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Manual Oficial de Justica PDF
Manual Oficial de Justica PDF
DE SERGIPE
2005
COMPOSIÇÃO PLENÁRIA
Biênio 2005/2007
Presidente
Juízes Corregedores
FICHA TÉCNICA
ASSESSORIA DE PLANEJAMENTO
Econ. Fernando Sampaio Leite
EQUIPE
Edite Fontes de Faro Franco
Izaura Maria dos Anjos
Marluce Santana de Jesus Aragão
CONSULTOR JURÍDICO
Bel. Ronivon de Aragão
COLABORADOR
Cláudio Siqueira Carvalho
APRESENTAÇÃO
Apesar dos óbices legislativos, geradores de mora nos labirintos cartorários, temos
procurado vencer a marcha para atingir o ponto desejável, obviando as inúmeras
dificuldades. O êxito do propósito colimado deve-se a uma magistratura bem preparada.
Mas é devido também à participação destacada dos servidores da justiça no esforço comum.
E dentre estes, o oficial de justiça, em sintonia com o progresso tecnológico dos tempos
vertentes.
Este manual foi elaborado como parte integrante de um projeto global de melhoria da
prestação jurisdicional no Estado de Sergipe, através da qualificação do oficial de justiça,
peça básica na implantação e desenvolvimento da relação processual.
Foi dividido, para melhor assimilação de seus destinatários, em duas partes. A teórica
onde estão assinalados os dispositivos legais mais diretamente ligados ao exercício da
função, incluindo o comportamento ético que deve transparecer na conduta diuturna do
oficial de justiça. Nesta parte, o manual preocupou-se, ainda em consignar excertos de
doutrina e de jurisprudência relativos à interpretação de alguns textos que contêm
divergência na sua aplicação prática.
Há, pois, uma decisão ampla de todos os procedimentos legais, com o intuito de que o
oficial de justiça possa ter uma noção efetiva e abrangente do fundamento no qual consiste a
expedição do mandado, cujo cumprimento lhe incumbe no desempenho do seu mister.
SUMÁRIO ................................................................................................................................................................7
PARTE I
ATRIBUIÇÕES ......................................................................................................................................................12
PREDICADOS .......................................................................................................................................................12
DIREITOS E DEVERES ........................................................................................................................................12
DIREITOS PESSOAIS E ECONÔMICOS.............................................................................................................13
DEVERES..............................................................................................................................................................13
PROIBIÇÕES ........................................................................................................................................................14
DIREITOS INERENTES AO CARGO ...................................................................................................................14
DEVERES INERENTES AO CARGO ...................................................................................................................15
LICENÇAS.............................................................................................................................................................16
CONCESSÕES .....................................................................................................................................................17
INQUÉRITO OU SINDICÂNCIA PARA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES ..................................................18
PROCESSO DISCIPLINAR...................................................................................................................................18
PENAS DISCIPLINARES ......................................................................................................................................20
PENAS DE REPREENSÃO OU ADVERTÊNCIA .................................................................................................21
PENA DE MULTA..................................................................................................................................................21
PENA DE SUSPENSÃO .......................................................................................................................................21
PENA DE DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO ...............................................................................................................21
PENA DE DEMISSÃO ...........................................................................................................................................22
COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES.................................................................................22
REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR ...........................................................................................................22
PRESCRIÇÃO .......................................................................................................................................................23
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA CIVIL E CRIMINAL ...........................................................................24
DEPENDENTES....................................................................................................................................................24
PUBLICAÇÃO DOS ATOS....................................................................................................................................24
CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE..............................................................................24
ACUMULAÇÃO .....................................................................................................................................................24
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................................25
PARTE II
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................................................26
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 05 DE OUTUBRO DE 1988 ................................................................................26
TÍTULO II ............................................................................................................................................................26
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ...........................................................................................26
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ............................................................................................................................26
LEI N.º 5.869, DE 11/01/1973 .................................................................................................................................26
(ATUALIZADA ATÉ JULHO DE 1997) ....................................................................................................................26
LIVRO I ...............................................................................................................................................................26
DO PROCESSO DE CONHECIMENTO ............................................................................................................26
TÍTULO II ............................................................................................................................................................27
DAS PARTES E DOS PROCURADORES .........................................................................................................27
CAPÍTULO I ........................................................................................................................................................27
DA CAPACIDADE PROCESSUAL .....................................................................................................................27
TÍTULO IV ...........................................................................................................................................................27
DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA...................................................................27
SEÇÃO II ....................................................................................................................................................28
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO ...............................................................................................28
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................28
DO SERVENTUÁRIO E DO OFICIAL DE JUSTIÇA .................................................................................28
TÍTULO V ............................................................................................................................................................29
DOS ATOS PROCESSUAIS ..............................................................................................................................29
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................29
DOS ATOS EM GERAL .............................................................................................................................29
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................30
DO TEMPO ................................................................................................................................................30
SEÇÃO III ...................................................................................................................................................30
DAS CITAÇÕES.........................................................................................................................................30
SEÇÃO IV ..................................................................................................................................................32
DAS INTIMAÇÕES.....................................................................................................................................32
TÍTULO VII ..........................................................................................................................................................33
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO .........................................................................................................33
TÍTULO VIII .........................................................................................................................................................33
DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO...................................................................................................................33
SEÇÃO V ...................................................................................................................................................33
DA PROVA TESTEMUNHAL .....................................................................................................................33
LIVRO II ..............................................................................................................................................................33
DO PROCESSO DE EXECUÇÃO ......................................................................................................................33
TÍTULO I .............................................................................................................................................................33
DA EXECUÇÃO EM GERAL ..............................................................................................................................33
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................34
DA PENHORA, DA AVALIAÇÃO E DA ARREMATAÇÃO.........................................................................34
SEÇÃO VII .................................................................................................................................................36
DA ARREMATAÇÃO..................................................................................................................................36
LIVRO III .............................................................................................................................................................37
DO PROCESSO CAUTELAR .............................................................................................................................37
TÍTULO ÚNICO...................................................................................................................................................37
DAS MEDIDAS CAUTELARES ..........................................................................................................................37
SEÇÃO IV ..................................................................................................................................................37
DA BUSCA E APREENSÃO ......................................................................................................................37
LIVRO IV .............................................................................................................................................................37
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ...............................................................................................................37
TÍTULO I .............................................................................................................................................................37
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA.......................................................37
PARTE III
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ........................................................................................................................39
IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA......................................................................................................39
LEI N.º 8.009, DE 29. 03. 1990 ...............................................................................................................................39
DISPÕE SOBRE A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. .....................................................................39
LEI DO INQUILINATO.............................................................................................................................................40
LEI N.º 8.245, DE 18.10.1991. ................................................................................................................................40
DISPÕE SOBRE AS LOCAÇÕES DOS IMÓVEIS URBANOS E OS PROCEDIMENTOS A ELAS
PERTINENTES. ......................................................................................................................................................40
TÍTULO I .............................................................................................................................................................40
DA LOCAÇÃO.....................................................................................................................................................40
SEÇÃO VIII ................................................................................................................................................40
DAS PENALIDADES CRIMINAIS E CIVIS ................................................................................................40
TÍTULO II ............................................................................................................................................................40
DOS PROCEDIMENTOS ...................................................................................................................................40
TÍTULO II ............................................................................................................................................................42
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ................................................................................................................42
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................42
DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................42
PARTE IV
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL .........................................................................................................................44
DECRETO - LEI N.º 3.689, DE 03 10.1941 ............................................................................................................44
(ATUALIZADA ATÉ JULHO DE 1997) ....................................................................................................................44
LIVRO I ...............................................................................................................................................................44
DO PROCESSO EM GERAL..............................................................................................................................44
TÍTULO VI ...........................................................................................................................................................44
DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES .............................................................................................44
TÍTULO VIII .........................................................................................................................................................45
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES
DA JUSTIÇA .......................................................................................................................................................45
TÍTULO IX ...........................................................................................................................................................46
DA PRISÃO E DA LIBERDADE PROVISÓRIA ..................................................................................................46
TÍTULO X ............................................................................................................................................................48
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES ......................................................................................................................48
LIVRO II ..............................................................................................................................................................49
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE .....................................................................................................................49
SEÇÃO IV ..................................................................................................................................................49
DO JULGAMENTO PELO JÚRI.................................................................................................................49
LIVRO III .............................................................................................................................................................50
DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL..........................................................................................50
TÍTULO I .............................................................................................................................................................50
DAS NULIDADES ...............................................................................................................................................50
TÍTULO II ............................................................................................................................................................51
DOS RECURSOS EM GERAL ...........................................................................................................................51
LIVRO VI .............................................................................................................................................................51
DISPOSIÇÕES GERAIS.....................................................................................................................................51
PARTE V
RESOLUÇÃO N.º 010 .............................................................................................................................................52
DE 30 DE JUNHO DE 1999 ....................................................................................................................................52
RESOLVE..............................................................................................................................................................52
DA ESTRUTURA...................................................................................................................................................53
DO FUNCIONAMENTO ........................................................................................................................................53
DOS OFICIAS DE JUSTIÇA .................................................................................................................................54
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS.................................................................................................................................55
PARTE VI
GLOSSÁRIO..........................................................................................................................................................56
PARTE VII
PARTE PRÁTICA ..................................................................................................................................................71
ATOS DE OFÍCIO .................................................................................................................................................71
1 – ATOS DE OFÍCIO CÍVEL..................................................................................................................................71
2 – ATOS DE OFÍCIO CRIMINAL ...........................................................................................................................71
MODELOS DE ATOS DE OFÍCIO ........................................................................................................................72
1-ATOS DE OFÍCIO CÍVEL:....................................................................................................................................72
CERTIDÕES E AUTOS DOS FEITOS CÍVEIS ..................................................................................................72
POSITIVA NA CITAÇÃO (PESSOA FÍSICA) .................................................................................................72
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................72
CERTIDÃO .................................................................................................................................................72
CERTIDÃO .................................................................................................................................................72
PENHORA - DECURSO DE PRAZO .............................................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DE PENHORA SOBRE IMÓVEIS .............................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................74
CERTIDÃO .................................................................................................................................................74
CERTIDÃO POSITIVA NA CITAÇÃO - (PESSOA JURÍDICA) ......................................................................74
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................74
CERTIDÃO .................................................................................................................................................75
PENHORA - DECURSO DE PRAZO .............................................................................................................75
CERTIDÃO .................................................................................................................................................75
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................75
CERTIDÃO .................................................................................................................................................75
NEGATIVA DE PENHORA.............................................................................................................................75
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................75
RESISTÊNCIA À PENHORA .........................................................................................................................76
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................76
AUTO DE RESISTÊNCIA ..........................................................................................................................76
AUTO DE ARROMBAMENTO,PENHORA, REMOÇÃO E DEPÓSITO.........................................................77
CERTIDÕES NEGATIVAS .................................................................................................................................77
NEGATIVA DE CITAÇÃO E NEGATIVA DE ARRESTO ...............................................................................77
NEGATIVA DE CITAÇÃO COM REALIZAÇÃO DE ARRESTO.....................................................................77
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
CITAÇÃO POSITIVA DE CITAÇÃO DO ARRESTO ......................................................................................78
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
NEGATIVA DE CITAÇÃO DO ARRESTO......................................................................................................78
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
NEGATIVA DE CITAÇÃO E RECUSA DO DEPÓSITO NO ARRESTO........................................................78
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
CITAÇÃO DO ARRESTO ...............................................................................................................................79
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................79
CERTIDÃO .................................................................................................................................................79
NAS AÇÕES DE EXECUÇÃO FISCAL..........................................................................................................79
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................79
CERTIDÃO .................................................................................................................................................79
PENHORA - DECURSO DE PRAZO .............................................................................................................80
CERTIDÃO .................................................................................................................................................80
NO SEQÜESTRO E DEPÓSITO....................................................................................................................80
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................80
CERTIDÃO .................................................................................................................................................80
AUTO DE SEQÜESTRO E DEPÓSITO .........................................................................................................80
CITAÇÃO DO SEQÜESTRO..........................................................................................................................81
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................81
CERTIDÃO .................................................................................................................................................81
BUSCA E APREENSÃO DE BENS................................................................................................................81
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................81
AUTO DE BUSCA E APREENSÃO, REMOÇÃO E DEPÓSITO ...................................................................81
CITAÇÃO NA BUSCA E APREENSÃO .........................................................................................................82
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................82
CERTIDÃO .................................................................................................................................................82
BUSCA E APREENSÃO DE PESSOAS ........................................................................................................82
AUTO DE BUSCA E APREENSÃO, REMOÇÃO E ENTREGA ................................................................82
RESISTÊNCIA À BUSCA E APREENSÃO ....................................................................................................83
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................83
AUTO DE ARROMBAMENTO, BUSCA, APREENSÃO, REMOÇÃO E DEPÓSITO.....................................83
REINTEGRAÇÃO DE POSSE .......................................................................................................................83
AUTO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM MÓVEL..........................................................................83
CITAÇÃO NA REINTEGRAÇÃO DE POSSE ................................................................................................84
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................84
CERTIDÃO .................................................................................................................................................84
AUTO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM IMÓVEL.........................................................................84
NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA......................................................................................................................84
AUTO DE EMBARGO DE OBRA NOVA........................................................................................................85
INTIMAÇÃO ...............................................................................................................................................85
CITAÇÃO....................................................................................................................................................85
IMISSÃO DE POSSE .....................................................................................................................................85
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................85
CERTIDÃO .................................................................................................................................................86
AUTO DE CONSTATAÇÃO ...........................................................................................................................86
AUTO DE IMISSÃO DE POSSE ....................................................................................................................86
MANUTENÇÃO DE POSSE...........................................................................................................................87
CERTIDÃO .................................................................................................................................................87
AUTO DE MANUNTENÇÃO DE POSSE .......................................................................................................87
DESPEJO .......................................................................................................................................................87
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................87
CERTIDÃO .................................................................................................................................................88
AUTO DE DESPEJO ......................................................................................................................................88
SEPARAÇÃO DE CORPOS POSITIVA .........................................................................................................89
CERTIDÃO .................................................................................................................................................89
SEPARAÇÃO DE CORPOS NEGATIVA .......................................................................................................89
CERTIDÃO .................................................................................................................................................89
CIENTIFICAÇÃO DE FIADOR .......................................................................................................................89
CERTIDÃO .................................................................................................................................................89
CITAÇÃO COM HORA CERTA......................................................................................................................90
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................90
CERTIDÃO I ...............................................................................................................................................90
CERTIDÃO II ..............................................................................................................................................90
DESOCUPAÇÃO DE IMÓVEL .......................................................................................................................91
NOTIFICAÇÃO ...........................................................................................................................................91
ARROMBAMENTO.........................................................................................................................................91
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................91
AUTO DE ARROMBAMENTO .......................................................................................................................92
PRISÃO ..........................................................................................................................................................92
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................92
AUTO DE PRISÃO .........................................................................................................................................92
RESISTÊNCIA................................................................................................................................................93
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................93
CERTIDÃO .................................................................................................................................................93
AFIXAÇÃO DE SENTENÇA...........................................................................................................................94
CERTIDÃO .................................................................................................................................................94
NEGATIVA DE CITAÇÃO DOS GRAVEMENTE DOENTES.........................................................................94
CERTIDÃO .................................................................................................................................................94
NEGATIVA DE CITAÇÃO DE DEMENTE/LOUCO ........................................................................................94
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................94
CERTIDÃO .................................................................................................................................................94
CITAÇÃO DE INTERDITANDO......................................................................................................................95
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................95
CERTIDÃO .................................................................................................................................................95
CITAÇÃO DE INCAPAZES/MENOR..............................................................................................................95
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................95
CERTIDÃO .................................................................................................................................................95
RÉU FALECIDO .............................................................................................................................................96
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................96
CERTIDÃO .................................................................................................................................................96
PRAÇA E LEILÃO ..........................................................................................................................................96
PROCEDIMENTOS....................................................................................................................................96
NEGATIVA DE LEILÃO ..................................................................................................................................97
CERTIDÃO .................................................................................................................................................97
POSITIVA DE LEILÃO....................................................................................................................................97
CERTIDÃO .................................................................................................................................................97
NEGATIVA DE PRAÇA ..................................................................................................................................97
CERTIDÃO .................................................................................................................................................97
POSITIVA DE PRAÇA....................................................................................................................................98
CERTIDÃO .................................................................................................................................................98
MANDADO DE SEGURANÇA .......................................................................................................................98
2 - ATOS DE OFÍCIOS CRIMINAIS ........................................................................................................................99
CERTIDÕES E AUTOS DOS FEITOS CRIMINAIS............................................................................................99
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO POSITIVA NAS AÇÕES CRIMINAIS ........................................................................99
COMENTÁRIOS .................................................................................................................................................99
CERTIDÃO .................................................................................................................................................99
NEGATIVA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO ........................................................................................................100
(SUSPEITA DE OCULTAÇÃO) ........................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................100
CERTIDÃO NEGATIVA - LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO ........................................................................100
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................101
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................101
INTIMAÇÃO POSITIVA DE DEFENSOR .....................................................................................................101
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................101
CONDUÇÃO COERCITIVA DE TESTEMUNHA..........................................................................................102
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................102
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................102
INTIMAÇÃO DE JURADO NÃO ENCONTRADO EM SUA RESIDÊNCIA ..................................................102
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................102
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................103
TRIBUNAL DO JÚRI .........................................................................................................................................103
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................103
CERTIDÃO DE INCOMUNICABILIDADE ....................................................................................................103
12
PARTE I
ATRIBUIÇÕES
São atribuições:
“Fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias do seu ofício,
certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora”;
“Executar as ordens do juízo a que estiver subordinado”;
“Estar presente às audiências ou sessões e coadjuvar a manutenção da ordem”;
“Realizar serviços de natureza técnico - administrativa ou jurídica, na respectiva área de atuação”.
PREDICADOS
São as qualidades morais, naturais ou adquiridas, necessárias ao detentor do cargo de Oficial de Justiça:
Dedicação;
Discrição;
Energia;
Espírito de Cooperação;
Estabilidade Emotiva;
Pontualidade;
Prudência;
Senso de Responsabilidade e
Honestidade.
Qualquer uma dessas qualidades deve sobrepor-se aos interesses por vezes poderosos das partes que através
de seus representantes, investem na compra de sua consciência, a fim de obter providências que lhe são favoráveis
no desfecho processual.
Aceitá-los é por preço em seu caráter, na sua moral, é despojar-se fora dos princípios éticos que devem
nortear o comportamento social, para que possa cada vez mais nos aproximar de uma sociedade cada vez mais justa.
