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CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO

DE SERGIPE

MANUAL DO OFICIAL DE JUSTIÇA

DES. CLÁUDIO DINART DÉDA CHAGAS


Corregedor-Geral da Justiça

FERNANDO CLEMENTE DA ROCHA


RUY PINHEIRO DA SILVA
Juízes Corregedores

2005
COMPOSIÇÃO PLENÁRIA

Desª. Marilza Maynard Salgado de Carvalho (Presidente)

Des. José Alves Neto (Vice-Presidente)

Des. Cláudio Dinart Déda Chagas (Corregedor-Geral)

Des. Fernando Ribeiro Franco

Desª. Clara Leite de Rezende

Des. Epaminondas Silva de Andrade Lima

Des. Gilson Góis Soares

Des. Manuel Pascoal Nabuco D'Ávila

Des. José Artêmio Barreto

Des. Roberto Eugênio da F. Porto

Desª. Josefa Paixão de Santana

Des. Manoel Cândido Filho

Desª. Célia Pinheiro Silvia de Meneses


Administração do Tribunal de Justiça
do Estado de Sergipe

Biênio 2005/2007

Desª. MARILZA MAYNARD SALGADO DE CARVALHO

Presidente

Des. JOSÉ ALVES NETO


Vice-Presidente

Des. CLÁUDIO DINART DÉDA CHAGAS


Corregedor-Geral

FERNANDO CLEMENTE DA ROCHA


RUY PINHEIRO DA SILVA

Juízes Corregedores
FICHA TÉCNICA

ASSESSORIA DE PLANEJAMENTO
Econ. Fernando Sampaio Leite

COORDENADORIA DE MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA


Adm. Aída Pereira Pinto Machado

EQUIPE
Edite Fontes de Faro Franco
Izaura Maria dos Anjos
Marluce Santana de Jesus Aragão

CONSULTOR JURÍDICO
Bel. Ronivon de Aragão

COLABORADOR
Cláudio Siqueira Carvalho
APRESENTAÇÃO

Recente pesquisa de âmbito nacional classificou, destacadamente, o poder judiciário


sergipano, colocado em segundo lugar no país inteiro, quanto ao efetivo exercício de sua
missão constitucional.

Apesar dos óbices legislativos, geradores de mora nos labirintos cartorários, temos
procurado vencer a marcha para atingir o ponto desejável, obviando as inúmeras
dificuldades. O êxito do propósito colimado deve-se a uma magistratura bem preparada.
Mas é devido também à participação destacada dos servidores da justiça no esforço comum.
E dentre estes, o oficial de justiça, em sintonia com o progresso tecnológico dos tempos
vertentes.

Em 2002, a ASPLAN (Assessoria de Planejamento), através da CMA (Coordenadoria de


Modernização Administrativa), elaborou o Manual do Oficial de Justiça que foi publicado
em dois volumes. Esgotou-se a edição original.

Recentemente foram nomeados, por concurso, novos oficiais de justiça. Impunha-se,


portanto, uma edição atualizada do manual elaborado pela ASPLAN. E que vai servir de
roteiro no desenvolvimento do curso teórico e prático que, por sugestão da Corregedoria-
Geral, será da responsabilidade da ESMESE (Escola Superior da Magistratura de Sergipe).

É a publicação que estamos a apresentar. Agora, toda a matéria reunida em um só


volume. Publicação patrocinada pelo BANESE (Banco do Estado de Sergipe), presidido
pelo Sr. Jair Araújo de Oliveira, a quem agradecemos.

Corregedoria-Geral da Justiça, em Aracaju (SE).

Cláudio Dinart Déda Chagas


Corregedor-Geral da Justiça
INTRODUÇÃO

Este manual foi elaborado como parte integrante de um projeto global de melhoria da
prestação jurisdicional no Estado de Sergipe, através da qualificação do oficial de justiça,
peça básica na implantação e desenvolvimento da relação processual.

Foi dividido, para melhor assimilação de seus destinatários, em duas partes. A teórica
onde estão assinalados os dispositivos legais mais diretamente ligados ao exercício da
função, incluindo o comportamento ético que deve transparecer na conduta diuturna do
oficial de justiça. Nesta parte, o manual preocupou-se, ainda em consignar excertos de
doutrina e de jurisprudência relativos à interpretação de alguns textos que contêm
divergência na sua aplicação prática.

Há, pois, uma decisão ampla de todos os procedimentos legais, com o intuito de que o
oficial de justiça possa ter uma noção efetiva e abrangente do fundamento no qual consiste a
expedição do mandado, cujo cumprimento lhe incumbe no desempenho do seu mister.

A parte prática (em uma visão empírica da função do meirinho), corresponde à


transcrição no texto de diversos formulários, representativos das atividades práticas do
oficial, consiste nos atos processuais praticados. A sua finalidade é permitir que o
serventuário, em observando os modelos propostos, não tenha dificuldade na realização do
trabalho, conduzindo, ademais, a uma uniformidade de procedimentos. O modelo não exclui
redação específica de acordo com a exigência de cada caso e a prática do ato de forma
diversa desde que circunstâncias especiais o autorize, atingindo sempre a sua finalidade.
SUMÁRIO

SUMÁRIO ................................................................................................................................................................7
PARTE I
ATRIBUIÇÕES ......................................................................................................................................................12
PREDICADOS .......................................................................................................................................................12
DIREITOS E DEVERES ........................................................................................................................................12
DIREITOS PESSOAIS E ECONÔMICOS.............................................................................................................13
DEVERES..............................................................................................................................................................13
PROIBIÇÕES ........................................................................................................................................................14
DIREITOS INERENTES AO CARGO ...................................................................................................................14
DEVERES INERENTES AO CARGO ...................................................................................................................15
LICENÇAS.............................................................................................................................................................16
CONCESSÕES .....................................................................................................................................................17
INQUÉRITO OU SINDICÂNCIA PARA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES ..................................................18
PROCESSO DISCIPLINAR...................................................................................................................................18
PENAS DISCIPLINARES ......................................................................................................................................20
PENAS DE REPREENSÃO OU ADVERTÊNCIA .................................................................................................21
PENA DE MULTA..................................................................................................................................................21
PENA DE SUSPENSÃO .......................................................................................................................................21
PENA DE DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO ...............................................................................................................21
PENA DE DEMISSÃO ...........................................................................................................................................22
COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES.................................................................................22
REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR ...........................................................................................................22
PRESCRIÇÃO .......................................................................................................................................................23
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA CIVIL E CRIMINAL ...........................................................................24
DEPENDENTES....................................................................................................................................................24
PUBLICAÇÃO DOS ATOS....................................................................................................................................24
CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE..............................................................................24
ACUMULAÇÃO .....................................................................................................................................................24
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................................25
PARTE II
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................................................26
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 05 DE OUTUBRO DE 1988 ................................................................................26
TÍTULO II ............................................................................................................................................................26
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ...........................................................................................26
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ............................................................................................................................26
LEI N.º 5.869, DE 11/01/1973 .................................................................................................................................26
(ATUALIZADA ATÉ JULHO DE 1997) ....................................................................................................................26
LIVRO I ...............................................................................................................................................................26
DO PROCESSO DE CONHECIMENTO ............................................................................................................26
TÍTULO II ............................................................................................................................................................27
DAS PARTES E DOS PROCURADORES .........................................................................................................27
CAPÍTULO I ........................................................................................................................................................27
DA CAPACIDADE PROCESSUAL .....................................................................................................................27
TÍTULO IV ...........................................................................................................................................................27
DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA...................................................................27
SEÇÃO II ....................................................................................................................................................28
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO ...............................................................................................28
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................28
DO SERVENTUÁRIO E DO OFICIAL DE JUSTIÇA .................................................................................28
TÍTULO V ............................................................................................................................................................29
DOS ATOS PROCESSUAIS ..............................................................................................................................29
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................29
DOS ATOS EM GERAL .............................................................................................................................29
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................30
DO TEMPO ................................................................................................................................................30
SEÇÃO III ...................................................................................................................................................30
DAS CITAÇÕES.........................................................................................................................................30
SEÇÃO IV ..................................................................................................................................................32
DAS INTIMAÇÕES.....................................................................................................................................32
TÍTULO VII ..........................................................................................................................................................33
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO .........................................................................................................33
TÍTULO VIII .........................................................................................................................................................33
DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO...................................................................................................................33
SEÇÃO V ...................................................................................................................................................33
DA PROVA TESTEMUNHAL .....................................................................................................................33
LIVRO II ..............................................................................................................................................................33
DO PROCESSO DE EXECUÇÃO ......................................................................................................................33
TÍTULO I .............................................................................................................................................................33
DA EXECUÇÃO EM GERAL ..............................................................................................................................33
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................34
DA PENHORA, DA AVALIAÇÃO E DA ARREMATAÇÃO.........................................................................34
SEÇÃO VII .................................................................................................................................................36
DA ARREMATAÇÃO..................................................................................................................................36
LIVRO III .............................................................................................................................................................37
DO PROCESSO CAUTELAR .............................................................................................................................37
TÍTULO ÚNICO...................................................................................................................................................37
DAS MEDIDAS CAUTELARES ..........................................................................................................................37
SEÇÃO IV ..................................................................................................................................................37
DA BUSCA E APREENSÃO ......................................................................................................................37
LIVRO IV .............................................................................................................................................................37
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ...............................................................................................................37
TÍTULO I .............................................................................................................................................................37
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA.......................................................37

PARTE III
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ........................................................................................................................39
IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA......................................................................................................39
LEI N.º 8.009, DE 29. 03. 1990 ...............................................................................................................................39
DISPÕE SOBRE A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. .....................................................................39
LEI DO INQUILINATO.............................................................................................................................................40
LEI N.º 8.245, DE 18.10.1991. ................................................................................................................................40
DISPÕE SOBRE AS LOCAÇÕES DOS IMÓVEIS URBANOS E OS PROCEDIMENTOS A ELAS
PERTINENTES. ......................................................................................................................................................40
TÍTULO I .............................................................................................................................................................40
DA LOCAÇÃO.....................................................................................................................................................40
SEÇÃO VIII ................................................................................................................................................40
DAS PENALIDADES CRIMINAIS E CIVIS ................................................................................................40
TÍTULO II ............................................................................................................................................................40
DOS PROCEDIMENTOS ...................................................................................................................................40
TÍTULO II ............................................................................................................................................................42
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ................................................................................................................42
SEÇÃO I .....................................................................................................................................................42
DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................42

PARTE IV
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL .........................................................................................................................44
DECRETO - LEI N.º 3.689, DE 03 10.1941 ............................................................................................................44
(ATUALIZADA ATÉ JULHO DE 1997) ....................................................................................................................44
LIVRO I ...............................................................................................................................................................44
DO PROCESSO EM GERAL..............................................................................................................................44
TÍTULO VI ...........................................................................................................................................................44
DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES .............................................................................................44
TÍTULO VIII .........................................................................................................................................................45
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES
DA JUSTIÇA .......................................................................................................................................................45
TÍTULO IX ...........................................................................................................................................................46
DA PRISÃO E DA LIBERDADE PROVISÓRIA ..................................................................................................46
TÍTULO X ............................................................................................................................................................48
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES ......................................................................................................................48
LIVRO II ..............................................................................................................................................................49
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE .....................................................................................................................49
SEÇÃO IV ..................................................................................................................................................49
DO JULGAMENTO PELO JÚRI.................................................................................................................49
LIVRO III .............................................................................................................................................................50
DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL..........................................................................................50
TÍTULO I .............................................................................................................................................................50
DAS NULIDADES ...............................................................................................................................................50
TÍTULO II ............................................................................................................................................................51
DOS RECURSOS EM GERAL ...........................................................................................................................51
LIVRO VI .............................................................................................................................................................51
DISPOSIÇÕES GERAIS.....................................................................................................................................51

PARTE V
RESOLUÇÃO N.º 010 .............................................................................................................................................52
DE 30 DE JUNHO DE 1999 ....................................................................................................................................52
RESOLVE..............................................................................................................................................................52
DA ESTRUTURA...................................................................................................................................................53
DO FUNCIONAMENTO ........................................................................................................................................53
DOS OFICIAS DE JUSTIÇA .................................................................................................................................54
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS.................................................................................................................................55
PARTE VI
GLOSSÁRIO..........................................................................................................................................................56
PARTE VII
PARTE PRÁTICA ..................................................................................................................................................71
ATOS DE OFÍCIO .................................................................................................................................................71
1 – ATOS DE OFÍCIO CÍVEL..................................................................................................................................71
2 – ATOS DE OFÍCIO CRIMINAL ...........................................................................................................................71
MODELOS DE ATOS DE OFÍCIO ........................................................................................................................72
1-ATOS DE OFÍCIO CÍVEL:....................................................................................................................................72
CERTIDÕES E AUTOS DOS FEITOS CÍVEIS ..................................................................................................72
POSITIVA NA CITAÇÃO (PESSOA FÍSICA) .................................................................................................72
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................72
CERTIDÃO .................................................................................................................................................72
CERTIDÃO .................................................................................................................................................72
PENHORA - DECURSO DE PRAZO .............................................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DE PENHORA SOBRE IMÓVEIS .............................................................................................73
CERTIDÃO .................................................................................................................................................73
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................74
CERTIDÃO .................................................................................................................................................74
CERTIDÃO POSITIVA NA CITAÇÃO - (PESSOA JURÍDICA) ......................................................................74
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................74
CERTIDÃO .................................................................................................................................................75
PENHORA - DECURSO DE PRAZO .............................................................................................................75
CERTIDÃO .................................................................................................................................................75
INTIMAÇÃO DA PENHORA...........................................................................................................................75
CERTIDÃO .................................................................................................................................................75
NEGATIVA DE PENHORA.............................................................................................................................75
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................75
RESISTÊNCIA À PENHORA .........................................................................................................................76
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................76
AUTO DE RESISTÊNCIA ..........................................................................................................................76
AUTO DE ARROMBAMENTO,PENHORA, REMOÇÃO E DEPÓSITO.........................................................77
CERTIDÕES NEGATIVAS .................................................................................................................................77
NEGATIVA DE CITAÇÃO E NEGATIVA DE ARRESTO ...............................................................................77
NEGATIVA DE CITAÇÃO COM REALIZAÇÃO DE ARRESTO.....................................................................77
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
CITAÇÃO POSITIVA DE CITAÇÃO DO ARRESTO ......................................................................................78
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
NEGATIVA DE CITAÇÃO DO ARRESTO......................................................................................................78
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
NEGATIVA DE CITAÇÃO E RECUSA DO DEPÓSITO NO ARRESTO........................................................78
CERTIDÃO .................................................................................................................................................78
CITAÇÃO DO ARRESTO ...............................................................................................................................79
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................79
CERTIDÃO .................................................................................................................................................79
NAS AÇÕES DE EXECUÇÃO FISCAL..........................................................................................................79
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................79
CERTIDÃO .................................................................................................................................................79
PENHORA - DECURSO DE PRAZO .............................................................................................................80
CERTIDÃO .................................................................................................................................................80
NO SEQÜESTRO E DEPÓSITO....................................................................................................................80
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................80
CERTIDÃO .................................................................................................................................................80
AUTO DE SEQÜESTRO E DEPÓSITO .........................................................................................................80
CITAÇÃO DO SEQÜESTRO..........................................................................................................................81
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................81
CERTIDÃO .................................................................................................................................................81
BUSCA E APREENSÃO DE BENS................................................................................................................81
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................81
AUTO DE BUSCA E APREENSÃO, REMOÇÃO E DEPÓSITO ...................................................................81
CITAÇÃO NA BUSCA E APREENSÃO .........................................................................................................82
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................82
CERTIDÃO .................................................................................................................................................82
BUSCA E APREENSÃO DE PESSOAS ........................................................................................................82
AUTO DE BUSCA E APREENSÃO, REMOÇÃO E ENTREGA ................................................................82
RESISTÊNCIA À BUSCA E APREENSÃO ....................................................................................................83
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................83
AUTO DE ARROMBAMENTO, BUSCA, APREENSÃO, REMOÇÃO E DEPÓSITO.....................................83
REINTEGRAÇÃO DE POSSE .......................................................................................................................83
AUTO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM MÓVEL..........................................................................83
CITAÇÃO NA REINTEGRAÇÃO DE POSSE ................................................................................................84
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR) ...............................................................................................84
CERTIDÃO .................................................................................................................................................84
AUTO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM IMÓVEL.........................................................................84
NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA......................................................................................................................84
AUTO DE EMBARGO DE OBRA NOVA........................................................................................................85
INTIMAÇÃO ...............................................................................................................................................85
CITAÇÃO....................................................................................................................................................85
IMISSÃO DE POSSE .....................................................................................................................................85
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................85
CERTIDÃO .................................................................................................................................................86
AUTO DE CONSTATAÇÃO ...........................................................................................................................86
AUTO DE IMISSÃO DE POSSE ....................................................................................................................86
MANUTENÇÃO DE POSSE...........................................................................................................................87
CERTIDÃO .................................................................................................................................................87
AUTO DE MANUNTENÇÃO DE POSSE .......................................................................................................87
DESPEJO .......................................................................................................................................................87
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................87
CERTIDÃO .................................................................................................................................................88
AUTO DE DESPEJO ......................................................................................................................................88
SEPARAÇÃO DE CORPOS POSITIVA .........................................................................................................89
CERTIDÃO .................................................................................................................................................89
SEPARAÇÃO DE CORPOS NEGATIVA .......................................................................................................89
CERTIDÃO .................................................................................................................................................89
CIENTIFICAÇÃO DE FIADOR .......................................................................................................................89
CERTIDÃO .................................................................................................................................................89
CITAÇÃO COM HORA CERTA......................................................................................................................90
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................90
CERTIDÃO I ...............................................................................................................................................90
CERTIDÃO II ..............................................................................................................................................90
DESOCUPAÇÃO DE IMÓVEL .......................................................................................................................91
NOTIFICAÇÃO ...........................................................................................................................................91
ARROMBAMENTO.........................................................................................................................................91
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................91
AUTO DE ARROMBAMENTO .......................................................................................................................92
PRISÃO ..........................................................................................................................................................92
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................92
AUTO DE PRISÃO .........................................................................................................................................92
RESISTÊNCIA................................................................................................................................................93
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................93
CERTIDÃO .................................................................................................................................................93
AFIXAÇÃO DE SENTENÇA...........................................................................................................................94
CERTIDÃO .................................................................................................................................................94
NEGATIVA DE CITAÇÃO DOS GRAVEMENTE DOENTES.........................................................................94
CERTIDÃO .................................................................................................................................................94
NEGATIVA DE CITAÇÃO DE DEMENTE/LOUCO ........................................................................................94
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................94
CERTIDÃO .................................................................................................................................................94
CITAÇÃO DE INTERDITANDO......................................................................................................................95
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................95
CERTIDÃO .................................................................................................................................................95
CITAÇÃO DE INCAPAZES/MENOR..............................................................................................................95
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................95
CERTIDÃO .................................................................................................................................................95
RÉU FALECIDO .............................................................................................................................................96
COMENTÁRIOS.........................................................................................................................................96
CERTIDÃO .................................................................................................................................................96
PRAÇA E LEILÃO ..........................................................................................................................................96
PROCEDIMENTOS....................................................................................................................................96
NEGATIVA DE LEILÃO ..................................................................................................................................97
CERTIDÃO .................................................................................................................................................97
POSITIVA DE LEILÃO....................................................................................................................................97
CERTIDÃO .................................................................................................................................................97
NEGATIVA DE PRAÇA ..................................................................................................................................97
CERTIDÃO .................................................................................................................................................97
POSITIVA DE PRAÇA....................................................................................................................................98
CERTIDÃO .................................................................................................................................................98
MANDADO DE SEGURANÇA .......................................................................................................................98
2 - ATOS DE OFÍCIOS CRIMINAIS ........................................................................................................................99
CERTIDÕES E AUTOS DOS FEITOS CRIMINAIS............................................................................................99
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO POSITIVA NAS AÇÕES CRIMINAIS ........................................................................99
COMENTÁRIOS .................................................................................................................................................99
CERTIDÃO .................................................................................................................................................99
NEGATIVA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO ........................................................................................................100
(SUSPEITA DE OCULTAÇÃO) ........................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................100
CERTIDÃO NEGATIVA - LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO ........................................................................100
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................100
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................101
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................101
INTIMAÇÃO POSITIVA DE DEFENSOR .....................................................................................................101
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................101
CONDUÇÃO COERCITIVA DE TESTEMUNHA..........................................................................................102
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................102
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................102
INTIMAÇÃO DE JURADO NÃO ENCONTRADO EM SUA RESIDÊNCIA ..................................................102
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................102
CERTIDÃO ...............................................................................................................................................103
TRIBUNAL DO JÚRI .........................................................................................................................................103
COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................103
CERTIDÃO DE INCOMUNICABILIDADE ....................................................................................................103
12

