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Memorial Acadêmico
Arnaldo Vianna e Vilhena de Carvalho
Me entendo “ensinante” desde criança, quando ajudava amigos e colegas com suas tarefas,
ou quando apreciava mostrar um brinquedo novo, destacar suas qualidades, e permitir que os
amigos pudessem também explorá-lo. Minha natureza contrastou brutalmente com o sistema
convencional de ensino, especialmente a partir do segundo ciclo do fundamental (não sem
turbulências nos períodos anteriores). Somado ao fato de ser oriundo de uma família de vida
intelectual bastante intensa, o resultado foi uma sequência de “insucessos” do ponto de vista
escolar; ao mesmo tempo, porém, a certeza desde criança: “a escola tem de ser diferente”.
Sobre essa família e o estímulo para a curiosidade epistemológica, devo dizer que ela foi,
sem dúvida, minha primeira influência intelectual. Meu gosto pela ciência – em especial pela
biologia - foi iniciado por meu avô (médico). Através dele acompanhei o universo celular através de
microscópio, em seu consultório. Em casa, tínhamos coleções de ossos (que ele usava para dar
aula), materiais colhidos de cirurgias, placentas e fetos preservados, etc. Esse gosto pelo saber foi
incorporado por meus irmãos, e logo também construímos uma boa coleção de história natural:
conchas, animais preservados em naftalina ou álcool, vegetais, e mesmo um fóssil pré-histórico
estiveram em nossas prateleiras. O estudo da vida de uma aranha, observada diariamente com lupa e
anotações sobre seu comportamento foi um marco. Dos antigos kits infantis conhecidos como
“laboratórios de química”, experimentei todas as substâncias e combinações indicadas, e tantas
outras criadas por mim. O desmonte e remontagem híbrida de brinquedos foi uma constante.
“Aprender brincando” e autodidatismo, aliás, são temas por onde enveredei naturalmente.
Havia em mim o contraste da resistência escolar iniciada na primeira infância, e uma curiosidade e
criatividade inesgotável, incentivo à observação e a ciência, acesso a uma imensa biblioteca
particular (familiar), e uma certa solidão de “criança de apartamento” (solidão essa que virou
vantagem, como já havia apontado Cecília Meireles. Ela porém teve solidão e silêncio. Eu, solidão
sim, mas silêncio nenhum). E nessa vivência, inventei o que fazer. Criei, li por conta própria, ao
meu modo, sobre as culturas indígenas, sobre o período medieval europeu, sobre o corpo humano e
seus aspectos biológicos. Nessa época, imaginei um tipo de literatura que falasse comigo. E ela se
materializou pouco tempo depois, na coleção “Enrola e Desenrola” da Ediouro. Foi o primeiro
conjunto de livros no estilo “livro jogo”, tratado em segunda pessoa, oferecendo a chance do
próprio leitor de influenciar na narrativa e ser levado a um dos diversos finais. Me percebo como
precursor de uma geração marcada pelo início de novas formas e necessidades de interação. Ela
iniciou por brinquedos com maior capacidade de ação (nascia o controle remoto, evoluia o
trenzinho elétrico, os brinquedos falantes e capazes de movimentar-se), e mais tarde, por propostas
como o livro jogo, e o RPG.
Este jogo de representação conhecido até hoje por seu original em inglês (RPG, ou Role-
playing Game) me foi apresentado por volta de dez para onze anos de idade. Ainda não publicado
no Brasil, me encantei com a possibilidade de criar mundos e contar histórias heroicas com meus
amigos. Por falta livros de regras em português, a “solução” foi aprender inglês. Traduzi muitos
textos somente com auxílio de dicionário ao lado, nessa época. Além disso, foi na busca por ter
mais contato com o jogo que acabei encontrando o “Centro Criativo Além da Imaginação”, onde fui
o primeiro sócio. Tratava-se de um empreendimento com aspectos de centro cultural, e que oferecia
biblioteca, ludoteca e videoteca jovem, além de manter uma série de eventos. Lá pude enveredar por
cursos como o de Mitologia Nórdica, afiar ainda mais a criatividade com a técnica do “Brainstorm”,
e introduzir o tema “RPG & Educação”, sobre o qual escrevi e cheguei a estudar suas
possibilidades. Interessante nesse momento foi o oferecimento do RPG como técnica didática para o
curso de inglês ICBEU, estabelecido em São Gonçalo. Para além de uma percepção empírica,tive a
influência de leituras como “Homo ludens”, de Huizinga, e “Saindo do Quadro”, de Alfeu Marcatto.
