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Processo Administrativo Previdenciário

= Fontes Formais:
Lei 9.784/99 – processo administrativo federal
Lei 8.213/91 – LBPS
Dec. 3.048/99 – Regulamento da Previdência Social
Dec. 9.094/17 – Simplificação do Atendimento ao Cidadão
IN INSS 77/2015 – IN que trata de Benefícios (Direito Material e PAP)
Portaria MDSA 116/2017 – Regimento Interno do CRSS
Algumas OI INSS/DIRBEN – Orientações Internas da Diretoria de Benefícios

= Definição da IN: “Considera-se processo administrativo previdenciário o


conjunto de atos administrativos praticados nos Canais de Atendimento da Previdência
Social, iniciado em razão de requerimento formulado pelo interessado, de ofício pela
Administração ou por terceiro legitimado, e concluído com a decisão definitiva no
âmbito administrativo” (art. 658).

= Fases do PAP:
- Inicial
- Instrução
- Decisão
- Recursos
- Julgamento dos Recursos

= Princípios que regem o PAP: Estão previstos nos arts. 5º e 37 da CRFB e art.
2º da Lei 9.784/99: Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência,
contraditório e ampla defesa, duração razoável do processo, isonomia, devido processo
legal, segurança jurídica, interesse público, finalidade, motivação, razoabilidade e
proporcionalidade.
Os preceitos do PAP constantes do art. 659 da IN77/15 dão contornos mais
concretos a estes princípios.

- Princípio da Motivação: É direito do cidadão conhecer precisamente as razões


pelas quais seu requerimento foi indeferido ou parcialmente deferido. Trata-se de
requisito imprescindível para o exercício pleno do contraditório (oportunidade de
contraditar o ato administrativo) e ampla defesa. Traduz-se no preceito do art. 659, X,
da IN77: fundamentação das decisões, indicando os documentos e os elementos que
levaram à concessão ou ao indeferimento do benefício ou serviço.

- Presunção de boa-fé dos atos praticados pelos interessados (art. 659, I, IN77).

- Princípio da publicidade contempla os preceitos da identificação do servidor


responsável por cada ato e a data em que cada ato foi praticado (art. 659, XI, IN77).

- Princípio da Ampla Defesa e Contraditório contempla o preceito de garantia à


comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição
de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio (art.
659, XIV, IN77).
Obs.: Nos processos concessórios, também se aplicam estas garantias (exceto as
Alegações Finais).
- Princípio do Interesse Público contempla a regra hermenêutica de interpretação
da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público
(art. 659, XVII, IN77).

- Princípio da Primazia da Verdade Material: o julgador deve sempre buscar a


verdade, ainda que para isso tenha que se valer de outros elementos além daqueles
trazidos aos autos pelos interessados. Utilizando-se da experiência na matéria, o
julgador pode determinar certas provas úteis a desvendar situações que, dentro de um
juízo de probabilidade, costumam ocorrer em situações similares ao caso concreto em
análise. Legitima, por exemplo, a Pesquisa Externa, a Justificação Administrativa e
qualquer outra solicitação de documentos ou informações feitas à Administração e que
tenha por objetivo registrar nos autos algum fato. Mas isso não retira do segurado a
obrigação de trazer elementos indicativos aos autos, bem como informações e
documentos quando solicitado (Obs.: Não basta o “quero me aposentar”). Este princípio
complementa-se com a ideia de cooperação (art. 5º do NCPC).

Princípio da Oficialidade: impõe à Administração Pública o dever de dar


prosseguimento ao processo, impulsionando-o de ofício, sem prejuízo da atuação dos
interessados (art. 659, XVI, IN77). Pode, por sua conta, produzir provas, solicitar laudos
e pareceres, fazendo o que for necessário para que se chegue a uma decisão final
conclusiva.

