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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PO PLT 17 COLHEITA EM FLORESTAS PLANTADAS

OPERAÇÃO - PR/GPT

Versão 1.1. –19/10/2015


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ÍNDICE

1. Introdução
2. Condições Gerais
2.1. Materiais necessários
3. Equipamentos de proteção individual
4. Descrição do procedimento
4.1. Sistemas de trabalho
4.2. Planejamento
4.3. Operações
5. Riscos, prevenção e mitigação de acidentes
6. Monitoramento operacional da atividade
6.1. Controles
6.2. Monitoramentos
6.3. Ações corretivas
7. Cuidados com o meio ambiente
7.1. Aspectos ambientais
7.2. Impactos ambientais
7.3. Prevenção e mitigação de impactos ambientais
8. Responsabilidades
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9. Anexos
1. INTRODUÇÃO
OBJETIVO E ESCOPO

 Este procedimento tem como objetivo estabelecer o processo para realização da colheita em florestas de Pinus e Eucalipto na
Amata-PR.

 Colheita florestal é um conjunto de operações efetuadas no maciço florestal, que visa preparar e extrair a madeira até o local de
transporte, com a finalidade de transformá-la em produto final.

 A colheita pode ser realizada de forma semimecanizada, isto é, com etapas manuais, ou mecanizada.

 As atividades do processo de colheita realizadas por terceiros também devem seguir este procedimento, sejam EPS (empresa
prestadora de serviço) ou clientes de árvores em pé.

 Atividades envolvidas no processo: corte (derrubada, desgalhamento e traçamento), descascamento (quando executado no campo),
remoção (ou extração) e carregamento.

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2. CONDIÇÕES GERAIS
MATERIAIS NECESSÁRIOS MS PA PR

 Planejamento: cadastro florestal, mapas, inventário florestal, prescrição do manejo.

 Pessoas treinadas nas atividades.

 Derrubada: motosserra, harvester ou feller-buncher.

 Desgalhamento: machado, motosserra ou processador mecânico (harvester ou delimber).

 Traçamento: motosserra ou processador mecânico (harvester, slasher ou garra traçadora).

 Descascamento: processador mecânico (harvester ou descascador de toras móvel/debarker).

 Remoção

 Arraste: trator equipado com guincho, skidder/miniskidder, clambunk/miniclambunk, trator de pente.

 Baldeio: trator autocarregável, forwarder, trator com berço, caminhão com munck.

 Empilhamento: manual, carregador ou equipamentos com grua ou munck.

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3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
MS PA PR

Operador de Ajudante de Operador de Ajudante de Ajudante de campo


EPI Tratorista Encarregado
Motosserra campo (estaleiro) máquinas campo (cabista) (desgalhamento com machado)
Capacete acoplado com viseira e
X X
abafador
Coturno de motosserra cano longo
X
com biqueira de aço

Calça de motosserrista X

Luvas de motosserrista X

Abafador X* X* X*

Capacete X X X X X X

Luvas X X X X X X

Perneira tela de aço X X X X


Botina de segurança com biqueira de
X X X X X
aço
Protetor Solar X X X X X X X

Óculos de segurança X X X X X

Bota Florestal X X X X

Cinto trava queda tipo paraquedista X**

* Somente quando exposto ao ruído da máquina.


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** Usado pelo operador do Munk com grua no caminhão.
4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.1. SISTEMAS DE TRABALHO MS PA PR

4.1.1. Sistema de árvores inteiras ou full tree (1 de 2) : nesse sistema a árvore é removida inteira para fora do talhão, e o
processamento completo é feito em local previamente escolhido. Pode ser operado de forma semi-mecanizada ou mecanizada.

 Semi-mecanizado

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Imagem 1: Esquema de colheita semi-mecanizada no sistema de árvores inteiras.


1) Derrubada com motosserra.

2) Arraste com guincho, skidder ou clumbunk.

3) Desgalhamento e traçamento com motosserra.

4) Empilhamento manual ou com munck/carregador.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.1. SISTEMAS DE TRABALHO MS PA PR

4.1.1. Sistema de árvores inteiras ou full tree (2 de 2)

 Mecanizado

❷ ❸

Imagem 2: Esquema de colheita mecanizada no sistema de árvores inteiras.

1) Derrubada mecanizada com feller-buncher.

2) Arraste com skidder ou clumbunk.