Nesse mesmo ano, retomei os estudos sobre jogos e educação, com o objetivo de inscrever
junto com minha esposa Nívia Pombo, doutora em história, projeto educativo sobre a história do
Rio de Janeiro, utilizando o jogo de tabuleiro como ferramenta. Além da revisão do livro de
Huizinga, as leituras de: Jogos e Soluções Interativas, de Lucio Abbondati, foram parte do estudo,
que nesse momento encontra-se em suspenso por nossas demandas profissionais e pessoais.
Meu apelo para a área mais humana, para a educação dos pequenos como suporte primeiro
na organização de uma sociedade mais coerente, etc., me inclinou a retornar dessa vez para a
pedagogia. Pela primeira vez, já não buscava uma faculdade para fazer dela uma profissão. Mas
para obter reconhecimento formal, e fomentar a possibilidade de um sonho abstrato: poder atuar ou
mesmo criar um espaço escolar muito diferenciado no Brasil, com premissas obviamente críticas às
formas ordinárias de atuação. Re-acendeu o meu sonho de quem sabe um dia, ter uma escola, e estar
preparado para isso.
A pedagogia, também prometia uma aplicação prática e imediata, nos cursos sobre terapias
que nunca deixei de ministrar. A expectativa era de aprofundar em novos métodos didáticos, novas
formas de planejamento dos cursos, e ainda, na gestão de outros colegas professores da área
terapêutica, a quem tenho delegado o ensino de certas áreas de uma formação que atualmente
ministro (Shiatsu).
A entrada na pedagogia se deu na conveniência do Ensino a Distância, onde iniciei
graduação online. Infelizmente devo dizer que a instituição que escolhi não correspondeu às minhas
expectativas, o que me fez parar, e me reorganizar para retornar posteriormente em caráter
presencial. Quis retomar minha jornada pelo ensino público e assim optei por participar do ENEM
como forma de processo seletivo.
Confesso que, uma vez tendo obtido os pontos necessários para quaisquer das formações em
pedagogia oferecidas na região metropolitana do Rio de Janeiro, optei pelo Iserj por um endereço
que atendia mais o meu momento. Desconhecido para mim, este educador que até aqui atua
marginal ao reconhecimento formal que prevê e exige diplomas – um espírito errante -, o ISERJ
tem me trazido, com a beleza de suas histórias, estrutura, tradições, e ensino, um corpo, com a
densidade adequada para a atuação de excelência onde já me encontro inserido, e para a busca dos
rumos que ainda me falta colocar em prática.
Muito clara é a lembrança do primeiro dia em que entrei no Iserj. Após a confirmação de
minha vaga, fui ao endereço indicado, e me surpreendi com majestoso prédio, que imediatamente
me remetera ao niteroiense Liceu Nilo Peçanha, escola municipal onde cursei um ano de meu
ensino médio. Cheio de vida, inspira educação. A arquitetura panóptica, os murais de estudantes de
todas as idades (todos os estágios do ensino), as corujas nas telhas antigas foram o abre-alas para,
no primeiro dia de aula, o encontro com o burburinho estudantil. Que alegria é poder cursar o
ensino superior na convivência imediata com as diversas turmas do ensino básico, bem como ter
acesso às demais modalidades de ensino previstas em lei, qual seja o EJA, a Educação Especial, etc.
O Iserj é a capital fluminense da educação e eu não sabia. Do burburinho para a história,
criam-se laços identitários. Afinal, difícil não orgulhar-se de estar em salas de aula que um dia
tiveram a presença de brilhantes como Cecília Meireles e Anísio Teixeira.
Enfim, não fica apenas na inspiração minha passagem até aqui curta, pelo ISERJ. Ao longo
do processo formativo, tive a oportunidade de discutir sobre alguns dos temas que já considerava
relevantes, mas também de descobrir outros, com intensidade.