DIREITOS E DEVERES
O Oficial de Justiça tem direitos e deveres decorrentes de sua condição de cidadão, de servidor público, e do
cargo que ocupa.
Como cidadão, o oficial de justiça tem os direitos inscritos no art. 5º da Constituição Federal e os demais
que deles resistem ou que sejam pressupostos deles.
Como servidor público, o Oficial de Justiça tem:
Os direitos inerentes à sua condição de agente do Poder Público, e os deveres a ela correspondentes;
No exercício das funções do cargo o Oficial de Justiça tem os direitos estabelecidos nas Leis de Processo
Civil e Penal, na Lei de Organização Judiciária do Estado de Sergipe, e nos regulamentos baixados pelas
autoridades judiciárias do Estado, bem como os deveres a eles correspondentes.
13
DEVERES
PROIBIÇÕES
Além dos direitos mencionados, o Oficial de Justiça tem os seguintes direitos inerentes às funções e atribuições de
seu cargo:
portar documentos de identidade como Oficial de Justiça;
expedir certidão com fé pública;
receber ordens diretas da autoridade a que esteja subordinado;
receber mandados em tempo oportuno e com documentos e as indicações necessárias para cumprimentos;
recusar mandados a serem cumpridos fora de sua zona de atuação, se houver, salvo ordem expressa em contrário
da autoridade a que esteja subordinado;
15
exigir documentos de identificação pessoal das pessoas que tiver de citar ou identificar;
exigir a exibição de documento hábil para representante legal de pessoa jurídica;
requisitar auxílio da Força Pública para o cumprimento de mandado, quando necessário;
dar voz de prisão em casos de resistência, no cumprimento de mandado de busca e apreensão ou de arresto, nos
termos da lei;
requerer ordem de arrombamento, em casos de resistência, de ocultação ou de abandono, para cumprimento de
mandado de busca e apreensão ou de arresto;
portar arma, quando no estreito cumprimento de suas atribuições na forma da lei;
passe livre nos coletivos quando houver liberação do órgão de trânsito local;
recorrer contra ato relacionado com promoção horizontal ou vertical, com o qual se sinta prejudicado isto no
caso do Oficial de Justiça efetivo;
remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal quando
necessário e autorizado;
livre associação profissional ou sindical;
Além dos deveres e proibições mencionados, o Oficial de Justiça tem os seguintes deveres:
comparecer diariamente ao Fórum no horário do expediente, e apresentar-se ao Juiz ou ao Coordenador da
Central da Mandados, onde houver, assinando o ponto, e devolvendo os mandados;
cumprir plantão de urgência onde houver escala, permanecendo à disposição do Juiz ou Coordenador da Central
de Mandado, e retornar “logo após o cumprimento dos mandados”, “devendo assinar folha de presença no início e
término do expediente”;
cumprir plantão no Fórum, onde escala, “para atendimento a todas as Varas durante o expediente forense,
apresentado-se ao Juiz da Vara, pontualmente, às 12 horas e permanecendo à disposição até o final do expediente”;
devolver, dentro de 24 horas, mandado recebido sem os documentos e indicações necessários, e aqueles que
devem ser cumpridos fora de sua zona;
devolver, de imediato, com a devida justificação, mandado que não possa cumprir por qualquer motivo,
inclusive suspeição ou impedimento;
nos processos de execução, feita a citação e vencido o prazo consignado no mandado, dirigir-se à Secretaria
independente de comunicação desta e certificar se houve ou não pagamento ou oferecimento de bem à penhora: no
primeiro caso, devolver de imediato o mandado; no segundo, fará a penhora: no primeiro caso, devolver de imediato
o mandado; no segundo, fará a penhora, a avaliação do bem, a intimação e o depósito, mesmo que o a penhorar
esteja fora de sua zona;
cumprir os mandados e devolvê-los, como regra, “no prazo máximo de 10(dez) dias contados do recebimento, ou
até 15(quinze) dias antes da audiência, nos casos de feitos de procedimento sumário”;
identificar-se para o citando ou intimando;
apresentar carteira funcional, identificando-se e dizer ao citando ou intimando a finalidade da citação ou
intimação, entregar-lhe cópia do mandado, colhendo assinatura de recebimento, certificando a recusa, se houver,
com testemunha, se possível;
cumprir em 5 (cinco) dias antes da audiência, e devolvê-los no mesmo prazo, ou até a data da sua realização, os
mandados de intimação de partes, testemunhas e auxiliares de justiça;
16
cumprir o mandado tal como nele determinado, mesmo que o citando ou intimando, desde que identificado no
mandado, comprove ou tente comprovar ter satisfeito já a obrigação, não ser a pessoa que deva ser citada ou
intimada, não ser o proprietário do bem a ser penhorado, seqüestrado, arresto, ou apreendido, certificando as
alegações e circunstâncias;
executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado;
estar presente às audiências e coadjuvar o Juiz na manutenção da ordem;
tratar o advogado e as partes e o Representante do Ministério Público com urbanidade e atendê-los com
solicitude;
coadjuvar o Juiz na manutenção da ordem no seu Gabinete nas dependências do Fórum;
executar atividades afins identificadas pelo superior imediato;
fazer hasta pública onde houver leiloeiro público, ou quando designado para esse fim;
servir como porteiro dos auditórios, fazendo o pregão das audiências;
promover as avaliações judiciais nos casos indicados em lei;
submeter-se as aos processos de avaliação e desempenho para efeito de promoção na carreira;
frequentar cursos de aperfeiçoamento e reciclagem, quando convocado;
redigir os atos do ofício em estilo correto, conciso e claro;
renovar, à própria custa, ato ou diligência invalidados por culpa sua, sem prejuízo da pena em que possa estar
incurso;
fornecer ao interessado recibo de documento e outros papéis que lhe forem entregues em razão do ofício;
residir na localidade onde presta serviço, sob pena da sanção disciplinar;
manter comportamento irrepreensível e exercer, com probidade, suas funções;
quando necessário, e havendo determinação do juiz ou ordem escrita do coordenador da Central de Mandados,
prestar serviço aos sábados, domingos e feriados, ainda que em horário noturno e sujeito a chamadas a qualquer
hora;
comparecer para exame médico, quando convocado;
seguir rigorosamente o tratamento médico adequado à doença, quando licenciado para tratamento de saúde;
LICENÇAS
1.1.1 - Incluem-se entre as doenças do caput a contaminação pelo vírus HIV e o câncer;
1.2- “Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, o funcionário será submetido à inspeção médica e
aposentado, se for considerado definitivamente inválido para o serviço público em geral”;
1.2.1 - “Serão considerados como falta o dia em que o funcionário licenciado para tratamento de saúde,
considerado apto em inspeção médica ex-ofíicio, deixar de comparecer ao serviço”.
1.2.2. - “A licença será convertida em aposentadoria, na forma do art. 93, e antes do prazo nele
estabelecido, quando assim opinar a junta médica, por considerar definitiva, para o serviço público em geral, a
invalidez do funcionário”.
1.2.3 - O funcionário, durante a licença, ficará obrigado a seguir rigorosamente o tratamento médico
adequado à doença, sob pena de lhe ser suspenso o pagamento de vencimentos ou remuneração, cabendo à
repartição competente, a fiscalização".
1.3- A licença poderá ser usada em qualquer lugar, mas o servidor ficará “obrigado a comunicar, por escrito, o
seu endereço ao chefe a que estiver imediatamente subordinado”.
1.4 - Serão concedidas sem prejuízo de qualquer direito, vantagem ou remuneração, as licenças:
para tratamento de saúde;
em caso de acidente em serviço ou doença profissional;
À gestante, com duração de cento e vinte dias, devendo ser requerida até o oitavo mês da gestação;
para o serviço militar;
para candidatar-se a cargo eletivo entre o registro da candidatura na Justiça Eleitoral e o dia seguinte à eleição;
1.4.1 - a licença para tratamento de saúde depende de inspeção médica para o seu início, sua prorrogação e o
seu término.
CONCESSÕES
1-Oficial de Justiça poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos sem prejuízo do vencimento, remuneração ou
qualquer outro direito ou vantagem legal por motivo de:
casamento;
falecimento do cônjuge, filho, pais ou irmãos.
1.1 - “Poderá ser concedido transporte à família do funcionário, quando este falecer fora da sede de seu trabalho,
no desempenho de serviço”.
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1.2 – “Ao cônjuge, ou, na falta deste, à pessoa que provar ter feito despesas em virtude do falecimento do
funcionário na ativa, em disponibilidade ou aposentado, será concedida, a título de funeral, a importância
correspondente a um mês de vencimento ou remuneração”.
1- Ao tomar conhecimento de irregularidade atribuída a Oficial de Justiça, o Juiz de Direito Diretor do Fórum onde
ele sirva designará um ou mais de um servidor efetivo para averiguar a procedência da denúncia.
1.2 - No prazo improrrogável de 30(trinta) dias, o servidor, ou a comissão sindicante apresentará relatório
recomendado ou não, a abertura de processo disciplinar.
1.3 - A fase de apuração, sindicância ou inquérito poderá ser dispensada “quando forem evidentes as provas que
demonstrarem a responsabilidade do indiciado ou indiciados”.
1.4 - Os encarregados do inquérito dar-lhe-ão tempo integral, e deles não será exigida qualquer outra tarefa
enquanto estiverem a ele dedicados.
PROCESSO DISCIPLINAR
1- O processo disciplinar será aberto se o relatório da sindicância oferecer dados que o recomendem, ou se for
dispensada a fase de sindicância.
1.1 - O processo disciplinar “será realizado por uma comissão, designada pela autoridade que houver
determinado a sua instauração e composta de três funcionários estáveis”.
1.1.1 - A autoridade indicará, no ato da designação, um dos funcionários, para dirigir, como presidente,
os trabalhos da comissão.
1.2 - O processo “deverá ser iniciado dentro do prazo, improrrogável, de três dias, contados da data da
designação dos membros da comissão e concluído no sessenta dias, contar da data do seu início.
1.2.1 - Por motivo de força maior, poderá a autoridade competente prorrogar os trabalhos da
comissão pelo prazo máximo de 30 dias”.
1.3 - “A comissão procederá a todos as diligências que julgar convenientes, ouvindo, quando necessário, a
opinião de técnicos ou peritos”.
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1.3.1 - Terá o funcionário indiciado o direito de, pessoalmente, ou por procurador, acompanhar todo o
desenvolver do processo, podendo, através do seu defensor, indicar e inquirir testemunhas, requerer juntada de
documentos, vista do processo em mãos da comissão, e o mais que necessário a bem de seu interesse, sem prejuízo
para o andamento normal dos trabalhos”.
1.4 - O acusado será citado por via postal com aviso de recebimento, no endereço em que se encontre, “para, no
prazo fixado, apresentar defesa”.
1.4.1 - Estando o acusado em lugar incerto, “a citação será feita por edital publicado no Órgão Oficial durante
oito dias consecutivos” e, não comparecendo, ser-lhe-á nomeado defensor um servidor efetivo.
1.5 - O denunciante, se for o caso, será ouvido antes do denunciado e a este, se ausente na oportunidade, será
dado conhecimento do inteiro teor da denúncia e do depoimento perante a comissão antes de depor.
1.5.1 - O denunciado poderá perguntar ou reperguntar as testemunhas, através do Presidente, que poderá
recusar a perguntar ficando registradas na ata a pergunta, a recusa e a justificativa, caso o requeira o denunciado.
1.6 - Esgotado o prazo requerido no art.302 da Lei n° 2.148/77, ou o de sua prorrogação, a comissão apreciará a
defesa produzida e, então, apresentará o seu relatório, dentro do prazo de dez dias”.
1.7 - No relatório, “a comissão apreciará, em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que
forem acusados, as provas colhidas no processo, as razões de defesa, propondo, então, justificadamente, a
absolvição ou punição, e indicando, neste caso, a pena que couber”, sugerindo, também, quaisquer outras
providências que lhe pareçam de interesse do serviço público.
1.7.1 - A atuação da comissão cessa com a entrega do relatório, seus membros “assumirão o exercício de seus
cargos, mas ficarão à disposição da autoridade que houver mandado instaurar o processo, para prestação de
qualquer esclarecimento julgado necessário”.
1.8 - “Entregue o relatório da comissão, acompanhado do processo, à autoridade que houver determinado a sua
instauração, essa autoridade deverá proferir o julgamento dentro do prazo improrrogável de sessenta dias”.
1.8.1 Se o processo não for julgado no prazo indicado neste artigo, o indiciado reassumirá, automaticamente,
o exercício de seu cargo, ou função, e aguardará em exercício o julgamento, salvo o caso de prisão administrativa
que ainda perdure.
1.9 -“Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis, a autoridade que
determinou a instauração do processo administrativo propô-las-á, dentro do prazo marcado para o julgamento, à
autoridade competente.
1.9.1 - Na hipótese deste artigo, o prazo para o julgamento final será de quinze dias, improrrogável.
1.11 - “Quando a infração estiver capitulada na lei penal, será remetido o processo à autoridade competente,
ficando traslado na repartição.
1.12 - “No caso de abandono do cargo ou função, de que cogita o art.263 da Lei 2.148/77 deste Estatuto o
Presidente do processo promoverá a publicação, no órgão oficial, de editais de chamamento pelo prazo de vinte
dias, se o funcionário estiver ausente do serviço, em edital de citação, pelo mesmo prazo, se já tiver reassumido o
exercício.”
1.12.1 - Findo o prazo fixado neste artigo, será dado início ao processo normal, com a designação de defensor
ex-ofício, se não comparecer o funcionário, e não tendo sido feita prova de existência de força maior ou de coação
ilegal, a comissão proporá a expedição do decreto de demissão na conformidade do art.263.
1.13 - “Durante o processo, poderá o Presidente ordenar toda e qualquer diligência que se assegure conveniente”.
1.13.1 - Caso seja necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o presidente os requisitará à
autoridade competente”.
1.14 - “É defeso fornecer à imprensa ou outros meios de divulgação notas sobre os atos do processo, salvo no
interesse da Administração, a juízo da autoridade que houver determinado o processo”.
1.15 - Havendo mais de uma denúncia, mesmo que surgida após a instalação da comissão processante, e desde
que relacionada com a mesma irregularidade, a apuração será feita no mesmo processo, garantida sempre a ampla
defesa quanto a cada uma delas;
PENAS DISCIPLINARES
1.1 - A aplicação das penas disciplinares não se sujeita à sequência estabelecida neste artigo mas é autônoma,
segundo cada caso e consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço
público”.
1.2 - “Nenhuma penalidade, exceto repreensão, multa e suspensão, poderá decorrer das conclusões a que chegar
o inquérito, que é simples preliminar do processo administrativo” sempre garantida a ampla defesa.
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1 - “A pena de repreensão será aplicada por escrito e, em princípio, corresponderá às faltas de cumprimento de
deveres e às transgressões considerados de natureza leve”.
1.1 - Havendo dolo ou má-fé, as faltas de cumprimento de deveres serão punidas com a pena de suspensão”.
1.2 - A pena de repreensão ou advertência será registrada na ficha de cadastro funcional do Oficial de Justiça.
PENA DE MULTA
“A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento”.
PENA DE SUSPENSÃO
1.2 - “O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo”.
1.3 - “A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa, na base de
cinqüenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, sendo o servidor, neste caso obrigado a permanecer em
serviço”.
1.4 - “Será também punido com a pena de suspensão “o funcionário que se recusar, sem justo motivo, a prestar
serviço extraordinário”.
1.5 - “Será suspenso por noventa dias e, na reincidência, demitido “o Oficial de Justiça” que cometer a outra
pessoa o desempenho das atribuições específicas do seu cargo.
PENA DE DEMISSÃO
2.1 - “Uma vez submetidos a processo administrativo, os funcionários só poderão ser exonerados depois da
conclusão do processo e reconhecida a sua culpabilidade”.
2.2 - “O ato que demitir o funcionário mencionará sempre a disposição legal em que se fundamenta”.
1 - “A qualquer tempo pode ser requerida a revisão de processo administrativo, em que se impôs a pena de
suspensão, multa, destituição de função, demissão a bem do serviço público desde que se aduzam fatos ou
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do acusado”.
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1.1 - “Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa
relacionada no assentamento individual”.
1.2 - O requerimento será dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça, “que o despachará à repartição de onde
se originou o processo”.
1.2.1 - “Se o Presidente do Tribunal de Justiça” julgar insuficientemente instruído o pedido de revisão,
indeferi-lo-á in..
1.3 - “Além das peças necessárias à comprovação dos fatos argüidos, o requerimento será obrigatoriamente
instruído com certidão do despacho que impôs a penalidade”.
1.3.1 - Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penalidade”.
1.4 - “Recebido o requerimento despachado” pelo Presidente do Tribunal de Justiça, “o chefe da repartição o
distribuíra a uma comissão composta de três funcionários de categoria igual ou superior à do acusado, indicando o
que deve servir de Presidente para processar a revisão”.
1.5 - “O requerimento será apenso ao processo ou à sua cópia (art. 302), marcando-se ao interessado o prazo de
dez dias para contestar os fundamentos da acusação constante do mesmo processo”.
1.5.2 - “Se o acusado pretender apresentar prova testemunhal, deverá arrolar os nomes no requerimento de
revisão”.
1.6 - Concluída a instrução do processo, será ele, dentro de dez dias, encaminhando com relatório da comissão
ao Presidente do Tribunal de Justiça, que o julgará.
1.6.1 - “Para esse julgamento, o Presidente do Tribunal de Justiça terá o prazo de vinte dias, podendo antes
determinar diligências que entenda necessárias ao melhor esclarecimento do processo”.
1.7 - “Julgando procedente a revisão, o Presidente do Tribunal de Justiça tornará sem efeito as penalidades
aplicadas ao acusado”.
1.8 - “O julgamento favorável do processo implicará também o restabelecimento de todos os direitos, perdidos
em conseqüência da penalidade aplicada”.
PRESCRIÇÃO
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“As penas de repreensão, multa e suspensão prescrevem no prazo de dois anos e a demissão por abandono de cargo
no prazo de quatro anos”. As penas de demissão e demissão a bem do serviço público prescrevem na data em que se
daria a prescrição do crime que as tiver de motivar.
“A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal que no caso
couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado o exime da pena disciplinar em que ocorrer”.
DEPENDENTES
“Considerar-se-ão da família do funcionário, desde que vivam às suas expensas e constem do assentamento
individual:
o cônjuge;
as filhas, enteados, sobrinhos e irmãs solteiras ou viúvas;
os filhos, enteados, sobrinhos e irmãos menores de 18 anos ou incapazes;
os pais;
os netos;
os avós;
os amparados pela delegação do pátrio poder.