= Princípios Específicos do PAP:

- Obrigatoriedade da concessão do benefício mais vantajoso. Devem os


servidores do INSS verificar as provas produzidas nos autos e, no momento do
julgamento, mesmo que o segurado ou dependente requeira espécie de benefício diversa
ou sejam possíveis duas ou mais interpretações sobre o caso, se constatado o direito a
benefício diverso do requerido e/ou mais vantajoso economicamente, deve-se informar
tal fato ao interessado. No caso de anuência, deve-se proceder à concessão.
Fundamento Legal: art. 122 da LBPS - trata do caso específico do segurado
continuar em atividade com direito a aposentadoria (ver qual o melhor momento para
aposentar).
Fundamento nos arts. 554, 687 e 688 da IN 77/15 é mais amplo: Elaboração de
cálculo comparativo para que o segurado opte entre dois benefícios inacumuláveis.
Obs.1: Por vezes, a opção não é tão óbvia: benefício menor com mais atrasados
ou benefício maior com menos atrasados.
Obs.2: Há ainda o direito de desistência previsto no art. 181-B do Dec. 3.048/99.

Art. 181-B. As aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial


concedidas pela previdência social, na forma deste Regulamento, são
irreversíveis e irrenunciáveis.
Parágrafo único. O segurado pode desistir do seu pedido de aposentadoria
desde que manifeste esta intenção e requeira o arquivamento definitivo do
pedido antes da ocorrência do primeiro de um dos seguintes atos:
I - recebimento do primeiro pagamento do benefício; ou
II - saque do respectivo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou do
Programa de Integração Social.
- Direito de Esclarecimento (vai além do direito de informação): O servidor do
INSS deve prestar ao interessado, em todas as fases do processo, os esclarecimentos
necessários para o exercício dos seus direitos, tais como documentação indispensável,
prazos para a prática de atos, abrangência e limite dos recursos (art. 659, VII, IN77)
com formas e vocabulário simples, evitando-se o uso de siglas ou palavras de uso
interno da Administração que dificultem o entendimento pelo interessado (art. 659, XII,
IN77).

- Presunção de Veracidade dos dados constantes nos sistemas corporativos da


Previdência (art. 29-A e §§ da LBPS).
Obs.1: O cidadão pode verificar com regularidade os dados constantes do CNIS
e solicitar, a qualquer tempo, a inclusão, exclusão ou retificação de informações (§ 2º).
Obs.2: Por um lado, caberá ao INSS comprovar que a informação inserida no
sistema não é verdadeira para que possa desconsiderá-la. Por outro lado, cria-se
resistência (necessidade de prova robusta) para considerar períodos e remunerações que
não estejam nos sistemas.

- Informalismo Procedimental (a ser aplicado em benefício do segurado e seus


dependentes) determina que erros formais não podem prejudicar o administrado, desde
que seja possível aproveitar seu ato e fazê-lo atingir sua finalidade. Com base neste
princípio, pode-se até mesmo alterar um pedido depois de realizada a instrução e gozar
de direitos que só seriam alcançados no curso do processo. Ex.: art. 690 da IN 77/15 –
reafirmação da DER: “Se durante a análise do requerimento for verificado que na DER
o segurado não satisfazia os requisitos para o reconhecimento do direito, mas que os
implementou em momento posterior, deverá o servidor informar ao interessado sobre a
possibilidade de reafirmação da DER, exigindo-se para sua efetivação a expressa
concordância por escrito”.

- Gratuidade: Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as


previstas em lei (art. 659, XV, IN77).

- Vedação à aplicação retroativa de nova interpretação (art. 659, XVII, IN77).


Direito Intertemporal x Interpretação Intertemporal.
Questão: Qual o alcance desse preceito? Abrange o erro? Abrange a
Jurisprudência em sentido contrário?

Reconhecimento Automático de Direitos

Além dos Princípios do PAP, há algo que esbarra no material e no processual ao


mesmo tempo e que é um objetivo perseguido pelo INSS: o reconhecimento automático
de Direitos.

O reconhecimento automático de direitos é um dos objetivos estratégicos do


INSS. A diretriz que o precede é manter um cadastro fidedigno da vida laboral e
profissiografia do cidadão com vistas a facilitar a obtenção de prestações
previdenciárias e serviços como a reabilitação profissional e o serviço social.

Desafio: Lidar com situações ocorridas há 30 / 40 / 50 anos atrás.


GFIP entrou em 1999 e obrigatoriedade em meio magnético para todas as
empresas em 2004.