Cheguei com planos à instituição. Um deles era publicar na Internet um blog relatando
minha experiência como aluno do ISERJ. Pela falta de tempo e ao mesmo tempo, necessidade de
maturação, o blog “Aprendiz de Professor” foi ao ar no início de 2016. Para além de comentar sobre
o dia a dia como acadêmico, publico textos autorais e de outros. São artigos diversos: ensaios,
resenhas, críticas, reflexões, memórias, frases e pensamentos acerca do tema educação, o processo
de formação do professor, o ISERJ, e atualmente, os desafios do recém-graduado.
Aproveitei também algumas isenções de matéria em função do prévio cumprimento nas
outras graduações parcialmente cursadas. Tratei de investir em matérias optativas, eletivas, e de
outras mais avançadas, a fim de ampliar meu aprimoramento e avançar em discussões de alto
interesse. Foi com esse espírito que cursei “Seminários de Neurociência” com a prof. Olga, quando
incursei num mundo que sempre me interessou – o dos superdotados e portadores de altas
habilidades - e nesse momento curso “História e Memória na formação de Professores do ISERJ”,
para o qual teço este memorial [2016].
A construção e publicação do Lattes foi outra conquista acadêmica importante, ocorrido por
incentivo da Prof. Carol Granato, a partir de meu interesse em participar de programa de Iniciação
Científica.
Por iniciativa própria, também apresentei uma ementa para oferecer gratuitamente uma
pequena oficina junto ao MOB – Movimento de Ocupação da Biblioteca, coordenado pela prof.
Malu Melo (O MOB posteriormente cresceria, ganharia sede e se tornaria projeto permanente de
extensão, o Mob.E). A oficina “O Sono e os Sonhos – Ferramentas Pedagógicas”, composta de
quatro aulas, e tendo como foco a exploração da fisiologia do sono e do simbolismo onírico como
estratégia pedagógica ocorreu no segundo semestre de 2015, e contou com 10 alunos. Este e o
primeiro de uma série programada de oferecimentos semestrais, que pretendo realizar no Iserj. Os
próximos temas serão: Jogos e Educação; Laboratório da Postura Lúdica (Projeto Lagarta Mágica);
e Saúde no Iserj.
No segundo semestre de 2015, também tive a oportunidade de participar e atuar no Festival
de talentos Cecília Meireles, evento que reuniu toda a comunidade Iserjiana no teatro da instituição.
A preparação para atuação no evento me levou a um detalhado estudo sobre o Iserj dos anos 30-50,
e da sensível “troca de olhares” ocorrida em vida por Cecília Meireles e Fernando Pessoa. Assim,
fiz a fala de abertura, contando ao público um pouco mais sobre os escolanovistas Cecília Meireles,
Fernando Azevedo e Anísio Teixeira em seus tempos de ISERJ, e ao longo do festival apresentei
pequenos excertos onde, através do tema “Velhice e percepção”, fiz dialogar Meireles e Pessoa
através de leituras dramatizadas. O evento buscou arrecadar fundos para o Iserj, e por isso também
participei ativamente do processo de venda de convites.
Desde o primeiro período, já percebia uma tendência a evasão por muitos motivos, e em
enquete informal, percebi que os alunos muitas vezes se sentiam tão mal orientados quando de sua
entrada que simplesmente resolviam migrar para outras instituições. Dessa percepção surgiu a
criação do Guia de Bolso ISERJ, um pequenino manual destinado aos calouros, mostrando um
pequeno mapa do ISERJ e seus arredores, com informações relevantes para facilitar o dia a dia de
quem começa. O projeto do guia foi apresentado a professora Ana Severiano, que me convidou
então a concluir o projeto como parte da Monitoria em Gestão coordenado por ela. Com orgulho
tornei-me monitor e participei dos movimentos da monitoria na organização de eventos internos do
ISERJ, como o “Diálogos em Formação”. Concluí o projeto com supervisão da Professora
Severiano, mas no entanto, este não foi levado a impressão, em função do rompante turbulento dos
protestos e greves ocorridos no início deste ano de 2016.