PARTE I

ATRIBUIÇÕES

São atribuições:
“Fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias do seu ofício,
certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora”;
“Executar as ordens do juízo a que estiver subordinado”;
“Estar presente às audiências ou sessões e coadjuvar a manutenção da ordem”;
“Realizar serviços de natureza técnico - administrativa ou jurídica, na respectiva área de atuação”.

PREDICADOS

São as qualidades morais, naturais ou adquiridas, necessárias ao detentor do cargo de Oficial de Justiça:
Dedicação;
Discrição;
Energia;
Espírito de Cooperação;
Estabilidade Emotiva;
Pontualidade;
Prudência;
Senso de Responsabilidade e
Honestidade.
Qualquer uma dessas qualidades deve sobrepor-se aos interesses por vezes poderosos das partes que através
de seus representantes, investem na compra de sua consciência, a fim de obter providências que lhe são favoráveis
no desfecho processual.
Aceitá-los é por preço em seu caráter, na sua moral, é despojar-se fora dos princípios éticos que devem
nortear o comportamento social, para que possa cada vez mais nos aproximar de uma sociedade cada vez mais justa.

DIREITOS E DEVERES

O Oficial de Justiça tem direitos e deveres decorrentes de sua condição de cidadão, de servidor público, e do
cargo que ocupa.
Como cidadão, o oficial de justiça tem os direitos inscritos no art. 5º da Constituição Federal e os demais
que deles resistem ou que sejam pressupostos deles.
Como servidor público, o Oficial de Justiça tem:
Os direitos inerentes à sua condição de agente do Poder Público, e os deveres a ela correspondentes;
No exercício das funções do cargo o Oficial de Justiça tem os direitos estabelecidos nas Leis de Processo
Civil e Penal, na Lei de Organização Judiciária do Estado de Sergipe, e nos regulamentos baixados pelas
autoridades judiciárias do Estado, bem como os deveres a eles correspondentes.
13

DIREITOS PESSOAIS E ECONÔMICOS

1 - São Direitos do Oficial de Justiça:


ser mantido no cargo;
desempenhar as funções e atribuições a ele inerentes;
ter os meios e instrumentos necessários ao desempenho das funções e atribuições do cargo;
ser tratado com respeito;
fazer carreira;
férias anuais remuneradas;
férias - prêmio;
horário e duração preestabelecidos de trabalho;
condição de higiene e salubridade para o trabalho;
licenças regulamentares;
estabilidade no serviço público na forma da lei;
receber treinamento e reciclagem;
direito de petição e representação;
desempenhar apenas as funções do cargo;
aposentadoria;
não sofrer discriminação;
contagem de tempo de serviço público federal, estadual, e municipal para fins de aposentadoria, disponibilidade
e adicionais;

2 - Direitos de Natureza Econômica:


receber vencimentos compatíveis e em dia;
não sofrer redução dos vencimentos;
ter os vencimentos reajustados;
receber abono de natal (13º salário);
salário - família para os dependentes;
férias remuneradas acrescidas de 1/3 dos vencimentos normais;
adicionais por tempo de serviço;
adicionais trintenário;
adicionais de quinquênio;
gratificações e vantagens decorrentes e apostilamento.

DEVERES

São Deveres do Oficial de Justiça:


assiduidade;
pontualidade;
discrição;
14
urbanidade;
lealdade às instituições a que servir;
observância às ordens superiores, quando não manifestante ilegais;
levar ao conhecimento da autoridade irregularidade de que tiver ciência em razão do cargo;
zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
providenciar para que esteja sempre em ordem no assentamento individual a sua declaração família;
atender prontamente expedição de certidões requeridas para a defesa de direitos;
as requisições para a defesa da Fazenda Pública, desde que comprovado o valor do recolhimento relativo à
indenização de transporte a título de despesa com locomoção do Oficial de Justiça;

PROIBIÇÕES

Ao Oficial de Justiça é proibido:

referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e atos da administração


pública, podendo, porém em trabalho assinado, utilizá-los do ponto de vista doutrinário ou da organização do
serviço;
retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
promover manifestações de apreço ou desapreço e fazer circular ou subscrever lista no recinto da repartição;
valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função;
coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza partidária;
participar de gerência ou administração de empresa comercial ou industrial, salvos expressos em lei;
exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista quotista ou comandatário;
praticar a usura em qualquer de suas formas;
pleitear, como procurador ou intermediário, junto às repartições públicas salvo quando se tratar de percepção de
vencimentos e vantagens, de parente até segundo grau;
receber propinas, comissões, presentes vantagens de qualquer espécie em razão das atribuições;
cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe
competir ou a seu subordinado;
é vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens de parentes, até segundo grau, salvo quando se tratar de função
de imediata confiança e de livre escolha, não podendo exercer a dois o número de auxiliares nessa condição.

DIREITOS INERENTES AO CARGO

Além dos direitos mencionados, o Oficial de Justiça tem os seguintes direitos inerentes às funções e atribuições de
seu cargo:
portar documentos de identidade como Oficial de Justiça;
expedir certidão com fé pública;
receber ordens diretas da autoridade a que esteja subordinado;
receber mandados em tempo oportuno e com documentos e as indicações necessárias para cumprimentos;
recusar mandados a serem cumpridos fora de sua zona de atuação, se houver, salvo ordem expressa em contrário
da autoridade a que esteja subordinado;
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exigir documentos de identificação pessoal das pessoas que tiver de citar ou identificar;
exigir a exibição de documento hábil para representante legal de pessoa jurídica;
requisitar auxílio da Força Pública para o cumprimento de mandado, quando necessário;
dar voz de prisão em casos de resistência, no cumprimento de mandado de busca e apreensão ou de arresto, nos
termos da lei;
requerer ordem de arrombamento, em casos de resistência, de ocultação ou de abandono, para cumprimento de
mandado de busca e apreensão ou de arresto;
portar arma, quando no estreito cumprimento de suas atribuições na forma da lei;
passe livre nos coletivos quando houver liberação do órgão de trânsito local;
recorrer contra ato relacionado com promoção horizontal ou vertical, com o qual se sinta prejudicado isto no
caso do Oficial de Justiça efetivo;
remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal quando
necessário e autorizado;
livre associação profissional ou sindical;

DEVERES INERENTES AO CARGO

Além dos deveres e proibições mencionados, o Oficial de Justiça tem os seguintes deveres:
comparecer diariamente ao Fórum no horário do expediente, e apresentar-se ao Juiz ou ao Coordenador da
Central da Mandados, onde houver, assinando o ponto, e devolvendo os mandados;
cumprir plantão de urgência onde houver escala, permanecendo à disposição do Juiz ou Coordenador da Central
de Mandado, e retornar “logo após o cumprimento dos mandados”, “devendo assinar folha de presença no início e
término do expediente”;
cumprir plantão no Fórum, onde escala, “para atendimento a todas as Varas durante o expediente forense,
apresentado-se ao Juiz da Vara, pontualmente, às 12 horas e permanecendo à disposição até o final do expediente”;
devolver, dentro de 24 horas, mandado recebido sem os documentos e indicações necessários, e aqueles que
devem ser cumpridos fora de sua zona;
devolver, de imediato, com a devida justificação, mandado que não possa cumprir por qualquer motivo,
inclusive suspeição ou impedimento;
nos processos de execução, feita a citação e vencido o prazo consignado no mandado, dirigir-se à Secretaria
independente de comunicação desta e certificar se houve ou não pagamento ou oferecimento de bem à penhora: no
primeiro caso, devolver de imediato o mandado; no segundo, fará a penhora: no primeiro caso, devolver de imediato
o mandado; no segundo, fará a penhora, a avaliação do bem, a intimação e o depósito, mesmo que o a penhorar
esteja fora de sua zona;
cumprir os mandados e devolvê-los, como regra, “no prazo máximo de 10(dez) dias contados do recebimento, ou
até 15(quinze) dias antes da audiência, nos casos de feitos de procedimento sumário”;
identificar-se para o citando ou intimando;
apresentar carteira funcional, identificando-se e dizer ao citando ou intimando a finalidade da citação ou
intimação, entregar-lhe cópia do mandado, colhendo assinatura de recebimento, certificando a recusa, se houver,
com testemunha, se possível;
cumprir em 5 (cinco) dias antes da audiência, e devolvê-los no mesmo prazo, ou até a data da sua realização, os
mandados de intimação de partes, testemunhas e auxiliares de justiça;
16
cumprir o mandado tal como nele determinado, mesmo que o citando ou intimando, desde que identificado no
mandado, comprove ou tente comprovar ter satisfeito já a obrigação, não ser a pessoa que deva ser citada ou
intimada, não ser o proprietário do bem a ser penhorado, seqüestrado, arresto, ou apreendido, certificando as
alegações e circunstâncias;
executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado;
estar presente às audiências e coadjuvar o Juiz na manutenção da ordem;
tratar o advogado e as partes e o Representante do Ministério Público com urbanidade e atendê-los com
solicitude;
coadjuvar o Juiz na manutenção da ordem no seu Gabinete nas dependências do Fórum;
executar atividades afins identificadas pelo superior imediato;
fazer hasta pública onde houver leiloeiro público, ou quando designado para esse fim;
servir como porteiro dos auditórios, fazendo o pregão das audiências;
promover as avaliações judiciais nos casos indicados em lei;
submeter-se as aos processos de avaliação e desempenho para efeito de promoção na carreira;
frequentar cursos de aperfeiçoamento e reciclagem, quando convocado;
redigir os atos do ofício em estilo correto, conciso e claro;
renovar, à própria custa, ato ou diligência invalidados por culpa sua, sem prejuízo da pena em que possa estar
incurso;
fornecer ao interessado recibo de documento e outros papéis que lhe forem entregues em razão do ofício;
residir na localidade onde presta serviço, sob pena da sanção disciplinar;
manter comportamento irrepreensível e exercer, com probidade, suas funções;
quando necessário, e havendo determinação do juiz ou ordem escrita do coordenador da Central de Mandados,
prestar serviço aos sábados, domingos e feriados, ainda que em horário noturno e sujeito a chamadas a qualquer
hora;
comparecer para exame médico, quando convocado;
seguir rigorosamente o tratamento médico adequado à doença, quando licenciado para tratamento de saúde;

LICENÇAS

1- Oficial de Justiça tem direito à licença:


para tratamento de saúde;
quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional;
por motivo de doença em pessoa de sua família;
no caso previsto no art. 109 (gestante);
quando convocado para serviço militar;
para tratar de interesse particular;
no caso previsto no art. 138 a 140 (quando o cônjuge funcionário estadual, federal ou militar for mandado servir,
independente de solicitação, em outra parte do Estado ou Território ou no estrangeiro);
licença paternidade nos termos fixados em lei;
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1.1- O Oficial de Justiça “não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 meses, salvo o portador de
tuberculose, lepra ou pênfigo foliáceo, que poderá ter mais três prorrogações de 12 meses cada uma, desde que, em
exames periódicos anuais, não se tenha verificado a cura”;

1.1.1 - Incluem-se entre as doenças do caput a contaminação pelo vírus HIV e o câncer;

1.2- “Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, o funcionário será submetido à inspeção médica e
aposentado, se for considerado definitivamente inválido para o serviço público em geral”;

1.2.1 - “Serão considerados como falta o dia em que o funcionário licenciado para tratamento de saúde,
considerado apto em inspeção médica ex-ofíicio, deixar de comparecer ao serviço”.

1.2.2. - “A licença será convertida em aposentadoria, na forma do art. 93, e antes do prazo nele
estabelecido, quando assim opinar a junta médica, por considerar definitiva, para o serviço público em geral, a
invalidez do funcionário”.

1.2.3 - O funcionário, durante a licença, ficará obrigado a seguir rigorosamente o tratamento médico
adequado à doença, sob pena de lhe ser suspenso o pagamento de vencimentos ou remuneração, cabendo à
repartição competente, a fiscalização".

1.3- A licença poderá ser usada em qualquer lugar, mas o servidor ficará “obrigado a comunicar, por escrito, o
seu endereço ao chefe a que estiver imediatamente subordinado”.

1.4 - Serão concedidas sem prejuízo de qualquer direito, vantagem ou remuneração, as licenças:
para tratamento de saúde;
em caso de acidente em serviço ou doença profissional;
À gestante, com duração de cento e vinte dias, devendo ser requerida até o oitavo mês da gestação;
para o serviço militar;
para candidatar-se a cargo eletivo entre o registro da candidatura na Justiça Eleitoral e o dia seguinte à eleição;

1.4.1 - a licença para tratamento de saúde depende de inspeção médica para o seu início, sua prorrogação e o
seu término.

CONCESSÕES

1-Oficial de Justiça poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos sem prejuízo do vencimento, remuneração ou
qualquer outro direito ou vantagem legal por motivo de:
casamento;
falecimento do cônjuge, filho, pais ou irmãos.

1.1 - “Poderá ser concedido transporte à família do funcionário, quando este falecer fora da sede de seu trabalho,
no desempenho de serviço”.
18
1.2 – “Ao cônjuge, ou, na falta deste, à pessoa que provar ter feito despesas em virtude do falecimento do
funcionário na ativa, em disponibilidade ou aposentado, será concedida, a título de funeral, a importância
correspondente a um mês de vencimento ou remuneração”.

INQUÉRITO OU SINDICÂNCIA PARA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES

1- Ao tomar conhecimento de irregularidade atribuída a Oficial de Justiça, o Juiz de Direito Diretor do Fórum onde
ele sirva designará um ou mais de um servidor efetivo para averiguar a procedência da denúncia.

1.1 - A apuração de sindicância será sumária e sigilosa, o quanto possível.

1.2 - No prazo improrrogável de 30(trinta) dias, o servidor, ou a comissão sindicante apresentará relatório
recomendado ou não, a abertura de processo disciplinar.

1.3 - A fase de apuração, sindicância ou inquérito poderá ser dispensada “quando forem evidentes as provas que
demonstrarem a responsabilidade do indiciado ou indiciados”.

1.4 - Os encarregados do inquérito dar-lhe-ão tempo integral, e deles não será exigida qualquer outra tarefa
enquanto estiverem a ele dedicados.

PROCESSO DISCIPLINAR

1- O processo disciplinar será aberto se o relatório da sindicância oferecer dados que o recomendem, ou se for
dispensada a fase de sindicância.

1.1 - O processo disciplinar “será realizado por uma comissão, designada pela autoridade que houver
determinado a sua instauração e composta de três funcionários estáveis”.

1.1.1 - A autoridade indicará, no ato da designação, um dos funcionários, para dirigir, como presidente,
os trabalhos da comissão.

1.1.2 - O presidente designará um dos outros componentes da comissão, para secretariá-lo.

1.2 - O processo “deverá ser iniciado dentro do prazo, improrrogável, de três dias, contados da data da
designação dos membros da comissão e concluído no sessenta dias, contar da data do seu início.

1.2.1 - Por motivo de força maior, poderá a autoridade competente prorrogar os trabalhos da
comissão pelo prazo máximo de 30 dias”.

1.3 - “A comissão procederá a todos as diligências que julgar convenientes, ouvindo, quando necessário, a
opinião de técnicos ou peritos”.
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1.3.1 - Terá o funcionário indiciado o direito de, pessoalmente, ou por procurador, acompanhar todo o
desenvolver do processo, podendo, através do seu defensor, indicar e inquirir testemunhas, requerer juntada de
documentos, vista do processo em mãos da comissão, e o mais que necessário a bem de seu interesse, sem prejuízo
para o andamento normal dos trabalhos”.

1.4 - O acusado será citado por via postal com aviso de recebimento, no endereço em que se encontre, “para, no
prazo fixado, apresentar defesa”.

1.4.1 - Estando o acusado em lugar incerto, “a citação será feita por edital publicado no Órgão Oficial durante
oito dias consecutivos” e, não comparecendo, ser-lhe-á nomeado defensor um servidor efetivo.

1.5 - O denunciante, se for o caso, será ouvido antes do denunciado e a este, se ausente na oportunidade, será
dado conhecimento do inteiro teor da denúncia e do depoimento perante a comissão antes de depor.