3) Desgalhamento, traçamento e empilhamento com processador.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.1. SISTEMAS DE TRABALHO MS PA PR

4.1.2. Sistema de toras curtas ou cut-to-lenght (1 de 2): nesse sistema todas as atividades complementares ao corte (desgalhamento,
traçamento e descascamento eventual) são realizadas no próprio local onde a árvore foi abatida. Pode ser operado de forma
semimecanizada ou mecanizada.

 Semi-mecanizado

❶ ❷

Imagem 3: Esquema de colheita semi-mecanizada no sistema de toras curtas.


1) Derrubada com motosserra

2) Desgalhamento e traçamento com motosserra

3) Baldeio e empilhamento com autocarregável ou forwarder

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.1. SISTEMAS DE TRABALHO MS PA PR

4.1.2. Sistema de toras curtas ou cut-to-lenght (2 de 2)

 Mecanizado


Imagem 4: Esquema de colheita mecanizada no sistema de toras curtas.

1) Corte mecanizado com harvester (derrubada, desgalhamento e traçamento)

2) Baldeio e empilhamento com autocarregável ou forwarder

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.2. PLANEJAMENTO MS PA PR

 São 3 as etapas do planejamento de colheita:

 Estratégico ou longo prazo

 Tático ou gerencial

 Microplanejamento ou Planejamento Operacional

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.2. PLANEJAMENTO MS PA PR

4.2.1. Planejamento estratégico (1 de 1)

 Também chamado de planejamento de longo prazo.

 Nível de planejamento para um horizonte de longo prazo (> 10 anos).

 Neste nível, liderado pelo GPT (área de planejamento e tecnologia), são exploradas:

 as possibilidades de produção (produtos, sortimentos, mercado etc.);

 as restrições da capacidade produtiva;

 a necessidade de capital para investimentos e custos;

 problemas no fluxo de caixa.

 O produto desta etapa é a recomendação do volume anual disponível para colheita, em um horizonte superior a 10 anos,
discriminado por sortimento e segregado em desbaste e corte raso.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.2. PLANEJAMENTO MS PA PR

4.2.2. Planejamento tático (1 de 2)

 Também chamado de planejamento gerencial.

 É o nível de planejamento utilizado para o orçamento anual, onde ocorre a distribuição de cotas mensais de colheita e venda de
madeira.

 Neste momento também são verificados:

 a situação das estradas;

 a definição dos módulos de colheita que irão colher essa madeira;

 análise prévia do mercado;

 estimativas de custo de colheita;

 rendimentos operacionais;

 investimentos necessários;

 estrutura operacional para atender programação de colheita.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.2. PLANEJAMENTO MS PA PR

4.2.2. Planejamento tático (2 de 2)

 O produto desta etapa é a planilha do orçamento anual, contendo:

 sequência de corte a ser realizada;

 localização dos talhões;

 volume total por mês;

 volume por sortimento;

 tipo de manejo;

o corte raso ou desbaste - sistemático ou seletivo

 distribuição dos módulos de colheita.

o mecanizado ou semimecanizado

o próprio ou terceiro

o produção de toras ou venda de madeira em pé

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.2. PLANEJAMENTO MS PA PR

4.2.2. Microplanejamento (1 de 3)

 É neste nível de planejamento que ocorre o detalhamento das atividades no nível de talhão, também chamado de
microplanejamento.

 Nesta etapa são identificados:


Imagem 5: Mapa com os limites do talhão.
 os limites do talhão;

 as variações na topografia, incluindo as mudanças de alinhamento do plantio;

 a existência de experimento;

 os acessos disponíveis;

 os limites da reserva legal, APPs1 e a presença de AAVCs2;

 a existência de rede elétrica, cercas e construções; Imagem 6: Mapa com APPs e estradas de acesso.

 as comunidades que podem ser impactadas com as atividades de colheita e transporte;

 a previsão meteorológica;

 os pontos restritivos à operação de colheita.

SIGNIFICADOS
1. APP: Área de proteção permanente.
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Imagem 7: Mapa de curvas de nível.
2. AAVC: Área de alto valor de conservação.
4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.2. PLANEJAMENTO MS PA PR

4.2.2. Microplanejamento (2 de 3)

 No microplanejamento é que são definidos:

 a marcação e identificação dos eixos de corte;

 o sentido da derrubada;

 a melhor forma de retirada da madeira do interior do talhão;

 a rota, a direção, sentido e distância média de extração;

 as áreas proibidas de corte;

 a localização para formação dos estaleiros e pilhas de madeira;

 os pontos onde poderão ser montadas as estruturas de apoio;

 os locais para manutenção e abastecimento das máquinas;

 as intervenções necessárias nas estradas;

 a localização das placas de advertência;

 os planos de mitigação para impactos ambientais e sociais que possam acontecer.