1- O Oficial de Justiça aposentado terá cassada sua aposentadoria ou a disponibilidade, por ato do Presidente do
Tribunal de Justiça, “se ficar apurado, em processo que:
praticou, quando em atividade, qualquer dos atos para os quais é considerada neste Estatuto a pena de demissão,
ou de demissão a bem do serviço público”;
“foi condenado por crime cuja pena importaria em demissão, se estivesse na atividade”;
“aceitou representação de Estado estrangeiro, sem prévia autorização do Governador do Estado”;
“praticou a usura, em qualquer de suas formas”;
1.1 - “Será igualmente cassada a disponibilidade do servidor que não assumir, no prazo legal, o cargo ou função
em que for aproveitado”.
ACUMULAÇÃO
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1- O cargo de Oficial de Justiça não é acumulável com nenhum outro, porque não preenche os requisitos
estabelecidos na Constituição Federal.
1.1 - Ao tomar posse, o Oficial de Justiça firmará declaração de não estar investido em outro cargo da
administração direta, de autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, ou fundação mantida pelo
Poder Público.
1.2.1 - A boa - fé comprovada, seguida do pedido de exoneração de um dos cargos, isenta a aplicação da pena
de demissão.
BIBLIOGRAFIA
Direito Administrativo do Brasil. Vol II, 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1964. P. 341.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella . Direito Administrativo. 3ª ed. São Paulo : Atlas, 1992. P. 309.
MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 16ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais , 1991. P.
360.
NARCY, Georges. Oficial de Justiça. Teoria e Prática. 8ª ed. São Paulo: Universidade de Direito, Código de
Ética, 1994. P. 23.
Apostila do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais de Justiça Avaliadores. Profº Drº Antônio Souza Prudente.
PARTE II
LEGISLAÇÃO
Título II
Capítulo I
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade, do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à
propriedade, nos termos seguintes:
..........................................................................................................
XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia por determinação judicial;
Nota : Para José Afonso da Silva, dia é período das 6:00horas da manhã às 18:00, ou seja “Sol Alto, isto é
das seis às dezoito”, esclarecendo Alcino Pinto Falcão que duarnte o dia a tutela constitucional é menos ampla,
visto que a lei ordinária pode ampliar os casos de entrada na casa durante aquele período, que se contrapõe ao
período da noite. Para Celso de Mello, deve ser levado em conta o critério físico-astronômico, como o intervalo
de tempo situado entre a aurora e o crepúsculo.
..........................................................................................................
LXIV - O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
.....................................................................................................
Livro I
Do Processo de Conhecimento
.....................................................................................................
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Título II
Capítulo I
Da Capacidade Processual
Art. 7º - Toda pessoa que se acha no exercício dos direitos tem capacidade para estar em juízo
.....................................................................................................
Título IV
Do Juiz
...................................................................................................................
Seção II
Art. 134 - É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério
Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu,
consanguíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou , na colateral, até
o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do número IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava
exercendo o patrocínio da causa; é, porém , vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento
do juiz.
Capítulo V
Seção I
..................................................................................................
Art. 143 - Incumbe ao Oficial de Justiça:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhora, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício,
certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora . A diligência, sempre que possível, realizar-
se-à na presença de duas testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório o mandado, logo depois de cumprido;
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
Título V
Capítulo I
Seção I
Art. 154 - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade
essencial.
Art. 155 - os atos processuais são público. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
II -que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuge, conversão desta em divórcio, alimentos
e guarda de menores.
Parágrafo Único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e a seus
procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.
...................................................................................................................
Capítulo II
Do Tempo
Art. 172 - Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das seis às vinte horas.
§ 1º - Serão, todavia, concluídos depois das vinte horas os atos iniciados antes, quando o adiamento
prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º - A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz,
realizar-se em domingos e feriados ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado disposto
no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3º - Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser
apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos de organização judicial local.
..........................................................................................................
Art.175 - São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.
..........................................................................................................
Capítulo IV
Seção III
Das Citações
..................................................................................................
Art. 215 - Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente
autorizado.
§ 1º -Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente,
quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2º - O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde estiver
situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel
encarregado do recebimento dos aluguéis.
Art. 217 - Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;
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II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em
segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas;
IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado.
Art. 218 - Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de
recebê-la.
..........................................................................................................
Art. 221 - A citação far-se-á:
..................................
II - por Oficial de Justiça;
.................................
Art. 222 - A citação será pelo correio, para qualquer comarca do país, exceto:
a) nas ações de estado;
b) quando for ré pessoa incapaz;
c) quando for ré pessoa de direito público;
d) nos processos de execução;
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
f) quando o autor a requerer de outra forma.
..........................................................................................................
Art. 224 - Far-se-á a citação por meio de Oficial de Justiça nos casos ressalvados no Art. 222, ou quando
frustrada a citação pelo correio.
Art. 227 - Quando, por três vezes, o Oficial de Justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou
residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua
falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Art.228 - No dia e hora designados o Oficial de Justiça independentemente de novo despacho, comparecerá
ao domicílio ou residência do citando a fim de realizar diligência.
§ 1º - Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência,
dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.
§ 2º - Da certidão da ocorrência, o Oficial de Justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer
vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
Art. 229 - Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe
de tudo ciência.
Art. 230 - Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região
metropolitana, o Oficial de Justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.
..........................................................................................................
Seção IV
Das Intimações
.........................................................................................................
Art. 239 - Far-se-á a intimação por meio de Oficial de Justiça quando frustrada a realização pelo correio.
Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter:
I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, de sua carteira de
identidade e o órgão que a expediu;
II - a declaração de entrega da contrafé;
III - a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
..........................................................................................................
Art. 241 – Começa a correr o prazo:
.....................................................
II – quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado
cumprido;
...........................................................................
Capítulo V
Das Nulidades
.........................................................................................................
Art. 247 - As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais .
33
Título VII
Do Processo e do Procedimento
Capítulo III
Do Procedimento Sumário
..........................................................................................................
Art. 277 - O Juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de trinta dias, citando-se o réu
com a antecedência mínima de dez dias e sob a advertência prevista no § 2º deste artigo, determinando o
comparecimento das partes. Sendo a ré a Fazenda Pública, os prazos contar-se-ão em dobro.
..........................................................................................................
Título VIII
Do Procedimento Ordinário
..........................................................................................................
Capítulo VI
Das Provas
..........................................................................................................
Seção V
Da Prova Testemunhal
.................................................................................................
Subseção II
Art. 412 - A testemunha é intimada a comparecer à audiência, constando do mandado dia, hora e local, bem
como os nomes das partes e a natureza da causa. Se a testemunha deixar de comparecer, sem motivo justificado,
será conduzida, respondendo pelas despesas do adiamento.
.........................................................................................................
Livro II
Do Processo de Execução
Título I
Da Execução em Geral
..........................................................................................................
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Capítulo II
Da Competência
..........................................................................................................
Art. -577 - Não dispondo a lei de modo diverso, o Juiz determinará os atos executivos e os Oficiais de Justiça
os cumprirão.
..........................................................................................................
Capítulo IV
Seção I
Subseção I
Subseção II
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Da Citação do Devedor e da Nomeação de Bens
Art. 652 - O devedor será citado para, no prazo de 24 ( vinte e quatro ) horas, pagar ou nomear bens à
penhora.
§ 1º - O Oficial de Justiça certificará, no mandado, a hora da citação.
§ 2º - Se não localizar o devedor, o Oficial certificará cumpridamente as diligências realizadas para encontrá-
lo.
Art. 653 - O Oficial de Justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para
garantir a execução.
Parágrafo único. Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o Oficial da Justiça procurará o devedor
três vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.
..........................................................................................................
Subseção III
Da Penhora e do Depósito
Art. 659 - Se o devedor não pagar, nem fizer nomeação válida, o Oficial de Justiça penhorar-lhe-á tantos
bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, custos e honorários advocatícios.
§ 1º - Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que em repartição pública; caso em
que precederá requisição do Juiz ao respectivo chefe.
§ 2º - Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será
totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior e bem assim como não encontrar quaisquer bens penhoráveis, o Oficial
descreverá na certidão os que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor.
§ 4º - A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, e inscrição no respectivo
registro.
Art. 660 - Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos bens, o Oficial de Justiça
comunicará o fato ao Juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.
Art. 661 - Deferido o pedido mencionado no artigo antecedente, dois Oficiais de justiça cumprirão o
mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde presumirem que se achem os bens, e lavrando de tudo auto
circunstanciado, que será assinado por duas testemunhas, presentes à diligência.
Art. 662 - Sempre que necessário, o Juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os Oficiais de Justiça na
penhora dos bens e na prisão de quem resistir à ordem.
Art. 663 - Os Oficiais de Justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência, entregando uma via ao Escrivão
do processo para ser junta aos autos e a outra à autoridade policial, a quem entregarão o preso.
Parágrafo único . Do auto de resistência constará o rol de testemunhas, com a sua qualificação.
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Art. 664 - Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens , lavrando-se um só
auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual um auto.
..........................................................................................................
Art. 669 - Feita a penhora, intimar-se-á o devedor para embargar a execução no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do devedor.
Subseção IV
Art. 671 - Quando a penhora recair em crédito do devedor, o Oficial de Justiça o penhorará. Enquanto não
ocorrer a hipótese prevista no artigo seguinte, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:
I - ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor;
II - ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do crédito.
Art. 672 - A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque ou
outros títulos, far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não poder de devedor.
§ 1º - Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será havido como depositário da
importância.
§ 2º - O terceiro só se exonerará da obrigação, depositando em juízo a importância da dívida.
§ 3º - Se o terceiro negar o débito em conluio com o devedor, a quitação, que este lhe der, considerar-se-á em
fraude da execução.
§ 4º - A requerimento do credor, o Juiz determinará o comparecimento, em audiência especialmente
designada, do devedor e do terceiro, a fim de lhes tomar os depoimentos.
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Seção VII
Da Arrematação
Livro III
Do Processo Cautelar
Título Único
Capítulo II
Seção IV
Da Busca e Apreensão
..........................................................................................................
Art. 842 - O mandado será cumprido por dois Oficiais de Justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-
o a abrir as portas.
§ 1º - Não atendidos, os Oficiais de Justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer
móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada
§ 2º - Os Oficiais de Justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.
§ 3º - Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de
fonogramas e organismos de radiodifusão, o Juiz designará, para acompanharem os Oficiais de Justiça, dois peritos
aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.
Art. 843 - Finda a diligência, lavrarão os Oficiais de Justiça auto circunstanciado, assinando-o com as
testemunhas.
..........................................................................................................
Livro IV
Título I
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Capítulo XIII
Art. 1.071 - Ocorrendo mora do comprador, provada com o protesto do Título, o vendedor poderá requerer,
liminarmente e sem audiência do comprador, a apreensão e depósito da coisa vendida.
..........................................................................
§ 2º - Feito o depósito, será citado o comprador para, dentro em 5(cinco) dias, contestar a ação. Neste prazo
poderá o comprador, que houver pago mais de 40% ( quarenta por cento ) do preço requerer ao Juiz que lhe conceda
30 (trinta) dias para reaver a coisa, liquidando as prestações vencidas, juros, honorários e custas.
................................................................
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PARTE III
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
Art. 1º - O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por
qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou
pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as
plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou
móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
Art.4º - Não se beneficiará do disposto nesta Lei aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel
mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga.
§ 1º - Neste caso poderá o Juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para moradia
familiar anterior, ou anular-se a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese.
§ 2º - Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à sede
de moradia, com os respectivos bens móveis , e nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada
como pequena propriedade rural.
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Art. 5º - Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta Lei, considera-se residência um único imóvel
utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados
como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse
fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil.
Lei do Inquilinato
Lei n.º 8.245, de 18.10.1991.
Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes.
Título I
Da Locação
Capítulo I
Disposições Gerais
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Seção VIII
Título II
Dos Procedimentos
Capítulo I
Art. 58 - Ressalvados os casos previstos no parágrafo único do art. 1º, nas ações de despejo, consignação em
pagamento de aluguel e acessório da locação, revisionais de aluguel e renovatórias de locações observar-se-á o
seguinte:
I - os processos tramitam durante as férias forense e não se suspendem pela superveniência delas;
..........................................................................................................
Capítulo II
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Das Ações de Despejo
Art. 65 - Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo,
se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento.
§ 1º - Os móveis e utensílios serão entregues à guarda de depositários, se não os quiser retirar o despojado.
§ 2º - O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte ao do falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.
..........................................................................................................
Execução Fiscal
Dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública e dá outras providências.
..........................................................................................................
Art. 8º - O executado será citado, no prazo de 5(cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e
encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes normas:
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra
forma;
..........................................................................................................
Art. 12 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao executado, mediante publicação, no órgão
oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora.
§ 1º - Nas comarcas do interior dos Estados, a intimação poderá ser feita pela remessa de cópia do termo ou
do auto de penhora, pelo correio, na forma estabelecida no art. 8, I e II, para a citação.
§ 2º - Se a penhora recair sobre imóvel, far-se-á a intimação ao cônjuge, observadas as normas previstas para
a citação.
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§ 3º - Far-se-á a intimação da penhora pessoalmente ao executado se , na citação feita pelo correio, o aviso de
recepção não contiver a assinatura do próprio executado, ou de seu representante legal.
Art. 13 - O termo ou auto de penhora conterá, também, a avaliação dos bens penhorados, efetuada por quem o
lavrar.
§ 1º - Impugnada a avaliação, pelo executado, ou pela Fazenda Pública, antes de publicado o edital de leilão,
o Juiz, ouvida a outra parte, nomeará avaliador oficial para proceder a nova avaliação dos bens penhorados.
§ 2º - Se não houver, na comarca, avaliador oficial ou este não puder apresentar o laudo de avaliação no
prazo de 15(quinze) dias, será nomeada pessoa ou entidade habilitada, a critério do Juiz.
§ 3º - Apresentado o laudo, o Juiz decidirá de plano sobre a avaliação.
Art. 14 - O Oficial de Justiça entregará contrafé e cópia do termo ou do auto de penhora ou arresto, com a
ordem de registro de que trata o art. 7º, IV:
I - no Ofício próprio, se o bem for imóvel ou a ele equiparado;
II - na repartição competente para emissão de certificado de registro, se for veículo;
III - na Junta Comercial, na Bolsa de Valores, e na sociedade comercial, se forem ações, debênture, parte
beneficiária, cota ou qualquer outro Título, crédito ou direito societário nominativo.
..........................................................................................................
Art. 37 - O auxiliar de justiça que, por ação ou omissão, culposa ou dolosa, prejudicar a execução, será
responsabilizado, civil, penal e administrativamente.
Parágrafo único. O oficial de justiça deverá efetuar, em 10 (dez) dias, as diligências que lhe forem ordenadas,
salvo motivo de força maior devidamente justificado o juízo.
.........................................................................................................
Título II
Capítulo III
Do Poder Judiciário
Seção I
Disposições Gerais
Art. 98 - Será atribuída aos Oficiais de Justiça, no exercício de suas funções e na forma da lei, uma
gratificação a título de periculosidade.
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Art. 99 - Aos Oficiais de Justiça e avaliadores Judiciais é garantida a gratuidade nos transportes coletivos
urbanos e suburbanos, quando no exercício de suas funções.
..................................................................................................
Art. 101 - O cargo de Oficial de Justiça é de provimento efetivo, observado a forma prescrita no art. 25, II e
III, desta Constituição.
..............................................................................................
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PARTE IV
Livro I
Do Processo em Geral
Título VI
Capítulo III
Art. 112 - O Juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou
intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que
declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser arguido pelas
partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.
..........................................................................................................
Capítulo VI
Das Testemunhas
..........................................................................................................
Art. 218 - Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o Juiz
poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por Oficial de Justiça, que
poderá solicitar o auxiliar da força pública.
..........................................................................................................
Capítulo XI
Da Busca e Apreensão
Art. 241 - Quando a própria autoridade, policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar
deverá ser precedida da expedição de mandado.
..........................................................................................................
Art. 243 - O mandado de busca deverá:
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I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo
proprietário ou morador ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a
identifiquem;
II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
§ 1º - Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.
§ 2º - Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando
constituir elemento do corpo de delito.
..........................................................................................................
Art. 245 - As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à
noite, e antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o
representante, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
§ 1º - Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da diligência.
§ 2º - Em caso de desobediência, será arrombada a ponta e forçada a entrada.
§ 3º - Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da
casa, para o descobrimento do que se procura.
§ 4º - Observar-se-á o disposto nos parágrafos 2 e 3, quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser
intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente.
§ 5º - Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a mostrá-la.
§ 6º - Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta sob custódia da
autoridade ou de seus agentes.
§ 7º - Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas
presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4.
Art. 246 - Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a busca em
compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao
público, onde alguém exercer profissão ou atividade.
..........................................................................................................
Art. 248 - Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do que o
indispensável para o êxito da diligência.
..........................................................................................................
Título VIII
Capítulo I
Do Juiz
.........................................................................................................
Art. 254 - O Juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
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II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre
cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda
ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Art. - 255 - O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do
casamento que lhe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem
descendentes, não funcionará como Juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no
processo.
Art. 256 - A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de
propósito der motivo para criá-la.
..........................................................................................................
Capítulo V
Art. 274 - As prescrições sobre suspeição dos Juizes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça,
no que lhes for aplicável.
..........................................................................................................
Título IX
Capítulo I
Disposições Gerais
..........................................................................................................
Art. 283 - A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
inviolabilidade do domicílio.
Art. 284 - Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa
de fuga do preso.
Art. 285 - A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
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e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
Art. 286 - O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um
dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro
exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada por duas
testemunhas.
Art. 287 - Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso em tal
caso, será imediatamente apresentado ao Juiz que tiver expedido o mandado.
Art. 288 - Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou
carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade
competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora.
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio exemplar do mandado, se este for documento
exibido.
..........................................................................................................
Art. 290 - Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá
efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de
lavrado, se for o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
§ 1º - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou
qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 2º - Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da pessoa do
executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a
dúvida.
Art. 291 - A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do
réu, lhe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.
Art. 292 - Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-
se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
Art. 293 - Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma
casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o
executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo
noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa
incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à presença da
autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.
Art. 294 - No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo anterior, no que for aplicável.
..........................................................................................................
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Título X
Capítulo I
Das Citações
Art.- 351 - A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do
Juiz que a houver ordenado.