1.5.1 - O denunciado poderá perguntar ou reperguntar as testemunhas, através do Presidente, que poderá
recusar a perguntar ficando registradas na ata a pergunta, a recusa e a justificativa, caso o requeira o denunciado.

1.6 - Esgotado o prazo requerido no art.302 da Lei n° 2.148/77, ou o de sua prorrogação, a comissão apreciará a
defesa produzida e, então, apresentará o seu relatório, dentro do prazo de dez dias”.

1.7 - No relatório, “a comissão apreciará, em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que
forem acusados, as provas colhidas no processo, as razões de defesa, propondo, então, justificadamente, a
absolvição ou punição, e indicando, neste caso, a pena que couber”, sugerindo, também, quaisquer outras
providências que lhe pareçam de interesse do serviço público.

1.7.1 - A atuação da comissão cessa com a entrega do relatório, seus membros “assumirão o exercício de seus
cargos, mas ficarão à disposição da autoridade que houver mandado instaurar o processo, para prestação de
qualquer esclarecimento julgado necessário”.

1.8 - “Entregue o relatório da comissão, acompanhado do processo, à autoridade que houver determinado a sua
instauração, essa autoridade deverá proferir o julgamento dentro do prazo improrrogável de sessenta dias”.

1.8.1 Se o processo não for julgado no prazo indicado neste artigo, o indiciado reassumirá, automaticamente,
o exercício de seu cargo, ou função, e aguardará em exercício o julgamento, salvo o caso de prisão administrativa
que ainda perdure.

1.9 -“Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis, a autoridade que
determinou a instauração do processo administrativo propô-las-á, dentro do prazo marcado para o julgamento, à
autoridade competente.

1.9.1 - Na hipótese deste artigo, o prazo para o julgamento final será de quinze dias, improrrogável.

1.9.2 - A autoridade julgadora promoverá as providências necessárias à sua execução.


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1.10 - “Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinar
a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure simultaneamente o inquérito policial”.

1.11 - “Quando a infração estiver capitulada na lei penal, será remetido o processo à autoridade competente,
ficando traslado na repartição.

1.12 - “No caso de abandono do cargo ou função, de que cogita o art.263 da Lei 2.148/77 deste Estatuto o
Presidente do processo promoverá a publicação, no órgão oficial, de editais de chamamento pelo prazo de vinte
dias, se o funcionário estiver ausente do serviço, em edital de citação, pelo mesmo prazo, se já tiver reassumido o
exercício.”

1.12.1 - Findo o prazo fixado neste artigo, será dado início ao processo normal, com a designação de defensor
ex-ofício, se não comparecer o funcionário, e não tendo sido feita prova de existência de força maior ou de coação
ilegal, a comissão proporá a expedição do decreto de demissão na conformidade do art.263.

1.13 - “Durante o processo, poderá o Presidente ordenar toda e qualquer diligência que se assegure conveniente”.

1.13.1 - Caso seja necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o presidente os requisitará à
autoridade competente”.

1.14 - “É defeso fornecer à imprensa ou outros meios de divulgação notas sobre os atos do processo, salvo no
interesse da Administração, a juízo da autoridade que houver determinado o processo”.

1.15 - Havendo mais de uma denúncia, mesmo que surgida após a instalação da comissão processante, e desde
que relacionada com a mesma irregularidade, a apuração será feita no mesmo processo, garantida sempre a ampla
defesa quanto a cada uma delas;

PENAS DISCIPLINARES

1- São penas disciplinares:


repreensão;
multa;
suspensão;
destituição de função;
demissão;
demissão a bem do serviço público.

1.1 - A aplicação das penas disciplinares não se sujeita à sequência estabelecida neste artigo mas é autônoma,
segundo cada caso e consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço
público”.

1.2 - “Nenhuma penalidade, exceto repreensão, multa e suspensão, poderá decorrer das conclusões a que chegar
o inquérito, que é simples preliminar do processo administrativo” sempre garantida a ampla defesa.
21

PENAS DE REPREENSÃO OU ADVERTÊNCIA

1 - “A pena de repreensão será aplicada por escrito e, em princípio, corresponderá às faltas de cumprimento de
deveres e às transgressões considerados de natureza leve”.

1.1 - Havendo dolo ou má-fé, as faltas de cumprimento de deveres serão punidas com a pena de suspensão”.

1.2 - A pena de repreensão ou advertência será registrada na ficha de cadastro funcional do Oficial de Justiça.

PENA DE MULTA

“A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento”.

PENA DE SUSPENSÃO

1 - “A pena de suspensão será aplicada em casos de:


falta grave;
recusa de funcionário em submeter-se à inspeção médica, quando necessário; desrespeito às proibições
consignadas neste estatuto; reincidência em falta já punida com repreensão;
recebimento doloso e indevido de vencimento, ou remuneração ou vantagem;
requisição irregular de transportes; concessão de laudo médico gracioso”.

1.1 - A pena de suspensão não poderá exceder de noventa dias”.

1.2 - “O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo”.

1.3 - “A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa, na base de
cinqüenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, sendo o servidor, neste caso obrigado a permanecer em
serviço”.

1.4 - “Será também punido com a pena de suspensão “o funcionário que se recusar, sem justo motivo, a prestar
serviço extraordinário”.

1.5 - “Será suspenso por noventa dias e, na reincidência, demitido “o Oficial de Justiça” que cometer a outra
pessoa o desempenho das atribuições específicas do seu cargo.

PENA DE DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO

“A destituição de função dar-se-á:


quando se verificar a falta de exação no seu desempenho”;
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quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o funcionário contribuiu para que se não apurasse, no
devido tempo, a falta de outrem”.

PENA DE DEMISSÃO

1- “A pena de demissão será aplicada nos casos de:

acúmulo ilegal de cargos, funções ou cargos e funções;


abandono do cargo ou função pelo não comparecimento do funcionário ao serviço, sem causa justificada por
mais de trinta dias consecutivos ou mais de noventa intercaladamente, em um ano;
aplicação indevida de dinheiro público;
exercer advocacia administrativa.

2 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:


“for convencido de incontinência pública e escandalosa, vício de jogos proibidos e de embriaguez habitual;
“praticar crime contra a boa ordem e administração pública e a Fazenda Estadual;
“revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, desde que o faça dolosamente e com
prejuízo para o Estado ou particulares;
praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legítima defesa;
lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio do Estado;
“receber ou solicitar propinas e comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie”.

2.1 - “Uma vez submetidos a processo administrativo, os funcionários só poderão ser exonerados depois da
conclusão do processo e reconhecida a sua culpabilidade”.

2.2 - “O ato que demitir o funcionário mencionará sempre a disposição legal em que se fundamenta”.

COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

São competentes para aplicar penas ao Oficial de Justiça:


a de demissão, o Presidente do Tribunal de Justiça;
a destituição da função, “a autoridade que houver feito designação”.
as demais penas, o Diretor do Foro.

REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR

1 - “A qualquer tempo pode ser requerida a revisão de processo administrativo, em que se impôs a pena de
suspensão, multa, destituição de função, demissão a bem do serviço público desde que se aduzam fatos ou
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do acusado”.
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1.1 - “Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa
relacionada no assentamento individual”.

1.2 - O requerimento será dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça, “que o despachará à repartição de onde
se originou o processo”.

1.2.1 - “Se o Presidente do Tribunal de Justiça” julgar insuficientemente instruído o pedido de revisão,
indeferi-lo-á in..

1.3 - “Além das peças necessárias à comprovação dos fatos argüidos, o requerimento será obrigatoriamente
instruído com certidão do despacho que impôs a penalidade”.

1.3.1 - Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penalidade”.

1.4 - “Recebido o requerimento despachado” pelo Presidente do Tribunal de Justiça, “o chefe da repartição o
distribuíra a uma comissão composta de três funcionários de categoria igual ou superior à do acusado, indicando o
que deve servir de Presidente para processar a revisão”.

1.5 - “O requerimento será apenso ao processo ou à sua cópia (art. 302), marcando-se ao interessado o prazo de
dez dias para contestar os fundamentos da acusação constante do mesmo processo”.

1.5.1 - “É impedido de funcionar na revisão quem compôs a comissão do processo administrativo”.

1.5.2 - “Se o acusado pretender apresentar prova testemunhal, deverá arrolar os nomes no requerimento de
revisão”.

1.5.3“O Presidente da comissão designará um de seus membros para secretariá-la”.

1.6 - Concluída a instrução do processo, será ele, dentro de dez dias, encaminhando com relatório da comissão
ao Presidente do Tribunal de Justiça, que o julgará.

1.6.1 - “Para esse julgamento, o Presidente do Tribunal de Justiça terá o prazo de vinte dias, podendo antes
determinar diligências que entenda necessárias ao melhor esclarecimento do processo”.

1.7 - “Julgando procedente a revisão, o Presidente do Tribunal de Justiça tornará sem efeito as penalidades
aplicadas ao acusado”.

1.8 - “O julgamento favorável do processo implicará também o restabelecimento de todos os direitos, perdidos
em conseqüência da penalidade aplicada”.

PRESCRIÇÃO
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“As penas de repreensão, multa e suspensão prescrevem no prazo de dois anos e a demissão por abandono de cargo
no prazo de quatro anos”. As penas de demissão e demissão a bem do serviço público prescrevem na data em que se
daria a prescrição do crime que as tiver de motivar.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA CIVIL E CRIMINAL

“A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal que no caso
couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado o exime da pena disciplinar em que ocorrer”.

DEPENDENTES

“Considerar-se-ão da família do funcionário, desde que vivam às suas expensas e constem do assentamento
individual:
o cônjuge;
as filhas, enteados, sobrinhos e irmãs solteiras ou viúvas;
os filhos, enteados, sobrinhos e irmãos menores de 18 anos ou incapazes;
os pais;
os netos;
os avós;
os amparados pela delegação do pátrio poder.

PUBLICAÇÃO DOS ATOS

Os atos de provimento, designação e os relativos a direitos e vantagens, licenças, “concessões só produzirão


efeito depois de publicados no órgão oficial”.

CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE

1- O Oficial de Justiça aposentado terá cassada sua aposentadoria ou a disponibilidade, por ato do Presidente do
Tribunal de Justiça, “se ficar apurado, em processo que:
praticou, quando em atividade, qualquer dos atos para os quais é considerada neste Estatuto a pena de demissão,
ou de demissão a bem do serviço público”;
“foi condenado por crime cuja pena importaria em demissão, se estivesse na atividade”;
“aceitou representação de Estado estrangeiro, sem prévia autorização do Governador do Estado”;
“praticou a usura, em qualquer de suas formas”;

1.1 - “Será igualmente cassada a disponibilidade do servidor que não assumir, no prazo legal, o cargo ou função
em que for aproveitado”.

ACUMULAÇÃO
25
1- O cargo de Oficial de Justiça não é acumulável com nenhum outro, porque não preenche os requisitos
estabelecidos na Constituição Federal.

1.1 - Ao tomar posse, o Oficial de Justiça firmará declaração de não estar investido em outro cargo da
administração direta, de autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, ou fundação mantida pelo
Poder Público.

1.2 - Flagrado em acumulação, o Oficial de Justiça será submetido a processo disciplinar.

1.2.1 - A boa - fé comprovada, seguida do pedido de exoneração de um dos cargos, isenta a aplicação da pena
de demissão.

BIBLIOGRAFIA

CRETELLA JÚNIOR, José. Constituição Brasileira(com as alterações das Emendas Constitucionais nº 19 de


05.06.98 e n.º 20 de 16.12.98);organização e índice. Rio de Janeiro: Forense; Universitária, 1998.

Direito Administrativo do Brasil. Vol II, 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1964. P. 341.

Código de Processo Civil. Art. 143, II

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella . Direito Administrativo. 3ª ed. São Paulo : Atlas, 1992. P. 309.

Gasparini, Diógenes. Direito Administrativo. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 16ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais , 1991. P.
360.

NARCY, Georges. Oficial de Justiça. Teoria e Prática. 8ª ed. São Paulo: Universidade de Direito, Código de
Ética, 1994. P. 23.

Apostila do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais de Justiça Avaliadores. Profº Drº Antônio Souza Prudente.

Manual do Oficial de Justiça Avaliador do Estado de Minas Gerais.

Manual do Oficial de Justiça do Estado de Alagoas.

Constituição do Estado de Sergipe - 1989.

Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Sergipe.


26

PARTE II

LEGISLAÇÃO

Constituição Federal de 05 de outubro de 1988

Título II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

Capítulo I

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade, do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à
propriedade, nos termos seguintes:
..........................................................................................................
XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia por determinação judicial;
Nota : Para José Afonso da Silva, dia é período das 6:00horas da manhã às 18:00, ou seja “Sol Alto, isto é
das seis às dezoito”, esclarecendo Alcino Pinto Falcão que duarnte o dia a tutela constitucional é menos ampla,
visto que a lei ordinária pode ampliar os casos de entrada na casa durante aquele período, que se contrapõe ao
período da noite. Para Celso de Mello, deve ser levado em conta o critério físico-astronômico, como o intervalo
de tempo situado entre a aurora e o crepúsculo.
..........................................................................................................
LXIV - O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
.....................................................................................................

Código de Processo Civil

Lei n.º 5.869, de 11/01/1973

(atualizada até julho de 1997)

Livro I

Do Processo de Conhecimento
.....................................................................................................
27
Título II

Das Partes e dos Procuradores

Capítulo I

Da Capacidade Processual

Art. 7º - Toda pessoa que se acha no exercício dos direitos tem capacidade para estar em juízo
.....................................................................................................

Art. 10 - Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para ações:


I - que versem sobre direitos reais imobiliários;
II - resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos praticados por eles;
III - fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja execução tenha de recair sobre
o produto do trabalho da mulher ou os seus bens reservados;
IV- que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóveis de um ou
de ambos os cônjuges.

Art.12 - Serão representados em juízo, ativa e passivamente:


I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus procuradores;
II - o Município, por seu Prefeito ou procurador;
III – a massa falida, pelo síndico;
IV - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
V - O espólio, pelo inventariante;
VI - As pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não os designando, por seus
diretores;
VII - As sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração dos seus bens;
VIII - A pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou
sucursal aberta ou instalada no Brasil (Art. 88, parágrafo único);
IX - O condomínio, pelo administrador ou pelo síndico.
§ 1º - Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido serão autores ou réus nas
ações em que o espólio for parte.
§ 2 º As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, não poderão opor a irregularidade de
sua constituição.
§ 3º- O gerente da filial ou agência presume-se autorizado, pela pessoa jurídica estrangeira, a receber citação
inicial para o processo de conhecimento, de execução, cautelar e especial.
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Título IV

Dos Órgãos Judiciários e dos Auxiliares da Justiça


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Capítulo IV

Do Juiz
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Seção II

Dos Impedimentos e da Suspeição

Art. 134 - É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério
Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu,
consanguíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou , na colateral, até
o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do número IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava
exercendo o patrocínio da causa; é, porém , vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento
do juiz.

Art. 135 - Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:


I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou
na colateral até o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;
IV- receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da
causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.
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Art. 138 - Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição:


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II - ao serventuário de justiça;
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Capítulo V

Dos Auxiliares da Justiça


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Seção I

Do Serventuário e do Oficial de Justiça


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Art. 143 - Incumbe ao Oficial de Justiça:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhora, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício,
certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora . A diligência, sempre que possível, realizar-
se-à na presença de duas testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório o mandado, logo depois de cumprido;
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.

Art. 144 - O escrivão e o oficial de justiça são civilmente responsáveis:


I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo , os atos que lhes impõe a lei, ou os
que o juiz, a que estão subordinados, lhes comete;
II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
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Título V

Dos Atos Processuais

Capítulo I

Da Forma dos Atos Processuais

Seção I

Dos Atos em Geral

Art. 154 - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade
essencial.

Art. 155 - os atos processuais são público. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
II -que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuge, conversão desta em divórcio, alimentos
e guarda de menores.
Parágrafo Único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e a seus
procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.
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Capítulo II

Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais


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Seção I

Do Tempo
Art. 172 - Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das seis às vinte horas.
§ 1º - Serão, todavia, concluídos depois das vinte horas os atos iniciados antes, quando o adiamento
prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º - A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz,
realizar-se em domingos e feriados ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado disposto
no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3º - Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser
apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos de organização judicial local.
..........................................................................................................
Art.175 - São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.
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Capítulo IV

Das Comunicações dos Atos


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Seção III

Das Citações
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Art. 214 - Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.


§ 1º - O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.
§ 2º - Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a
citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.

Art. 215 - Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente
autorizado.
§ 1º -Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente,
quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2º - O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde estiver
situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel
encarregado do recebimento dos aluguéis.

Art. 216 - A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu .


Parágrafo único. O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo se não for
conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.

Art. 217 - Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;
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II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em
segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas;
IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado.

Art. 218 - Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de
recebê-la.

§ 1º - O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O Juiz nomeará um


médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em 5 (cinco) dias.
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§ 3º - A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu.

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Art. 221 - A citação far-se-á:
..................................
II - por Oficial de Justiça;
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Art. 222 - A citação será pelo correio, para qualquer comarca do país, exceto:
a) nas ações de estado;
b) quando for ré pessoa incapaz;
c) quando for ré pessoa de direito público;
d) nos processos de execução;
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
f) quando o autor a requerer de outra forma.
..........................................................................................................
Art. 224 - Far-se-á a citação por meio de Oficial de Justiça nos casos ressalvados no Art. 222, ou quando
frustrada a citação pelo correio.

Art.225 - O mandado, que o Oficial de Justiça tiver de cumprir, deverá conter:


I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências.
II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que
se refere o ART. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;
III - a cominação, se houver;
IV - o dia, hora e lugar do comparecimento;
V - a cópia do despacho ;
VI - o prazo para defesa;
VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do Juiz
Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, com a
petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o
original, farão parte integrante do mandado.
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Art.226 - Incumbe ao Oficial procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III – obtendo, nota de ciente, ou certificando que o réu não apôs
no mandado.

Art. 227 - Quando, por três vezes, o Oficial de Justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou
residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua
falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

Art.228 - No dia e hora designados o Oficial de Justiça independentemente de novo despacho, comparecerá
ao domicílio ou residência do citando a fim de realizar diligência.
§ 1º - Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência,
dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.
§ 2º - Da certidão da ocorrência, o Oficial de Justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer
vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

Art. 229 - Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe
de tudo ciência.

