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Mercado de móveis

planejados: saiba quais


são as tendências
ESCRITO POR TODESCHI NI EM 22/ 09/ 2016 PUBLICADO EM GESTÃO

Segundo dados do IBGE, enquanto as vendas no comércio em geral


registraram queda de 5,2% em janeiro de 2016 se comparado ao
mesmo mês de 2015, o mercado de móveis planejados vem
crescendo em meio à crise.
Os motivos dos bons resultados são a demanda do consumidor (que
procura aproveitar ao máximo os espaços disponíveis em casas e
apartamentos) e a entrega das construções que iniciaram em 2010 e
2011, anos em que houve o boom da construção civil.

Esse aquecimento do cenário para o setor representa uma ótima


oportunidade de investimentos. No entanto, é importante que
o empreendedor que deseja apostar nesse ramo conheça as
tendências do mercado.
Por isso, confira a seguir o que é importante atualmente para esse
segmento!

1. Demanda por móveis


personalizados
Um móvel planejado já é personalizado por sua natureza. Mas o que
caracteriza os móveis personalizados propriamente ditos é a
customização deles de acordo com a opção dos clientes. Nesse
contexto, diversos materiais e técnicas diferentes e artesanais podem
ser utilizados, como pátina, revestimento com vinil ou tecido,
decupagem e muitos outros.
A personalização pode ser aplicada em todo o móvel, inclusive em
puxadores e outros detalhes, como os acabamentos. O objetivo, na
verdade, é fazer o cliente sentir-se único, com um projeto exclusivo e
que atenda as suas necessidades. Portanto, não existe uma
tendência específica, quem determina o que deve ser utilizado é o
próprio cliente.
O resultado é um melhor aproveitamento do espaço, uma adaptação
do ambiente à rotina e aos desejos do consumidor e a oferta de um
local aconchegante e elegante.

2. Procura por móveis


multifuncionais
Os móveis multifuncionais são uma tendência do setor de
planejados e possuem grande demanda. A principal vantagem deles
é terem, como o nome afirma, mais de uma funcionalidade, sendo
muito apropriados para espaços pequenos.
Em geral, esses móveis são dobráveis ou removíveis. Alguns
exemplos são uma bancada que pode ser aberta por cima e servir
como mais um armário ou como um baú, que também pode ser usado
como mesinha de centro, camas que possuem gavetas acopladas,
etc.

Atualmente, os móveis multifuncionais estão sendo bastante utilizados


em projetos de apartamentos com até 50 m², que precisam unir a
facilidade dos móveis à necessidade de circulação no ambiente. No
entanto, também podem ser adaptados para locais maiores.

3. Busca por móveis específicos


Uma das tendências em relação aos planejados é relativa aos móveis
específicos para algum nicho de mercado, como móveis
para pets ou pilates. Como existe uma segmentação cada vez maior
de públicos, o setor de móveis também deve acompanhar essa
tendência.
Por exemplo, o mercado de pets vem crescendo e, conforme eles
ganham mais atenção, maior a demanda de produtos e serviços
relacionados a eles. Nesse caso, o mais comum é adaptar a casa
para gatos e cachorros, mas também é preciso estar preparado para
atender a necessidade de criadores de répteis, peixes e outros
animais.
Já em relação ao pilates, os móveis específicos para essa atividade
vêm sendo cada vez mais requisitados devido ao número cada vez
maior de adeptos. Esse tipo de móvel é produzido basicamente com
madeira, espuma, inox e tecido courvim e é feito para as medidas do
praticante de pilates, para que ele tenha o máximo resultado na
prática.

4. Profissionalização do setor
Se antigamente os móveis podiam ser planejados por marceneiros
que trabalhavam de maneira autônoma e as pessoas não tinham
grande preocupação em adquirir esse tipo de produto, atualmente, o
cenário é diferente. Nos últimos anos, o setor foi se profissionalizando
e isso resultou em melhores resultados, tanto para empresas quanto
para os clientes.

Uma consequência desse cenário foi o crescimento de empresas que


trabalham com móveis planejados, sendo que as fábricas abriram
lojas próprias e atualmente já existem franquias. Observando o lado
das marcenarias, percebe-se que os profissionais buscaram
conquistar mais conhecimento, apostando na qualidade e na formação
de equipesqualificadas e capacitadas. Ou seja, não basta ser um
profissional, é preciso estudar e se diferenciar da concorrência.
Por outro lado, passou a existir uma exigência cada vez maior por
parte dos consumidores, que desejam ser bem atendidos, ter um
projeto adequado e exclusivo e um resultado sem falhas e problemas.
Assim, um dos requisitos exigidos pela profissionalização é a
conquista dos clientes.