Art. 353 - Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do Juiz processante, será citado mediante
precatória.
..........................................................................................................
..........................................................................................................
Capítulo II
Das Intimações
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Art. 370 - Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento
de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.
.......................................................................................................
Art. 371 – Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o disposto
no art. 357.
.........................................................................
Livro II
Título I
Do Processo Comum
Capítulo II
Art. 429 - Concluído o sorteio, o Juiz mandará expedir, desde logo, se o edital a que se refere o art. 427, dele
constando o dia em que o júri se reunirá e o convite nominal aos jurados sorteados para comparecerem, sob as penas
da lei, e determinará também as diligências necessárias para intimação dos jurados, dos réus e das testemunhas.
..........................................................................................................
§ 2º - Entender-se -á feita a intimação quando o Oficial de Justiça deixar cópia do mandado na residência do
jurado não encontrado, salvo se este se achar fora do município.
..........................................................................................................
Seção IV
§ 1º - Se, intimada, a testemunha não comparecer, o Juiz suspenderá os trabalhos e mandará trazê-la pelo
Oficial de Justiça ou adiará o julgamento para o primeiro dia útil desimpedido, ordenando a sua condução ou
requisitando à autoridade policial a sua apresentação.
§ 2º - Não conseguida, ainda assim, a presença da testemunha no dia designado, proceder-se-á ao julgamento.
Art. - 456 - O porteiro do tribunal, ou na falta deste, o Oficial de Justiça, certificará haver apregoado as partes
e as testemunhas.
..........................................................................................................
Art. 481 - Fechadas as portas, presentes o escrivão e o dois Oficiais de Justiça, bem como os acusadores e os
defensores, que se conservarão nos seus lugares, sem intervir nas votações, o conselho, sob a presidência do Juiz,
passará a votar os quesitos que lhe forem propostos.
Parágrafo único. Onde for possível, a votação será feita em sala especial.
..........................................................................................................
Art. - 485 - Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o Juiz mandará distribuir pelos jurados pequenas
cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo umas a palavra sim e outras a palavra não, a fim de,
secretamente, serem recolhidos os votos.
Art. - 486- Distribuídas as cédulas, o Juiz lerá o quesito que deva ser respondido e um Oficial de Justiça
recolherá as cédulas com os votos dos jurados e outro, as cédulas não utilizadas. Cada um dos Oficiais apresentará,
para esse fim, aos jurados, uma urna ou outro receptáculo que assegure o sigilo da votação.
..........................................................................................................
Livro III
Título I
Das Nulidades
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Art. - 564 - A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
..........................................................................................................
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
..........................................................................................................
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à
acusação e defesa:
..........................................................................................................
g) a intimação do réu para sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o
julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;
..........................................................................................................
o) a intimação, nas condições estabelecidos pela, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso;
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IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
..........................................................................................................
Título II
Capítulo X
Art. - 655 - O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o Oficial de Justiça ou a autoridade judiciária ou
policial que embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem de habeas corpus, as informações sobre a causa da
prisão, a condução e apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado na quantia de duzentos mil-réis a um
conto de réis, sem prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão impostas pelo Juiz do tribunal que julgar o
habeas corpus, salvo quando se tratar de autoridade judiciária, caso em que caberá ao Supremo Tribunal Federal ou
ao Tribunal de Apelação impor as multas.
..........................................................................................................
Livro VI
Disposições Gerais
..........................................................................................................
Art. - 792 - As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes
dos juízos e tribunais, com assistência dos Escrivães, do Secretário, do Oficial de Justiça que servir de Porteiro, em
dia e hora certos, ou previamente designados.
§ 1º - Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar escândalo, inconveniente
grave ou perigo de perturbação da ordem, o Juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a
requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o
número de pessoas que possam estar presentes.
§ 2º - As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de necessidade, poderão realizar-se na
residência do Juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada.
..........................................................................................................
Art. - 795 - Os espectadores das audiências ou das sessões não poderão manifestar-se.
Parágrafo único. O Juiz ou o presidente fará retirar da sala os desobedientes, que, em caso de resistência,
serão presos e autuados.
..........................................................................................................
Art. 797 - Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para domingo ou dia feriado, os
demais atos do processo poderão ser praticados em período de férias, em domingos e dias feriados. Todavia, os
julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de feriado ou domingo.
52
PARTE V
de 30 de junho de 1999
Tribunal De Justiça Do Estado De Sergipe, no uso de suas atribuições, conferidas pelo art. 26, IV, da Lei
n.º 2.246, de 26 de dezembro de 1979, e
considerando a necessidade de melhor racionalizar a execução do serviço atribuído aos Oficiais de Justiça da
Comarca de Aracaju e a necessidade permanente de aprimoramento da prestação jurisdicional;
considerando a experiência havida com a distribuição centralizada de mandados nos Juizados Especiais
Cíveis da Capital, a qual foi plenamente satisfatória;
RESOLVE
Art. 1º - Fica criada a Central de Mandados para agilização, distribuição e cumprimento de mandados
expedidos pelos Ofícios e Secretarias de Varas Cíveis e Criminais das Comarcas de Aracaju, Nossa Senhora do
Socorro e São Cristóvão; de Assistência Judiciária, da Capital e São Cristóvão e dos Juizados Especiais das
Comarcas de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão.
Art. 2º - Para efeito do disposto no artigo anterior, as Comarcas serão divididas em Áreas, as quais contarão
com o número de Oficiais de Justiça que se fizer necessário.
Art. 3º - Os oficiais de Justiça ficam, a partir da implantação da Central de Mandados, desvinculados das
Varas e Juizados a que servem.
Art. 4º - Integram a Central de Mandados todos os Oficiais de Justiça das Varas Cíveis, Criminais e dos
Juizados Especiais da Comarca de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão, bem como os Oficiais de
Justiça das Varas de Assistência Judiciária da Capital e São Cristóvão.
53
DA ESTRUTURA
I - um Juiz-Corregedor;
II - um Corregedor - Geral ;
III - um Coordenador Interno;
IV - quatro Coordenadores Externos;
V - cinco servidores.
DO FUNCIONAMENTO
Art. 6º - O funcionamento da Central de Mandados será em dois turnos corridos de seis horas cada um.
Art. 7º - Haverá escala de plantão de Oficiais de Justiça, na sede da Central, para diligências urgentes
imprescindíveis, como também para as Varas e Juizados Especiais, quando se fizer necessário.
Art. 8º - Os mandados serão encaminhados devidamente acompanhados das peças necessárias ao seu
cumprimento, no prazo máximo de vinte e quatro horas após sua expedição, mediante protocolo.
Parágrafo único. Haverá um controle informatizado de recebimento e devolução dos mandados nas
respectivas Varas e Juizados.
Art. 9º - Os mandados serão distribuídos aos Oficiais de Justiça, tão logo cheguem à Central, após registro em
meio magnético, com emissão de lista e respectivo recibo de entrega e devolução.
Art. 10 - O prazo para devolução dos mandados devidamente cumpridos será de dez dias, ressalvados os
casos de urgência, determinados pelos Juízes das respectivas Varas e Juizados.
Parágrafo único. Nos casos de urgência, previstos no “caput” deste artigo, o mandado será cumprido por um
dos Oficiais de Justiça de plantão, podendo ainda ser designado outro Oficial de Justiça para cumprimento do
referido mandado, quando houver impossibilidade no seu cumprimento.
Art. 11 - O sistema de computação emitirá relatório diário e estatística mensal sobre as atividades da Central,
que serão encaminhados ao Juiz Supervisor para análise e posterior encaminhamento à Corregedoria-Geral da
Justiça.
Art. 12 - Poderá o Coordenador - Geral autorizar a utilização de motocicletas para realização de diligências,
restringindo-se tal uso aos Oficiais de Justiça devidamente habilitados e que portem equipamento de segurança.
§ 1º - A autorização de uso de motocicletas aos sábados, domingos e feriados só poderá ser dada em casos
excepcionais, para cumprimento de diligência determinada por um dos Juízes de Direito das Varas Cíveis e
Criminais ou Juizados Especiais.
§ 2º - As multas decorrentes do mau uso das motocicletas são de responsabilidade do usuário, o qual arcará
com os respectivos encargos financeiros.
54
Art. 13 - No cumprimento dos mandados, quando as partes não forem encontradas e em não havendo na
certidão emitida pelo Oficial de Justiça, os requisitos legais necessários, será esta devolvida para complementação
ou renovação da diligência, no prazo de quarenta e oito horas.
Art. 14º - Os Oficiais de Justiça procederão a avaliação dos bens penhorados não excedentes a sessenta
salários - mínimos.
Parágrafo único. Observar-se-á para a distribuição de mandado, quando várias forem as partes, a área
correspondente ao endereço de cada uma delas.
Art. 15 - Os mandados devolvidos pelos Oficiais de Justiça deverão ser encaminhados às Secretarias e
Ofícios das Varas e Juizados, no prazo máximo de vinte e quatro horas que antecede o ato processual a que se
destina.
Art. 19 - Para que se resguardem os superiores interesses da Justiça, não serão informados às partes e seus
respectivos advogados, os nomes dos Oficiais de Justiça incumbidos do cumprimento dos mandados, executando-se
os casos de despejo compulsório, busca e apreensão, remoção, reintegração e emissão de posse ou outros da mesma
natureza, previstos em lei, a fim de que providenciem os meios necessários ao cumprimento dos mesmos.
Parágrafo único. As providências necessárias mencionadas no “caput” deste artigo, refere-se às condições
materiais e não as de caráter monetário, sendo estas últimas de exclusiva iniciativa da parte.
Art. 20 - Não se admitirá a inserção ou alteração de dados, como também informações constantes nos
mandados, por qualquer Servidor ou Oficial de Justiça, entendo-se como adulteração do mandado, sujeitando-se o
infrator às medidas judiciais cabíveis.
Art. 21 - Fica expressamente vedada a entrega de cópia xerográfica de mandados a qualquer pessoa que a
solicite, sob a alegação de interesse no cumprimento dos mesmos, estendendo-se tal proibição aos Ofícios e
Secretarias das Varas e Juizados.
Art. 22 - Os mandados que estiveram com os Oficiais de Justiça, por ocasião da implantação da Central de
Mandados, não serão redistribuídos, devendo ser cumpridos e entregues às respectivas Varas e Juizados.
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Art. 23 - O Juiz - Corregedor responsável pela supervisão da Central de Mandados, baixará normas
complementares de procedimento, visando a implantação e o funcionamento da mesma, bem como as atribuições
dos servidores do referido setor.
Art. 24 - Poderá o Juiz-Corregedor, através da Corregedoria Geral, propor alterações na presente Resolução,
para que melhor atinja seus objetos, mediante aprovação do Tribunal de Justiça.
Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, em Aracaju, capital do Estado de
Sergipe, aos trinta dias do mês de junho do ano de hum mil novecentos e noventa e nove.
PARTE VI
GLOSSÁRIO
ABANDONO DE CARGO - Caracteriza-se quando o funcionário público se ausenta do serviço sem motivo
justificado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos, ou 90 (noventa) dias alternados em um período de 12 (doze)
meses. O abandono de emprego, cargo ou função é justa causa para demissão.
AÇÃO CAMBIAL - A que se funda em título cambial, título de crédito, como cheque, nota promissória, etc.
AÇÃO CAUTELAR - A ação que tem por finalidade evitar dano irreparável ou de difícil reparação antes de
decidida em Juízo ação dita principal a ser proposta ou já em andamento.
AÇÃO CÍVEL - A ação na qual se busca um direito ou se pretende resolver um conflito de interesses não penais,
em regra, de natureza econômica, mas podendo, também envolver interesses de outra natureza, como se dá nas
ações de estado. O mesmo que ação civil.
AÇÃO CIVIL PRIVADA - A ação proposta por qualquer interessado diretamente, se capaz, ou através do
representante legal para a proteção de direitos violados ou ameaçados.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - A ação penal não promovida pelo ofendido, mas pelo representante do Ministério
Público, à vista de fato criminoso que viola a ordem pública.
AÇÃO COM PRECEITO COMINATÓRIO - a ação em que o autor pede ao Juiz que proíba ou determine a prática
de determinado ato, sob alguma condição como tempo, modo, quantidade, etc, sob pena de multa ou outra pena
prevista em lei, contrato, ou na petição inicial.
AÇÃO CRIMINAL - tem por característica relacionar-se a fato criminoso e por finalidade apurar o fato e o autor do
delito, e puni-lo pela violação da ordem pública.
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AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO - aquela em que o autor pede ao Juiz declare que a propriedade de uma coisa lhe fica
transferida. A sentença concessiva substitui o título (escritura, p. ex.) que é recusado, podendo ser levada à registro.
AÇÃO DE COMISSO - a ação em que se pede seja aplicada à parte infiel ou descumpridora de obrigação contratual
a pena de perda da coisa sobre a qual incidia a obrigação. Aplica-se a denominação nos casos de contratos de
aforamento ou enfiteuse.
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO OU CONSIGNATÓRIA - o autor pede ao Juiz determine a citação do réu para que
ele compareça em dia, hora e local determinado, para receber determinado bem ou valor, ficando o mesmo
depositado às ordens do Juiz, se não houver comparecimento do réu, ou este, comparecendo, o recusar.
AÇÃO DE DESERDAÇÃO - a ação que compete ao interessado contra o herdeiro que tenha sido excluído em
testamento da condição de herdeiro.
AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PÁTRIO PODER - a ação na qual parente do menor, ou representante do
Ministério Público pede a condenação do pai à perda de pátrio poder sobre ele, em razão de atos que a lei prevê com
essa pena.
AÇÃO DE DIVISÃO - é ação que extingue um estado de indivisão seja de imóvel, seja de um conjunto de bens.
AÇÃO DE EMANCIPAÇÃO - do menor que completou 18 (dezoito) anos, contra seu pai, mãe ou tutor, para ser
declarado maior e capaz de reger sua pessoa e seus bens.
AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - também chamada ação de repetição. É a ação empregada por aquele
que pretende receber pagamento indevido que fez a outrem em razão de erro de fato ou de direito, com a intenção
de extinguir obrigação assumida.
AÇÃO DE ESBULHO - ação na qual o autor pede a devolução da posse de bem móvel ou imóvel perdida por ato
violento, clandestino ou precário.
AÇÃO DE ESTADO - aquela em que se busca reconhecer, reivindicar, garantir, defender o estado civil da pessoa
ou, então, a situação jurídica da pessoa nas relações de família. São exemplos: ação de investigação de paternidade,
de nulidade ou anulação de casamento, de paterrnidade, de cidadania, de separação, de divórcio, etc. Também se diz
ação prejudicial.
AÇÃO DE EXCUSSÃO DE PENHOR - a ação do credor, que se garantiu em algum bem, ou penhor, para receber a
dívida. O penhor, ou bem penhorado, é depositado em Juízo para posterior alienação em hasta pública, se não
houver o pagamento.
AÇÃO DE EXCUSSÃO DE HIPOTECA - o mesmo que ação de execução de hipoteca.
AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE - ação possessória destinada a garantir ao adquirente a posse de bem adquirido e
que esteja no poder do alienante ou de terceiro. Ação atribuída também ao administrador e a representantes das
pessoas jurídicas e aos mandatários em geral.
AÇÃO DE INTERDIÇÃO - ação pela qual o pai, mãe, tutor, cônjuge, parente próximo, ou , na sua falta, o
interessado legítimo e o representante do Ministério Público pede ao Juiz que decrete a incapacidade legal de
alguém para reger-se e administrar seus interesses.
AÇÃO DE INVESTIGAÇÂO DE MATERNIDADE - ação que tem aquele que pretenda provar ser filho de
determinada mãe.
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE - ação que tem aquele que pretenda ser declarado filho de
determinado pai.
AÇÃO DE LEVANTAMENTO DE INTERDIÇÃO - é a ação pela qual o interditado requer ao Juiz que levante a
sua interdição por terem cessado os motivos que a haviam justificado.
AÇÃO DE LICENÇA PARA CASAMENTO - a ação que cabe ao menor ou interdito contra pai, mãe, ou tutor ou
curador, a fim de que o Juiz supra, com sua licença, o consentimento para casar-se, e que lhe é negada
injustificadamente por aqueles.
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AÇÃO DE MANDATO - é a ação pela qual o mandante pede ao mandatário que preste contas do mandato, ou
restitua coisas que tenha recebido em razão do mandato, ou indenizar por danos a ele causados.
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE. - o mesmo que interdito de manutenção, e ação de força turbutiva. A
ação do possuidor contra aquele que, por atos concretos e injustos, o perturba na posse de bem móvel ou imóvel.
AÇÃO DE MÚTUO - a ação de quem emprestou (mutuante) contra quem recebeu o empréstimo ou mútuo
(mutuário) para reaver a coisa mutuada com juros de lei.
AÇÃO DE NULIDADE - é ação declaratória com a qual.o autor pede que o Juiz declare que determinado ato ou
contrato é nulo por ter sido produzido com vícios ou defeitos que o tornam nulo.
AÇÃO DE OBRA NOVA - o mesmo que ação de nunciação de obra nova, ou ação demolitória. A ação que cabe ao
proprietário ou possuidor para impedir a continuação de edificação em imóvel de sua propriedade ou posse.
AÇÃO DE OUTORGA COMPULSÓRIA - o mesmo que ação de adjudicação.
AÇÃO DE PACTO DE MELHOR COMPRADOR - cabe ao vendedor contra o comprador para desfazer a venda se
, dentro de prazo previsto no contrato, aparece quem ofereça pela coisa melhor preço.
AÇÃO DE PARTILHA - ação do herdeiro contra o inventariante, quem possa sê-lo ou contra o herdeiro detentor,
para que leve a inventário bem sonegado ou não.
AÇÃO DE PASSAGEM FORÇADA - a que cabe ao proprietário de imóvel que se vê ilhado, para que o vizinho,
devidamente indenizado, permita a passagem ou o acesso ao seu imóvel.
AÇÃO DE PÁTRIO PODER - a ação através da qual o pai ou a mãe reclama menor da pessoa que o detenha
legalmente.
AÇÃO DE PERDA DE PÁTRIO PODER - ação de destituição do pátrio poder, em casos previstos em lei.
AÇÃO DE PERDAS E DANOS - ação pela qual a pessoa que sofreu danos patrimoniais pede seja indenizada por
eles
AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA - a ação do herdeiro legítimo para que sejam reconhecidas suas qualidades
de herdeiro e seu direito aos bens do espólio, no que lhe tocar.
AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS - a ação de quem possui bens de terceiro em seu poder, para guarda ou
administração, em razão de mandato expresso, ou a do terceiro contra o detentor, para prestar contas da guarda ou
administração.
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - é ação do possuidor contra quem lhe tomou a posse de bem móvel ou
imóvel ou o recebeu do seu esbulhador.
AÇÃO DE REIVINDICAÇÃO DE POSSE - a ação do proprietário com justo título, para que seja reconhecido o
seu direito à coisa e à sua posse, contra quem a detenha sob qualquer título.
AÇÃO DE REPETIÇÃO - é proposta para receber o que foi pago a mais ou indevidamente, por erro de fato ou de
direito; o mesmo que ação de repetição do indébito.
AÇÃO DE REVOGAÇÃO DE DOAÇÃO - a ação que o doador propõe contra o donatário para revogar doação por
ingratidão ou descumprimento de encargo.
AÇÃO DE SUPRIMENTO DO CONSENTIMENTO - é a ação daquele que, por lei ou contrato, depende do
consentimento de alguém para a prática de determinado ato que lhe é recusado injustificadamente.
AÇÃO DE USUCAPIÃO - a ação pela qual alguém adquire a propriedade e o domínio de bem móvel ou imóvel
alheio, em razão do decurso de determinado prazo.
AÇÃO DECLARATÓRIA - é a ação através da qual o interessado pede ao Juiz que declare a existência ou
inexistência de direito ou de relação jurídica, a autenticidade ou falsidade de um documento. A declaração não dá
direito de execução, porque sentença de mera declaração não encerra condenação.
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AÇÃO DEMOLITÓRIA - é a ação que cabe àquele que se sente prejudicado por obra nova já concluída. É também
a ação da autoridade administrativa para a demolição de obra nova, edificada contrariamente as regra
administrativas, também ditas posturas municipais, ou de obra antiga que ameace a segurança pública.
AÇÃO DE EVICÇÂO - a ação através da qual aquele que adquiriu um bem e vem a perdê-lo, no todo ou em parte,
em decorrência de sentença que atribui a sua propriedade a outrem exige do seu alienante o preço pago,
indenizações por eventuais perdas e danos, e as despesas que tenha realizado com a ação.
AÇÃO FISCAL - é a ação através da qual à Fazenda Pública Federal, estadual ou municipal busca receber crédito
tributário.
AÇÃO - O conjunto de atos praticados em Juízo para obter, executar, conservar, recuperar ou fazer declarar um
direito ou resolver um conflito de interesses. É sinônimo de causa, pleito, lide, questão, litígio. É um dos meios
civilizados que as pessoas têm para resolver os seus conflitos no dia - a- dia da convivência social.
AÇÃO PAULIANA - é a ação pela qual o credor quirografário pede a anulação da venda fraudulenta a terceiro,
feita pelo seu devedor insolvente, a título oneroso ou gratuito.
AÇÃO PENAL PRIVADA - a ação para obter a punição de responsável pela prática de ato considerado na lei como
crime, proposta pelo ofendido ou seu representante legal, como acontecem com os crimes contra os costumes,
sexuais, adultério, calúnia, difamação, etc.
AÇÃO POPULAR - ação proposta por cidadão para anular ato administrativo comissivo ou omissivo lesivo ao
erário público, e para responsabilizar o agente público responsável pelo o ato, a fim de que ele repare os danos e
restitua, se for o caso, tudo aquilo que o enriqueceu ilicitamente em decorrência do ato.
AÇÃO PRINCIPAL _ a ação que contém a pretensão, ou o pedido principal do autor; dela nasceram as ações
preparatórias a as incidentais.
AÇÃO REAL - ação destinada à defesa de direitos reais ou sobre coisa móvel ou imóvel.
AÇÃO REDIBITÓRIA - ação para rescindir contrato de compra e venda com a devolução da coisa adquirida e o
recebimento do preço pago em razão de vício ou defeito que o torna imprópria para o uso destinado, ou lhe diminuir
o valor.
AÇÃO REGRESSIVA - ação do titular de um direito contra o responsável indireto por dano sofrido no caso do
avalista e do fiador, para receber do responsável direto o que pagou em razão do aval ou da fiança; e ainda ação que
tem a vítima de ato lesivo praticado por preposto ou por servidor público, contra o patrão ou preponente, ou a
entidade pública; finalmente, ação com a qual a entidade pública (União, Estados, Distrito Federal e Município)
pede a condenação de agente público seu a reembolsá-la por indenização que tenha pago em razão de ato ilícito
praticado pelo seu agente.
AÇÃO RESCISÓRIA - a ação destinada a anular decisões judiciais transitadas em julgado em casos especiais
relacionados em lei.
ACAREAÇÃO - é procedimento através do qual duas ou mais testemunhas são postas em confronto, frente a frente,
para esclarecerem depoimentos divergentes ou conflitantes. O confronto dá-se em presença das partes, dos acusados
ou dos ofendidos e perante autoridade policial ou judiciária, que presida o inquérito ou o processo.
ACEITE - ato pelo qual alguém se obriga a pagar letra de câmbio.
AÇÕES CONEXAS - são ações que têm o mesmo objeto ou causa de pedir ou o mesmo fundamento jurídico.
ADIMPLENTE - aquele que cumpre obrigação assumida.
ADITAMENTO - ato de acrescentar, aditar uma petição, complementar.
ADOÇÃO - ato formalizado em escritura pública pelo qual alguém admite outra pessoa mais nova pelo menos
16(dezesseis) anos como filha para todos os fins e direitos. No caso de menores, não há adoção por escritura
pública.
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ADULTERINO - proveniente de união entre duas pessoas de sexo oposto, ambas (ou pelo menos uma delas)
casadas com outro cônjuge; filho adulterino, proveniente de adultério.
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA - uso ilícito de prestígio pessoal para obter favores ou vantagens da
administração pública
AGRAVO - recurso no qual se pede a uma instância superior a correção ou modificação de decisões judiciais que
não encerraram o processo. Diz-se o agravo de instrumento, quando julgado em um processo (instrumento) próprio;
e retido, quando apresentado nos próprios autos da ação onde se encontra a decisão agravada e que será apreciada
pelo Tribunal quando passível de recurso de apelação.
ALIENAÇÃO MENTAL - perda, permanente ou temporária, do uso normal das faculdades mentais em
conseqüência de distúrbio mental, nos casos de loucura, delírios e outros de incapacidades mentais.
ALIENAÇÃO - transferência a terceiro da propriedade de um bem. São formas de alienação, entre outras, a compra
- e - venda, a doação, a permuta, etc.
ALIMENTANTE - o que presta alimentos a outrem, por obrigação legal ou por decisão judicial.
ALIMENTÁRIO - o que recebe alimentos do obrigado a prestá-los.
ALIMENTOS - são bens necessários à sobrevivência material do alimentário, envolvendo sustento, vestuário,
assistência médica, habitação, educação, diversões públicas, etc. São prestados em dinheiro ou in natura, isto é,
víveres, etc.
ALÍNEA - nova linha escrita abrindo um parágrafo; diz-se comumente de cada uma das subdivisões de um artigo de
lei ou parágrafo iniciado por letras.
ALVARÁ - é termo usado em juízo e na administração pública. Em ambos os casos tem-se uma autorização ou
aprovação de determinado ato, estado ou direito. O primeiro é expedido por juiz de direito, e o segundo, por
autoridade administrativa. Pode significar também uma ordem, como ocorre com o alvará de soltura, no qual a
autoridade judicial manda que o preso seja libertado.
AMIZADE ÍNTIMA - sentimento de afeição extremada, manifestado na convivência constante, numa certa unidade
de pensamento e comunhão de interesses, pontos de vista, etc. Constitui motivo de suspeição para juiz, escrivão,
perito, testemunha, etc.
AMORTIZAÇÃO - extinção gradual de uma dívida, particular ou pública, mediante prestações periódicas e
sucessivas.
ANATOCISMO - cobrança de juros sobre juros, ou sobre juros e capital. A legislação pátria permite apenas
acumular juros sobre o capital.
ANDAMENTO PROCESSUAL - desenvolvimento normal e regular do processo.
ANEXAÇÃO - reunião, em um só corpo , de órgãos circunscricionais administrativos ou judiciários; em plano mais
restrito, como anexação de comarca, de cartórios; ou mais amplo, como: anexação de um Estado, um Município, um
Território, etc.
ÂNIMO - intenção; elemento intencional que indica e qualifica uma gama de atos do indivíduo no seu dia - a - dia.
Diz-se também animus, ou intenção de: ajudar, imitar, comprar, delinguir, abusar, ocultar, confessar, anular, evitar
difamar, retardar, dominar, dar, fraudar, ter, transgredir, injuriar, gracejar, ofender, fazer, brincar, morar, descrever,
ferir, inovar, obrigar, resistir, prevaricar, receber, possuir para si, reter a posse, revidar, revogar, simular, liquidar,
transmitir, insultar, violar, ferir, etc.
ANISTIA - ato de bondade, coletivo ou individual, através do qual a autoridade, através de lei, declara isentos de
culpa ou de cumprimento de pena agentes de crimes políticos.
ANISTIA FISCAL - perdão de dívidas decorrentes de tributos e multas ou sanções impostas pelas autoridades
fazendárias.
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ANTECEDENTES - diz-se também vida pregressa, os atos ou fatos da vida de uma pessoa que revelam tendências,
modo de ser, sob o aspecto de moral e costumes.
ANTICRESE - a entrega de um bem ao credor para que o mesmo, com seus frutos e rendimentos, receber pelo
empréstimo feito ao devedor, dito anticrédito.
ANULABILIDADE - qualidade, ou condição do ato que é anulável, por ter sido praticado com defeito ou vício que
pode ser suprido, salvando-se o ato.
ANULAÇÃO - perda de validade ou de efeito jurídico de ato ou contrato por infração de cláusula ou conteúdo;
decisão judicial que declara insubsistente o ato ao qual é atribuída qualquer nulidade.
APELAÇÃO - recurso contra decisão definitiva, que encerra o processo.
APELADO - a parte contra quem se apela.
APELANTE - o que apela.
APENAR - punir com pena.
APENSAR - anexar aos autos uma petição, ou autos de outra ação; o contrário de juntar, que é inserir dentro dos
autos, petição ou documento.
APREENSÃO - ação de apreender, tomar, apoderar-se de alguma coisa, ou bem pessoa menor, inválida ou incapaz.
AQUESTOS - bens adquiridos na constância do casamento e que entram para comunhão, quando o casamento for
com comunhão de bens.
ARBITRAR - determinar, declarar, decidir como árbitro em uma questão.
ARQUIVAMENTO - ato de recolher ao arquivo; último ato praticado no processo.
ARRAS - sinal de negócio, primeiro pagamento, selando o contrato.
ARRAZOADO - alegações escritas ou orais em processo.
ARRECADAÇÃO - reunião e recolhimento de bens de ausente, de herança.
ARRENDAMENTO - contrato de cessão de bens mediante preço combinado.
ARRESTO - apreensão e depósito de bens do devedor, por ordem judicial; quaisquer bens, para a garantia da
dívida.
ARRIMO - amparo, auxílio; arrimo de família, aquele que mantém e sustenta a família.
ARROLAMENTO - lista de bens, forma resumida e rápida de inventário.
ARROMBAMENTO – rompimento de resistência oferecida para se entrar em algum lugar, ou ter acesso a algum
bem guardado, ou preso.
ARTIGO - divisão ordenada, com números de texto de lei, decreto, regulamento, etc
ASSASSINAR - praticar assassínio ou homicídio.
ASSENTADA - termo que antecede o depoimento de testemunha, parte, perito, etc.
ATO DISCRICIONÁRIO - o ato a autoridade pratica quando entender que deve praticá-lo, sem obrigação de
praticá-lo, podendo praticá-lo ou não, quando entender conveniente e oportuna a sua prática. Opõe-se ao ato
vinculado, no qual é menor o campo de liberdade da autoridade.
AUTOR DA HERANÇA - também chamado de “de cujus”, pessoa que deixa bens ao morrer, os quais deverão ser
inventariados.
AUTORIDDADE COATORA - a autoridade à qual é atribuída, na ação de mandado de segurança, a
responsabilidade pela prática de determinado ato que o interessado (impetrante) entende ilegal e prejudicial a seus
interesses.
CAUÇÃO - garantia através de penhor, hipoteca ou depósito para o pagamento de uma dívida ou o cumprimento de
uma obrigação.
CITAÇÃO FICTA - a citação feita pela imprensa (edital) ou pelo Oficial de Justiça com hora certa.
CITAÇÃO - o ato processual através do qual se chama alguém para vir a juízo defender-se.
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CITANDO - a pessoa que deve ser citada.
CÓDIGO DO CONSUMIDOR - Lei federal que trata das relações dos produtores, vendedores, prestadores de
serviço e comerciantes com o consumidor em geral, definindo direitos e obrigações de uns e outros.
COMPETÊNCIA - poder ou aptidão legal para prática de atos inerentes a cargo ou função pública.
COMUNICABILIDADE - diz-se, entre outros significados, da inclusão de bens na comunhão dos mesmos, que
passam a pertencer a mais de uma pessoa.
CONCLUSÃO - ato praticado pelo escrivão no processo encaminhando-o ao Juiz para despacho, ou sentença.
CONCORDATA - procedimento judicial em que o comerciante em dificuldades financeiras propõe aos seus
credores acordo para pagar suas dívidas de forma a evitar a falência.
CONCORRÊNCIA - é modalidade de licitação, tal como a tomada de preços e a carta-convite; procedimento a ser
seguido pela administração pública, direta e indireta, para aquisição de bens e a contratação de serviços e obras, em
geral.
CONCUSSÃO - extorsão, ou exigência de vantagem indevida feita por autoridade para a prática ou omissão de ato
relacionado com o cargo de que é investida.
CONDESCENDÊNCIA CRIMOSA - tolerância, permissão não expressa, tácita, quase um estímulo, para a prática
de ato criminoso.
CONDUÇÃO SOB VARA - a vara é símbolo da autoridade, que se impõe de maneira coercitiva, se necessário. A
frase é usada para expressar que a testemunha ou parte ou, em geral, aquele que recebe ordem para comparecer
perante o Juiz, será conduzido preso pelo Oficial de Justiça, se, sem justificativa, não atender a intimação feita
regularmente.
CONSELHO DA MAGISTRATURA - órgão superior do Tribunal de Justiça, composto do Presidente e do Vice -
Presidente do Tribunal de Justiça e de mais 6 (seis) Desembargadores, com atribuições fixados pela Corte Superior.
Entre as competências do Conselho estão as seguintes: julgar, em grau de recurso, ato ou decisão do Corregedor
Geral, recurso de pena disciplinar aplicada pelo Corregedor Geral de Justiça ou Juiz, recursos de decisões sobre
percepção de custas e emolumentos, dúvidas cartorárias, reclamações sobre excesso de prazo, etc.
CONTRAFAÇÃO - reprodução ou falsificação fraudulenta de documento, ato ou coisa.
CONTRAVENÇÃO - infração de natureza criminal que, pela ausência de maior gravidade, ou por disposição
expressa da lei, não é considerada crime, não figurando, por isso, no Código Penal.
CORPO DE DELITO - laudo pericial destinado a provar a prática de um crime; confunde-se com a prova material,
objetiva, do delito.
CORRUPÇÃO ATIVA - crime de funcionário público, o qual consiste em oferecer ou promover, em razão do cargo
ou função, para si ou para outrem, vantagens indevidas, mediante pagamento ou recompensa.
CORRUPÇÃO PASSIVA - crime que consiste em o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para
outrem, paga ou recompensa para praticar ato do seu ofício, ou com ele relacionado, lícito ou não.
CREDOR QUIROGRAFÁRIO - é o credor sem título de preferência, o credor comum.
CRIME - violação grave de regra de conduta, prevista no Código Penal. Para caracterizar o crime é exigido que o
infrator, também dito criminoso, ou delinquente, proceda com culpa ou com dolo.
CULPA - falta de diligência ou cuidado em evitar dano a terceiro ou à ordem pública. Conduta caracterizada por
omissão, negligência, imperícia ou imprudência.
DEFENSORIA PÚBLICA - órgão público encarregado da defesa dos interesses jurídicos processuais das pessoas
carentes de recursos para estarem em juízo.
DEPÓSITO - a entrega pelo Oficial de Justiça a um depositário (servidor público, interessado ou simples cidadão)
de bem penhorado para que o guarde, detenha e conserve, até ser levado a arrematação, ou ser liberado por ato ou
ordem do Juiz.
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DESACATO - desobediência acompanhada de palavras, atos (de afronta ou gestos) a superior hierárquico ou a
autoridade no exercício das funções de cargo, e em razão delas.
DESENTRANHAMENTO - a retirada de peça (petição ou documento) dos autos e sua devolução a quem a fez
juntar.
DEVEDOR INSOLVENTE - o devedor que não possui bens que garantem suas dívidas; quando se trata de firma
nessas condições, diz-se falida.
DEVEDOR SOLVENTE - o devedor que possui bens suficientes para a garantia do que deve.
DIREITO ADQUIRIDO - aquele para cuja aquisição foram atendidos todos os requisitos e satisfeitas todas as
exigências; constitui o patrimônio jurídico do cidadão; lei nenhuma pode retirá-la.
DIREITO EXPECTATIVO - diz-se expectativa de direito. Situação daquele que está cumprindo os requisitos ou
exigências para adquirir um direito, mas não o adquiriu ainda, podendo nem chegar a adquiri-lo; a lei protege o
direito líquido e certo; o expectativo, não.
DIREITO LÍQUIDO E CERTO - é o direito claro, evidente, manifesto, comprovado em documento, que não exige
muita interpretação ou indagação; é o direito protegido pelo mandado de segurança.
DIREITO PRIVADO - diz-se do direito regulado por normas destinadas a regerem a conduta e os interesses das
pessoas consideradas em suas relações entre si e com o Estado.
DIREITO PÚBLICO – define-se como o conjunto das normas que regulam os interesses coletivos ou difusos do
cidadão em relação ao Estado, ou deste em relação aos cidadãos ou a outro Estado.
DIRIMENTE - motivo que exclui a culpabilidade. Ex: legítima defesa.
DISCRICIONÁRIO - diz-se do ato cuja pratica depende da decisão da autoridade quanto à sua conveniência e
oportunidade.
DISTRATO - contrato com o qual se desfaz, cancela ou rescinde outro contrato.
DISTRITO - cada uma das partes em que se subdivide o território de um Município. Diz-se também zona, região ou
circunscrição territorial sob a administração de uma autoridade; distrito policial, fiscal, judiciário, etc.