Art. 230 - Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região
metropolitana, o Oficial de Justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.
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Seção IV

Das Intimações
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Art. 239 - Far-se-á a intimação por meio de Oficial de Justiça quando frustrada a realização pelo correio.
Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter:
I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, de sua carteira de
identidade e o órgão que a expediu;
II - a declaração de entrega da contrafé;
III - a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
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Art. 241 – Começa a correr o prazo:
.....................................................
II – quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado
cumprido;

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Capítulo V

Das Nulidades
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Art. 247 - As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais .
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Título VII

Do Processo e do Procedimento

Capítulo III

Do Procedimento Sumário
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Art. 277 - O Juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de trinta dias, citando-se o réu
com a antecedência mínima de dez dias e sob a advertência prevista no § 2º deste artigo, determinando o
comparecimento das partes. Sendo a ré a Fazenda Pública, os prazos contar-se-ão em dobro.
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Título VIII

Do Procedimento Ordinário
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Capítulo VI

Das Provas
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Seção V

Da Prova Testemunhal
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Subseção II

Da Produção da Prova Testemunhal

Art. 412 - A testemunha é intimada a comparecer à audiência, constando do mandado dia, hora e local, bem
como os nomes das partes e a natureza da causa. Se a testemunha deixar de comparecer, sem motivo justificado,
será conduzida, respondendo pelas despesas do adiamento.

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Livro II

Do Processo de Execução

Título I

Da Execução em Geral
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Capítulo II

Da Competência
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Art. -577 - Não dispondo a lei de modo diverso, o Juiz determinará os atos executivos e os Oficiais de Justiça
os cumprirão.
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Capítulo IV

Da Execução por Quantia Certa Contra Devedor Solvente

Seção I

Da Penhora, da Avaliação e da Arrematação

Subseção I

Das Disposições Gerais


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Art. 649 - São absolutamente impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - as provisões de alimento e de combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família durante
1(um) mês;
III - o anel nupcial e os retratos de família;
IV - os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionários públicos, o soldo e os salários, salvo
para pagamento de prestação alimentícia;
V - os equipamentos dos militares;
VI - os livros, as máquinas, os utensílios e os instrumentos, necessários ou úteis ao exercício de qualquer
profissão;
VII - as pensões, as tenças ou os montepios, percebidos dos cofres públicos, ou de institutos de previdência,
bem como os provenientes de liberalidade de terceiro, quando destinados ao sustento de devedor ou da sua família;
VIII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas forem penhoradas;
IX - o seguro de vida ;
X - o imóvel rural, até um módulo desde que este seja o único de que disponha o devedor , ressalvada a
hipoteca para fins de financiamento agropecuário.

Art. 650 - Podem ser penhorados, à falta de outros bens :


I - os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se destinados a alimentos de incapazes, bem como
de mulher viúva, solteira, desquitada, ou de pessoas idosas;
II - as imagens e os objetos de culto religioso, sendo de grande valor.
..........................................................................................................

Subseção II
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Da Citação do Devedor e da Nomeação de Bens

Art. 652 - O devedor será citado para, no prazo de 24 ( vinte e quatro ) horas, pagar ou nomear bens à
penhora.
§ 1º - O Oficial de Justiça certificará, no mandado, a hora da citação.

§ 2º - Se não localizar o devedor, o Oficial certificará cumpridamente as diligências realizadas para encontrá-
lo.

Art. 653 - O Oficial de Justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para
garantir a execução.
Parágrafo único. Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o Oficial da Justiça procurará o devedor
três vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.

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Subseção III

Da Penhora e do Depósito

Art. 659 - Se o devedor não pagar, nem fizer nomeação válida, o Oficial de Justiça penhorar-lhe-á tantos
bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, custos e honorários advocatícios.
§ 1º - Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que em repartição pública; caso em
que precederá requisição do Juiz ao respectivo chefe.
§ 2º - Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será
totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior e bem assim como não encontrar quaisquer bens penhoráveis, o Oficial
descreverá na certidão os que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor.
§ 4º - A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, e inscrição no respectivo
registro.

Art. 660 - Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos bens, o Oficial de Justiça
comunicará o fato ao Juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.

Art. 661 - Deferido o pedido mencionado no artigo antecedente, dois Oficiais de justiça cumprirão o
mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde presumirem que se achem os bens, e lavrando de tudo auto
circunstanciado, que será assinado por duas testemunhas, presentes à diligência.

Art. 662 - Sempre que necessário, o Juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os Oficiais de Justiça na
penhora dos bens e na prisão de quem resistir à ordem.

Art. 663 - Os Oficiais de Justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência, entregando uma via ao Escrivão
do processo para ser junta aos autos e a outra à autoridade policial, a quem entregarão o preso.
Parágrafo único . Do auto de resistência constará o rol de testemunhas, com a sua qualificação.
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Art. 664 - Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens , lavrando-se um só
auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual um auto.

Art. 665 - O auto de penhora conterá:


I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita;
II - os nomes do credor e do devedor;
III - a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos;
IV - a nomeação do depositário dos bens.

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Art. 669 - Feita a penhora, intimar-se-á o devedor para embargar a execução no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do devedor.

Subseção IV

Da Penhora de Créditos e de Outros Direitos Patrimoniais

Art. 671 - Quando a penhora recair em crédito do devedor, o Oficial de Justiça o penhorará. Enquanto não
ocorrer a hipótese prevista no artigo seguinte, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:
I - ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor;
II - ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do crédito.

Art. 672 - A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque ou
outros títulos, far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não poder de devedor.
§ 1º - Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será havido como depositário da
importância.
§ 2º - O terceiro só se exonerará da obrigação, depositando em juízo a importância da dívida.
§ 3º - Se o terceiro negar o débito em conluio com o devedor, a quitação, que este lhe der, considerar-se-á em
fraude da execução.
§ 4º - A requerimento do credor, o Juiz determinará o comparecimento, em audiência especialmente
designada, do devedor e do terceiro, a fim de lhes tomar os depoimentos.
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..........................................................................................................

Seção VII

Da Arrematação

Art. 687 -..............................................................................


§ 5º - O devedor será intimado pessoalmente, por mandado, ou carta com aviso de recepção, ou por outro
meio idôneo, do dia, hora e local da alienação judicial.
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Art. 690 - A arrematação far-se-á com dinheiro à vista, ou a prazo de 3 (três) dias, mediante caução idônea.
§ 1º - É admitido a lançar todo aquele que estiver na livre administração de seus bens. E excetuam-se:
I - os tutores, os curadores, os testamenteiros, os administradores, os síndico, ou liquidante, quanto aos bens
confiados à sua guarda e responsabilidade;
II - os mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam encarregados;
III - o Juiz, o Escrivão, o Depositário, o Avaliador e o Oficial de Justiça.
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Livro III

Do Processo Cautelar

Título Único

Das Medidas Cautelares


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Capítulo II

Dos Procedimentos Cautelares Específicos

Seção IV

Da Busca e Apreensão
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Art. 842 - O mandado será cumprido por dois Oficiais de Justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-
o a abrir as portas.
§ 1º - Não atendidos, os Oficiais de Justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer
móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada
§ 2º - Os Oficiais de Justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.
§ 3º - Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de
fonogramas e organismos de radiodifusão, o Juiz designará, para acompanharem os Oficiais de Justiça, dois peritos
aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.

Art. 843 - Finda a diligência, lavrarão os Oficiais de Justiça auto circunstanciado, assinando-o com as
testemunhas.
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Livro IV

Dos Procedimentos Especiais

Título I

Dos Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa


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Capítulo VI

Da Ação de Nunciação de Obra Nova


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Art. 938 - Deferido o embargo, o Oficial de Justiça, encarregado de seu cumprimento, lavrará auto
circunstanciado, descrevendo o estado em que se encontra a obra; e ato contínuo, intimará o construtor e os
operários a que não continuem a obra sob pena de desobediência e citará o proprietário a contestar em 5 (cinco) dias
a ação.

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Capítulo XIII

Das Vendas a Crédito com Reserva de Domínio


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Art. 1.071 - Ocorrendo mora do comprador, provada com o protesto do Título, o vendedor poderá requerer,
liminarmente e sem audiência do comprador, a apreensão e depósito da coisa vendida.
..........................................................................
§ 2º - Feito o depósito, será citado o comprador para, dentro em 5(cinco) dias, contestar a ação. Neste prazo
poderá o comprador, que houver pago mais de 40% ( quarenta por cento ) do preço requerer ao Juiz que lhe conceda
30 (trinta) dias para reaver a coisa, liquidando as prestações vencidas, juros, honorários e custas.
................................................................
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PARTE III

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

Impenhorabilidade do Bem de Família


Lei n.º 8.009, de 29. 03. 1990
Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família.

Art. 1º - O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por
qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou
pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as
plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou
móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.

Art. - 2º - Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos.


Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que
guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário, observado o disposto neste artigo.

Art. - 3º - A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária,


trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições
previdenciárias;
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no
limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III - pelo credor de pensão alimentícia;
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel
familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade
familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a
ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.

Art.4º - Não se beneficiará do disposto nesta Lei aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel
mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga.
§ 1º - Neste caso poderá o Juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para moradia
familiar anterior, ou anular-se a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese.
§ 2º - Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à sede
de moradia, com os respectivos bens móveis , e nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada
como pequena propriedade rural.
40
Art. 5º - Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta Lei, considera-se residência um único imóvel
utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.

Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados
como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse
fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil.

Lei do Inquilinato
Lei n.º 8.245, de 18.10.1991.
Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes.

Título I

Da Locação

Capítulo I

Disposições Gerais
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Seção VIII

Das Penalidades Criminais e Civis


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Art. 44 - Constitui crime de ação pública, punível com detenção de três meses a um ano, que poderá ser
substituída pela prestação de serviços à comunidade:
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IV - executar o despejo com inobservância do disposto no § 2º do art. 65.
..........................................................................................................

Título II

Dos Procedimentos

Capítulo I

Das Disposições Gerais

Art. 58 - Ressalvados os casos previstos no parágrafo único do art. 1º, nas ações de despejo, consignação em
pagamento de aluguel e acessório da locação, revisionais de aluguel e renovatórias de locações observar-se-á o
seguinte:
I - os processos tramitam durante as férias forense e não se suspendem pela superveniência delas;
..........................................................................................................

Capítulo II
41
Das Ações de Despejo

Art. 65 - Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo,
se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento.
§ 1º - Os móveis e utensílios serão entregues à guarda de depositários, se não os quiser retirar o despojado.

§ 2º - O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte ao do falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.
..........................................................................................................

Execução Fiscal

Lei n.º 6.830, de 22.09.1980

Dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública e dá outras providências.
..........................................................................................................

Art. 8º - O executado será citado, no prazo de 5(cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e
encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes normas:
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra
forma;
..........................................................................................................

Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:


I - dinheiro;
II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;
III - pedras e metais preciosos;
IV - imóveis;
V - navios e aeronaves
VI - veículos;
VII - móveis ou semoventes; e
VIII - direitos e ações.
§ 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola,
bem como em plantações ou edifícios em construção.
§ 2º - A penhora efetuada em dinheiro será convertida no depósito de que trata o inciso I do art. 9º.
§ 3º - O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública
exequente, sempre que esta o requerer, em qualquer fase do processo.

Art. 12 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao executado, mediante publicação, no órgão
oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora.
§ 1º - Nas comarcas do interior dos Estados, a intimação poderá ser feita pela remessa de cópia do termo ou
do auto de penhora, pelo correio, na forma estabelecida no art. 8, I e II, para a citação.
§ 2º - Se a penhora recair sobre imóvel, far-se-á a intimação ao cônjuge, observadas as normas previstas para
a citação.
42
§ 3º - Far-se-á a intimação da penhora pessoalmente ao executado se , na citação feita pelo correio, o aviso de
recepção não contiver a assinatura do próprio executado, ou de seu representante legal.

Art. 13 - O termo ou auto de penhora conterá, também, a avaliação dos bens penhorados, efetuada por quem o
lavrar.

§ 1º - Impugnada a avaliação, pelo executado, ou pela Fazenda Pública, antes de publicado o edital de leilão,
o Juiz, ouvida a outra parte, nomeará avaliador oficial para proceder a nova avaliação dos bens penhorados.
§ 2º - Se não houver, na comarca, avaliador oficial ou este não puder apresentar o laudo de avaliação no
prazo de 15(quinze) dias, será nomeada pessoa ou entidade habilitada, a critério do Juiz.
§ 3º - Apresentado o laudo, o Juiz decidirá de plano sobre a avaliação.

Art. 14 - O Oficial de Justiça entregará contrafé e cópia do termo ou do auto de penhora ou arresto, com a
ordem de registro de que trata o art. 7º, IV:
I - no Ofício próprio, se o bem for imóvel ou a ele equiparado;
II - na repartição competente para emissão de certificado de registro, se for veículo;
III - na Junta Comercial, na Bolsa de Valores, e na sociedade comercial, se forem ações, debênture, parte
beneficiária, cota ou qualquer outro Título, crédito ou direito societário nominativo.
..........................................................................................................

Art. 37 - O auxiliar de justiça que, por ação ou omissão, culposa ou dolosa, prejudicar a execução, será
responsabilizado, civil, penal e administrativamente.
Parágrafo único. O oficial de justiça deverá efetuar, em 10 (dez) dias, as diligências que lhe forem ordenadas,
salvo motivo de força maior devidamente justificado o juízo.
.........................................................................................................

Constituição do Estado de Sergipe de 05 de Outubro de 1989

Título II

Da Organização dos Poderes

Capítulo III

Do Poder Judiciário

Seção I

Disposições Gerais

Art. 98 - Será atribuída aos Oficiais de Justiça, no exercício de suas funções e na forma da lei, uma
gratificação a título de periculosidade.
43
Art. 99 - Aos Oficiais de Justiça e avaliadores Judiciais é garantida a gratuidade nos transportes coletivos
urbanos e suburbanos, quando no exercício de suas funções.
..................................................................................................
Art. 101 - O cargo de Oficial de Justiça é de provimento efetivo, observado a forma prescrita no art. 25, II e
III, desta Constituição.
..............................................................................................
44

PARTE IV

Código de Processo Penal


Decreto - Lei n.º 3.689, de 03 10.1941
(Atualizada até julho de 1997)

Livro I

Do Processo em Geral

Título VI

Das Questões e Processos Incidentes

Capítulo III

Das Incompatibilidades e Impedimentos

Art. 112 - O Juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou
intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que
declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser arguido pelas
partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.
..........................................................................................................

Capítulo VI

Das Testemunhas

..........................................................................................................
Art. 218 - Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o Juiz
poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por Oficial de Justiça, que
poderá solicitar o auxiliar da força pública.
..........................................................................................................

Capítulo XI

Da Busca e Apreensão

Art. 241 - Quando a própria autoridade, policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar
deverá ser precedida da expedição de mandado.
..........................................................................................................
Art. 243 - O mandado de busca deverá:
45
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo
proprietário ou morador ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a
identifiquem;
II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
§ 1º - Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.
§ 2º - Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando
constituir elemento do corpo de delito.
..........................................................................................................

Art. 245 - As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à
noite, e antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o
representante, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.

§ 1º - Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da diligência.
§ 2º - Em caso de desobediência, será arrombada a ponta e forçada a entrada.
§ 3º - Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da
casa, para o descobrimento do que se procura.
§ 4º - Observar-se-á o disposto nos parágrafos 2 e 3, quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser
intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente.
§ 5º - Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a mostrá-la.
§ 6º - Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta sob custódia da
autoridade ou de seus agentes.
§ 7º - Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas
presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4.

Art. 246 - Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a busca em
compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao
público, onde alguém exercer profissão ou atividade.
..........................................................................................................
Art. 248 - Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do que o
indispensável para o êxito da diligência.
..........................................................................................................

Título VIII

Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da


Justiça

Capítulo I

Do Juiz
.........................................................................................................
Art. 254 - O Juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
46
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre
cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda
ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

Art. - 255 - O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do
casamento que lhe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem
descendentes, não funcionará como Juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no
processo.

Art. 256 - A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de
propósito der motivo para criá-la.
..........................................................................................................

Capítulo V

Dos Funcionários da Justiça

Art. 274 - As prescrições sobre suspeição dos Juizes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça,
no que lhes for aplicável.
..........................................................................................................

Título IX

Da Prisão e da Liberdade Provisória

Capítulo I

Disposições Gerais
..........................................................................................................

Art. 283 - A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
inviolabilidade do domicílio.

Art. 284 - Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa
de fuga do preso.

Art. 285 - A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
47
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

Art. 286 - O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um
dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro
exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada por duas
testemunhas.

Art. 287 - Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso em tal
caso, será imediatamente apresentado ao Juiz que tiver expedido o mandado.

Art. 288 - Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou
carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade
competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora.
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio exemplar do mandado, se este for documento
exibido.
..........................................................................................................
Art. 290 - Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá
efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de
lavrado, se for o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
§ 1º - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou
qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 2º - Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da pessoa do
executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a
dúvida.

Art. 291 - A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do
réu, lhe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.

Art. 292 - Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-
se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.

Art. 293 - Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma
casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o
executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo
noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa
incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à presença da
autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.

Art. 294 - No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo anterior, no que for aplicável.
..........................................................................................................
48

Título X

Das Citações e Intimações

Capítulo I

Das Citações

Art.- 351 - A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do
Juiz que a houver ordenado.

Art. - 352 - O mandado de citação indicará:


I - o nome do Juiz;
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
IV - a residência do réu, se for conhecida ;
V - o fim para que é feita a citação;
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do Juiz;

Art. 353 - Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do Juiz processante, será citado mediante
precatória.
..........................................................................................................

Art. 357- São requisitos da citação por mandado:


I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da
citação;
II - declaração do Oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.
..........................................................................................................
Art. 362 - Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por edital, com prazo de
5(cinco) dias.
..............................................................
Art. 365 – O edital de citação indicará:
..........................................................
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será publicado pela
imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por
exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação.

..........................................................................................................

Capítulo II

Das Intimações
49
Art. 370 - Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento
de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.
.......................................................................................................
Art. 371 – Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o disposto
no art. 357.

.........................................................................