O estado de sucateamento das instituições de ensino e a desvalorização dos profissionais de
educação é um processo gradativo e que chegou em seu fundo do poço este ano, em compasso com
a pré-falência do Estado do Rio de Janeiro. No ISERJ, os reflexos já eram sentidos antes da
deflagração definitiva da crise. As greves dos professores e demais funcionários da educação
ocorreu já na condição de educação estrangulada, com grandes dívidas salariais, não cumprimento
de acordos efetuados desde 2013, entre outros. O descaso por parte das mídias para com a greve
impediu uma mobilização popular em torno do tema, e inspirados pelos movimentos de ocupação
ocorridos em São Paulo, os estudantes entraram em ação, formando a primeira Ocupação Estudantil
no Iserj. Participei das assembleias do ensino superior na busca por posicionar-se, apoiando a
ocupação. Estive algumas vezes no ISERJ nesse período, para verificar e testemunhar as ações de
resistência e condições insalubres dos estudantes, a enfrentar grande pressão, mas comparecendo
com força às instâncias cabíveis, entre elas a ALERJ. O movimento também foi acompanhado por
país do ensino básico, que criaram um fórum próprio e entraram na briga por melhores condições. O
fim forçado da greve e das ocupações trouxeram a todos os defensores da educação, exaustos, um
misto de tristeza, resignação e alívio. Seguiram-se novas reuniões e embates logo no início da
retomada das aulas. Participei de várias, emiti algumas falas com sentido ponderador, interessei-me
por entrevistar os jovens ocupantes e tentar ajudar a sociedade a saber do que estava acontecendo
dentro da instituição, e ao mesmo tempo, localizar informações acerca do que ocorria do lado de
fora, nos bastidores políticos que implicavam diretamente no Iserj. Para isso, utilizei o “Aprendiz de
Professor”, as redes sociais, e fiz uma intensa campanha entre os colegas alunos. Aproveitei para
discutir, com colegas e em sessões de monitoria de gestão, os métodos aplicados pelos atores sociais
envolvidos em todo o processo (pais, professores, diretores, políticos, instituições, etc). Acredito
que esse foi um período de aprendizagem geral. A classe profissional para onde estou seguindo mais
e mais a cada passo que dou em minha formação precisou rever seus métodos de reivindicação. Os
estudantes precisaram rever seu adormecimento, e retomar sua proatividade. Os pais do ensino
básico precisaram reassumir seus papéis de responsáveis reais pela educação de seus filhos,
conversando com eles sobre os acontecidos, apoiando suas iniciativas, interagindo com a escola,
inspecionando, cobrando, e participando de suas ações. A comunidade do Iserj re-experimentou
antigas formas de encontro e reunião, previstas em seus estatutos. Ensaiou-se o renascimento dos
conselhos, e surgiram vozes entre os estudantes. O futuro dirá que partes desses movimentos se
solidificarão, e quais retornarão ao ocaso. Independente do que ocorrer, meu testemunho me ensina
sobre o imenso desafio que desde já começo a encarar no ensino público nacional.
A imersão na realidade do ensino público, experimentada de forma leve em meus primeiros
contatos na adolescência, vem amparada com as lições de não ódio ao privado, aprendidas com
estadistas que souberam ir além da pequenez: Nelson Mandela e M. Gandhi, de quem li biografias e
autobiografias, textos próprios e artigos. Não cabe aqui mitificações, humanos que foram. Mas na
mesma chave, não me furto a admitir que – isolados méritos e assertividades - foi sem dúvida, nesse
espelho dessa mediação entre elite e proletariado, que o então presidente Lula emitiu brilho no
cenário internacional. Com direito a indicação para o Nobel da Paz, governou com a busca de uma
superação de ranços que por vezes nos fez estranhar a postura excessivamente moderada do político
para com antigas figuras de oposição.
Fez parte inevitável de minha então recente trajetória acadêmica, o investimento nos
trabalhos da disciplina “Educação e Movimentos Sociais”, do Professor Marcos Chagas. Para além
de teorizações históricas, pude conhecer o amplo trabalho conscientizador organizado nas escolas
itinerantes do MST, em total sintonia com a proposta progressista de Paulo Freire. Em trabalho de
pesquisa, cheguei a traduzir trechos inéditos em português de artigos sobre autores da educação
soviética no período leninista (em especial sobre Moisey Pistrak), traçando comparações com
métodos difundidos pelo ocidente como o dos projetos, disseminado mundialmente a partir
sobretudo de Dewey. Neste momento estou convertendo minha pesquisa em artigo para
apresentação em congresso.