Ciência dos Atos e Contagem de Prazos

As formas de ciência dos atos processuais são:


- ciência nos autos, preferencialmente (art. 665 § 2º da IN77)
- via postal com AR, telegrama ou outro meio que assegure ciência ao
interessado. Presumem-se válidas as comunicações dirigidas ao endereço declinado nos
autos (art. 665 § 3º da IN77), ainda que sejam recebidas por terceiros.
- outro meio que assegure ciência, desde que registrado no processo.
Obs.: Comparecimento supre a falta de comunicação e dá início à contagem de
prazos (art. 665 § 4º da IN77).

Regras gerais quanto aos prazos (art. 665 § 7º da IN 77)


- Início: Data da cientificação;
- Contagem: em dias corridos, excluindo o dia inicial e incluindo o dia final;
- Prorrogação: nos casos de dia sem expediente, primeiro dia útil subsequente.

Obs.: O não atendimento da comunicação não implica no reconhecimento da


verdade dos fatos de modo desfavorável à pretensão formulada pelo interessado (art.
666 da IN 77). Mas pode prejudicar a instrução, com aumento das chances de insucesso
(art. 678 § 7º da IN 77 determina que, esgotado o prazo para cumprimento de
exigências, o INSS analisa os dados presentes nos sistemas e profere a decisão).

Fase Inicial ou Postulatória

= Definição do Objeto:
- Concessão, Revisão, Atualização/Retificação Cadastral, Prestação de Serviços
- Qual o Benefício em questão (nos casos de concessão ou revisão)

Regra: Requerimento pela Parte.


Exceção: Atuação de Ofício.
No caso de auxílio-doença, o INSS deve processar de ofício o benefício, quando
tiver ciência da incapacidade do segurado, mesmo que este não o tenha requerido (art.
660 pu da IN 77/15).
Critérios: A ciência deve ser baseada em documentos e a incapacidade deve ser
confirmada pela perícia médica (art. 314 da IN). Ex: CAT.

= A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa


do requerimento de benefício, ainda que, de plano, se possa constatar que o segurado
não faz jus ao benefício ou serviço que pretende requerer, sendo obrigatória a
protocolização de todos os pedidos administrativos (art. 678 da IN 77/15). O único
documento imprescindível é o de identificação com foto (art. 672 e § 1º), o que é
exigível em todo atendimento presencial.
Obs.1: Solução no caso de recusa ao protocolo por parte do servidor: Ouvidoria.
Obs.2: Documentação incompleta acarreta expedição de carta de exigência, na
fase instrutória, com prazo de 30 dias para o cumprimento (art. 678 § 1º da IN 77/15).
= Formalização do Processo (art. 673 da IN):
- requerimento formalizado e assinado;
- procuração, se for o caso;
- comprovante de agendamento, quando cabível;
- cópia do doc. de identificação do requerente e representante legal;
- documentos comprobatórios relacionados ao pedido, caso houver; e
- a decisão fundamentada (obrigatória, no momento oportuno).
Obs.1: No PA, o Requerimento geralmente é padrão, mas é possível melhorar
seu conteúdo através de anexo construído pelo segurado.
Obs.2: Em sua maior parte, os documentos já devem ir junto com a inicial e,
conforme o tipo de requerimento, há um conjunto essencial de provas.

= Requerimento pode ser formulado pelos canais:


- Portal do INSS na Internet
- Central de Atendimento 135
- APS (1.500 pontos de atendimento no Brasil)

Obs.1: Qualquer que seja o canal utilizado, fixa-se a DER (art. 669 da IN)
Obs.2: As APSADJ e EADJ (equipe) não atendem ao público, apenas as
demandas judiciais.

Fase Instrutória

Tanto no âmbito administrativo como no judicial, o mais importante é a boa


colheita e produção das provas. Nada obstante, na atuação com o Direito Previdenciário,
grande parte das provas são pré-constituídas.

As provas que instruem o processo administrativo são quase as mesmas


utilizadas na via judicial. Todavia, uma das principais diferenças do âmbito
administrativo para o judicial é a liberdade na apreciação das provas (diminuição da
tarifação no âmbito judicial).