Livro II

Dos Processos em Espécie

Título I

Do Processo Comum

Capítulo II

Do Processo dos Crimes da Competência do Júri


..........................................................................................................
Art. 415 – A intimação da sentença de pronúncia, se o crime for afiançável, será feita ao réu:
...................................................
III- ao defensor por ele constituído se, não tendo prestado fiança, expedido o mandado de prisão, não for
encontrado e assim o certificar o oficial de justiça;
IV- mediante edital, no caso do n. II, se o réu e o defensor não forem encontrados e assim o certificar o oficial
de justiça;
V - mediante edital, no caso do n. III, se o defensor que o réu houver constituído também não for encontrado
e assim o certificar o oficial de justiça;
................................................

Art. 429 - Concluído o sorteio, o Juiz mandará expedir, desde logo, se o edital a que se refere o art. 427, dele
constando o dia em que o júri se reunirá e o convite nominal aos jurados sorteados para comparecerem, sob as penas
da lei, e determinará também as diligências necessárias para intimação dos jurados, dos réus e das testemunhas.
..........................................................................................................
§ 2º - Entender-se -á feita a intimação quando o Oficial de Justiça deixar cópia do mandado na residência do
jurado não encontrado, salvo se este se achar fora do município.
..........................................................................................................

Seção IV

Do Julgamento pelo Júri


..........................................................................................................
Art. - 455 - A falta de qualquer testemunha não será motivo para o adiamento, salvo se uma das partes tiver
requerido sua intimação, declarando não prescindir do depoimento e indicando seu paradeiro com a antecedência
50
necessária para a intimação. Proceder-se-á, entretanto, ao julgamento, se a testemunha não tiver sido encontrada no
local indicado.

§ 1º - Se, intimada, a testemunha não comparecer, o Juiz suspenderá os trabalhos e mandará trazê-la pelo
Oficial de Justiça ou adiará o julgamento para o primeiro dia útil desimpedido, ordenando a sua condução ou
requisitando à autoridade policial a sua apresentação.
§ 2º - Não conseguida, ainda assim, a presença da testemunha no dia designado, proceder-se-á ao julgamento.

Art. - 456 - O porteiro do tribunal, ou na falta deste, o Oficial de Justiça, certificará haver apregoado as partes
e as testemunhas.
..........................................................................................................
Art. 481 - Fechadas as portas, presentes o escrivão e o dois Oficiais de Justiça, bem como os acusadores e os
defensores, que se conservarão nos seus lugares, sem intervir nas votações, o conselho, sob a presidência do Juiz,
passará a votar os quesitos que lhe forem propostos.
Parágrafo único. Onde for possível, a votação será feita em sala especial.
..........................................................................................................
Art. - 485 - Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o Juiz mandará distribuir pelos jurados pequenas
cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo umas a palavra sim e outras a palavra não, a fim de,
secretamente, serem recolhidos os votos.

Art. - 486- Distribuídas as cédulas, o Juiz lerá o quesito que deva ser respondido e um Oficial de Justiça
recolherá as cédulas com os votos dos jurados e outro, as cédulas não utilizadas. Cada um dos Oficiais apresentará,
para esse fim, aos jurados, uma urna ou outro receptáculo que assegure o sigilo da votação.
..........................................................................................................

Livro III

Das Nulidades e dos Recursos em Geral

Título I

Das Nulidades
..........................................................................................................
Art. - 564 - A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
..........................................................................................................
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
..........................................................................................................
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à
acusação e defesa:
..........................................................................................................
g) a intimação do réu para sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o
julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;
..........................................................................................................
o) a intimação, nas condições estabelecidos pela, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso;
51
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
..........................................................................................................

Título II

Dos Recursos em Geral


..................................................................................................

Capítulo X

Do “Habeas Corpus” e Seu Processo


..........................................................................................................

Art. - 655 - O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o Oficial de Justiça ou a autoridade judiciária ou
policial que embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem de habeas corpus, as informações sobre a causa da
prisão, a condução e apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado na quantia de duzentos mil-réis a um
conto de réis, sem prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão impostas pelo Juiz do tribunal que julgar o
habeas corpus, salvo quando se tratar de autoridade judiciária, caso em que caberá ao Supremo Tribunal Federal ou
ao Tribunal de Apelação impor as multas.
..........................................................................................................

Livro VI

Disposições Gerais
..........................................................................................................

Art. - 792 - As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes
dos juízos e tribunais, com assistência dos Escrivães, do Secretário, do Oficial de Justiça que servir de Porteiro, em
dia e hora certos, ou previamente designados.
§ 1º - Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar escândalo, inconveniente
grave ou perigo de perturbação da ordem, o Juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a
requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o
número de pessoas que possam estar presentes.
§ 2º - As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de necessidade, poderão realizar-se na
residência do Juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada.
..........................................................................................................

Art. - 795 - Os espectadores das audiências ou das sessões não poderão manifestar-se.
Parágrafo único. O Juiz ou o presidente fará retirar da sala os desobedientes, que, em caso de resistência,
serão presos e autuados.
..........................................................................................................

Art. 797 - Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para domingo ou dia feriado, os
demais atos do processo poderão ser praticados em período de férias, em domingos e dias feriados. Todavia, os
julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de feriado ou domingo.
52

PARTE V

Resolução n.º 010

de 30 de junho de 1999

Dispõe sobre a criação, implantação, estrutura e funcionamento da Central de Mandados da Comarca de


Aracaju.

Tribunal De Justiça Do Estado De Sergipe, no uso de suas atribuições, conferidas pelo art. 26, IV, da Lei
n.º 2.246, de 26 de dezembro de 1979, e

considerando a necessidade de melhor racionalizar a execução do serviço atribuído aos Oficiais de Justiça da
Comarca de Aracaju e a necessidade permanente de aprimoramento da prestação jurisdicional;

considerando a desigualdade existente na distribuição dos mandados e, consequentemente, a desigualdade de


trabalho e rendimento dos Oficiais de Justiça e que a distribuição de mandados de forma centralizada e unificada
atende melhor aos interesses da Justiça;

considerando a experiência havida com a distribuição centralizada de mandados nos Juizados Especiais
Cíveis da Capital, a qual foi plenamente satisfatória;

RESOLVE

Art. 1º - Fica criada a Central de Mandados para agilização, distribuição e cumprimento de mandados
expedidos pelos Ofícios e Secretarias de Varas Cíveis e Criminais das Comarcas de Aracaju, Nossa Senhora do
Socorro e São Cristóvão; de Assistência Judiciária, da Capital e São Cristóvão e dos Juizados Especiais das
Comarcas de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão.

Art. 2º - Para efeito do disposto no artigo anterior, as Comarcas serão divididas em Áreas, as quais contarão
com o número de Oficiais de Justiça que se fizer necessário.

Art. 3º - Os oficiais de Justiça ficam, a partir da implantação da Central de Mandados, desvinculados das
Varas e Juizados a que servem.

Art. 4º - Integram a Central de Mandados todos os Oficiais de Justiça das Varas Cíveis, Criminais e dos
Juizados Especiais da Comarca de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão, bem como os Oficiais de
Justiça das Varas de Assistência Judiciária da Capital e São Cristóvão.
53
DA ESTRUTURA

Art. 5º - A Central de Mandados funcionará com a seguinte estrutura:

I - um Juiz-Corregedor;
II - um Corregedor - Geral ;
III - um Coordenador Interno;
IV - quatro Coordenadores Externos;
V - cinco servidores.

DO FUNCIONAMENTO

Art. 6º - O funcionamento da Central de Mandados será em dois turnos corridos de seis horas cada um.

Art. 7º - Haverá escala de plantão de Oficiais de Justiça, na sede da Central, para diligências urgentes
imprescindíveis, como também para as Varas e Juizados Especiais, quando se fizer necessário.

Art. 8º - Os mandados serão encaminhados devidamente acompanhados das peças necessárias ao seu
cumprimento, no prazo máximo de vinte e quatro horas após sua expedição, mediante protocolo.
Parágrafo único. Haverá um controle informatizado de recebimento e devolução dos mandados nas
respectivas Varas e Juizados.

Art. 9º - Os mandados serão distribuídos aos Oficiais de Justiça, tão logo cheguem à Central, após registro em
meio magnético, com emissão de lista e respectivo recibo de entrega e devolução.

Art. 10 - O prazo para devolução dos mandados devidamente cumpridos será de dez dias, ressalvados os
casos de urgência, determinados pelos Juízes das respectivas Varas e Juizados.

Parágrafo único. Nos casos de urgência, previstos no “caput” deste artigo, o mandado será cumprido por um
dos Oficiais de Justiça de plantão, podendo ainda ser designado outro Oficial de Justiça para cumprimento do
referido mandado, quando houver impossibilidade no seu cumprimento.

Art. 11 - O sistema de computação emitirá relatório diário e estatística mensal sobre as atividades da Central,
que serão encaminhados ao Juiz Supervisor para análise e posterior encaminhamento à Corregedoria-Geral da
Justiça.

Art. 12 - Poderá o Coordenador - Geral autorizar a utilização de motocicletas para realização de diligências,
restringindo-se tal uso aos Oficiais de Justiça devidamente habilitados e que portem equipamento de segurança.
§ 1º - A autorização de uso de motocicletas aos sábados, domingos e feriados só poderá ser dada em casos
excepcionais, para cumprimento de diligência determinada por um dos Juízes de Direito das Varas Cíveis e
Criminais ou Juizados Especiais.
§ 2º - As multas decorrentes do mau uso das motocicletas são de responsabilidade do usuário, o qual arcará
com os respectivos encargos financeiros.
54
Art. 13 - No cumprimento dos mandados, quando as partes não forem encontradas e em não havendo na
certidão emitida pelo Oficial de Justiça, os requisitos legais necessários, será esta devolvida para complementação
ou renovação da diligência, no prazo de quarenta e oito horas.

Art. 14º - Os Oficiais de Justiça procederão a avaliação dos bens penhorados não excedentes a sessenta
salários - mínimos.
Parágrafo único. Observar-se-á para a distribuição de mandado, quando várias forem as partes, a área
correspondente ao endereço de cada uma delas.

Art. 15 - Os mandados devolvidos pelos Oficiais de Justiça deverão ser encaminhados às Secretarias e
Ofícios das Varas e Juizados, no prazo máximo de vinte e quatro horas que antecede o ato processual a que se
destina.

Art. 16 - Cabe ainda à Central de Mandados:


I - dirigir os serviços dos Oficiais de Justiça, bem como os de seus Coordenadores;
II - solicitar as providências essenciais ao bom desempenho da Central de Mandados;
III - promover meios e zelar para que a ordem, o respeito e a disciplina sejam mantidos entre os servidores
lotados na Central de Mandados e entre as demais pessoas afetas ao serviço;
IV - supervisionar a escala de férias de seus servidores e Oficiais de Justiça, podendo suspender ou negar
férias aos mesmos se houver acúmulo de serviço ou atraso na entrega dos mandados, até sua regularização;
V - receber e devolver os mandados às Varas e Juizados mediante recibo;
VI - entregar aos Oficias de Justiça os mandados distribuídos, mediante protocolo;
VII - observar o cumprimento dos mandados pelos Oficiais de Justiça, comunicando imediatamente ao Juiz-
Corregedor qualquer irregularidade no desempenho funcional dos mesmos, para as providências cabíveis;
VIII - verificar se o cumprimento dos Mandados ocorreu com observância das determinações neles contidas,
bem como se estão devidamente certificados antes de devolver os mesmos às Secretarias e Ofícios das Varas e
Juizados;
IX - determinar rodízio entre os Oficiais de Justiça das respectivas áreas, semestralmente.
Parágrafo Único - Sempre que houver necessidade de dois Oficiais de Justiça no cumprimento de uma
diligência, caberá ao Coordenador-Geral a designação do segundo Oficial.

DOS OFICIAS DE JUSTIÇA

Art. - 17 - Caberá ao Oficial de Justiça ao receber cada mandado:


I - verificar se o mandado está no limite de sua área;
II - observar se contêm os documentos necessários ao seu cumprimento.

Art. 18 - Deverá, ainda o Oficial de Justiça:


I - observar o prazo de dez dias para devolver os mandados devidamente cumpridos à Central de Mandados;
II - na impossibilidade de cumprimento dos mandados no prazo assinado anteriormente, deverá o Oficial de
Justiça, juntamente com o Coordenador Externo, requerer nos autos, prazo menor ou igual a dez dias;
III - devolver os mandados oriundos de Carta Precatória à Central, com prazo máximo de dez dias da
designação da audiência;
55
IV - fazer uso de certidões padronizadas, sempre que possível, e não o sendo devem as mesmas ser
datilografadas ou emitidas por meio magnético;
V - comunicar ao Coordenador responsável pela área, no mínimo uma hora antes do início do plantão,
qualquer impossibilidade de comparecimento do dia e horário para os quais fora escalado, com a devida
justificativa;
VI - observar que o Alvará de Soltura terá prioridade sobre qualquer outro mandado, devendo cumpri-lo de
imediato;
VII - usar obrigatoriamente crachá nas dependências da Central de Mandados;
VIII - atentar que é terminantemente proibida cobrança de custas, ensejando tal comportamento às medidas
legais devidas e imediata transferência de área;
IX - trajar-se de forma compatível com a dignidade da Justiça, especialmente nos plantões inerentes às Varas
e Juizados, ensejando comunicação ao Coordenador - Geral qualquer falta nesse sentido, para as medidas legais
cabíveis junto ao Juiz - Corregedor;
X - assinar a folha de presença no início e término do expediente, ficando esta sob a responsabilidade do
Coordenador Interno, que examinará as justificativas devidamente comprovadas, quando houver falta da assinatura;
XI - observar que os despachos judiciais, que alteram a situação do processo em relação ao cumprimento de
mandados já expedidos, devem ser comunicados, de imediato, por escrito, à Central de Mandados, para a devida
observância das referidas alterações;
XII - considerar que, quando o mandado destinar-se a penhora de bens ou outras medidas correlatas, os
Oficiais de Justiça somente deixarão de efetivar a constrição legal por determinação expressa e por escrito do Juiz
do feito.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19 - Para que se resguardem os superiores interesses da Justiça, não serão informados às partes e seus
respectivos advogados, os nomes dos Oficiais de Justiça incumbidos do cumprimento dos mandados, executando-se
os casos de despejo compulsório, busca e apreensão, remoção, reintegração e emissão de posse ou outros da mesma
natureza, previstos em lei, a fim de que providenciem os meios necessários ao cumprimento dos mesmos.
Parágrafo único. As providências necessárias mencionadas no “caput” deste artigo, refere-se às condições
materiais e não as de caráter monetário, sendo estas últimas de exclusiva iniciativa da parte.

Art. 20 - Não se admitirá a inserção ou alteração de dados, como também informações constantes nos
mandados, por qualquer Servidor ou Oficial de Justiça, entendo-se como adulteração do mandado, sujeitando-se o
infrator às medidas judiciais cabíveis.

Art. 21 - Fica expressamente vedada a entrega de cópia xerográfica de mandados a qualquer pessoa que a
solicite, sob a alegação de interesse no cumprimento dos mesmos, estendendo-se tal proibição aos Ofícios e
Secretarias das Varas e Juizados.

Art. 22 - Os mandados que estiveram com os Oficiais de Justiça, por ocasião da implantação da Central de
Mandados, não serão redistribuídos, devendo ser cumpridos e entregues às respectivas Varas e Juizados.
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Art. 23 - O Juiz - Corregedor responsável pela supervisão da Central de Mandados, baixará normas
complementares de procedimento, visando a implantação e o funcionamento da mesma, bem como as atribuições
dos servidores do referido setor.

Art. 24 - Poderá o Juiz-Corregedor, através da Corregedoria Geral, propor alterações na presente Resolução,
para que melhor atinja seus objetos, mediante aprovação do Tribunal de Justiça.

Art. 25 - Esta Resolução entra em Vigor na data da sua publicação.

Art. 26 - Ficam revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, em Aracaju, capital do Estado de
Sergipe, aos trinta dias do mês de junho do ano de hum mil novecentos e noventa e nove.