Paulo Freire segue como principal autor no geral das disciplinas, que já nos ofereceram a
chance de discutir sobre sua obra, com foco especial em seus clássicos: Pedagogia do Oprimido e
Pedagogia da Autonomia.
Um incentivo e um acréscimo à minha consciência discente, tais textos não substituem o
valor da arte como libertadora dos rudes contornos que a sociedade nos impõe. Assim, a disciplina
Arte-Educação, ministrada pelo Prof. Dilson Miklos, tratou de oferecer aos alunos novas
possibilidades de olhar, um olhar mais atento e refinado e cuja crítica às dificuldades sociais
permanece presente. Começando pela desconstrução do velho olhar, trouxe-nos Kanjinsky como
símbolo desse desmanche do que ontem era concreto. Olhares sobre diferentes manifestações e
tendências, com a disciplina percorremos um amplo panorama que incluiu artistas nacionais e
internacionais e suas obras, incluindo Marina Abramovich, Celeida Tostes, etc.
Uma nova escola, sob um olhar ao mesmo tempo consciente e humanizado não poderia
deixar de atender o “coração da razão”, e uma das disciplinas matrizes de toda a Ciência: a
matemática. Ela tem sido ensinada pelo professor André da maneira com que eu me deparei em
escolas como a da Ponte ou mesmo no Centro Educacional de Niterói. O trabalho que começa pelo
real entendimento, ao invés do antigo método de memorização, do “é porque é”, ainda dominante
nas escolas brasileiras. O respeito pelo desenvolvimento individual do aluno, a importância em
tornar uma compreensão suporte para a seguinte, a utilização de materiais concretos, lúdicos e de
intermediação para a abstração simbólica da matemática são fundamentais em tempos em que a
educação finalmente compreende que o ser pessoa e o ser cidadão demandam uma construção real
das bases cognitivas fundamentais.
As leis gerais referentes a educação foram estudadas e sua utilização na gestão foi
intensamente simulada na disciplina Gestão I, do Prof. Arthur. No momento, em Gestão II, o
professor Thiago complementa o trabalho, utilizando a realidade da escola pública em novas
simulações.
Fátima Ornellas tutoriou um processo de grande relevância com “Pedagogia em Espaços não
escolares”. A disciplina trouxe o elo perdido para minha ideia de formação para lugares outros, além
da escola; o passeio por diferentes possibilidades para a pedagogia, combinada com meu ativismo
com a Associação Brasileira de Shiatsu inspirou parcerias educativas cujos projetos estão em em
franca elaboração, em ambientes não escolares: o primeiro deles em parceria com o SECONCI, o
segundo com o projeto “Papo de Responsa”, da Polícia Civil.
Nesse momento, em que me encontro no meio exato do curso de Pedagogia, já inicio minhas
reflexões em torno do tema de escolha para meu trabalho de conclusão de curso. Meu dilema
pessoal não gira em torno da dificuldade de “encontrar um tema” para desenvolver, senão de deixar
para trás neste trabalho as demais opções entre meu leque de interesses já pré definidos, e por onde
de algum modo pretendo passar em minha trajetória de educador.
Outubro de 2016.
***
> Wilhelm Reich, Teóricos do Pensamento Tradicional Oriental, Michel Odent, Therese Bertherart,
Gaiarsa, Rudolf Steiner (Waldorf)
Minhas Ideias centrais, temas de estudo, interesse e bandeiras em torno do tema educação
- Multisseriação é preferível (de Laura Ingalls a Montessori)
- Sistemas de equipes pequenas (escotismo, grupos de trabalho, laboratório brigada, pedagogia por
projetos)
- Contato com a natureza
- Pensamento sustentável
- Envolvimento da família (a família se matricula?)
- Educação democrática (Neill, Ponte, Schumacher, etc).
- Educação não-diretiva (Neill)
- Inteligência(s), aprendizagem multissensorial, embodied conscience e temas afins
- Identificação e incentivo à talentos (inclui o estudo das Altas Habilidades / Superdotação)
- Utilização de novas tecnologias
- Educação não escolar