na maioria das vezes, pela exposição a fumaça do cigarro ou, eventualmente, a outras
substâncias inaladas.
No início da doença, os sintomas não são constantes e são geralmente de baixa intensidade, mas intensificação dos
mesmos pode ocorrer em intervalos variáveis, principalemnte nos meses frios, caracterizando as exacerbações. Com
o progredir da doença, os sintomas ficam mais intensos e frequentes e as exacerbações mais comuns.
Enfisema Pulmonar
Uma das anormalidades anatomicamente, como um alargamento anormal permanente dos espaços aéreos distais
ao bronquiolo termianal, acompanhado da destruição de suas paredes.
Em termos fisiopatológicos, a inflamação da DPOC, juntamente com a participação do estresse oxidativo levam a
destruição da parede alveolar e consequentemente perda dos pontos de fixação das vias aéreas terminais aos
alvéolos, com colapso expiratório dos mesmos, limitação do fluxo aéreo e hiperinsuflação pulmonar.
Bronquite crônica
É definida pela presença de expectoração por tempo prolongado (pelo menos três meses ao ano durante dois anos
sucessivos, estando afastadas outras causas capazes de produzir expectoração crônica.
Do ponto de vista anatomopatológico, está associado a uma hipertrofia das glândulas mucosas e das células
caliciformes, em vias aéreas centrais.
Etiologia – DPOC
Interação entre os fatores genéticos e ambientias
A predisposição genética – “apenas” 10-20% dos tabagistas desenvolvem a DPOC; “apenas 5%” dos fumantes de
etinia oriental desenvolvem a doença;
Ainda não estão bem estabelecidos quais cromossomos seriam os responsáveis por tal predisposição;
Fatores ambientais: o tabagismo é o principal. Mais de 95% dos casos de DPOC ocorrem em fumantes, que
geralmente fumaram mais de 20 anos/maço.
Outras: inalação da fumaça originada da combustão da lenha, utilizada principalmente em fogões domésticos.
Fisiopatologia
Limitação do fluxo aéreo - pode ser medida atraves de espirometria.
Estas alterações são decorrentes de inflamação pulmonar, atingindo brônquios e parênquima pulmonar, inflamação
essa determinada principalmente pela inalação prolongada de substâncias nocivas.
Associadamente: hipertrofia das glândulas mucosas e das células caliciformes em vias aéreas centrais, responsáveis
pela hipersecreção mucosa observada na DPOC.
Frequentemente a hipersecreção precede à limitação do fluxo.
Alterações patológicas
Via aérea proximal (traquéia, brônquios)
Celulas inflamatórias: aumento dos macrófagos, aumento dos linfócitos (CD8, poucos neutrófilso e eosinófilos).
Mudanças estruturais: aumento das células caliciformes, glândulas submucosas aumentadas (ambos levando à
hipersecreção do muco), metaplasia escamosa do epitélio.
Mediadores inflamatórios
Lipídicos: ex. leucotrienos B4 que atrai neutrófilos e linfócitos T
Quimiocinas: interleucina IL-8 atrai neutrófilos e monócitos
Citocinas Pró: fator de necrose tumoral alfa, il-1b, 1l-6, aumentam o processo inflamatório e podem contribuir para
alguns efeitos sistêmicos da DPOC.
Fatores de crescimento: fator transformador de crescimento beta
Apresentação clínica
Tosse – incialmente pigarro pela manhã
Dispneia - inicialmente aos grandes esforços, mas progride
Sibilânca – variável e pode estar ausente
Diagnóstico
Clínico:
Espirometria – VEF1 /CVF ;
Tratamento
Objetivos
Prevenir a progressão da doença;
Aliviar sintomas;
Melhorar a tolerância aos exercícios;
Melhorar a qualidade de vida;
Prevenir e tratar as complicações;
Prevenir e tratar agudizações;
Reduzir mortalidade;
Prevenir iatrogenias
Tratamento medicamentoso
Broncodilatadores
- B2 agonistas de ação curta (fenoterol, salbutamol): apresentam duração de 4-6hrs.
- B2 agonistas de longa duração (formoterol, salmeterol): apresentam duração de 12hrs
- Anticolinérgicos de curta ação (brometo de ianotrópio): apresenta duração da ação de 6-8hrs;
- Anticolinérgico de longa ação (brometo de tiotrópio): apresenta duração de 24hrs
- Xantinas (aminofilina, teofilina)
B2 agonista de ação curta > B2 agonista de ação longa > pode associar anticolinérgico de longa duração > xantinas
Corticóide inalatório
Em pacientes com sintomas asmáticos ou alérgicos associados
Em pacientes com doença avançada e exacerbação frequente
Outras drogas
N acetilcisteína
Reposição de alfa-1-tripsina
Mucolíticos
Prevenção primária
Vacina contra gripe: anualmente
Vacina anti-pneumocócica polivalente 23 : a cada 5 ou 6 anos
Não indicação para vacinação para hemófilos
Vacina contra tétano, difteria e hepatíte B
Reabilitação pulmonar
Exercícios, aconselhamento nutricional, educação.