PARTE VI

GLOSSÁRIO

ABANDONO DE CARGO - Caracteriza-se quando o funcionário público se ausenta do serviço sem motivo
justificado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos, ou 90 (noventa) dias alternados em um período de 12 (doze)
meses. O abandono de emprego, cargo ou função é justa causa para demissão.
AÇÃO CAMBIAL - A que se funda em título cambial, título de crédito, como cheque, nota promissória, etc.
AÇÃO CAUTELAR - A ação que tem por finalidade evitar dano irreparável ou de difícil reparação antes de
decidida em Juízo ação dita principal a ser proposta ou já em andamento.
AÇÃO CÍVEL - A ação na qual se busca um direito ou se pretende resolver um conflito de interesses não penais,
em regra, de natureza econômica, mas podendo, também envolver interesses de outra natureza, como se dá nas
ações de estado. O mesmo que ação civil.
AÇÃO CIVIL PRIVADA - A ação proposta por qualquer interessado diretamente, se capaz, ou através do
representante legal para a proteção de direitos violados ou ameaçados.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - A ação penal não promovida pelo ofendido, mas pelo representante do Ministério
Público, à vista de fato criminoso que viola a ordem pública.
AÇÃO COM PRECEITO COMINATÓRIO - a ação em que o autor pede ao Juiz que proíba ou determine a prática
de determinado ato, sob alguma condição como tempo, modo, quantidade, etc, sob pena de multa ou outra pena
prevista em lei, contrato, ou na petição inicial.
AÇÃO CRIMINAL - tem por característica relacionar-se a fato criminoso e por finalidade apurar o fato e o autor do
delito, e puni-lo pela violação da ordem pública.
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AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO - aquela em que o autor pede ao Juiz declare que a propriedade de uma coisa lhe fica
transferida. A sentença concessiva substitui o título (escritura, p. ex.) que é recusado, podendo ser levada à registro.
AÇÃO DE COMISSO - a ação em que se pede seja aplicada à parte infiel ou descumpridora de obrigação contratual
a pena de perda da coisa sobre a qual incidia a obrigação. Aplica-se a denominação nos casos de contratos de
aforamento ou enfiteuse.
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO OU CONSIGNATÓRIA - o autor pede ao Juiz determine a citação do réu para que
ele compareça em dia, hora e local determinado, para receber determinado bem ou valor, ficando o mesmo
depositado às ordens do Juiz, se não houver comparecimento do réu, ou este, comparecendo, o recusar.
AÇÃO DE DESERDAÇÃO - a ação que compete ao interessado contra o herdeiro que tenha sido excluído em
testamento da condição de herdeiro.
AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PÁTRIO PODER - a ação na qual parente do menor, ou representante do
Ministério Público pede a condenação do pai à perda de pátrio poder sobre ele, em razão de atos que a lei prevê com
essa pena.
AÇÃO DE DIVISÃO - é ação que extingue um estado de indivisão seja de imóvel, seja de um conjunto de bens.
AÇÃO DE EMANCIPAÇÃO - do menor que completou 18 (dezoito) anos, contra seu pai, mãe ou tutor, para ser
declarado maior e capaz de reger sua pessoa e seus bens.
AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - também chamada ação de repetição. É a ação empregada por aquele
que pretende receber pagamento indevido que fez a outrem em razão de erro de fato ou de direito, com a intenção
de extinguir obrigação assumida.
AÇÃO DE ESBULHO - ação na qual o autor pede a devolução da posse de bem móvel ou imóvel perdida por ato
violento, clandestino ou precário.
AÇÃO DE ESTADO - aquela em que se busca reconhecer, reivindicar, garantir, defender o estado civil da pessoa
ou, então, a situação jurídica da pessoa nas relações de família. São exemplos: ação de investigação de paternidade,
de nulidade ou anulação de casamento, de paterrnidade, de cidadania, de separação, de divórcio, etc. Também se diz
ação prejudicial.
AÇÃO DE EXCUSSÃO DE PENHOR - a ação do credor, que se garantiu em algum bem, ou penhor, para receber a
dívida. O penhor, ou bem penhorado, é depositado em Juízo para posterior alienação em hasta pública, se não
houver o pagamento.
AÇÃO DE EXCUSSÃO DE HIPOTECA - o mesmo que ação de execução de hipoteca.
AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE - ação possessória destinada a garantir ao adquirente a posse de bem adquirido e
que esteja no poder do alienante ou de terceiro. Ação atribuída também ao administrador e a representantes das
pessoas jurídicas e aos mandatários em geral.
AÇÃO DE INTERDIÇÃO - ação pela qual o pai, mãe, tutor, cônjuge, parente próximo, ou , na sua falta, o
interessado legítimo e o representante do Ministério Público pede ao Juiz que decrete a incapacidade legal de
alguém para reger-se e administrar seus interesses.
AÇÃO DE INVESTIGAÇÂO DE MATERNIDADE - ação que tem aquele que pretenda provar ser filho de
determinada mãe.
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE - ação que tem aquele que pretenda ser declarado filho de
determinado pai.
AÇÃO DE LEVANTAMENTO DE INTERDIÇÃO - é a ação pela qual o interditado requer ao Juiz que levante a
sua interdição por terem cessado os motivos que a haviam justificado.
AÇÃO DE LICENÇA PARA CASAMENTO - a ação que cabe ao menor ou interdito contra pai, mãe, ou tutor ou
curador, a fim de que o Juiz supra, com sua licença, o consentimento para casar-se, e que lhe é negada
injustificadamente por aqueles.
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AÇÃO DE MANDATO - é a ação pela qual o mandante pede ao mandatário que preste contas do mandato, ou
restitua coisas que tenha recebido em razão do mandato, ou indenizar por danos a ele causados.
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE. - o mesmo que interdito de manutenção, e ação de força turbutiva. A
ação do possuidor contra aquele que, por atos concretos e injustos, o perturba na posse de bem móvel ou imóvel.
AÇÃO DE MÚTUO - a ação de quem emprestou (mutuante) contra quem recebeu o empréstimo ou mútuo
(mutuário) para reaver a coisa mutuada com juros de lei.
AÇÃO DE NULIDADE - é ação declaratória com a qual.o autor pede que o Juiz declare que determinado ato ou
contrato é nulo por ter sido produzido com vícios ou defeitos que o tornam nulo.
AÇÃO DE OBRA NOVA - o mesmo que ação de nunciação de obra nova, ou ação demolitória. A ação que cabe ao
proprietário ou possuidor para impedir a continuação de edificação em imóvel de sua propriedade ou posse.
AÇÃO DE OUTORGA COMPULSÓRIA - o mesmo que ação de adjudicação.
AÇÃO DE PACTO DE MELHOR COMPRADOR - cabe ao vendedor contra o comprador para desfazer a venda se
, dentro de prazo previsto no contrato, aparece quem ofereça pela coisa melhor preço.
AÇÃO DE PARTILHA - ação do herdeiro contra o inventariante, quem possa sê-lo ou contra o herdeiro detentor,
para que leve a inventário bem sonegado ou não.
AÇÃO DE PASSAGEM FORÇADA - a que cabe ao proprietário de imóvel que se vê ilhado, para que o vizinho,
devidamente indenizado, permita a passagem ou o acesso ao seu imóvel.
AÇÃO DE PÁTRIO PODER - a ação através da qual o pai ou a mãe reclama menor da pessoa que o detenha
legalmente.
AÇÃO DE PERDA DE PÁTRIO PODER - ação de destituição do pátrio poder, em casos previstos em lei.
AÇÃO DE PERDAS E DANOS - ação pela qual a pessoa que sofreu danos patrimoniais pede seja indenizada por
eles
AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA - a ação do herdeiro legítimo para que sejam reconhecidas suas qualidades
de herdeiro e seu direito aos bens do espólio, no que lhe tocar.
AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS - a ação de quem possui bens de terceiro em seu poder, para guarda ou
administração, em razão de mandato expresso, ou a do terceiro contra o detentor, para prestar contas da guarda ou
administração.
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - é ação do possuidor contra quem lhe tomou a posse de bem móvel ou
imóvel ou o recebeu do seu esbulhador.
AÇÃO DE REIVINDICAÇÃO DE POSSE - a ação do proprietário com justo título, para que seja reconhecido o
seu direito à coisa e à sua posse, contra quem a detenha sob qualquer título.
AÇÃO DE REPETIÇÃO - é proposta para receber o que foi pago a mais ou indevidamente, por erro de fato ou de
direito; o mesmo que ação de repetição do indébito.
AÇÃO DE REVOGAÇÃO DE DOAÇÃO - a ação que o doador propõe contra o donatário para revogar doação por
ingratidão ou descumprimento de encargo.
AÇÃO DE SUPRIMENTO DO CONSENTIMENTO - é a ação daquele que, por lei ou contrato, depende do
consentimento de alguém para a prática de determinado ato que lhe é recusado injustificadamente.
AÇÃO DE USUCAPIÃO - a ação pela qual alguém adquire a propriedade e o domínio de bem móvel ou imóvel
alheio, em razão do decurso de determinado prazo.
AÇÃO DECLARATÓRIA - é a ação através da qual o interessado pede ao Juiz que declare a existência ou
inexistência de direito ou de relação jurídica, a autenticidade ou falsidade de um documento. A declaração não dá
direito de execução, porque sentença de mera declaração não encerra condenação.
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AÇÃO DEMOLITÓRIA - é a ação que cabe àquele que se sente prejudicado por obra nova já concluída. É também
a ação da autoridade administrativa para a demolição de obra nova, edificada contrariamente as regra
administrativas, também ditas posturas municipais, ou de obra antiga que ameace a segurança pública.
AÇÃO DE EVICÇÂO - a ação através da qual aquele que adquiriu um bem e vem a perdê-lo, no todo ou em parte,
em decorrência de sentença que atribui a sua propriedade a outrem exige do seu alienante o preço pago,
indenizações por eventuais perdas e danos, e as despesas que tenha realizado com a ação.
AÇÃO FISCAL - é a ação através da qual à Fazenda Pública Federal, estadual ou municipal busca receber crédito
tributário.
AÇÃO - O conjunto de atos praticados em Juízo para obter, executar, conservar, recuperar ou fazer declarar um
direito ou resolver um conflito de interesses. É sinônimo de causa, pleito, lide, questão, litígio. É um dos meios
civilizados que as pessoas têm para resolver os seus conflitos no dia - a- dia da convivência social.
AÇÃO PAULIANA - é a ação pela qual o credor quirografário pede a anulação da venda fraudulenta a terceiro,
feita pelo seu devedor insolvente, a título oneroso ou gratuito.
AÇÃO PENAL PRIVADA - a ação para obter a punição de responsável pela prática de ato considerado na lei como
crime, proposta pelo ofendido ou seu representante legal, como acontecem com os crimes contra os costumes,
sexuais, adultério, calúnia, difamação, etc.
AÇÃO POPULAR - ação proposta por cidadão para anular ato administrativo comissivo ou omissivo lesivo ao
erário público, e para responsabilizar o agente público responsável pelo o ato, a fim de que ele repare os danos e
restitua, se for o caso, tudo aquilo que o enriqueceu ilicitamente em decorrência do ato.
AÇÃO PRINCIPAL _ a ação que contém a pretensão, ou o pedido principal do autor; dela nasceram as ações
preparatórias a as incidentais.
AÇÃO REAL - ação destinada à defesa de direitos reais ou sobre coisa móvel ou imóvel.
AÇÃO REDIBITÓRIA - ação para rescindir contrato de compra e venda com a devolução da coisa adquirida e o
recebimento do preço pago em razão de vício ou defeito que o torna imprópria para o uso destinado, ou lhe diminuir
o valor.
AÇÃO REGRESSIVA - ação do titular de um direito contra o responsável indireto por dano sofrido no caso do
avalista e do fiador, para receber do responsável direto o que pagou em razão do aval ou da fiança; e ainda ação que
tem a vítima de ato lesivo praticado por preposto ou por servidor público, contra o patrão ou preponente, ou a
entidade pública; finalmente, ação com a qual a entidade pública (União, Estados, Distrito Federal e Município)
pede a condenação de agente público seu a reembolsá-la por indenização que tenha pago em razão de ato ilícito
praticado pelo seu agente.
AÇÃO RESCISÓRIA - a ação destinada a anular decisões judiciais transitadas em julgado em casos especiais
relacionados em lei.
ACAREAÇÃO - é procedimento através do qual duas ou mais testemunhas são postas em confronto, frente a frente,
para esclarecerem depoimentos divergentes ou conflitantes. O confronto dá-se em presença das partes, dos acusados
ou dos ofendidos e perante autoridade policial ou judiciária, que presida o inquérito ou o processo.
ACEITE - ato pelo qual alguém se obriga a pagar letra de câmbio.
AÇÕES CONEXAS - são ações que têm o mesmo objeto ou causa de pedir ou o mesmo fundamento jurídico.
ADIMPLENTE - aquele que cumpre obrigação assumida.
ADITAMENTO - ato de acrescentar, aditar uma petição, complementar.
ADOÇÃO - ato formalizado em escritura pública pelo qual alguém admite outra pessoa mais nova pelo menos
16(dezesseis) anos como filha para todos os fins e direitos. No caso de menores, não há adoção por escritura
pública.
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ADULTERINO - proveniente de união entre duas pessoas de sexo oposto, ambas (ou pelo menos uma delas)
casadas com outro cônjuge; filho adulterino, proveniente de adultério.
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA - uso ilícito de prestígio pessoal para obter favores ou vantagens da
administração pública
AGRAVO - recurso no qual se pede a uma instância superior a correção ou modificação de decisões judiciais que
não encerraram o processo. Diz-se o agravo de instrumento, quando julgado em um processo (instrumento) próprio;
e retido, quando apresentado nos próprios autos da ação onde se encontra a decisão agravada e que será apreciada
pelo Tribunal quando passível de recurso de apelação.
ALIENAÇÃO MENTAL - perda, permanente ou temporária, do uso normal das faculdades mentais em
conseqüência de distúrbio mental, nos casos de loucura, delírios e outros de incapacidades mentais.
ALIENAÇÃO - transferência a terceiro da propriedade de um bem. São formas de alienação, entre outras, a compra
- e - venda, a doação, a permuta, etc.
ALIMENTANTE - o que presta alimentos a outrem, por obrigação legal ou por decisão judicial.
ALIMENTÁRIO - o que recebe alimentos do obrigado a prestá-los.
ALIMENTOS - são bens necessários à sobrevivência material do alimentário, envolvendo sustento, vestuário,
assistência médica, habitação, educação, diversões públicas, etc. São prestados em dinheiro ou in natura, isto é,
víveres, etc.
ALÍNEA - nova linha escrita abrindo um parágrafo; diz-se comumente de cada uma das subdivisões de um artigo de
lei ou parágrafo iniciado por letras.
ALVARÁ - é termo usado em juízo e na administração pública. Em ambos os casos tem-se uma autorização ou
aprovação de determinado ato, estado ou direito. O primeiro é expedido por juiz de direito, e o segundo, por
autoridade administrativa. Pode significar também uma ordem, como ocorre com o alvará de soltura, no qual a
autoridade judicial manda que o preso seja libertado.
AMIZADE ÍNTIMA - sentimento de afeição extremada, manifestado na convivência constante, numa certa unidade
de pensamento e comunhão de interesses, pontos de vista, etc. Constitui motivo de suspeição para juiz, escrivão,
perito, testemunha, etc.
AMORTIZAÇÃO - extinção gradual de uma dívida, particular ou pública, mediante prestações periódicas e
sucessivas.
ANATOCISMO - cobrança de juros sobre juros, ou sobre juros e capital. A legislação pátria permite apenas
acumular juros sobre o capital.
ANDAMENTO PROCESSUAL - desenvolvimento normal e regular do processo.
ANEXAÇÃO - reunião, em um só corpo , de órgãos circunscricionais administrativos ou judiciários; em plano mais
restrito, como anexação de comarca, de cartórios; ou mais amplo, como: anexação de um Estado, um Município, um
Território, etc.
ÂNIMO - intenção; elemento intencional que indica e qualifica uma gama de atos do indivíduo no seu dia - a - dia.
Diz-se também animus, ou intenção de: ajudar, imitar, comprar, delinguir, abusar, ocultar, confessar, anular, evitar
difamar, retardar, dominar, dar, fraudar, ter, transgredir, injuriar, gracejar, ofender, fazer, brincar, morar, descrever,
ferir, inovar, obrigar, resistir, prevaricar, receber, possuir para si, reter a posse, revidar, revogar, simular, liquidar,
transmitir, insultar, violar, ferir, etc.
ANISTIA - ato de bondade, coletivo ou individual, através do qual a autoridade, através de lei, declara isentos de
culpa ou de cumprimento de pena agentes de crimes políticos.
ANISTIA FISCAL - perdão de dívidas decorrentes de tributos e multas ou sanções impostas pelas autoridades
fazendárias.
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ANTECEDENTES - diz-se também vida pregressa, os atos ou fatos da vida de uma pessoa que revelam tendências,
modo de ser, sob o aspecto de moral e costumes.
ANTICRESE - a entrega de um bem ao credor para que o mesmo, com seus frutos e rendimentos, receber pelo
empréstimo feito ao devedor, dito anticrédito.
ANULABILIDADE - qualidade, ou condição do ato que é anulável, por ter sido praticado com defeito ou vício que
pode ser suprido, salvando-se o ato.
ANULAÇÃO - perda de validade ou de efeito jurídico de ato ou contrato por infração de cláusula ou conteúdo;
decisão judicial que declara insubsistente o ato ao qual é atribuída qualquer nulidade.
APELAÇÃO - recurso contra decisão definitiva, que encerra o processo.
APELADO - a parte contra quem se apela.
APELANTE - o que apela.
APENAR - punir com pena.
APENSAR - anexar aos autos uma petição, ou autos de outra ação; o contrário de juntar, que é inserir dentro dos
autos, petição ou documento.
APREENSÃO - ação de apreender, tomar, apoderar-se de alguma coisa, ou bem pessoa menor, inválida ou incapaz.
AQUESTOS - bens adquiridos na constância do casamento e que entram para comunhão, quando o casamento for
com comunhão de bens.
ARBITRAR - determinar, declarar, decidir como árbitro em uma questão.
ARQUIVAMENTO - ato de recolher ao arquivo; último ato praticado no processo.
ARRAS - sinal de negócio, primeiro pagamento, selando o contrato.
ARRAZOADO - alegações escritas ou orais em processo.
ARRECADAÇÃO - reunião e recolhimento de bens de ausente, de herança.
ARRENDAMENTO - contrato de cessão de bens mediante preço combinado.
ARRESTO - apreensão e depósito de bens do devedor, por ordem judicial; quaisquer bens, para a garantia da
dívida.
ARRIMO - amparo, auxílio; arrimo de família, aquele que mantém e sustenta a família.
ARROLAMENTO - lista de bens, forma resumida e rápida de inventário.
ARROMBAMENTO – rompimento de resistência oferecida para se entrar em algum lugar, ou ter acesso a algum
bem guardado, ou preso.
ARTIGO - divisão ordenada, com números de texto de lei, decreto, regulamento, etc
ASSASSINAR - praticar assassínio ou homicídio.
ASSENTADA - termo que antecede o depoimento de testemunha, parte, perito, etc.
ATO DISCRICIONÁRIO - o ato a autoridade pratica quando entender que deve praticá-lo, sem obrigação de
praticá-lo, podendo praticá-lo ou não, quando entender conveniente e oportuna a sua prática. Opõe-se ao ato
vinculado, no qual é menor o campo de liberdade da autoridade.
AUTOR DA HERANÇA - também chamado de “de cujus”, pessoa que deixa bens ao morrer, os quais deverão ser
inventariados.
AUTORIDDADE COATORA - a autoridade à qual é atribuída, na ação de mandado de segurança, a
responsabilidade pela prática de determinado ato que o interessado (impetrante) entende ilegal e prejudicial a seus
interesses.
CAUÇÃO - garantia através de penhor, hipoteca ou depósito para o pagamento de uma dívida ou o cumprimento de
uma obrigação.
CITAÇÃO FICTA - a citação feita pela imprensa (edital) ou pelo Oficial de Justiça com hora certa.
CITAÇÃO - o ato processual através do qual se chama alguém para vir a juízo defender-se.
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CITANDO - a pessoa que deve ser citada.
CÓDIGO DO CONSUMIDOR - Lei federal que trata das relações dos produtores, vendedores, prestadores de
serviço e comerciantes com o consumidor em geral, definindo direitos e obrigações de uns e outros.
COMPETÊNCIA - poder ou aptidão legal para prática de atos inerentes a cargo ou função pública.
COMUNICABILIDADE - diz-se, entre outros significados, da inclusão de bens na comunhão dos mesmos, que
passam a pertencer a mais de uma pessoa.
CONCLUSÃO - ato praticado pelo escrivão no processo encaminhando-o ao Juiz para despacho, ou sentença.
CONCORDATA - procedimento judicial em que o comerciante em dificuldades financeiras propõe aos seus
credores acordo para pagar suas dívidas de forma a evitar a falência.
CONCORRÊNCIA - é modalidade de licitação, tal como a tomada de preços e a carta-convite; procedimento a ser
seguido pela administração pública, direta e indireta, para aquisição de bens e a contratação de serviços e obras, em
geral.
CONCUSSÃO - extorsão, ou exigência de vantagem indevida feita por autoridade para a prática ou omissão de ato
relacionado com o cargo de que é investida.
CONDESCENDÊNCIA CRIMOSA - tolerância, permissão não expressa, tácita, quase um estímulo, para a prática
de ato criminoso.
CONDUÇÃO SOB VARA - a vara é símbolo da autoridade, que se impõe de maneira coercitiva, se necessário. A
frase é usada para expressar que a testemunha ou parte ou, em geral, aquele que recebe ordem para comparecer
perante o Juiz, será conduzido preso pelo Oficial de Justiça, se, sem justificativa, não atender a intimação feita
regularmente.
CONSELHO DA MAGISTRATURA - órgão superior do Tribunal de Justiça, composto do Presidente e do Vice -
Presidente do Tribunal de Justiça e de mais 6 (seis) Desembargadores, com atribuições fixados pela Corte Superior.
Entre as competências do Conselho estão as seguintes: julgar, em grau de recurso, ato ou decisão do Corregedor
Geral, recurso de pena disciplinar aplicada pelo Corregedor Geral de Justiça ou Juiz, recursos de decisões sobre
percepção de custas e emolumentos, dúvidas cartorárias, reclamações sobre excesso de prazo, etc.
CONTRAFAÇÃO - reprodução ou falsificação fraudulenta de documento, ato ou coisa.
CONTRAVENÇÃO - infração de natureza criminal que, pela ausência de maior gravidade, ou por disposição
expressa da lei, não é considerada crime, não figurando, por isso, no Código Penal.
CORPO DE DELITO - laudo pericial destinado a provar a prática de um crime; confunde-se com a prova material,
objetiva, do delito.
CORRUPÇÃO ATIVA - crime de funcionário público, o qual consiste em oferecer ou promover, em razão do cargo
ou função, para si ou para outrem, vantagens indevidas, mediante pagamento ou recompensa.
CORRUPÇÃO PASSIVA - crime que consiste em o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para
outrem, paga ou recompensa para praticar ato do seu ofício, ou com ele relacionado, lícito ou não.
CREDOR QUIROGRAFÁRIO - é o credor sem título de preferência, o credor comum.
CRIME - violação grave de regra de conduta, prevista no Código Penal. Para caracterizar o crime é exigido que o
infrator, também dito criminoso, ou delinquente, proceda com culpa ou com dolo.
CULPA - falta de diligência ou cuidado em evitar dano a terceiro ou à ordem pública. Conduta caracterizada por
omissão, negligência, imperícia ou imprudência.
DEFENSORIA PÚBLICA - órgão público encarregado da defesa dos interesses jurídicos processuais das pessoas
carentes de recursos para estarem em juízo.
DEPÓSITO - a entrega pelo Oficial de Justiça a um depositário (servidor público, interessado ou simples cidadão)
de bem penhorado para que o guarde, detenha e conserve, até ser levado a arrematação, ou ser liberado por ato ou
ordem do Juiz.
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DESACATO - desobediência acompanhada de palavras, atos (de afronta ou gestos) a superior hierárquico ou a
autoridade no exercício das funções de cargo, e em razão delas.
DESENTRANHAMENTO - a retirada de peça (petição ou documento) dos autos e sua devolução a quem a fez
juntar.
DEVEDOR INSOLVENTE - o devedor que não possui bens que garantem suas dívidas; quando se trata de firma
nessas condições, diz-se falida.
DEVEDOR SOLVENTE - o devedor que possui bens suficientes para a garantia do que deve.
DIREITO ADQUIRIDO - aquele para cuja aquisição foram atendidos todos os requisitos e satisfeitas todas as
exigências; constitui o patrimônio jurídico do cidadão; lei nenhuma pode retirá-la.
DIREITO EXPECTATIVO - diz-se expectativa de direito. Situação daquele que está cumprindo os requisitos ou
exigências para adquirir um direito, mas não o adquiriu ainda, podendo nem chegar a adquiri-lo; a lei protege o
direito líquido e certo; o expectativo, não.
DIREITO LÍQUIDO E CERTO - é o direito claro, evidente, manifesto, comprovado em documento, que não exige
muita interpretação ou indagação; é o direito protegido pelo mandado de segurança.
DIREITO PRIVADO - diz-se do direito regulado por normas destinadas a regerem a conduta e os interesses das
pessoas consideradas em suas relações entre si e com o Estado.
DIREITO PÚBLICO – define-se como o conjunto das normas que regulam os interesses coletivos ou difusos do
cidadão em relação ao Estado, ou deste em relação aos cidadãos ou a outro Estado.
DIRIMENTE - motivo que exclui a culpabilidade. Ex: legítima defesa.
DISCRICIONÁRIO - diz-se do ato cuja pratica depende da decisão da autoridade quanto à sua conveniência e
oportunidade.
DISTRATO - contrato com o qual se desfaz, cancela ou rescinde outro contrato.
DISTRITO - cada uma das partes em que se subdivide o território de um Município. Diz-se também zona, região ou
circunscrição territorial sob a administração de uma autoridade; distrito policial, fiscal, judiciário, etc.
DISTRITO DA CULPA - lugar onde se consumou o delito, lugar do delito, foro do delito.
DÍVIDA SOLIDÁRIA - a dívida garantida por mais de um coobrigado, podendo o credor cobrá-la de todos ou de
qualquer um deles.
DÍVIDA PORTABLE - a que o devedor se obriga a ir pagar, no vencimento, em lugar certo (domicílio ou
residência do devedor).
DÍVIDA QUEREBLE - aquela cujo pagamento o credor se obriga a ir buscar, no vencimento, em local ajustado
(domicílio ou residência do devedor).
DOLO EVENTUAL - vontade, intenção ou propósito de praticar ato menos grave, mas com a previsão ou a
possibilidade de vir a praticar ato mais grave, ou crime. Exemplo corriqueiro é o do motorista que imprime
velocidade excessiva no veículo diante de escola, ou aglomerado de pessoas, sabendo que pode atropelar alguém,
assumindo o risco de praticar o ato.
DOLO - má-fé, vontade deliberada e consciente de praticar ato que a lei proíbe ou considera crime.
DOMICÍLIO - local onde a pessoa reside com intenção de ter ali sua moradia permanente; também usado para
indicar o local onde se vota (domicílio eleitoral), ou se paga tributo (domicílio fiscal), se registra e emplaca o
veículo ( domicílio de trânsito) etc.