5. Aumento da qualidade dos


móveis
A diferenciação e a exclusividade dos móveis planejados, bem como o
atendimento a um público seletivo exige que os produtos tenham
melhor qualidade. Além disso, a profissionalização do setor e o
aumento da concorrência contribuíram nesse sentido.

Quem ganha com isso é o cliente, que acaba tendo um produto com
bom acabamento, produzido com bons materiais e que complementa
o restante da decoração do ambiente com boas funcionalidades.

6. Ampliação da concorrência
Com o crescimento do setor, a concorrência no segmento de móveis
planejados aumentou muito. Isso faz com que seja necessário
acompanhar as ações e estratégias traçadas por outras empresas,
melhorando as condições de acesso aos clientes.
No entanto, a concorrência também exige uma melhor gestão da
empresa. Isso pode ser feito com a estruturação de um plano de
negócios, utilização de softwares CRM (gestão de relacionamento
com os clientes) e ERP (que faz a integração dos dados dos mais
diferentes departamentos da empresa), realização de pesquisas de
mercado, entre outras ações que podem ser adotadas.
Para quem pretende abrir uma loja de móveis planejados, a dica é
associar-se a uma marca específica, já reconhecida pelo mercado.
Assim, além de vender produtos de qualidade e que são aceitos pelos
consumidores, ainda há a possibilidade de contar com o suporte da
marca em relação não somente à gestão, mas também a estrutura,
equipamentos, montagem do showroom etc.
Assim, a loja pode se destacar da concorrência e conquistar
clientes rapidamente. Depois é só fazer um atendimento de
qualidade e apresentar bons projetos para garantir uma clientela
variada.
Em resumo, pode-se dizer que o mercado de móveis planejados
apresenta diversas tendências, mas essas 6 são aquelas que você
deve dar mais atenção. Considerando esses fatores, a chance de ter
sucesso é muito maior.
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setor!
Quer atrair consumidores? Aposte no design (Ionline)

606 Universal Shelving System, desenhado por Dieter Rams em 1960 para a Vitsœ, ainda em produção

«Esta deve ser a aposta forte das empresas para aumentarem o seu negócio e conquistarem
mais clientes, mas há quem continue a olhar para o design como um custo.

Em alturas de crise e de retracção do consumo todos os trunfos são válidos para as empresas.
O design deverá ser uma das apostas para atrair mais consumidores, garante ao i José Ferro
Camacho, coordenador do mestrado em Design Management do IPAM.

“Qualquer tipo de negócio deve reconhecer o poder e o valor financeiro de um bom design”,
refere um artigo publicado pela “Forbes”, acrescentando ainda que “vivemos numa época em
que os consumidores se identificam cada vez mais com as marcas não só pela sua
funcionalidade, mas também pelo seu design”.

Apesar das diferentes apostas das empresas na forma como apresentam os seus produtos, a
máxima é semelhante a todas: atrair consumidores. Esta visão “é o contributo para a
experiência material simbólica e sensorial que o utilizador e o consumidor associam a marcas,
a produtos e empresas”, refere. “O design pode ser entendido como inovação, que contempla
a beleza, o valor e o sentido, mas também a paixão.”

Existem diversos tipos de design: gráfico, de marca, produto, interior, multimédia, entre
outros. Mas de acordo com o responsável é o design de comunicação que mais se destaca,
justificando esta escolha “pelos ciclos de uso, pelo número e pela tipologia dos suportes, pelo
potencial de impacto imediato”.

Mas se por um lado se devia tratar de uma forte aposta das empresas, por outro, a crise tem
sido um entrave à mesma. A redução da actividade de algumas organizações, a diminuição do
rendimento das famílias e o crescente desemprego condicionam esta opção. No entanto, as
actuais circunstâncias levam a uma mudança de paradigma. “O acesso a novos mercados implica
a confrontação com novos gostos, desejos que deverão ser traduzidos em novas formas de
produtos, de acesso aos consumidores e de comunicação”, sustenta o professor. “Os sectores
chamados tradicionais, como as confecções, o calçado, o mobiliário, o automóvel ou até a
aeronáutica descrevem exemplos de “percursos notáveis” de empresas que souberam
interpretar os novos tempos. “O design e a sua gestão tiveram aqui o papel fundamental.”

Mudança

Apesar de não ser habitual, “o design pode ser considerado um dos elementos que ajudam a
construir a ponte entre a ciência, a tecnologia e o mercado”, refere. Mas ainda há muito a
fazer e há empresas que continuam a olhar esta nova forma de negócio como um custo que não
trará retorno a curto e a médio prazo. Por vezes este método não é utilizado porque há um
desconhecimento do modo como poderá beneficiar a empresa, das suas metodologias e do seu
raio de acção.

“A carência de conhecimento e de competência, a falta de confiança ou défice de expectativas


nos resultados que uma boa gestão de design pode aportar” são outros entraves apontados pelo
responsável. Por esta razão, é essencial não trabalhar isoladamente o design de determinada
marca ou produto. José Camacho refere que existem duas partes importantes no mercado: o
papel dos marketers e uma oferta de serviços mais segmentada, com alguma especialização e
maior compreensão dos processos dos seus clientes. “Estas são as condições indispensáveis para
a expansão das actividades de design e para a existência de relações duradouras”, sustenta.

Os consumidores estão mais exigentes, principalmente no que refere à relação


preço/qualidade. “Os tempos actuais são propícios a mudanças nas expectativas e na
introdução de uma maior racionalidade nas escolhas”, levando a diferentes padrões de
comportamento e de consumo. “A mudança, por dramática que se apresente, é uma força
impulsionadora na procura de novas soluções, de novas hipóteses de progresso, contributo que
o design e a sua gestão podem suportar”, conclui.»
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http://www.homestagingfactory.com/serviccedilos.html

Home Staging Factory presta serviços de decoração e preparação de


casas para arrendamento

Margarida Diniz trabalhava na Sotheby’s quando começou a aperceber-se de


que a apresentação do produto imobiliário era descurada, até mesmo no
segmento de luxo. Daí a criar o seu próprio negócio foi um passo. Em 2009
começou a estudar marketing do produto imobiliário e conheceu o conceito
home staging, nascido na década de 60 nos EUA – neste momento é um
instrumento básico utilizado em todo o mundo.

Um ano depois, a sua irmã Catarina Diniz juntou-se à designer de interiores e


agora têm como missão transformar paredes e vigas em sonhos e emoções. O
objectivo é “ajudar quem ‘vende’ agradando a quem ‘compra’”.

Nasceu assim, em 2012, a Home Staging Factory, uma start-up que presta
serviços de decoração e preparação de casas para arrendamento turístico. “Deve
ser dos poucos serviços não orientados para o cliente!”, afirma ao i Catarina
Diniz. “Os projectos são trabalhados não com o objectivo de agradar ao nosso
cliente, mas com vista a atrair e conquistar o cliente final – o hóspede”, explicou
ainda a estratega de marca da empresa, acrescentando que só assim consegue
aumentar as taxas de ocupação e o valor da diária. “Temos de criar casas
sedutoras, diferentes, giras, confortáveis e muito acolhedoras”, sublinha.

Os clientes da start-up são assim proprietários de vários imóveis e investidores


no negócio de alojamento turístico. A ideia é valorizar o apartamento ao
máximo no sentido de se conseguir o preço por noite mais elevado. Catarina
garante que tendo um excelente produto com um bom preço se consegue
decididamente aumentar a taxa de ocupação. Esta situação não é preocupante
porque o público das casas melhoradas são pessoas que preferem e podem
pagar mais. O público-alvo das casas são turistas estrangeiros. “No entanto,
dependendo dos imóveis, o perfil varia.”

O investimento varia consoante o estado e a área da casa, a sua localização, o


segmento a que se destina ou as possíveis obras de actualização. Os valores
variam entre 3500 e 7 mil euros para projectos low cost; 5 mil e 14 mil euros
para um investimento no segmento médio (stylish) e entre 7500 e 20 mil euros
para uma decoração para o segmento alto (upmarket). “Em termos de retorno
financeiro consegue-se muitas vezes pagar o investimento num único Verão”,
assegura Catarina Diniz.

Já o proprietário consegue muitas vezes obter o retorno financeiro em três ou


seis meses. “Há casas que valem até 200 euros por noite. E com uma taxa de
ocupação de 90% podem render mais de 15 mil euros em três meses”, esclarece
a empresária. “Também é possível obter um rendimento de 10 080 euros em
seis meses se investir 5 mil euros num T0 que arrende a 70 euros por dia, desde
que a taxa de ocupação seja de 80%.”

Com as melhorias desenvolvidas pelas irmãs Diniz, tanto o valor da renda como
a taxa de ocupação aumentam. “Temos casos de apartamentos que aumentaram
o valor e a taxa de ocupação cerca de 30%”, diz a mesma fonte. Por outro lado,
conseguem aumentar também a taxa de conversão dos “lookers” em “bookers”.
“Muitas vezes são precisos dez pedidos de informação para uma reserva. Em
casas bem trabalhadas em cada três ou quatro pedidos têm uma reserva”,
conclui.

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