DISTRITO DA CULPA - lugar onde se consumou o delito, lugar do delito, foro do delito.
DÍVIDA SOLIDÁRIA - a dívida garantida por mais de um coobrigado, podendo o credor cobrá-la de todos ou de
qualquer um deles.
DÍVIDA PORTABLE - a que o devedor se obriga a ir pagar, no vencimento, em lugar certo (domicílio ou
residência do devedor).
DÍVIDA QUEREBLE - aquela cujo pagamento o credor se obriga a ir buscar, no vencimento, em local ajustado
(domicílio ou residência do devedor).
DOLO EVENTUAL - vontade, intenção ou propósito de praticar ato menos grave, mas com a previsão ou a
possibilidade de vir a praticar ato mais grave, ou crime. Exemplo corriqueiro é o do motorista que imprime
velocidade excessiva no veículo diante de escola, ou aglomerado de pessoas, sabendo que pode atropelar alguém,
assumindo o risco de praticar o ato.
DOLO - má-fé, vontade deliberada e consciente de praticar ato que a lei proíbe ou considera crime.
DOMICÍLIO - local onde a pessoa reside com intenção de ter ali sua moradia permanente; também usado para
indicar o local onde se vota (domicílio eleitoral), ou se paga tributo (domicílio fiscal), se registra e emplaca o
veículo ( domicílio de trânsito) etc.
EDITAL - ato escrito, publicado na imprensa ou por simples afixação em lugar público a isto destinado, contendo
aviso, chamamento ou determinação emanada de autoridade pública.
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EMBARGOS - procedimento processual com várias finalidades - impedir a continuação ilegal ou danosa de obra
iniciada (embargo de obra nova); detenção de um navio, defesa contra a cobrança de dívida ou tributo (embargo à
execução); requerimento ao Juiz para que esclareça tópicos de sentença, ou supra omissão nela, ou corrija erros
materiais (embargos declaratórios), etc.
EMBARGOS DE TERCEIRO - defesa de quem tenha tido bem de sua posse ou propriedade penhorado,
seqüestrado ou arrestado para garantia de dívida de terceiro.
EMENTA - resumo sumário de uma sentença, acórdão, parecer, lei, decreto, etc.
ENTRÂNCIA - grau, ou categoria dos lugares ou circunscrições judiciárias, nas quais se realiza a entrada ou
ingresso em juízo. A entrância é determinada em lei de organização judiciária dos Estados; não se confunde com
instância.
ENTRELINHAS - espaço entre duas linhas; o que ali se escreve, com ressalva.
ERRO DE DIREITO - é a errada compreensão da lei; aplica-se a determinado fato, noção definidora de outro fato
de outro fato.
ERRO DE FATO - a noção errada de uma coisa; tem-se uma coisa e imagina-se ser outra; a avaliação falsa das reais
conseqüências de um fato, ou de uma conduta.
ESCREVENTE - servidor público que exerce funções burocráticas na Administração Pública, sem responsabilidade
de chefia e sob as ordens diretas de um escrivão.
ESCREVENTE SUBSTITUTO - o escrevente que pode substituir o titular do cargo, nas eventuais ausências
daquele.
ESCRIVÃO - o servidor público responsável pelos serviços de uma secretaria de juízo ou de repartição da
Administração Pública; Escrivão de delegacia de polícia, p.ex.
ESPAÇO EM BRANCO - diz-se do espaço vazio entre duas linhas, no interior de uma linha, ou entre o texto e a
assinatura. Ao redigir as suas certidões, Oficial de Justiça Avaliador deverá riscar os espaços em branco que tenha
deixado.
ESPÓLIO - diz-se do conjunto de bens de valor que alguém deixa ao morrer. Esse alguém, no direito clássico,
chama-se de cujus; no direito moderno, autor da herança.
ESTATUTO SOCIAL - diz-se do contrato de constituição de uma sociedade. O Oficial de Justiça Avaliador, ao
chegar a uma empresa para fazer citação ou intimação, se tiver dúvida quanto à identidade da empresa ou à
identificação de seus sócios e do seu representante legal, tem o direito/dever de solicitar o contrato social da firma,
onde vai encontrar os esclarecimento de que precisa.
EXCESSO DE PENHORA - penhora de bem de valor muito superior à dívida e seus acréscimos legais.
EXECUÇÃO FISCAL - ação exclusiva da Fazenda Pública para a cobrança de crédito tributário.
Animus utendi, abutendi, fruend, et retinendi- intenção de usar, abusar, gozar e reter
Hoc - isto
In - em
Inter – entre.
Juxta - em
FALSO TESTEMUNHO - é a mentira declarada em Juízo por testemunha que tenha prestado o compromisso de
falar a verdade.
FAZENDA PÚBLICA - órgão do governo que cuida das finanças públicas. O próprio Estado (entendido aqui o
termo como União, Estados, Municípios ou Distrito Federal) considerado como agente financeiro, responsável pelo
lançamento, fiscalização, cobrança e arrecadação de tributos em geral.
FÉ DE OFÍCIO - a narrativa da vida funcional ou pública, de uma pessoa desde sua posse no cargo ou função
pública, em razão da maneira leal, correta e exata em que é feita a narrativa, merecendo fé.
FORO - lugar na sede da comarca onde a administração da Justiça centraliza seus serviços e onde se processam as
ações judiciais.
FRAUDE CONTRA CREDOR - qualquer ato do devedor que implique transferir a terceiro, ou onerar bens ou
simular dívidas para evitar a penhora sobre eles, quando já foi proposta ação de execução de dívida à líquida e certa,
expressa em título hábil.
HABEAS CORPUS - ação constitucional destinada a garantir a liberdade de locomoção ameaçada ou já perdida.
HABEAS DATA - ação constitucional destinada a permitir ao interessado acesso a órgãos ou serviços de
informação e/ou cadastro ou dados, referente à sua pessoa.
67
IMISSÃO DE POSSE - ato determinado pelo Juiz e praticado pelo Oficial de Justiça, que entrega ao possuidor a
posse litigiosa de um bem, móvel ou imóvel, ou que o reintegra, isto é, devolve ao possuidor posse que lhe fora
tomada de forma injusta ou mediante força.
INSTÂNCIA - graduação - grau de jurisdição, ou de hierarquia no Poder Judiciário onde se iniciam, ou têm
prosseguimento (mediante recurso) os procedimentos, processos ou ações judiciais. Diz-se 1ª instância, a dos Juízes
singulares, ou do Juiz único; 2ª instância dos Juizes colegiados (Tribunais). Em geral, as causas começam na 1ª
instância e vão à outra em grau de recurso. Mas há causas chamadas de foro privilegiado, que começam e terminam
nas instâncias superiores.
INSTRUÇÃO - diz-se da prática de atos que têm por finalidade preparar o processo para ser decidido. São atos de
instrução as citações e intimações, manifestações escritas das partes, juntada de documentos, a realização de
perícias, a ouvida de testemunhas, e outros determinados pelo Juiz a pedido das partes e do Representante do
Ministério Público, ou por iniciativa do Juiz. São sinônimos: instrução do processo, da causa, da demanda, da lide,
do feito, etc.
INTIMAÇÃO - ato realizado pelo Oficial de Justiça, ou por ofício ou edital, no qual se dá ciência a alguém de ato
ou termo de processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
JUIZADO ESPECIAL - foro ou instância ou órgão especial onde são propostas e decididas determinadas causas,
caracterizado pela singeleza dos ritos, buscando solução negociada rápida dos litígios. Há os Juizados Especiais
Cíveis e Criminais.
JUÍZO - diz-se da estrutura judiciária de uma comarca, ou vara, formada pelo Juiz de Direito, Representante do
Ministério Público, Advogado, Partes, Escrivão, Escreventes, Oficiais de Justiça, Contador, Partidor, Distribuidor,
Porteiros de Auditório, Peritos, etc. Esse complexo de pessoas e funções, funcionando, harmonizado, coeso, sóbrio,
correto e irrepreensível na conduta de cada um, imprime seriedade, respeito, confiabilidade, aceitação e obediência
aos atos da Justiça.
JUNTADA - termo lavrado e assinado pelo escrivão, declarando a introdução nos autos de peça, documento, laudo,
petição, etc. A simples juntada ou introdução.
JÚRI - diz-se também Tribunal do Júri - Julgamento Popular - órgão colegiado, formado por cidadãos corretos,
residentes na comarca, destinado a julgar os crimes dolosos contra a vida. Trata-se de função e não de cargo; função
judicante, exercida gratuitamente, como contribuição do cidadão para com a ordem pública.
JUSTIÇA DE PAZ - aquele onde se celebram os casamentos e que se destina, também, a promover a convivência
harmônica dos cidadãos. O Juiz de Paz é nomeado por ato do Governador do Estado, escolhido em lista tríplice
organizada pelo Presidente do Tribunal de Justiça, por 4 (quatro) anos, podendo haver reconduções sucessivas.
LAUDO - documento escrito que contém a decisão motivada dos árbitros ou o parecer dos peritos.
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LEI - ato escrito, da competência privativa do Poder Legislativo, que contém regra de direito ou norma de conduta,
acatamento obrigatório, com vista ao ordenamento social. Representa a vontade do povo, que elege seus
representantes exatamente para fazerem leis. Também se diz manifestação expressa da vontade imperativa do
Estado.
LEI ESPECIAL - lei de aplicação restrita a determinado grupo social e a determinada matéria. São especiais entre
outras, as leis que disciplinam a existência e funcionamento de categorias profissionais, determinados serviços
públicos, certas atividades, etc.
LEI ORDINÁRIA - é a lei dita comum, votada pelo legislador chamado ordinário, isto é, sem requisitos especiais
envolvendo matéria, iniciativa, “quorum” de aprovação.
LEI ORGÂNICA - lei de estrutura, a que define a organização de determinada entidade ou instituição pública, como
a lei que estrutura a organização municipal (Lei Orgânica do Município), a Magistratura, o Ministério Público, ou
um órgão de serviço, como a Lei Orgânica da Previdência Social, etc.
LIBELO - tomado no sentido de citação ou intimação, ou também, de exposição articulada dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, conduzindo ao pedido, que é a real pretensão de quem o expõe, ou articula. De uso tanto no
cível como no criminal. Entretanto, é no âmbito do processo penal que o termo consagrou seu uso. Significa aquela
peça escrita na qual o Representante do Ministério Público descreve os fatos atribuídos ao denunciado, as
circunstâncias que agravam ou aliviaram o delito, aponta os artigos do Código Penal infringidos e pede a
condenação do autor do delito. O uso do termo nesse sentido acabou por impregná-lo, fazendo-o sinônimo de
acusação, e até de panfleto. Por ex: a acusação que será feita em plenário do Júri pelo Promotor de Justiça contra o
réu.
LITISCONSÓRCIO - é a reunião em um só processo, de duas ou mais pessoas como autores ou como réus, em
razão de haver, entre elas, comunhão de interesses ou obrigações.
MANDADO DE INJUNÇÃO - ordem escrita do Juiz a autoridade para que defira direito ou prerrogativa previsto
na Constituição Federal e recusado sob a alegação de falta de norma regularmentadora.
69
MANDADO DE SEGURANÇA - ordem escrita do Juiz a uma autoridade para que restabeleça direito líquido e
certo de alguém, ou deixe de ameaçá-lo.
MANDADO - ordem escrita do Juiz ao Oficial de Justiça para que pratique determinado ato.
MANDATO - documento escrito através do qual alguém (mandante ou outorgante) confere a outrem (mandatário
ou outorgado) poderes para representá-lo na prática de determinado ato de seu interesse.
MASSA FALIDA - o conjunto de bens de uma pessoa jurídica que teve sua falência decretada.
MEDIDA PROVISÓRIA - ato escrito privativo do Presidente da República, com força de lei, sobre matéria
relevante e urgente, que perderá a eficácia desde a sua publicação, se não for confirmada pelo Congresso Nacional
no prazo de 30 (trinta) dias.
PARTE - sinônimo de autor e de réu, requerente e requerido, suplicante e suplicado, impetrante e impetrado,
embargante e embargado, suscitante e suscitado. Define-se como sendo a pessoa que pede e aquela contra a qual é
pedido, em processo regular, a atuação do Juiz.
PENHOR - garantia de dívida, ou obrigação dada em contrato, pelo devedor ou por terceiro.
PENHORA - a apreensão e sucessivo depósito de bem destinado a garantir dívida. Ato privativo do Oficial de
Justiça.
PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS - a penhora realizada pelo Oficial de Justiça em autos nos quais haja
qualquer bem penhorável do devedor.
PESSOA FÍSICA - diz-se do indivíduo como pessoa natural; o contrário de pessoa jurídica.
PESSOA JURÍDICA - entidade, associação, empresa, firma, sociedade à qual a lei atribui a natureza de pessoa para
todos os fins de direito.
PODER DISCRICIONÁRIO - diz-se do poder de que dispõe a autoridade pública para a prática de certos atos,
cabendo-lhe decidir quanto à sua conveniência e oportunidade. Opõe-se a poder vinculado.
PODER VINCULADO - é a limitação sofrida pela autoridade para a prática de certos atos para cuja realização a lei
estabelece condições e exigências. A autoridade não é livre para praticar ou não esses atos.
PRECATÓRIA - documento escrito expedido em um juízo, pedido que em outro seja praticado determinado ato.
Diz-se carta precatória. Quem expede a carta chama-se deprecante; quem a recebe para cumprimento, deprecado.
PRECLUSÃO - a perda do direito de a parte praticar determinado ato no processo em razão do vencimento do prazo
que tinha; prazo dito preclusivo.
70
PREGÃO - anúncio em voz alta pelo qual o leiloeiro, o porteiro do auditório ou Oficial de Justiça leva a leilão, ou
hasta pública, bem a ser arrematado, anunciando os lances oferecidos e o vencedor. Diz-se também do anúncio feito
pelo Oficial de Justiça, ou pelo Escrivão, ou Escrevente no início das audiências, convocando as partes,
procuradores, testemunhas etc.
PREVARICAÇÃO - crime do funcionário público que procede contra a lei e falta com os deveres do seu ofício,
para satisfazer interesses próprios ou de terceiros.
RASURA - risco ou raspagem feita em documento para apagar o que estava escrito ou para nele inserir outro dado.
Se não houver ressalva expressa e clara, o ato constitui vício ou defeito do documento.
ROGO - diz-se da assinatura prestada por terceiro, em nome e a pedido do analfabeto, que deve estar presente no
ato e pedir (rogar-donde rogo) que o terceiro assine por ele.
RUBRICA - assinatura abreviada; firma; nome ou título sob o qual se faz anotação.
SEQUESTRO - ato judicial realizado por Oficial de Justiça Avaliador, que consiste na apreensão de bem certo,
definido e litigioso para evitar sua ocultação ou desvio, seguida de seu depósito à ordem do Juiz. Distingue-se do
arresto, que é a apreensão de qualquer bem, e o seqüestro, a de bem certo, sobre o qual há pendência em Juízo.
TABELIÃO - servidor público encarregado de lavrar ou registrar atos e contratos que exija forma e autenticidade
legal e pública. O titular dos cartórios extrajudiciais. Tabelião não é Serventuário da Justiça, mas está sujeito à
jurisdição do Juiz da comarca.
TERMO - ato pelo qual o Escrivão registra uma transação, descreve um fato, registra uma declaração de vontade,
que deve produzir efeitos jurídicos. Termo de audiência: contém o registro do que se passou na audiência.
VARA - subdivisão judiciária de uma comarca onde há mais de um Juiz; autoridade; poder judicial; conduzir sob
vara; à força.
VIA ORDINÁRIA - o procedimento comum, natural, legal, para determinada ação, ou pedido.
VISTA - entrega dos autos na secretaria do Juízo aos Advogados e ao Representante do Ministério Público, para
manifestação.
VITALÍCIO - diz-se daquilo de que se tem a posse durante a vida. Cargo vitalício: aquele de provimento assim
declarado em lei e que é, ou pode ser, exercido durante toda a vida útil do funcionário, isto é, enquanto não
completar 70 (setenta) anos de idade.
VOGAL - aquele que tem direito de voto em uma assembléia política, ou deliberativa, ou Tribunal.
71
PARTE VII
PARTE PRÁTICA
ATOS DE OFÍCIO
Auto de avaliação
Auto de resistência
Auto de arrombamento
Auto de prisão
Afixação de sentença
Citação do demente
Citação na falência
Cientificação de fiador
Citação com hora certa
Citação de menor
Auto de Prisão
Citação: Positiva
Negativa
Falecimento
Lugar incerto e não sabido
Mudança de endereço
Suspeita de ocultação
Intimação: Positiva
Do defensor
Do jurado
Do réu
Da testemunha
72
Negativa
Falecimento
Lugar incerto e não sabido
Mudança de endereço
Suspeita de ocultação
Nos mandados de citação e penhora: (ações de execução de títulos judiciais e extra judiciais)
COMENTÁRIOS
b) A penhora será realizada normalmente quando os bens que guarnecem a casa de moradia do réu
tenham definição que situe-se na zona nebulosa da interpretação da Lei 8.009/90, cabendo ao executando
embargar e ao Juiz decidir.
CERTIDÃO
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº------retro, expedido nos autos da ação de
execução nº-----------que corre perante a ----------Vara Cível, dirigi-me na Rua ---------------------------------
--------, n.º ----------- bairro---------------------------, onde às --------- horas, citei o(a) Sr.(a)---------------------
---------------------para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que li e lhe dei para ler, do que
ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.
73
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, decorridas 24 horas da citação, dirigi-me à secretaria de juízo da ---------
Vara Cível, onde verifiquei não ter havido pagamento do débito executado, nem nomeação de bens à
penhora, pelo que dirigi-me novamente na Rua-------------------------------------------------, n.º -------------,
bairro ----------------- onde procedi, às -------------horas, à penhora em bens do executado, em auto
respectivo como se segue.
Local e data.
Oficial de Justiça
INTIMAÇÃO DA PENHORA
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, realizada penhora ordenada e o respectivo depósito às --------- horas,
intimei o executado, Sr. (a) ------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no
prazo legal de dez dias. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando abaixo sua nota de ciência.
Local e data.
Oficial de Justiça
INTIMAÇÃO DA PENHORA
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, realizada penhora ordenada e o respectivo depósito intimei o executado, Sr.
(a) ------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no prazo legal de dez dias.
Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando abaixo sua nota de ciência.
Local e data.