Imagem 8: Mapa de microplanejamento da derrubada, remoção e empilhamento.


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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.2. PLANEJAMENTO MS PA PR

4.2.2. Microplanejamento (3 de 3)

 Os produtos do microplanejamento são:

 mapa com as situações identificadas;

 análise preliminar de risco (APR);

 anotações das definições estabelecidas.

 Esses documentos devem estar disponibilizados nas frentes de trabalho.

Imagem 9: Exemplo de mapa de microplanejamento. Imagem 10: Mapa de microplanejamento de estradas e transporte. Imagem 11: Mapa de microplanejamento de derrubada, | 16
remoção e transporte.
4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.1. Derrubada (1 de 3)

 A atividade de derrubada de árvores é a primeira fase da operação de colheita florestal. Pode ser realizada de forma semi-
mecanizada, com motosserras, ou mecanizada, com Harvester / Feller Buncher

 Em ambos os processos, a altura do toco remanescente deve estar abaixo de 15 cm (entre o nível do resíduo e a parte mais baixa
do toco, no mesmo sentido da linha).

 Sequência de ações que devem ser realizadas para execução correta da operação

 Checar o limite de APP, RL3 e AAVC nos mapas de campo;

 Verificar as orientações de derrubada conforme microplanejamento e APR;

 Providenciar a sinalização do local, entorno e acessos;

 Checar área de risco, identificando, no mínimo, duas rotas de fuga;

 Verificar a presença de árvores mortas ou engaioladas na área a ser colhida, derrubando-as imediatamente.

SIGNIFICADOS
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3. RL: Reserva Legal.
4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.1. Derrubada (2 de 3)

 Cuidados com a Operação

 Definir direcionamento da queda conforme as seguintes prioridades:

o 1ª :Segurança do trabalhador e da equipe;

o 2ª : Proteção ambiental (evitar queda das árvores em APP);

o 3ª : Sentido de arraste;

o 4ª : Utilização das técnicas básicas conforme manual do curso de motosserrista.

 Derrubada mecanizada

o Manter uma distância mínima de 2,5 árvores entre os eixos de trabalho e 100 metros de pontos de apoio.

 Derrubada com motosserra

o Manter uma distância mínima de segurança, igual a 2,5 vezes a altura da árvore, de outros trabalhadores e de estruturas
de apoio.

o Caso uma árvore fique enroscada em outra, o operador deve isolar a área, sinalizar com fita zebrada e informar o superior
imediatamente para que, juntos, discutam a melhor estratégia para finalizar a derrubada.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.1. Derrubada (3 de 3)

 Situações especiais na derrubada: sinalizar a área, quando necessário, e utilizar guincho manual (tirfor) ou tratorizado para auxiliar
no direcionamento das árvores. Além disso, tomar cuidados adicionais quando próximo a:

 Cercas, muros e moradias: fazer contato com o vizinho ao menos 2 semanas antes do início da operação de colheita,
explicando o que será realizado, sua data de execução e consultá-lo sobre potenciais riscos. Se houver alguma demanda,
deve-se dar uma devolutiva preferencialmente antes do início da operação. Registrar conversa em caderno de campo.

 Rede elétrica: Entrar em contato com a empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica, solicitando o desligamento
da energia e avisar as comunidades afetadas sobre o corte de fornecimento.

 Cemitérios: Evitar realizar a operação nas datas de maior visitação nos cemitérios, como dia de finados, dia dos pais e dia das
mães. Fazer contato com representante da comunidade e registrar conversa em caderno de campo.

 Estradas vicinais: Evitar a obstrução das vias públicas. No caso da queda de árvores nas estradas, retirá-las o mais breve
possível.

 APP, RL ou AAVC: Evitar danos às mesmas durante a derrubada. Se necessário, deixar árvores sem derrubar ou ainda deixar o
toco mais alto para formar uma barreira contra o rolamento das árvores, formando linhas de amortecimento. Em caso de queda
de árvores nessas áreas, avisar o encarregado para que ele tome as medidas necessárias. Em hipótese alguma, resíduos de
colheita devem ser enleirados dentro de APP ou RL. | 19
4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.2. Desgalhamento (1 de 1)

 A atividade de desgalhamento pode ser efetuada de forma manual (machado, facão ou foice), semi-mecanizada (motosserra) ou
mecanizada (cabeçote processador / harvester), sendo realizada imediatamente após a derrubada ou no estaleiro, após o arraste.