A carta de exigências é o expediente comum para o servidor do INSS requerer


complementação de documentação (isso quando já não comunica de plano no
atendimento inicial – emissão imediata da carta de exigências, conforme §§ 4º e 5º do
art. 678 da IN 77).
Prazo para cumprimento das exigências: 30 dias, prorrogável por mais 30
mediante justificativa do interessado (§§ 1º e 2º do art. 678 da IN 77).

Obs.: É suficiente a apresentação dos documentos originais ou cópias


autenticadas em cartório ou por servidor do INSS. No caso de cópias, pode ser
solicitada a apresentação do documento original para verificação de contemporaneidade
ou outras situações (art. 674 da IN).
O servidor, após conferir a autenticidade dos documentos apresentados, deverá
devolver os originais ao requerente e providenciar, quando necessário, a juntada das
cópias por ele autenticadas ao processo, mediante aposição de carimbo próprio (§ 1º).
Quando for apresentada cópia de vários documentos para serem conferidos com
o original, é facultado ao servidor certificar a autenticidade em despacho, fazendo
referência às folhas em que esses documentos foram inseridas no processo (§ 2º).
A reprografia dos documentos, para fins de juntada ao processo, poderá ficar a
cargo do INSS (§ 3º).

Provas (aspectos gerais)

= Espécies de Prova:
- Documental
- Oral:
- Justificação Administrativa [JA] para testemunhas
- Entrevista Rural para os próprios segurados
- Registros em Cadastros Públicos
- Pesquisa Externa: feita pelo servidor do INSS, previamente designado
para atuar nas empresas, nos órgãos públicos ou em relação aos contribuintes em geral e
beneficiários, com o objetivo de verificar a veracidade de documentos, conferir dados
constantes nos sistemas, dentre outros.
- Prova Pericial: destinada a avaliar a capacidade laborativa do segurado,
invalidez do dependente para fins de prorrogação desta qualidade após os 21 anos de
idade (art. 16, I e III da lei n.º 8.213/91) e a deficiência/impedimentos para fins de
percepção de benefício assistencial.

= Indeferimento forçado: a não apresentação de provas na via administrativa e


sua posterior juntada ao processo judicial pode caracterizar o que se denomina
“indeferimento forçado”. Possibilidades a depender da interpretação do juiz no caso
concreto:
- Condenação em litigância de má fé;
- Fixação da DER na propositura da inicial;
- Atrasados apenas a partir da citação;
- Suspensão do processo judicial para reanálise administrativa;
- Extinção do processo sem julgamento do mérito.

Prova Documental

- Documento de Identificação com foto (exigível tanto na formalização inicial


como em todos os atendimentos presenciais). O art. 672 da IN 77/15 lista os
documentos admitidos: CI, CNH, CTPS, Carteira Profissional/Funcional, Passaporte,
demais documentos com fé pública.

- Reconhecimento de Firma: Em regra, dispensável. Poderá ser exigido quando


houver dúvida de autenticidade (Artigo 672, § 4º, IN 77/15).

- Documentos em língua estrangeira: deverão ser acompanhados de tradução


realizada por tradutor juramentado.

- Certidões de nascimento, casamento e óbito são dotadas de fé pública e o seu


conteúdo não poderá ser questionado, nos termos dos arts. 217 e 1.604 CC (art. 675 da
IN 77). Mas havendo indício de erro ou falsidade, o INSS deverá adotar as medidas para
apurar o fato (§ 1º).

- CTPS: Quando há divergência entre os dados constantes da CTPS e o CNIS, o


servidor obrigatoriamente busca confirmação de sua validade em outros documentos,
bancos de dados disponíveis, ofícios às empresas, pesquisa externa e JA (art. 682 § 2º
da IN77). Elementos que auxiliam na verificação da consistência das anotações em
CTPS:
- ordem cronológica das anotações
- existência de vínculos posteriores que estejam no CNIS, respeitada a
cronologia
- Anotações suplementares em ordem e condizentes com o vínculo
(férias, alterações de salário, opção pelo FGTS e anotações gerais – contrato de
experiência, por exemplo).
- Empresas menores (especialmente antes de 1999/2004) e empregadores
domésticos tendem a apresentar mais falhas no CNIS.
- Cotejamento com outros documentos: TRCT e PPP / SB40 / DSS 8030
- Banco de Dados do FGTS (CEF) com depósitos contemporâneos (ou ao
menos anotação do vínculo) e CAGED (MTE).