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
74
Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respectivo depósito, dirigi-me na Rua -----
---------------------------------------, n.º ------------, bairro-----------------------, onde, às ---------- horas, intimei
o executado, Sr.------------------------------------, e sua mulher Sra.---------------------------------------------,
para que oponham os embargos que quiserem, no prazo legal de dez dias. Dei-lhes contrafés que
aceitaram exarando abaixo suas notas de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
Executado Cônjuge
INTIMAÇÃO DA PENHORA
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respetivo depósito, dirigi-me na Rua ------
--------------------------------------, n.º --------
bairro -------------------------------, onde, às ----------horas, intimei o executado, Sr. -----------------------------
--------------------- e sua mulher, Sra.--------------------------------------------------, para que oponham os
embargos que quiserem, no prazo legal de dez dias. Dei-lhes contrafés que aceitaram, exarando abaixo
suas notas de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça.
Executado(a) Cônjuge
COMENTÁRIOS
a) A penhora deverá ser feita mesmo que a firma executada esteja em concordata ou falência decretada,
fazendo constar em certidão as informações neste sentido.
b) A penhora nas execuções contra pessoa jurídica podem recair sobre o estoque de mercadorias da ré.
c) É o oficial de Justiça quem detém o poder de decisão quanto ao depósito dos bens que, porventura,
sejam penhorados ou arrestados no cumprimento de seu mandado no caso de ausência do executado e
recusa dos presentes no local ao exercício do encargo de depositário, podendo proceder à remoção dos
referidos bens, depositando-os em mãos e poder de quem possua endereço certo para assumir o
compromisso.
d) Deverá o Oficial de Justiça, quando do cumprimento do mandado contra pessoa Jurídica, exigir
documento que comprove a condição de representante do (a) citando (a), ou seja: O Contrato Social, ao
representante legal; certidão, nos autos de falência, ao Síndico; certidão do cartório onde tramita o
inventário, ao inventariante; ata de assembléia que nomeu o síndico de condomínio devidamente
registrada no cartório de registro de títulos e documentos; etc.
75
CERTIDÃO
Certifico que em cumprimento ao respeitável mandado nº ---------- retro, extraído dos autos da
execução nº --------------, que corre perante a --------------- Vara Cível dirigi-me na Rua-----------------------
--------------, n.º --------bairro--------------------------, onde citei, às ----------------------horas, a empresa ------
-----------------, na pessoa de seu representante legal, Sr.(a)-----------------------------------------, para todos
os termos e conteúdo do mandado referido, que li e lhe dei para ler , do que ficou bem ciente. Dei-lhe
contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, decorridas 24 horas da citação, dirigi-me à secretaria de juízo da ---------Vara
Cível, onde verifiquei não ter havido pagamento do débito executado, nem nomeação de bens à penhora,
pelo que dirigi-me novamente na Rua--------------------------------------------------, n.º -------------, bairro -----
------------ onde às------------horas, procedi à penhora em bens do executado, em auto respectivo como se
segue.
Local e data
Oficial de Justiça
INTIMAÇÃO DA PENHORA
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respectivo depósito intimei a empresa
executada, -------------------------------
na pessoa do Sr.(a)------------------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no
prazo legal de dez dias. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando abaixo sua nota de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
NEGATIVA DE PENHORA
COMENTÁRIOS
76
São penhoráveis os bens, ainda os que guarneçam a residência, de fiador em relação de locação de imóvel.
RESISTÊNCIA À PENHORA
COMENTÁRIOS
a) De acordo com o art. 663 do CPC, “ os Oficiais de Justiça lavrarão em duplicata o auto de
resistência, entregando uma via ao escrivão do processo, para ser juntada aos autos, e outra à autoridade
policial, a quem entregarão o preso. Parágrafo único: Do auto de resistência constará o rol de testemunha,
com a sua qualificação.” Nesse caso, anexos ao mandado, no verso do qual o Oficial lavrará certidão,
encontra-se-ão: o ( Auto de Penhora, Remoção e Depósito e correlatos); o Auto de Resistência.
b) Caso o devedor se recuse a abrir as portas do imóvel, deverá o Oficial de Justiça relatar ao Juiz,
por meio de certidão, o ocorrido, solicitando-lhe ordem de arrombamento. Autorizado o arrombamento,
lavrará o Oficial de Justiça o respectivo auto, que deverá ser assinado pelas testemunhas e pelo Oficial de
Justiça Companheiro , obrigatoriamente presente à diligência. Persistindo o devedor em oferecer
resistência ao cumprimento do mandado, lavrará, o Oficial de Justiça Auto respectivo, conforme modelo
abaixo, fazendo-o acompanhar do Auto de Arrombamento (Penhora, Remoção e Depósito, ou do ato
correlato determinado no mandado). Deve ainda o Oficial de Justiça intimar o devedor para embargos.
AUTO DE RESISTÊNCIA
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Testemunha
77
Testemunha
Local e data
Oficial de Justiça
Depositário
Testemunha
Oficial de Justiça
Testemunha
CERTIDÕES NEGATIVAS
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao mandado retro nº -------------, extraído dos autos da execução nº
--------------, que corre perante a ----------------------Vara Cível dirigi-me na Rua -------------------------------
-----------, n.º------------, bairro -------------------, onde, nos dias:----/----/ às -----------------horas ; ----/----/-
---às --------horas e -----/---/---, às horas, não encontrei o executado(a) Sr. (a) -----------------------------------
--------------, nem obtive outro endereço onde este pudesse ser encontrado, pelo que diligenciei, no sentido
de realizar o arresto ordenado em bens do executado, nos termos do art. 653 do CPC, não tendo
encontrado qualquer bem pertencente ao réu. Pelo que devolvo o mandado para os devidos fins. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, realizado o arresto ordenado e o respectivo depósito, dirigi-me nos dez dias
seguintes, na Rua ----------------------------, n.º---------, onde citei, às -----------horas ,----------------, do
arresto realizado, bem como de todos os termos e conteúdo do mandado, que li e lhe dei para ler, do que
ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando no ---------------------, mandado e no auto sua
nota de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, realizado o arresto ordenado e o respectivo depósito , diligenciei nos dez dias
seguintes na Rua----------------------------, n.º------------bairro----------------, nos dias :----/----/----, às --------
horas; e -----/----/----horas, não conseguindo ali encontrar o executado ---------------------------,nem obter de
citá-lo. Devolvo pois o mandado para para os devidos fins.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, em cumprimento ao mandado retro nº----------------------, extraído dos autos
da execução nº -------------------, que corre perante a --------- Vara Cível dirigi-me na Rua --------------------
----------, n.º -----------------, bairro-------------- , onde nos dias ----/----/---- às horas ,----/----/---- às --------
horas e ------/----/----às-------horas, não encontrei o executado ---------------------, nem obtive outro
endereço onde ele pudesse ser encontrado, pelo que diligenciei no sentido de realizar o arresto ordenado
79
em bens do executado, tendo ali encontro bens pertencentes a ele, passíveis de arresto, havendo, no
entanto recusa por parte das pessoa que encontrei no local, mulher do executado ,Sra. -------------------------
------------------, em exercer o encargo do depósito dos bens arrestados, pelo que procedi também à
remoção dos bens, depositando-os com o autor, nos termos do art. 653 do C.P.C, o que fiz em auto como
se segue local e data.
Local e data
Oficial de Justiça
CITAÇÃO DO ARRESTO
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR)
CERTIDÃO
Certifico que, realizado o arresto ordenado em bens do requerido, e o respectivo depósito , dirigi-me
na Rua ------------------------------------, n.º ----------, bairro ----------------------------, onde às horas citei------
-------------------- para todos os termos e conteúdo do mandado e petição inicial , que li e lhe dei para ler do
que ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando sua nota de ciência. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
COMENTÁRIOS
a) Observam-se os mesmo procedimentos para as execuções por títulos judiciais e extrajudiciais, para as
execuções fiscais, atentando-se para os prazos, de cinco dias para pagamento ou nomeação de bens à
penhora e de trinta dias contados da intimação da penhora, para oposição de embargos.
b) Lei nº 8.009/90, art. 3º, IV - “A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil,
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido para cobrança de impostos, predial
ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar”.
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º --------------, expedido nos autos da
ação de execução fiscal n.º ------------, que corre perante a -------- Vara de Fazenda Pública do Estado de
Sergipe, dirigi-me na Rua ---------------------------------------------------, n.º -----------, bairro--------------------
-----------------, onde às ------------ horas citei ---------------------------------------------------, para todos os
termos e conteúdo do mandado referido, que li e lhe dei para ler, do que ficou bem ciente. Dei-lhe
contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.
80
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, decorridos cinco dias da citação , dirigi-me à secretaria de juízo da Vara ------
-----Fazenda Pública do Estado de Sergipe, onde verifiquei não ter havido pagamento do débito executado,
nem nomeação de bens à penhora, pelo que dirigi-me novamente na Rua ----------------------------- n.º ------
--, bairro ------------------------------------, onde procedi à penhora em bens do executado, em auto
respectivo com se segue.
Local e data
Oficial de Justiça
NO SEQÜESTRO E DEPÓSITO
COMENTÁRIOS
Em caso de resistência, o depositário solicitará ao juiz a requisição de força policial. Ver parágrafo
único do art. 825 do CPC (Do seqüestro).
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respectivo depósito, intimei o executado ----
-----------------------------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no prazo legal
de trinta dias. Dei-lhes contrafé, que aceitou , exarando abaixo sua de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Depositário
CITAÇÃO DO SEQÜESTRO
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR)
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
COMENTÁRIOS
b) Coisa vendida com reserva de domínio: para em cinco dias contestar a ação;
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Depositário
CERTIDÃO
Certifico que, devidamente realizado a busca e apreensão ordenada e o respectivo depósito, às -------
--- horas citei o requerido --------------------------------, para todos os termos e conteúdo do mandado e
petição inicial, que li e lhe dei para ler , do que ficou ciente. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando no
mandado sua nota de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
83
COMENTÁRIOS
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Depositário
Testemunha
Testemunha
REINTEGRAÇÃO DE POSSE
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Autor
CERTIDÃO
Certifico que, devidamente realizada a busca e apreensão ordenada e o respectivo depósito, às -------
--------horas citei o requerido do mandado e petição inicial, que li e lhe dei para ler, do que ficou bem
ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Autor
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
INTIMAÇÃO
Certifico que, devidamente realizado o embargo da obra como ordenado, às -------------- horas
intimei o requerido---------------------------------, o construtor ---------------------, CREA nº----------------,
e os operários---------------------------- e-------------------------------------- para que não continuem a obra
sob pena de desobediência, ficaram cientes de todos os termos e conteúdo do mandado e petição inicial,
que li e lhes dei para ler, exarando no mandado suas notas de ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
CITAÇÃO
Certifico que, realizado o embargo de obra nova ordenada, dirigi-me na Rua --------------------------
-----------------------------nº-----------------, bairro ---------------------, onde às ----------horas citei o
proprietário ------------------------------------------para todos os termos e conteúdo do mandado e petição
inicial, que li e lhe dei para ler do que ficou bem ciente.
Dei-lhe contrafé, que aceitou exarando sua nota de ciência. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
IMISSÃO DE POSSE
COMENTÁRIOS
86
Art. 663 - “Não se admite a imissão de posse em parte do imóvel locado. (JTA90/234)”.
Encontrando, pois, o imóvel ocupado no todo, ou em parte, relatará o Oficial de Justiça ocorrido em
certidão, devolvendo o mandado sem cumprimento
CERTIDÃO
Local e data.
Oficial de Justiça
AUTO DE CONSTATAÇÃO
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
O(s) Autor(es)
MANUTENÇÃO DE POSSE
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Autor
DESPEJO
COMENTÁRIOS
a) Lei do inquilinato: art. 65: “Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação,
será efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento, caso em que se
lavrará o auto de arrombamento conforme modelo, procedido por dois Oficiais de Justiça”. Comentário:
Para a notificação “ não há desde que se tenha como certo que o intimado tomou conhecimento da
ordem”(JTA 88/284) - § 1º Os móveis e utensílios serão entregues à guarda de depositário, se não os
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quiser retirar o despejado. § 2º - O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte ao do
falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.
b) Comparecendo o Oficial de Justiça ao endereço indicado e havendo resistência por parte do réu e/ou do
ocupante do imóvel, lavrará o Oficial de Justiça AUTO DE RESISTÊNCIA, devolvendo o mandado.
Autorizando o Juiz o arrombamento, retornará o Oficial de Justiça, acompanhando do Oficial
Companheiro e de duas testemunhas, com chaveiro providenciado pela autora, e o realizará, lavrando o
respectivo AUTO DE ARROMBAMENTO, que deverá receber a assinatura e qualificação das
testemunhas, dele constando, ainda, o nome endereço , documento de identidade do chaveiro. Far-se-à
,então, o despejo do imóvel, com a imediata lavratura do respectivo auto. Caso o réu não possa ou não
queira levar consigo os bens, cabe ao Oficial de Justiça lavrar então AUTO DE ARROLAMENTO DE
BENS, REMOÇÃO E DEPÓSITO, depositando-os em mão do autor ou de que possua condições de se
compromissar, endereço certo, e local para benguardar o objeto da penhora, descrevendo minuciosamente
o estado em que se encontram os bens removidos e depositados. Havendo recusa por parte do autor em
aceitar o encargo de depositário e não havendo outro que exerça o cargo nem meios para remover,
suspenderá o Oficial de Justiça a diligência, relatando ao Juiz, em certidão, o ocorrido.
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
AUTO DE DESPEJO
Local e data
89
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Autor
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Local e data.
Oficial de Justiça
CIENTIFICAÇÃO DE FIADOR
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
COMENTÁRIOS
a) Far-se-á citação com hora certa quando o Oficial de Justiça, tendo comparecido ao endereço do réu por
três vezes, registradas em certidão, sem o encontrar, suspeitar de ocultação, registrando ainda os motivos
que despertaram a suspeita. Intimará a qualquer pessoa da família, preferencialmente, ou vizinho de que,
no dia imediato votará, a fim de efetuar a citação, designando o horário. Retornando o Oficial de Justiça
ao endereço e não encontrando o réu, indagará dos motivos da ausência, dando por feita a citação,
deixando contrafé da certidão com familiar ou vizinho, fazendo constar da certidão o nome da pessoa que
o atender.
b) Exceções: Não cabe citação com hora certa nos seguintes casos: em execução; em ações de falência,
em ações oriundas das varas de família e nas ações criminais. Nesses casos, deve o Oficial de Justiça
lavrar certidão minuciosa quanto ao número de diligências realizadas, com seus dias e horários, fazendo
constar, caso ocorra, a suspeita de ocultação.
c) Caso o réu ou informante se recusem a exarar a assinatura no mandado, deve o Oficial de Justiça
descrevê-lo tão minuciosamente quanto possível em certidão, mencionando suas características físicas e
arrolar, se possível, testemunhas.
d) Não cabe citação com hora certa em falência, família, crime e execução.
CERTIDÃO I
Certifico que, em cumprimento ao mandado retro, expedido nos autos da Ação de Despejo nº ------
---------, que corre perante a ----------Vara Cível, movida a --------------------------------, compareci por três
vezes (em ----/----/---- às ------- horas; em ----/----/----às -------------horas) na Rua------------------------------
------------, nº--------, bairro-------------não encontrado ali o réu, Sr.-------------------------------, embora sua
esposa tenha afirmado, por ocasião da primeira diligência, que ele é encontrado em sua residência entre as
------------ horas e as ------------ horas e após as ------------ horas. Certifico mais que, assim sendo, e
suspeitando de ocultação, por ocasião da última diligência, intimei a Sra-----------------------------------------
----, esposa do réu, para que lhe informasse que retornaria àquele endereço às ------------- horas do dia ----
/----/---- para realizar a citação. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO II
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Local e data
Oficial de Justiça
DESOCUPAÇÃO DE IMÓVEL
NOTIFICAÇÃO
Certifico que, em cumprimento ao mandado retro nº-------------, expedido nos autos da Ação de
Despejo nº-------------- que corre perante a -------- Vara Cível, movida a ---------------------- compareci na
Rua ---------------------------------, nº-----------, bairro ---------------------------, e ali sendo, às ------- horas,
notifiquei o Sr. Bem como os ocupantes do imóvel, Srs.--------------------------------- e -------------------------
-------------------------- para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que lhes li e dei-lhes para ler,
do que ficarem bem cientes. Dei-lhes contrafé, que aceitaram, exarando no mandado suas notas de
ciência.
Local e data
Oficial de Justiça
ARROMBAMENTO
COMENTÁRIOS
a) Em busca e apreensão:
b) Em execução de despejo:
c) Para Penhora:
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Caso o devedor impeça a penhora, relatará o Oficial ao Juiz o ocorrido, através de certidão,
solicitando-lhe ordem de arrombamento.
AUTO DE ARROMBAMENTO
Local e data
Oficial de Justiça
PRISÃO
COMENTÁRIOS
b)Deve o Oficial de Justiça, entregar ao preso das vias do mandado, nela registrando o dia, hora e local
da diligência, e solicitando ao preso que acuse recebimento, através de assinatura, na outra via. Sendo
analfabeto o preso, chamará o Oficial de Justiça duas testemunhas, que assinarão a referida via, ficando
registro do ocorrido em certidão. Deve ainda o Oficial apresentar o preso à autoridade policial,
entregando-lhe cópia do mandado devidamente assinada, e solicitando-lhe recibo. Lavrará então o
Oficial de justiça o competente Auto de Prisão.
AUTO DE PRISÃO
Aos ----------- dias do mês de ----------------- do ano---------- de ---------, fomos nós, Oficiais de
Justiça abaixo assinados, na Rua -------------------------------------------------, n.º -----------, bairro -------------
------------------, em cumprimento ao mandado nº--------passado nos Autos de Execução---------------- que
corre perante a -------------------------------------------- move a -----------------, procedemos a prisão ordenada
do Sr.-------------------------------------, lendo-lhe o mandado dando-lhe ciência do motivo da prisão, do
prazo que ficará preso e do local para onde estaria sendo conduzido e entregando-lhe a respectiva cópia,
sendo que o réu exarou a sua assinatura no anverso deste.
Encaminhamos a seguir o réu à autoridade policial competente-------------------- delegacia de
Polícia, onde o entregamos ao Delegado de Plantão, Dr.-----------------------------------, que após tomar
conhecimento do inteiro teor do mandado, recebeu o preso, conforme recibo no anverso. Do que, para
constar, lavramos o presente auto, que vai devidamente assinado.