EDITAL - ato escrito, publicado na imprensa ou por simples afixação em lugar público a isto destinado, contendo
aviso, chamamento ou determinação emanada de autoridade pública.
64
EMBARGOS - procedimento processual com várias finalidades - impedir a continuação ilegal ou danosa de obra
iniciada (embargo de obra nova); detenção de um navio, defesa contra a cobrança de dívida ou tributo (embargo à
execução); requerimento ao Juiz para que esclareça tópicos de sentença, ou supra omissão nela, ou corrija erros
materiais (embargos declaratórios), etc.

EMBARGOS DE TERCEIRO - defesa de quem tenha tido bem de sua posse ou propriedade penhorado,
seqüestrado ou arrestado para garantia de dívida de terceiro.

EMENTA - resumo sumário de uma sentença, acórdão, parecer, lei, decreto, etc.

ENTRÂNCIA - grau, ou categoria dos lugares ou circunscrições judiciárias, nas quais se realiza a entrada ou
ingresso em juízo. A entrância é determinada em lei de organização judiciária dos Estados; não se confunde com
instância.

ENTRELINHAS - espaço entre duas linhas; o que ali se escreve, com ressalva.

ERRO DE DIREITO - é a errada compreensão da lei; aplica-se a determinado fato, noção definidora de outro fato
de outro fato.

ERRO DE FATO - a noção errada de uma coisa; tem-se uma coisa e imagina-se ser outra; a avaliação falsa das reais
conseqüências de um fato, ou de uma conduta.

ESCREVENTE - servidor público que exerce funções burocráticas na Administração Pública, sem responsabilidade
de chefia e sob as ordens diretas de um escrivão.

ESCREVENTE SUBSTITUTO - o escrevente que pode substituir o titular do cargo, nas eventuais ausências
daquele.

ESCRIVÃO - o servidor público responsável pelos serviços de uma secretaria de juízo ou de repartição da
Administração Pública; Escrivão de delegacia de polícia, p.ex.

ESPAÇO EM BRANCO - diz-se do espaço vazio entre duas linhas, no interior de uma linha, ou entre o texto e a
assinatura. Ao redigir as suas certidões, Oficial de Justiça Avaliador deverá riscar os espaços em branco que tenha
deixado.

ESPÓLIO - diz-se do conjunto de bens de valor que alguém deixa ao morrer. Esse alguém, no direito clássico,
chama-se de cujus; no direito moderno, autor da herança.

ESTATUTO SOCIAL - diz-se do contrato de constituição de uma sociedade. O Oficial de Justiça Avaliador, ao
chegar a uma empresa para fazer citação ou intimação, se tiver dúvida quanto à identidade da empresa ou à
identificação de seus sócios e do seu representante legal, tem o direito/dever de solicitar o contrato social da firma,
onde vai encontrar os esclarecimento de que precisa.

EXCESSO DE EXECUÇÃO - valor cobrado maior que o efetivamente devido.

EXCESSO DE PENHORA - penhora de bem de valor muito superior à dívida e seus acréscimos legais.

EXECUÇÃO FISCAL - ação exclusiva da Fazenda Pública para a cobrança de crédito tributário.

EXPRESSÕES LATINAS MAIS USADAS NO FORO


65
Ab - intestado - sem testamento

Ad - occulum, sub occulo - à vista.

Ad - nutum - à livre vontade

Ad instar, ad vicem - à maneira de

Ad referendum - sujeito à aprovação

Ad libitum - à escolha, ao agrado

Ad juditia - para o Juízo, em Juízo

Ad tempus - conforme as circunstâncias

Ad retro - atrás, para atrás

Aliunde - em algum lugar; de outro lugar.

Alibi - em outro lugar

Animus utendi, abutendi, fruend, et retinendi- intenção de usar, abusar, gozar e reter

Apud - junto de, em.

Ex tunc - desde então, do início.

Ex nunc - a partir de agora

Ex adverso - a parte contrária

Hic et nunc - aqui e agora

Hoc - isto

Ibidem - no mesmo lugar

Idem (id) - o mesmo

In - em

Infra - abaixo, inferior.

Inter – entre.

Jus utendi - direito de usar

Jus fruendi - direito de gozar

Juxta - em

Locus citatus (loc.cit.) - lugar (livro ou página) citado


66
Mens legis - intenção da lei

Meritum causae - mérito da causa

Venia permissa/permissa venia - com licença

Verbi gratia - por exemplo.

FALÊNCIA - é a situação de quebra, ou insolvência, de comerciante, declarada pela autoridade judicial.

FALSIDADE IDEOLÓGICA - é a omissão de fatos verdadeiros e corretos, em documento, ou a declaração


incorreta ou inexata dos fatos, alterando o seu conteúdo com finalidade de proveito ilícito. O Oficial de Justiça pode
praticar esse crime se certifica fato, ou ato inexistente ou incorrido, com intenção de prejudicar alguém ou de obter
vantagem ilícita.

FALSO TESTEMUNHO - é a mentira declarada em Juízo por testemunha que tenha prestado o compromisso de
falar a verdade.

FAZENDA PÚBLICA - órgão do governo que cuida das finanças públicas. O próprio Estado (entendido aqui o
termo como União, Estados, Municípios ou Distrito Federal) considerado como agente financeiro, responsável pelo
lançamento, fiscalização, cobrança e arrecadação de tributos em geral.

FÉ - a credibilidade que se dá a um fato ou documento.

FÉ DE OFÍCIO - a narrativa da vida funcional ou pública, de uma pessoa desde sua posse no cargo ou função
pública, em razão da maneira leal, correta e exata em que é feita a narrativa, merecendo fé.

FÉ PÚBLICA - a confiança e aceitação de documento formado por autoridade, ou certidão de serventuário da


Justiça, como o Oficial de Justiça e ou Escrivão, em razão da função ou ofício exercido. A lei declara digno de fé o
ato. Supõe-se, presume-se, imagina-se, que o ato ou documento correspondam à verdade por presunção legal porque
a lei assim o diz. O interessado poderá provar a falsidade do ato ou documento, caindo, assim, a força presuntiva de
verdade. A presunção é juris tantum e não juris et de jure Autoridade ou serventuário que falta com a verdade
comete crime de falsidade ideológica, ou de perjúrio, tal seja o caso.

FORO - lugar na sede da comarca onde a administração da Justiça centraliza seus serviços e onde se processam as
ações judiciais.

FRAUDE CONTRA CREDOR - qualquer ato do devedor que implique transferir a terceiro, ou onerar bens ou
simular dívidas para evitar a penhora sobre eles, quando já foi proposta ação de execução de dívida à líquida e certa,
expressa em título hábil.

FRAUDE PROCESSUAL - é a inovação ou modificação artificiosa ou mal - intencionada praticada em processo


judicial ou administrativo, de situação referente a lugar, coisa ou pessoa, com a finalidade de levar o Juiz a erro.

HABEAS CORPUS - ação constitucional destinada a garantir a liberdade de locomoção ameaçada ou já perdida.

HABEAS DATA - ação constitucional destinada a permitir ao interessado acesso a órgãos ou serviços de
informação e/ou cadastro ou dados, referente à sua pessoa.
67
IMISSÃO DE POSSE - ato determinado pelo Juiz e praticado pelo Oficial de Justiça, que entrega ao possuidor a
posse litigiosa de um bem, móvel ou imóvel, ou que o reintegra, isto é, devolve ao possuidor posse que lhe fora
tomada de forma injusta ou mediante força.

INCOMPETÊNCIA - ausência ou carência de poderes ou de legitimidade para a prática de determinado ato.

INCOMUNICABILIDADE - situação de quem está impedido de comunicar-se; prisão incomunicável; caráter ou


condição de bens e direitos e obrigações que não entram na comunhão, não se comunicam, são pessoais,
estritamente.

INSTÂNCIA - graduação - grau de jurisdição, ou de hierarquia no Poder Judiciário onde se iniciam, ou têm
prosseguimento (mediante recurso) os procedimentos, processos ou ações judiciais. Diz-se 1ª instância, a dos Juízes
singulares, ou do Juiz único; 2ª instância dos Juizes colegiados (Tribunais). Em geral, as causas começam na 1ª
instância e vão à outra em grau de recurso. Mas há causas chamadas de foro privilegiado, que começam e terminam
nas instâncias superiores.

INSTRUÇÃO - diz-se da prática de atos que têm por finalidade preparar o processo para ser decidido. São atos de
instrução as citações e intimações, manifestações escritas das partes, juntada de documentos, a realização de
perícias, a ouvida de testemunhas, e outros determinados pelo Juiz a pedido das partes e do Representante do
Ministério Público, ou por iniciativa do Juiz. São sinônimos: instrução do processo, da causa, da demanda, da lide,
do feito, etc.

INTIMAÇÃO - ato realizado pelo Oficial de Justiça, ou por ofício ou edital, no qual se dá ciência a alguém de ato
ou termo de processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

JUIZADO ESPECIAL - foro ou instância ou órgão especial onde são propostas e decididas determinadas causas,
caracterizado pela singeleza dos ritos, buscando solução negociada rápida dos litígios. Há os Juizados Especiais
Cíveis e Criminais.

JUÍZO - diz-se da estrutura judiciária de uma comarca, ou vara, formada pelo Juiz de Direito, Representante do
Ministério Público, Advogado, Partes, Escrivão, Escreventes, Oficiais de Justiça, Contador, Partidor, Distribuidor,
Porteiros de Auditório, Peritos, etc. Esse complexo de pessoas e funções, funcionando, harmonizado, coeso, sóbrio,
correto e irrepreensível na conduta de cada um, imprime seriedade, respeito, confiabilidade, aceitação e obediência
aos atos da Justiça.

JUNTADA - termo lavrado e assinado pelo escrivão, declarando a introdução nos autos de peça, documento, laudo,
petição, etc. A simples juntada ou introdução.

JÚRI - diz-se também Tribunal do Júri - Julgamento Popular - órgão colegiado, formado por cidadãos corretos,
residentes na comarca, destinado a julgar os crimes dolosos contra a vida. Trata-se de função e não de cargo; função
judicante, exercida gratuitamente, como contribuição do cidadão para com a ordem pública.

JUSTIÇA DE PAZ - aquele onde se celebram os casamentos e que se destina, também, a promover a convivência
harmônica dos cidadãos. O Juiz de Paz é nomeado por ato do Governador do Estado, escolhido em lista tríplice
organizada pelo Presidente do Tribunal de Justiça, por 4 (quatro) anos, podendo haver reconduções sucessivas.

LAUDO - documento escrito que contém a decisão motivada dos árbitros ou o parecer dos peritos.
68
LEI - ato escrito, da competência privativa do Poder Legislativo, que contém regra de direito ou norma de conduta,
acatamento obrigatório, com vista ao ordenamento social. Representa a vontade do povo, que elege seus
representantes exatamente para fazerem leis. Também se diz manifestação expressa da vontade imperativa do
Estado.

LEI COMPLEMENTAR - Lei especial, destinada a complementar, ou esclarecer, ou especificar dispositivo da


Constituição Federal, Estadual, ou da Lei Orgânica dos Municípios. Sua existência é prevista no texto
constitucional, e é votada com “quorum” especial, dito qualificado. A lei complementar é de hierarquia superior à
lei ordinária e às demais leis especiais.

LEI ESPECIAL - lei de aplicação restrita a determinado grupo social e a determinada matéria. São especiais entre
outras, as leis que disciplinam a existência e funcionamento de categorias profissionais, determinados serviços
públicos, certas atividades, etc.

LEI ORDINÁRIA - é a lei dita comum, votada pelo legislador chamado ordinário, isto é, sem requisitos especiais
envolvendo matéria, iniciativa, “quorum” de aprovação.

LEI ORGÂNICA - lei de estrutura, a que define a organização de determinada entidade ou instituição pública, como
a lei que estrutura a organização municipal (Lei Orgânica do Município), a Magistratura, o Ministério Público, ou
um órgão de serviço, como a Lei Orgânica da Previdência Social, etc.

LEI POSITIVA - o mesmo que lei escrita.