 Em todos os casos, o tamanho permitido para os pedações de galhos presos nas toras (“bituca”) deve ser de, no máximo, 10 cm.

 Cuidados com a Operação

 Garantir distância segura em realção às operações de derrubada e arraste:

o No mínimo 30 metros, quando o desgalhamento for manual.

o No mínimo 70 metros, quando o desgalhamento for mecanizado.

 Cuidado ao virar/rolar as toras, para não prender mãos ou pés.

 Cuidados com o uso de ferramentas cortantes.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.3. Traçamento (1 de 1)

A operação de traçamento consiste no corte das árvores em toras em tamanhos pré-definidos. Após essa atividade, deve ser feito o
empilhamento das mesmas, separando-as por diâmetro. Esta operação pode ser realizada logo após a derrubada ou no estaleiro, com
motosserra ou processador/harvester.

 Sequência de ações que devem ser realizadas para execução correta da operação

 Providenciar a sinalização do local;

 Realizar a medição do comprimento levando em conta o diâmetro da ponta mais fina da tora;

 Iniciar o traçamento, somente quando o fuste estiver no chão, observando a marcação nas toras e os procedimentos de
ergonomia e segurança;

 Empilhar as toras, observando as medidas de proteção das pilhas, para que não haja rolamento ou mistura entre sortimentos:

o Usar escoras da própria madeira cortada na beira do estaleiro antes de iniciar o empilhamento ou usar as árvores que
serão retiradas da bordadura para apoiar as toras.

o Após o carregamento, as árvores que ficaram em pé devem ser retiradas.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.4. Remoção (1 de 2)

 A operação de remoção consiste na retirada da madeira de dentro do talhão para as áreas de estaleiro.

 Pode ser realizada através de arraste, com guincho, skidder ou clambunk, se o traçamento for ocorrer fora do talhão, ou baldeio,
com forwarder ou trator autocarregável, se o traçamento já ocorreu dentro do talhão.

 Sequência de ações que devem ser realizadas para execução correta da operação

 Identificar os locais de estaleiramento, considerando:

o o espaço para o empilhamento da madeira;

o espaço para o estacionamento dos equipamentos;

o contenções das pilhas para evitar acidentes com rolamento de toras devido à declividade.

 Providenciar a sinalização do local.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.4. Remoção (2 de 2)

 No arraste

o Afastar-se a uma distância segura das máquinas (30 metros para trator com guincho e 50 metros para Skidder);

o Engatar o equipamento de arraste à tora ou ao feixe de toras, evitando sobrecarregar as máquinas;

o Verificar a distância de segurança em relação ao local onde está sendo realizada a derrubada;

o Arrastar as árvores das áreas de corte até o local de empilhamento (estaleiramento);

o Retornar com o cabo de ação para engatar outras árvores.


 No baldeio
o Manter distância segura de 15 metros entre a máquina de baldeio de demais máquinas e pessoas;

o Iniciar o carregamento;

o Deslocar até o estaleiro ;

o Descarregar as toras no estaleiro.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.3. OPERAÇÕES MS PA PR

4.3.5. Separação da madeira e formação de pilhas (1 de 1)

 Separação da madeira

 No caso de arraste ou baldeio, separar os toretes por sortimento, processo e serraria.

 Formação de pilhas: as pilhas deverão ser formadas próximas às estradas, mantendo atenção para os seguintes pontos:

 Sempre que necessário, realizar o rebaixamento de tocos;

 Em presença de rede elétrica, deve-se obedecer aos limites conforme orientação da prestadora de serviço de eletricidade.

 Distância correta do leito das estradas, caso o município tenha lei para tal.

 Não formar pilhas em áreas de Preservação Permanente.

 Não formar pilhas próximas a saídas d’água.

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4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.4. FLUXOGRAMA MS PA PR

Planejamento Estratégico Tático Microplanejamento

•GPT •Planejamento para horizonte de •Para orçamento anual com cotas •Detalhamento das atividades por
mais de 10 anos. mensais de colheita e venda de talhão a partir de informações como
•Recomendação do volume anual madeira. limites, topografia, delividade, etc.
disponível pra colheita para cada •Planilha de orçamento anual. •Mapa, análise preliminar de risco e
sortimento em desbaste e corte anotações das definições
raso. estabelecidas.