93
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
Delegado de Polícia
RESISTÊNCIA
COMENTÁRIOS
a) De acordo com o art. 663 do CPC, os “Oficiais de Justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência,
entregando uma via ao escrivão do processo, para ser junta aos autos, e outra à autoridade policial, a quem
entregarão o preso. Parágrafo Único: Do auto de resistência constará o rol de testemunha, com a sua
qualificação.” Nesse caso, anexos ao mandado, no verso do qual o Oficial lavrará certidão, encontra-se-
ão: O (Auto de Penhora, Remoção e Depósito e correlatos); o Auto de Resistência.
b) Caso o devedor se recuse a abrir as portas do imóvel, deverá o Oficial de Justiça relatar ao juiz, através
de certidão, o ocorrido, solicitando-lhe ordem de arrombamento. Autorizado a arrombamento, lavrarão os
Oficiais de Justiça o respectivo auto, que deverá ser assinado pelas testemunhas. Persistindo o devedor em
oferecer resistência ao cumprimento do mandado, lavrará o Oficial de Justiça Auto respectivo, conforme
modelo abaixo, fazendo-o acompanhar do Auto de Arrombamento (Penhora, Remoção e Depósito, ou do
ato correlato determinado no mandado ). Deve ainda o Oficial de Justiça intimar o devedor para
embargos.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
94
Oficial de Justiça
Testemunha
Testemunha
AFIXAÇÃO DE SENTENÇA
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº------, expedido nos autos da ação
de nº -------------------------, que corre perante a --------------- Vara de Falências, Registro Público e
Concordatas desta Comarca de --------------------, nos autos de falências que --------------------------- move a
------------------------------ dirigi-me na Rua -----------------------------------n º-----------------, onde procedi à
afixação, às portas da mesma, da sentença que decretou a quebra da empresa ré.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº ---------------, expedido nos autos
da ação de execução n.º ---------------, que corre perante a -------- Vara Cível, movida a ----------------,
compareci na Rua --------------------------------------, n.º ----------- bairro ---------------------, onde, às ---------
horas, deixei de citar----------------------, por encontrá-lo aparentemente sem condições físicas para receber
citação, ainda conforme atestado médico exibido a mim por ---------------------------- de emissão do Dr.----
-------------------------------, CRM nº--------------, pelo que devolvo o mandado nos termos do art. 217 CPC.
Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
COMENTÁRIOS
De acordo com o art. 218 do CPC, não se efetuará a citação do réu em caso de que seja louco ou
esteja impossibilitado de recebê-la, devendo o Oficial de Justiça registrar o ocorrido de maneira
minuciosa, em certidão, exceto na Ação de interdição, que possui expediente específico conforme art.
1.181 do CPC.
CERTIDÃO
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Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º ----------, expedido nos autos da
Ação de Execução nº ---------------, que corre perante a Vara Cível , movida a -----------------------------,
compareci na Rua -------------------------------- n.º ----------, bairro --------------------onde, às ------------
horas, deixei de citar ---------------------------, por encontrá-lo aparentemente sem condições mentais para
receber citação, e ainda conforme atestado médico a mim apresentado por ---------------------, mãe do
citando, emitido pelo Dr. ----------------------------------------, CRM n.º ----------- pelo que devolvo o
mandado nos termos do art. 218 CPC. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
CITAÇÃO DE INTERDITANDO
COMENTÁRIOS
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
CITAÇÃO DE INCAPAZES/MENOR
COMENTÁRIOS
Deve o Oficial de Justiça citar incapazes e menores devidamente representados ou assistidos por
seus pais, tutores ou curadores.
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº --------, expedido nos autos da
ação de nº -----------------------, corre perante a -----------Vara Cível, movida a ------------, compareci na
Rua---------------------------, nº ---------, bairro de -----------------, onde às ------- horas, citei ------------------
------- menor, assistido por seu (pai, mãe, tutor, curador) Sr.(a)--------------------------------, para todos os
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termos e conteúdo do mandado referido, que li e dei-lhes para ler, do que ficaram bem cientes. Dei-lhes
contrafé, que aceitaram, exarando no mandado sua(s) nota(s) de ciência. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
RÉU FALECIDO
COMENTÁRIOS
Deve o Oficial de Justiça fazer constar da certidão informações relativas à certidão de óbito,
juntamente ao mandado, se possível, cópia do referido documento.
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº -------------, retro, expedido nos autos da
ação ---------------------------, n.º------------, que corre perante a --------------- Vara Cível, que -----------------
- move a --------------------, compareci na Rua-------------------------------------, n.º -------, bairro--------------,
onde às ----------- horas, deixei de citar--------------------------por haver sido informado pela Sra.-------------
------------------ de que o seu marido faleceu no data de ----/-----/---- exibindo ainda a este Oficial, original
da Certidão de Óbito expedida pelo cartório, cuja cópia segue anexa. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
PRAÇA E LEILÃO
DISTINÇÃO ENTRE LEILÃO E PRAÇA
O Leilão se refere a bens móveis, referindo-se a Praça aos bens imóveis
PROCEDIMENTOS
Após o recebimento dos autos, deve dirigir-se o Oficial de Justiça ao local determinado, onde , no
horário designação e publicado, tocará a sineta, fazendo a leitura do Edital em voz alta, geralmente no
átrio do FÓRUM onde assim se dirá:
Venho por ordem do M.M. Juiz de Direito da ---------- Vara ----------, trazer a público(a) leilão
(bens móveis) praça(bens imóveis) de venda e arrematação os bens (penhorados, objeto de extinção de
condomínio, etc.), na ação que -------------------------- move a----------------------------- avaliados por R$ ----
--------------- (---------------------------------------), em primeiro(a) (praça/leilão) pelo maior lance oferecido
acima da avaliação e em segundo (praça/leilão) pelo maior lance oferecido.
Feitos os lances, deve o Oficial de Justiça anotá-los, observando ainda a pessoa do lançador, sendo
que, após o último lance, encerrará o Oficial de Justiça o Leilão ou Praça, solicitando que o arrematante
exiba o seu documento de identidade, o acompanhe até à Secretaria do Juízo em que tramite o feito.
Lavrará então o Oficial de Justiça certidão relativa à realização ou não realização do leilão ou da praça,
fazendo constar da mesma o valor do lance oferecido e a qualificação do arrematante, que assinará o
AUTO DE ARREMATAÇÃO, lavrada também nessa ocasião pelo escrivão.
Não havendo licitantes, o Oficial de Justiça registrará o fato em certidão.
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Deve considerar ainda o Oficial de Justiça que, por ocasião do primeiro Leilão ou da primeira
Praça, não pode o bem ser arrematado por valor inferior ao da avaliação. Na eventualidade do segundo
Leilão (ou da segunda Praça), a arrematação pode ser feita, independentemente do valor alcançado.
NEGATIVA DE LEILÃO
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao Edital de Leilão Público de folhas dos autos n.º -------------------
---------- da ---------------------- Vara Cível, perante terceiros interessados , procedi ao pregão de venda e
arrematação em 1º Leilão dos bens descritos, sem que houvesse licitantes. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
POSITIVA DE LEILÃO
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao Edital de Leilão Público de fls. dos autos nº ------------------- da
--------- Vara Cível, perante terceiros interessados, procedi ao pregão de venda e arrematação em 2º leilão
dos bens descritos, sendo que, pelo maior lance de R$ --------------------- (---------------------------------------
--), foram os referidos bens arrematados pelo Sr.---------------------------- documento de identidade ----------
---------------, CIC ------------------------- residente na ----------------------------------, nº------------, bairro -----
-------------, com o seguinte endereço comercial:-----------------------------------. Em seguida, intimei-o a
comparecer perante a respectiva Secretaria para assinar compromisso. Dou fé
Local e data
Oficial de Justiça
NEGATIVA DE PRAÇA
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao Edital de Praça de folhas dos autos n.º ---------------- do Juízo da
------------ Vara Cível, perante terceiros interessados, procedi ao pregão de venda e arrematação em praça
dos bens descritos, sem que houvesse licitantes. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
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POSITIVA DE PRAÇA
Processo: nº
1ª Vara Cível
CERTIDÃO
Local e data
Oficial de Justiça
Comarca de:
Mandado n.º
MANDADO DE SEGURANÇA
Autor:
Endereço: CEP.
Bairro:
Réu:
Endereço: CEP.
Bairro:
MM. Juiz de Direito da Vara Supra manda ao Oficial de Justiça, abaixo nominado, que, em
cumprimento a este, cite a parte Ré, nome e endereço acima, a fim de se defender.
Advirta-se outrossim, de que, não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos, como verdadeiros,
os fatos articulados pelo autor, constantes da inicial, cuja cópia em anexo.
DESPACHO JUDICIAL
Local e data
99
ESCRIVÃO, POR ORDEM DO MM. JUIZ
NOME DO OFICIAL
COMENTÁRIOS
a) Não cabe citação com hora certa, devendo o réu ser citado por edital. Caso haja suspeita de
ocultação, tal fato deverá ser levado ao conhecimento do Juiz por meio de certidão, relatando o Oficial
de Justiça as diligências realizadas e os motivos da suspeita.
b) Havendo recusa por parte do réu em assinar o mandado , ou caso seja ele analfabeto, deve o Oficial de
Justiça citá-lo e/ou intimá-lo na presença de testemunhas , se possível, fazendo constar da certidão: a
qualificação das testemunhas; características físicas do réu (estatura e peso aproximados, cor da pele, dos
olhos e dos cabelos, idade, e outras como falha de dentes, marcas e cicatrizes, etc).
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado n.º --------- retro, expedido nos autos da
ação de crime contra o patrimônio n.º--------------que corre perante a ------------------ Vara Criminal,
compareci na Rua --------------------------------------, n.º --------, bairro ----------------------, onde às ----------
horas citei e intimei o Sr.----------------------------------------------, para todos os termos e conteúdo do
mandado referido, que lhe li e dei-lhe para ler, do que ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou,
exarando a sua nota de ciência. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
100
NEGATIVA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
(SUSPEITA DE OCULTAÇÃO)
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º -------------, expedido nos autos da
ação de crime contra o patrimônio nº -------------- que corre perante a ---------- Vara Criminal, compareci
na Rua--------------------------------------, nº -----------, bairro----------------------------, por quatro vezes (em--
---/-----/-----, às ---------horas; em-----/-----/----, às------- horas, em -----/----/---- às horas; em -----/----/----
às horas; e nesta data, às -------------horas), não encontrando ali o réu Sr. --------------------------- , embora
sua esposa Sra.---------------------------------------------- e vizinhos tenham dito que ele é encontrado em sua
residência todos até as ---------horas, quando sai para o trabalho; entre--------- horas e ---------------horas,
para almoçar e a partir das --------- horas. Certifico mais que, havendo pois suspeita de tentativa de
ocultação, devolvo o mandado à origem para os devidos fins. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
COMENTÁRIOS
Caso seja o Oficial de Justiça informado de que o réu mudou-se para local ignorado, deve relatar o
fato em certidão, mencionando o informante com seu nome e endereço completos, registrando na referida
certidão que o réu encontra-se em local incerto e não sabido.
1º caso
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº ------retro, expedido nos autos da Ação
de Crime Contra o Patrimônio n.º -------, que corre perante a ------------------- Vara Criminal, compareci na
Rua ---------------------------------------------, nº-----, bairro --------------- e ali sendo, às -----------horas,
deixei de citar e intimar o réu , Sr. -----------------------------------------, em virtude de , conforme a sua mãe,
Sra.-----------------------------------------, ele haver se mudado dali há cerca de dois meses, tendo dito ainda
a informante que desconhece o paradeiro de seu filho, estando portanto o réu em lugar incerto e não
sabido. Pelo que devolvo o mandado para os devidos fins. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
2º caso
CERTIDÃO
101
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º------- expedido nos autos da Ação
de Crime Contra o Patrimônio que corre perante a ------------ Vara Criminal, compareci na Rua -------------
--------------- , nº ----------, bairro --------------- e ali sendo, às -------- horas, obtive do Sr. ---------------------
------------------, atual morador do imóvel, a informação de que o réu, Sr. ----------------------------------------
-----, mudou-se daquele endereço há cerca de um ano, sendo desconhecido o seu atual paradeiro. Assim
sendo, e por encontrar-se o réu em local incerto e não sabido, deixei de efetuar a citação e intimação
ordenadas e devolvo o mandado à origem. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº -----, expedido nos autos da Ação
de Crime contra o Patrimônio que corre perante a ------- Vara Criminal, compareci na Rua ------------------
-----, bairro --------------------------, e ali sendo às --------------- horas não encontrei o n.º --------- indicado.
Certifico mais que, dirigindo-me ao nº --------------- daquela Rua, obtive da Sra.--------------------------------
----------- a informação de que o réu ----------------------------------- é ali pessoa desconhecida. Certifico
que, assim sendo, deixei de efetuar a citação e intimação e devolvo o mandado retro à origem, uma vez
que, com relação ao endereço informado no mandado, encontra-se o réu em lugar incerto e não sabido.
Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº------, expedido nos autos da Ação
de Crime Contra o Patrimônio n.º ---------, que corre perante a -------- Vara Criminal, consultando guias e
catálogos de logradouros, inclusive os elaborados pela Corregedoria de Justiça desta Comarca, não
encontrei na Rua ---------------------------- n.º -----------, bairro ------------- indicada no mandado, e ainda
diligenciando no bairro------------------- onde estaria localizada, e ali indagando a moradores e
comerciantes, nenhuma informação obtive, motivo pelo qual devolvo o mandado à origem uma vez que,
com relação ao endereço informado no mandado, encontra-se o réu em lugar incerto e não sabido. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
CERTIDÃO
102
Certifico que, em cumprimento ao mandado retro n.º ---------, expedido nos autos Ação de Crime
Contra o Patrimônio n.º------------, que corre perante a ---------------------Vara Criminal, compareci na
Rua------------------------------------------, nº-----------, bairro ----------------------------, e ali sendo , às --------
----- horas, intimei o Dr. ---------------------------------------, de todos os termos e conteúdos de presente
mandado, que lhe li e dei-lhe para ler, do que ficou bem ciente, aceitando a contrafé que entreguei,
exarando a sua assinatura no mandado. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
COMENTÁRIOS
Deve o Oficial de Justiça intimar a testemunha e conduzi-la, usando a cobertura policial quando
necessária e /ou quando ordenada pelo MM. Juiz no corpo do mandado, por despacho ou por ofício,
observando-se que não se colocará a testemunha referida no compartimento de presos mas nos banco do
interior da viatura ou de veículo por ela indicado. Será a testemunha levada pelo Oficial de Justiça à
presença do Juiz no horário da audiência, podendo ela ser entregue ao Oficial de Justiça de Plantão na
Vara correspondente, ressaltando-se que a testemunha não poderá sofrer constrangimento ilegal, podendo
deslocar-se para cumprimento de necessidades básicas, desde que acompanhada pelo Oficial de Justiça.
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº -----------, expedido nos autos
da Ação de Crime Contra o Patrimônio nº---------, na Rua ---------------------------------------------------,
bairro ------------------------, e ali sendo , às --------- horas, intimei o Sr. -------------------------------------
para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que lhe li e dei-lhe para ler, do que ficou bem
ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando a sua assinatura no mandado, e estando devidamente
intimado, conduzi-o coercitivamente até as dependências deste Fórum Gumercindo Bessa, onde, às --------
------- horas, entreguei-o ao Oficial de Justiça de plantão, --------------------------------------------, conforme
recibo no mandado. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
COMENTÁRIOS
Não é necessária a intimação pessoal do jurado caso não seja ele encontrado, podendo o Oficial de
Justiça intimar pessoa da família. Nesse caso, deve o Oficial de Justiça qualificar a pessoa, colhendo a sua
assinatura.
103
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º ---------------, expedido nos autos
da ação de homicídio que corre perante o ------------------------Tribunal do Júri, compareci na Rua ----------
----------------------------, n.º -----------, bairro -----------------------------------, e ali sendo, às -------------
horas, encontrando-se ausente a jurada Sra. -----------------------------------------, nos termos do § 2º,
intimei-a na pessoa de seu marido, Sr. ---------------------------------------, que recebeu a contrafé, de tudo
ficando ciente, apondo sua assinatura no mandado. Dou fé.
Local e data
Oficial de Justiça
TRIBUNAL DO JÚRI
COMENTÁRIOS
Para início dos trabalhos no Tribunal do Júri, deve o Oficial de Justiça, após receber a pauta das
mãos do Sr. Escrivão, apregoar as partes e testemunhas. Feito o pregão, o réu deverá ser conduzido à
guarda da Polícia Militar, até o chamado do MM. Juiz, e as testemunhas de denúncia e defesa deverão
aguardar em salas distintas.
Aberta a sessão pelo MM. Juiz Presidente, será sorteado o Conselho de Sentença (sete jurados),
ficando os seus membros incomunicáveis, sob vigilância dos Oficiais de Justiça, os quais não poderão se
ausentar do plenário sem ordem do MM. Juiz Presidente.
A cada intervalo da sessão, os jurados poderão sair do plenário, caso queiram, para uso de
banheiro ou alimentação, sempre acompanhados dos Oficiais de Justiça, os quais garantirão a
incomunicabilidade.
Assim que o MM. Juiz Presidente obtiver, por parte dos jurados, a notícia de que estão aptos a
decidirem, os Oficiais de Justiça os acompanharão até a sala secreta, velando sempre pela
incomunicabilidade, onde, presentes o MM. Juiz Presidente, o Representante do Ministério Público e seu
Assistente, caso haja, o Advogado de Defesa, o Escrivão e ainda os membros do Conselho de Sentença e
os Oficiais de Justiça, terá início a votação dos quesitos. Fornecerão os Oficias de Justiça a cada jurado
uma ficha com a inscrição SIM e outra com a inscrição NÃO, para a resposta a cada quesito Feita a
votação quesito a quesito, um dos Oficiais de Justiça recolherá em urna as fichas não utilizadas. A seguir,
as urnas serão entregues ao MM. Juiz Presidente, que contará as respostas e conferirá o total de fichas,
considerando-se, assim , votado o quesito. Encerrada a votação, o MM. Juiz Presidente poderá autorizar a
comunicação entre os jurados, solicitando-lhes que permaneçam na sala secreta a elaboração da sentença.
Antes do término da sessão, os Oficiais de Justiça deverão lavrar uma certidão, atestando a
incomunicabilidade dos jurados.
CERTIDÃO DE INCOMUNICABILIDADE
104
Certifico nós, Oficiais de Justiça infra assinados, que presentes à audiência de Julgamento de ------
-------------------------------, no processo que lhe move a Justiça Pública, não houve comunicação, por
qualquer meio, entre os membros do Conselho de Sentença, durante todo o período da sessão. O referido é
verdade e damos fé.
Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça