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ANTI-VIRAIS

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Terapia anti-viral
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Anti-virais x Vacinas
• Para muitas infecções não há vacina eficaz
• Alta diversidade viral: escape à RI
• Reações vacinais
• Infecções emergentes: sem vacinas
• Desenvolvimento lento de vacinas
• Enfermidades que induzem imunossupressão (AIDS, cancer, transplantes)
O anti-viral ideal
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 Deve interromper a replicação do vírus sem afetar


significativamente o metabolismo de células do hospedeiro

 A chave é a seletividade
Para terem boa atuação
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Podem:
 Ser capazes de penetrar nas células infectadas
 Interferir com etapas da replicação viral (ligação dos vírus
na célula, síntese de ácidos nucleicos virais e/ou sua
regulação , integração, ação de proteases...)
 Estimular a resposta imune do organismo
 Devem agir sinergicamente com o sistema imune
para eliminar ou suprimir a atividade viral
Droga/Pró-droga
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 Muitos antivirais são pró-drogas: devem ser modificados


(ex: fosforilados) por enzimas virais ou celulares para se
tornarem ativos

 Ex: aciclovir (inibe síntese de DNA)


Pró-droga
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Problemas inerentes aos antivirais
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 Inibem a replicação, mas após a remoção da droga o vírus


volta a se replicar
 Outros problemas:
 Toxicidade
 Rápido metabolismo
 Baixa absorção
 Rápida excreção
Problemas inerentes aos antivirais
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 Os antivirais não eliminam vírus que não estejam


replicando ou estejam latentes

 Vírus não têm metabolismo! !!


 Onde atuar???
 OPÇÃO: Contar com a RI do hospedeiro!!!!!!!
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REPLICAÇÃO VIRAL
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Mecanismos de ação
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 Inibição da ligação ao receptor da célula hospedeira, na


penetração ou desnudamento viral;

 Inibição de enzimas associadas ao vírus, como a DNA


polimerase ou transcriptase reversa;

 Inibição dos processos de transcrição;

 Inibição dos processos de tradução;


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 Interferência com proteínas virais reguladoras;


 Interferência por glicosilação, sulfatação ou fosforilação
 Interferência na compactação de proteínas virais;
 Interferência com a liberação de vírus da membrana celular
superficial;
Drogas que inibem a ligação, penetração dos vírus e
a replicação viral inicial
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AMANTADINA

 MECANISMO DE AÇÃO: inibe a penetração das partículas virais


de RNA nas células hospedeiras. Também inibe os estágios virais
da replicação

 APLICAÇÕES CLÍNICAS: Influenza A, Sarampo


INTERFERON
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 Descoberto em 1957 por Isaacs e Lindenmann. Foi isolado e


demonstrou proteger as células contra nova infecção;
 Glicoproteínas que apresentam atividade antiviral inespecífica
 Os interferons humanos são classificados em três tipos: I, II e III
 O tipo I é secretado por células nucleadas em diferentes
concentrações
 OS INTERFERONS SÃO ATIVOS EM CONCENTRAÇÕES
EXTREMAMENTE BAIXAS
Resposta Imune a Vírus
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Interferon tipo I
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 Alfa e Beta: produzidos por células em resposta à infecção


viral
 Mecanismos de ação
 Induz a proteína quinase que inibe a síntese proteica
 Induz a oligoadenilato sintetase que comanda a degradação do mRNA
viral
 Induz a fosfodiesterase que inibe o tRNA, inibindo a transdução
 INIBE REPLICAÇÃO VIRAL
Interferon tipo I
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 Farmacocinética

 Biodisponibilidade oral: menor que 1%


 Administrado IV e SC (injetável)
 Distribuição em todos os tecidos, exceto SNC e olhos
 Meia vida: 1 a 4 horas
Interferon tipo I
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 Efeitos colaterais
 Febre, dor de cabeça, prurido
 Supressão da medula óssea (anemia)
 Neuro e cardiotoxicidade
 Perda de fertilidade, .....
Interferon tipo I
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 Alguns usos
 Hepatite B e C crônicas
 Infecções por CMV em pacientes transplantados
 Sarcoma de Kaposi em pacientes com Aids
 Interferon peguilado: Modificado através da adição de uma
molécula de polietilenoglicol
Interferon + ribavirina: HCV
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 Interferon peguilado
 Ribavirina: análogo nucleosídeo sintético
 Tratamento: de 6 (genótipo 2 e 3) a 12 meses (genótipo 1)
 Muitos efeitos colaterais
 Cefaleia, febre, dores musculares, cansaço, perda de apetite,
perda de peso, prurido, depressão, queda de glóbulos
brancos, plaquetas e anemia
Hepatite C
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HCV – Sofosbuvir e Simeprevir
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 Antiviral de ação direta: inibe a RNA polimerase viral NS5B


 Menor efeito colateral
 Associado a Interf + Ribav: ~90% de cura
 Tempo de tratamento diminui: até 12 semanas
 Daclatasvir: inibe a NS5A
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Análogos de nucleosídeos
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 Muitas drogas antivirais são nucleosídeos sintéticos que


interferem de alguma maneira com a síntese de DNA ou
RNA
 Exemplos:
 Ribavirina
 Aciclovir
 Cidofovir
 Famciclovir
 Idoxuridina
Acyclovir
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 Amplamente utilizado (Herpesvirus)


 Nucleosídeo análogo da purina que diminui a replicação
viral nas células infectadas
 Sintético
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 Primeiro passo: ativação


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 Segundo passo:
Acyclovir
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 Efetivo contra
 HHV-1 (HSV-1)
 HHV-2 (HSV-2)
 HHV-3 (Varicela-zoster)
 HHV-4 (Epstein-Barr)
 HHV-5 (Citomegalovírus) – menos efetivo
 Gancyclovir!!
Inibidores enzimáticos
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São aqueles que interferem com os processos de replicação


viral, mas não são análogos de nucleosídeos
 Podem inativar as enzimas virais por ligarem-se
diretamente a elas ou por serem inibidores da protease
 Exemplos:
 Fosfato de oseltamivir
 Foscarnet
 Nevirapina
 Delavirdine
Nucleosídeos inibidores da RT
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 Drogas utilizadas contra retrovirus (HIV)


 Não cura a infecção
 Uso prolonga e melhora a qualidade de vida
 Zidovudine (AZT), Abacavir (ABC)
 Lamivudine (3TC), Didanosine (ddl)
 Zalcitabine (ddC), Stavudine (d4T)
Inibidores não-nucleosídicos da transcriptase
reversa
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 Nevirapine (NVP), Efavirenz (EFZ), Delavirdine (DLV)


 Inibem diretamente a transcriptase reversa sem
fosforilação intracelular
 Se liga próximo a sitio catalítico e causa desnaturação
 Mais potente que AZT contra HIV-1, mas não contra HIV-2
Inibidores de protease
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 Saquinavir (SQV), Nelfanir (NFV), Indinavir (IDV),


Ritonavir (RTV), Lopinavir e Aprenavir (AMP)

 Impedem a clivagem em proteínas funcionais


 Administrado oralmente
 Saquivir: meia-vida de 12 horas
Terapia combinada contra o HIV
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 Objetivos: alcançar eficácia máxima, minimizar a toxicidade


pela redução da dosagem individual da droga e diminuir as
chances de desenvolvimento de resistência.

 Combinação usual:
 1 inibidor de protease + 2 inibidores de transcriptase
reversa
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PrEP
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 Truvada: entricitabina e fumarato de tenofovir


desoproxila ou tenofovir
 inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
do HIV-1
Profilaxia Pré-exposição (PrEP)
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 Estratégia de prevenção que envolve a utilização de um


medicamento antirretroviral, por pessoas não
infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV
através de relações sexuais.

 Bloqueio do ciclo da multiplicação viral


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 PrEP Oral em forma de comprimido e a PrEP Tópica em


forma de gel

 PrEP Oral: eficácia parcial foi demonstrada entre homens


que fazem sexo com homens (HSH) e heterossexuais.
 PrEP + testagem anti-HIV ampliada (mensal ou
trimestral) + diagnóstico e vinculação ao
tratamento dos soropositivos

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