Separação da madeira
Operações Derrubada Desgalhamento Traçamento Remoção
e formação de pilhas

•Mecanizada ou semi- •Manual, semi- •Logo após a derrubada •Arraste ou baldeio. •Separar por sortimento,
mecanizada. mecanizada ou ou no estaleiro. •Identificar locais de processo e serraria.
•Direcionamento de mecanizada. •Motosserra ou estaleiramento. •Formação próximas às
queda. •Distância segura de processador. estradas.
•Distância de outras operações. •Somente com o fuste
segurança. •Cuidado ao virar toras. no chão.
•Situações especiais. •Cuidado no
empilhamento.

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5. RISCOS, PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE ACIDENTES
MS PA PR

Tipo de Risco Agente causador Medidas preventivas Medidas de controle/mitigadoras

- Uso de EPI’s adequados. - Lavar as mãos após o manuseio do produto.


QUÍMICO - Manuseio de óleos ou gasolina. - Uso de creme de proteção. - Participar de treinamento e conscientização quanto ao
- Abastecer as motosserras na área de contenção. uso correto de EPI’s.

- Realizar manutenção preventiva e corretiva nos


- Vibração gerada pela motosserra. - Usar luvas de proteção.
amortecedores da motosserra.

- Realizar manutenção preventiva no sistema de


- Ruído gerado na operação escapamento de gases (silencioso), monitorar o nível de
- Uso de protetor auricular.
FÍSICO (Motosserra / máquinas). ruído anualmente e realizar controle médico conforme
PPRA e PCMSO.
- Evitar exposição direta ao sol.
- Descanso de 10 minutos para cada hora trabalhada em
- Raios ultravioletas (raios solares). - Uso de todos os EPI’s adequados,
local protegido.
- Uso de protetor solar.

- Uso de EPI´s adequados como perneira e bota


BIOLÓGICO - Presença de animais peçonhentos. - Verificar presença desses animais no local.
com biqueira de aço.

- Utilizar EPI’s adequados.


- Queda de árvores sobre
- Uso de capacete de segurança. - Eliminar, sempre que identificado, as árvores secas, com
colaborador.
inclinação crítica ou com raízes abaladas.

OPERACIONAL - Não transportar motosserra sobre os ombros, não operar


com sistema de freio danificado, apoiar um dos joelhos
- Manuseio de motosserra. - Uso de EPI’s adequados. no chão quando operar a motosserra, não ligar no
tranco, não operar o equipamento acima da linha da
cintura.

- Treinamento para uma postura mais adequada em - Alongamento antes do início das atividades e a cada 1
ERGONÔMICO - Postura incorreta.
cada atividade. hora de trabalho.
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5. RISCOS, PREVENÇÃO E MITIGAÇÂO DE ACIDENTES
MS PA PR

 Não transportar pessoas em cima dos equipamentos.

 Evitar bloquear estradas municipais.

 Presença, nas áreas, de pessoas que não estão envolvidas diretamente com a atividade: providenciar a saída da pessoa da frente
de trabalho.

 Acidentes com pessoas: seguir Procedimento de Atendimento a Emergências e comunicar a equipe.

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6. MONITORAMENTO OPERACIONAL DA ATIVIDADE
6.1. CONTROLES MS PA PR

 A presença dos colaboradores deve ser apontada, diariamente, em ficha-ponto ou através de ponto eletrônico, no início e no final da
jornada de trabalho.

 Apontamentos de produção devem ser registrados diariamente em boletim específico que posteriormente deve ser digitado no SGF.

 Os consumos de combustíveis no abastecimento ou de lubrificantes devem ser registrados em ficha específica.

 O uso de EPIs deve ser lançado na Ficha de EPIs.

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6. MONITORAMENTO OPERACIONAL DA ATIVIDADE
6.2. MONITORAMENTOS MS PA PR

 Monitoramento da qualidade: serão monitorados os seguintes itens, de acordo com intensidade e metodologia definidos pelo GPT.

 Altura dos tocos;

 Comprimento dos toretes;

 Comprimento das “bitucas” de galhos inseridos nas toras;

 Diâmetro da menor ponta do torete, correspondente a cada sortimento.

 Monitoramento de SSO: serão monitorados os itens relacionados à legislação de SSO e demais quesitos de segurança apontados
na APR, conforme checklist específico.