- Prova emprestada (de processos anteriores do mesmo segurado) - Caso o


segurado requeira novo benefício, poderá ser utilizada a documentação de processo
anterior que tenha sido indeferido, cancelado ou cessado (art. 685 da IN 77/15).
Obs.1: Todavia, nos benefícios de aposentadoria, não é raro o INSS fazer
contagem de tempo de serviço menor para requerimento posterior.
Obs.2: Os relatórios SABI ajudam na identificação de preexistência, filiação
oportunista e histórico médico nos benefícios por incapacidade.

- Documento em posse de terceiros (art. 686 da IN 77): Quando for necessária a


prestação de informações ou a apresentação de documentos por terceiros, poderá ser
expedida comunicação para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de
atendimento. Não sendo atendida a solicitação, poderá um servidor buscar as
informações ou documentos solicitados por meio de pesquisa externa.

Obs.1: Retenção de Documentos: É evitada, pois, no caso de extravio, apura-se


responsabilidade. Prefere-se sempre a extração das informações ou a realização de cópia
reprográfica dos documentos. Todavia, para análise do requerimento, o servidor poderá
reter os documentos pelo prazo máximo de 5 (cinco) dias, elaborando Termo de
Retenção e Restituição de Documentos em duas vias e entregando a primeira via ao
segurado (Artigo 679 e pu da IN 77/15).

Obs.2: Apreensão de Documentos (não tem prazo específico): destina-se à


apuração de crime (art. 282 do Dec. 3.048/99). O Decreto remete à legislação infra legal
do INSS e SRF para definição do procedimento: as apurações são feitas conforme os
arts. 601 a 616 da IN 77/15. O processo não pode ser retirado (fazer carga) durante a
apuração de irregularidades (art. 702, inciso II, da IN77/15).
CNIS

Os dados constantes no CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições


valem como prova de filiação à Previdência Social, relação de emprego, tempo de
serviço ou de contribuição e salário-de-contribuição, salvo comprovação de erro ou
fraude (art. 681 da IN 77/15).

A comprovação dos dados divergentes, extemporâneos ou não constantes no


CNIS caberá ao requerente (art. 682 da IN 77/15). Mas busca da verdade material
possibilita a confirmação de validade em outros documentos, bancos de dados
disponíveis, ofícios às empresas, pesquisa externa e JA (§ 2º).

Marcações no CNIS (são quase 30). As mais importantes:


- PEXT – Pendência de vínculo extemporâneo não tratado
- AVRC-DEF – Acerto de vínculo extemporâneo deferido
- AEXT-VI – Acerto de vínculo extemporâneo indeferido
- IEAN – Exposição a Agentes Nocivos
- IREC-INDPEND – Recolhimentos com indicadores e/ou pendências
(Obs.: IREC-INDPEND costuma detalhar no analítico)
- PREC-MENOR-MIN – Recolhimento abaixo do valor mínimo
- PRPPS – Vínculo de Regime Próprio (Servidor Público)
- PADM-EMPR – Dt Admissão anterior ao início da atividade do empregador
- PREM-EMPR - Remunerações anteriores ao início da atividade do empregador

Considera-se extemporânea (art. 19, § 3º, incisos II e III, do Dec. 3.048/99) a


inserção de dados após:
- o último dia do quinto mês subsequente ao mês da data de prestação de
serviço pelo segurado, no caso da GFIP;
- o último dia do exercício seguinte ao que se referem as informações, no
caso da RAIS.
- a data estabelecida como vencimento para os recolhimento feitos pelos
segurados (CI e Facultativo).

Desafio: Lidar com situações ocorridas há 30 / 40 / 50 anos atrás.

GFIP entrou em 1999 e obrigatoriedade em meio magnético para todas as


empresas em 2004.
RAIS começou em 1974.
CAGED foi instituído em 1965.

O CNIS absorve os dados da RAIS e GFIP (para fins de remuneração), além das
bases de recolhimento (Bancos) para CI e Facultativo. Faz complementação de
admissão e demissão com o CAGED.

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