 Monitoramento de terceiros: serão monitorados os requisitos legais trabalhistas e de SSO e os requisitos dos POs da Amata.

 Monitoramento da efetividade do PRAD: verificação se os itens previstos no PRAD foram implementados.

 Monitoramento pós-operação (plano x real): verificação se os itens levantados no planejamento foram atendidos e atingidos, como
volume total do talhão, volume por sortimento e atendimento ao microplanejamento.

SIGNIFICADOS
4. SSO: Segurança, Saúde Ocupacional.
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5. PRAD: Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.
6. MONITORAMENTO OPERACIONAL DA ATIVIDADE
6.3. AÇÕES CORRETIVAS MS PA PR

 Com base nos resultados dos monitoramentos e nas análises de causa dos desvios, são elaborados planos de ação corretivas.

 Esses planos de ação devem subsidiar necessidade de:

 Treinamento de pessoal;

 Mudança de processo;

 Alteração de Procedimento Operacional;

 Testes, experimentos e projetos;

 Investimento e substituição de recursos;

 Ações junto a fornecedores e clientes.

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7. CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE
7.1. ASPECTOS AMBIENTAIS MS PA PR

 O gráfico a seguir mostra os aspectos ambietais da atividade ordenados por nível de importância (de 0 a -30).

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7. CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE
7.2. IMPACTOS AMBIENTAIS MS PA PR

 O gráfico a seguir mostra os impactos ambietais da atividade ordenados por nível de importância (de 0 a -30).

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7. CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE
7.3. PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (1 DE 3) MS PA PR

7.3.1. Documentação

 Motosserras registradas junto ao IBAMA (registro de porte e uso);

 Colaboradores treinados para suas atividades;

 Autorização do órgão ambiental competente para colheita, quando necessário.

7.3.2. Cuidados com as áreas naturais

 Evitar a queda de árvores em RL, APP ou AAVC;

 Somente cortar e remover árvores de APP com a devida autorização do órgão ambiental competente;

 Evitar manobras de máquinas que causem ou ampliem os danos causados às áreas de preservação;

 Não cruzar cursos de água e APP durante a remoção da madeira;;

 Não fazer o estaleiramento em APP e RL.

7.3.3. Cuidados com a fauna

 Não capturar ou permitir a captura de animais silvestres .

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7. CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE
7.3. PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (2 DE 3) MS PA PR

7.3.4. Resíduos

 Não jogar lixo. Todos os resíduos gerados na operação devem ser adequadamente destinados à ADIR;

 Não deixar trapos e/ou lixo gerados durante a operação na frente operacional;

 O marmitex deve ser colocado em sacos ou lixeiras do local de trabalho;

 Resíduos contaminados com graxas, óleos ou combustíveis: seguir Procedimento de Atendimento a Emergências Ambientais.

7.3.5. Incêndio florestal

 Não utilizar fogo nas áreas;

 Ter o Plano de Brigada disponibilizado na frente de trabalho;

 Comunicar imediatamente os superiores (encarregado ou responsável pela operação).

SIGNIFICADOS
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1. ADIR: Área de Deposição Intermediária de Resíduos.
7. CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE
7.3. PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (3 DE 3) MS PA PR

7.3.6. Manutenção de máquinas

 Comunicar ao responsável pela manutenção sempre que notar emissão de fumaça preta pelo escapamento dos veículos;

 A máquina que apresentar risco ao meio ambiente, como vazamentos, deve ser parada para as devidas correções;

 Lavar equipamentos preferencialmente na base operacional. Não lavar equipamentos próximos a cursos d’água e AAVCs (Áreas de
Alto Valor de Conservação);

 Realizar o abastecimento e manutenções mecânicas em terrenos planos, a uma distância de, no mínimo, 50 metros de mananciais
de água;

 Não utilizar óleo queimado para marcação das toras e nem para lubrificante de corrente;

 Derramamento de óleos e/ou combustíveis: seguir Procedimento de Atendimento a Emergências Ambientais;

 Porte obrigatório do kit ambiental (lona 2x2, bacia de contenção, enxada e pá de plástico e sacos para a coleta de lixo contaminado).

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6. RESPONSABILIDADES
MS PA PR

 Coordenação: Gerente de Operações Florestais.

 Supervisão: Encarregado ou Responsável pelas Operações Florestais.

 Execução: Técnicos, encarregados e colaboradores da atividade

 Monitoramentos: técnico de segurança, agente socioambiental e monitor de qualidade

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