LEILÃO - venda pública de qualquer coisa, a quem oferecer maior lance.

LESÃO - ofensa física ou a direito.

LIBELO - tomado no sentido de citação ou intimação, ou também, de exposição articulada dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, conduzindo ao pedido, que é a real pretensão de quem o expõe, ou articula. De uso tanto no
cível como no criminal. Entretanto, é no âmbito do processo penal que o termo consagrou seu uso. Significa aquela
peça escrita na qual o Representante do Ministério Público descreve os fatos atribuídos ao denunciado, as
circunstâncias que agravam ou aliviaram o delito, aponta os artigos do Código Penal infringidos e pede a
condenação do autor do delito. O uso do termo nesse sentido acabou por impregná-lo, fazendo-o sinônimo de
acusação, e até de panfleto. Por ex: a acusação que será feita em plenário do Júri pelo Promotor de Justiça contra o
réu.

LICITAÇÃO - procedimento destinado a contratar aquisição de bens, ou a prestação de serviços, na área da


Administração Pública. Licitação é termo genérico, de que são espécies a concorrência, a tomada de preços ou
convite, o concurso e o leilão. A lei estabelece os requisitos e as peculiaridades de cada uma dessas espécies ou
modalidades de licitação.

LITISCONSÓRCIO - é a reunião em um só processo, de duas ou mais pessoas como autores ou como réus, em
razão de haver, entre elas, comunhão de interesses ou obrigações.

MANDADO DE INJUNÇÃO - ordem escrita do Juiz a autoridade para que defira direito ou prerrogativa previsto
na Constituição Federal e recusado sob a alegação de falta de norma regularmentadora.
69
MANDADO DE SEGURANÇA - ordem escrita do Juiz a uma autoridade para que restabeleça direito líquido e
certo de alguém, ou deixe de ameaçá-lo.

MANDADO - ordem escrita do Juiz ao Oficial de Justiça para que pratique determinado ato.

MANDATO - documento escrito através do qual alguém (mandante ou outorgante) confere a outrem (mandatário
ou outorgado) poderes para representá-lo na prática de determinado ato de seu interesse.

MASSA FALIDA - o conjunto de bens de uma pessoa jurídica que teve sua falência decretada.

MEDIDA PROVISÓRIA - ato escrito privativo do Presidente da República, com força de lei, sobre matéria
relevante e urgente, que perderá a eficácia desde a sua publicação, se não for confirmada pelo Congresso Nacional
no prazo de 30 (trinta) dias.

MEIRINHO - sinônimo de Oficial de Justiça.

PARTE - sinônimo de autor e de réu, requerente e requerido, suplicante e suplicado, impetrante e impetrado,
embargante e embargado, suscitante e suscitado. Define-se como sendo a pessoa que pede e aquela contra a qual é
pedido, em processo regular, a atuação do Juiz.

PENHOR - garantia de dívida, ou obrigação dada em contrato, pelo devedor ou por terceiro.

PENHORA - a apreensão e sucessivo depósito de bem destinado a garantir dívida. Ato privativo do Oficial de
Justiça.

PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS - a penhora realizada pelo Oficial de Justiça em autos nos quais haja
qualquer bem penhorável do devedor.

PESSOA FÍSICA - diz-se do indivíduo como pessoa natural; o contrário de pessoa jurídica.

PESSOA JURÍDICA - entidade, associação, empresa, firma, sociedade à qual a lei atribui a natureza de pessoa para
todos os fins de direito.

PETIÇÃO - peça escrita que contém pedido de parte ou interessado no processo.

PODER DISCRICIONÁRIO - diz-se do poder de que dispõe a autoridade pública para a prática de certos atos,
cabendo-lhe decidir quanto à sua conveniência e oportunidade. Opõe-se a poder vinculado.

PODER VINCULADO - é a limitação sofrida pela autoridade para a prática de certos atos para cuja realização a lei
estabelece condições e exigências. A autoridade não é livre para praticar ou não esses atos.

PRECATÓRIA - documento escrito expedido em um juízo, pedido que em outro seja praticado determinado ato.
Diz-se carta precatória. Quem expede a carta chama-se deprecante; quem a recebe para cumprimento, deprecado.

PRECATÓRIO - documento judicial dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça, pedindo o pagamento de


determinada quantia, a que foi condenada a Fazenda Pública.

PRECLUSÃO - a perda do direito de a parte praticar determinado ato no processo em razão do vencimento do prazo
que tinha; prazo dito preclusivo.
70
PREGÃO - anúncio em voz alta pelo qual o leiloeiro, o porteiro do auditório ou Oficial de Justiça leva a leilão, ou
hasta pública, bem a ser arrematado, anunciando os lances oferecidos e o vencedor. Diz-se também do anúncio feito
pelo Oficial de Justiça, ou pelo Escrivão, ou Escrevente no início das audiências, convocando as partes,
procuradores, testemunhas etc.

PREVARICAÇÃO - crime do funcionário público que procede contra a lei e falta com os deveres do seu ofício,
para satisfazer interesses próprios ou de terceiros.

RASURA - risco ou raspagem feita em documento para apagar o que estava escrito ou para nele inserir outro dado.
Se não houver ressalva expressa e clara, o ato constitui vício ou defeito do documento.

ROGO - diz-se da assinatura prestada por terceiro, em nome e a pedido do analfabeto, que deve estar presente no
ato e pedir (rogar-donde rogo) que o terceiro assine por ele.

RUBRICA - assinatura abreviada; firma; nome ou título sob o qual se faz anotação.

SEQUESTRO - ato judicial realizado por Oficial de Justiça Avaliador, que consiste na apreensão de bem certo,
definido e litigioso para evitar sua ocultação ou desvio, seguida de seu depósito à ordem do Juiz. Distingue-se do
arresto, que é a apreensão de qualquer bem, e o seqüestro, a de bem certo, sobre o qual há pendência em Juízo.

TABELIÃO - servidor público encarregado de lavrar ou registrar atos e contratos que exija forma e autenticidade
legal e pública. O titular dos cartórios extrajudiciais. Tabelião não é Serventuário da Justiça, mas está sujeito à
jurisdição do Juiz da comarca.

TERMO - ato pelo qual o Escrivão registra uma transação, descreve um fato, registra uma declaração de vontade,
que deve produzir efeitos jurídicos. Termo de audiência: contém o registro do que se passou na audiência.

VALOR VENAL - valor de venda, ou para venda.

VARA - subdivisão judiciária de uma comarca onde há mais de um Juiz; autoridade; poder judicial; conduzir sob
vara; à força.

VIA ORDINÁRIA - o procedimento comum, natural, legal, para determinada ação, ou pedido.

VIAS DE FATO - violência física praticada contra uma pessoa.

VISTA - entrega dos autos na secretaria do Juízo aos Advogados e ao Representante do Ministério Público, para
manifestação.

VITALÍCIO - diz-se daquilo de que se tem a posse durante a vida. Cargo vitalício: aquele de provimento assim
declarado em lei e que é, ou pode ser, exercido durante toda a vida útil do funcionário, isto é, enquanto não
completar 70 (setenta) anos de idade.

VOGAL - aquele que tem direito de voto em uma assembléia política, ou deliberativa, ou Tribunal.
71

PARTE VII

PARTE PRÁTICA

ATOS DE OFÍCIO

1 – Atos de Ofício Cível

Nas ações de execução – Citação e penhora e arresto (art. 653 do CPC)


Nas ações de execução fiscal
Nas ações de despejo
Nas cautelares e nas liminares

Arresto, seqüestro, busca e apreensão de bens, busca e apreensão de pessoas, reintegração de


posse de bens móveis, reintegração de posse de bens imóveis, nunciação de obra nova (embargos),
imissão de posse, manutenção de posse, separação de corpos.

Auto de avaliação
Auto de resistência
Auto de arrombamento
Auto de prisão
Afixação de sentença

Citações, intimações e notificações:

Citação do demente
Citação na falência
Cientificação de fiador
Citação com hora certa
Citação de menor

Intimação para audiência


Intimação com condução coercitiva
Intimação do jurado
Notificação para desocupação de imóvel
Notificação judicial

2 – Atos de Ofício Criminal

Auto de Prisão

Citação: Positiva

Negativa
Falecimento
Lugar incerto e não sabido
Mudança de endereço
Suspeita de ocultação

Intimação: Positiva

Do defensor
Do jurado
Do réu
Da testemunha
72
Negativa
Falecimento
Lugar incerto e não sabido
Mudança de endereço
Suspeita de ocultação

MODELOS DE ATOS DE OFÍCIO

1-Atos de Ofício Cível:

CERTIDÕES E AUTOS DOS FEITOS CÍVEIS

Nos mandados de citação e penhora: (ações de execução de títulos judiciais e extra judiciais)

POSITIVA NA CITAÇÃO (PESSOA FÍSICA)

COMENTÁRIOS

a) As citações, intimações e notificações, feitas por procurador, exigem instrumento público,


concedendo poderes específicos para tal.

b) A penhora será realizada normalmente quando os bens que guarnecem a casa de moradia do réu
tenham definição que situe-se na zona nebulosa da interpretação da Lei 8.009/90, cabendo ao executando
embargar e ao Juiz decidir.

CERTIDÃO

Certifico que cumprir o presente conforme item ( _ ) abaixo:


1) Citada, apôs o ciente e aceitou a contra - fé.
2) Citada, negou-se a apor o ciente, aceitando a contra - fé.
3) Citada, negou - se a apor o ciente .e aceitar a contra - fé.
4) Não foi citada. Motivo:

Oficial de Justiça Em ----/-----/----- Ciente,-----/----/--------

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº------retro, expedido nos autos da ação de
execução nº-----------que corre perante a ----------Vara Cível, dirigi-me na Rua ---------------------------------
--------, n.º ----------- bairro---------------------------, onde às --------- horas, citei o(a) Sr.(a)---------------------
---------------------para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que li e lhe dei para ler, do que
ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.
73
Local e data

Oficial de Justiça

PENHORA - DECURSO DE PRAZO

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, decorridas 24 horas da citação, dirigi-me à secretaria de juízo da ---------
Vara Cível, onde verifiquei não ter havido pagamento do débito executado, nem nomeação de bens à
penhora, pelo que dirigi-me novamente na Rua-------------------------------------------------, n.º -------------,
bairro ----------------- onde procedi, às -------------horas, à penhora em bens do executado, em auto
respectivo como se segue.

Local e data.
Oficial de Justiça

INTIMAÇÃO DA PENHORA

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, realizada penhora ordenada e o respectivo depósito às --------- horas,
intimei o executado, Sr. (a) ------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no
prazo legal de dez dias. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando abaixo sua nota de ciência.

Local e data.
Oficial de Justiça

INTIMAÇÃO DA PENHORA

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, realizada penhora ordenada e o respectivo depósito intimei o executado, Sr.
(a) ------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no prazo legal de dez dias.
Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando abaixo sua nota de ciência.

Local e data.
Oficial de Justiça

INTIMAÇÃO DE PENHORA SOBRE IMÓVEIS

CERTIDÃO
74
Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respectivo depósito, dirigi-me na Rua -----
---------------------------------------, n.º ------------, bairro-----------------------, onde, às ---------- horas, intimei
o executado, Sr.------------------------------------, e sua mulher Sra.---------------------------------------------,
para que oponham os embargos que quiserem, no prazo legal de dez dias. Dei-lhes contrafés que
aceitaram exarando abaixo suas notas de ciência.

Local e data
Oficial de Justiça

Executado Cônjuge

INTIMAÇÃO DA PENHORA

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respetivo depósito, dirigi-me na Rua ------
--------------------------------------, n.º --------
bairro -------------------------------, onde, às ----------horas, intimei o executado, Sr. -----------------------------
--------------------- e sua mulher, Sra.--------------------------------------------------, para que oponham os
embargos que quiserem, no prazo legal de dez dias. Dei-lhes contrafés que aceitaram, exarando abaixo
suas notas de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça.

Executado(a) Cônjuge

CERTIDÃO POSITIVA NA CITAÇÃO - (PESSOA JURÍDICA)

COMENTÁRIOS

a) A penhora deverá ser feita mesmo que a firma executada esteja em concordata ou falência decretada,
fazendo constar em certidão as informações neste sentido.

b) A penhora nas execuções contra pessoa jurídica podem recair sobre o estoque de mercadorias da ré.

c) É o oficial de Justiça quem detém o poder de decisão quanto ao depósito dos bens que, porventura,
sejam penhorados ou arrestados no cumprimento de seu mandado no caso de ausência do executado e
recusa dos presentes no local ao exercício do encargo de depositário, podendo proceder à remoção dos
referidos bens, depositando-os em mãos e poder de quem possua endereço certo para assumir o
compromisso.

d) Deverá o Oficial de Justiça, quando do cumprimento do mandado contra pessoa Jurídica, exigir
documento que comprove a condição de representante do (a) citando (a), ou seja: O Contrato Social, ao
representante legal; certidão, nos autos de falência, ao Síndico; certidão do cartório onde tramita o
inventário, ao inventariante; ata de assembléia que nomeu o síndico de condomínio devidamente
registrada no cartório de registro de títulos e documentos; etc.
75
CERTIDÃO

Certifico que em cumprimento ao respeitável mandado nº ---------- retro, extraído dos autos da
execução nº --------------, que corre perante a --------------- Vara Cível dirigi-me na Rua-----------------------
--------------, n.º --------bairro--------------------------, onde citei, às ----------------------horas, a empresa ------
-----------------, na pessoa de seu representante legal, Sr.(a)-----------------------------------------, para todos
os termos e conteúdo do mandado referido, que li e lhe dei para ler , do que ficou bem ciente. Dei-lhe
contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

PENHORA - DECURSO DE PRAZO

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, decorridas 24 horas da citação, dirigi-me à secretaria de juízo da ---------Vara
Cível, onde verifiquei não ter havido pagamento do débito executado, nem nomeação de bens à penhora,
pelo que dirigi-me novamente na Rua--------------------------------------------------, n.º -------------, bairro -----
------------ onde às------------horas, procedi à penhora em bens do executado, em auto respectivo como se
segue.

Local e data

Oficial de Justiça

INTIMAÇÃO DA PENHORA

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respectivo depósito intimei a empresa
executada, -------------------------------
na pessoa do Sr.(a)------------------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no
prazo legal de dez dias. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando abaixo sua nota de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

NEGATIVA DE PENHORA

COMENTÁRIOS
76

a) Em seguida às certidões de citação e decurso de prazo, deve o Oficial de Justiça relatar, em


certidão própria, se negativa a penhora, os motivos que porventura o tenham impedido de realizar a
ordem: Impenhorabilidade dos bens encontrados, com arrombamento minucioso dos mesmos; mudança
do devedor, buscando informar seu endereço atual; resistência; imóvel fechado; insuficiência de bens
penhoráveis; encontrando do devedor e havendo por parte do mesmo recusa em aceitar o encargo de
depositário, entrará o Oficial de Justiça em contato com a parte autora, depositando os bens em mão dessa
última ou de outra pessoa idônea, com endereço fixo, e capaz de bem guardar os bens penhoráveis
intimando o réu para os embargos.

São penhoráveis os bens, ainda os que guarneçam a residência, de fiador em relação de locação de imóvel.

RESISTÊNCIA À PENHORA

COMENTÁRIOS

a) De acordo com o art. 663 do CPC, “ os Oficiais de Justiça lavrarão em duplicata o auto de
resistência, entregando uma via ao escrivão do processo, para ser juntada aos autos, e outra à autoridade
policial, a quem entregarão o preso. Parágrafo único: Do auto de resistência constará o rol de testemunha,
com a sua qualificação.” Nesse caso, anexos ao mandado, no verso do qual o Oficial lavrará certidão,
encontra-se-ão: o ( Auto de Penhora, Remoção e Depósito e correlatos); o Auto de Resistência.

b) Caso o devedor se recuse a abrir as portas do imóvel, deverá o Oficial de Justiça relatar ao Juiz,
por meio de certidão, o ocorrido, solicitando-lhe ordem de arrombamento. Autorizado o arrombamento,
lavrará o Oficial de Justiça o respectivo auto, que deverá ser assinado pelas testemunhas e pelo Oficial de
Justiça Companheiro , obrigatoriamente presente à diligência. Persistindo o devedor em oferecer
resistência ao cumprimento do mandado, lavrará, o Oficial de Justiça Auto respectivo, conforme modelo
abaixo, fazendo-o acompanhar do Auto de Arrombamento (Penhora, Remoção e Depósito, ou do ato
correlato determinado no mandado). Deve ainda o Oficial de Justiça intimar o devedor para embargos.

AUTO DE RESISTÊNCIA

Aos --------------- dias do mês de --------------do ano de -------------, na Rua -----------------------------


--------------------, n.º-----------, bairro -------------------------, onde fomos nós, Oficiais de Justiça abaixo
assinados, em cumprimento ao mandado retro nº--------------------, passado nos autos de execução nº -------
------------que corre perante a -------------Vara Cível, que -----------------move a ------------------------------,
encontramos as portas do imóvel trancadas,-------------------------------, motivo pelo qual, com auxílio do
chaveiro profissional Sr.(a) ---------------------------------------------, portador do documento de identidade
nº ------------,estabelecido na Rua------------------nº---------, e, estando presentes as testemunhas Srs(as)-----
----------------------------------------, residentes na Rua -------------------------------, nº---------, portadores das
cédulas de identidade nº --------------------- e ----------------- efetuamos o arrombamento da porta, e ao
entrar no imóvel, encontramos o devedor, que persistiu na resistência. Efetuamos então a sua prisão e o
conduzimos ao Departamento de Investigações, apresentando-o à autoridade policial com a segunda via
deste Auto, conforme recibo. Do que, para constar, lavramos o presente auto, que lido e achado conforme,
vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Testemunha
77

Testemunha

AUTO DE ARROMBAMENTO,PENHORA, REMOÇÃO E DEPÓSITO

Aos ------------dias do mês de --------------do ano de ----------, na Rua -----------------------------------


--------, nº -----------, bairro ------------------------------, onde fomos nós, Oficiais de Justiça abaixo
assinados, em cumprimento ao mandado retro nº ---------------, passado nos autos de execução nº -----------
------------------, que corre perante a ------Vara Cível, que ----------------------------------------move a ---------
-----------, e ali sendo, observadas as formalidades legais e com auxílio do chaveiro profissional Sr.(a)-----
---------------------------------, estabelecido na Rua nº--------, na presença das testemunhas ---------------------
------- e ---------------------------- arrobamos as portas externas e portas e gavetas internas do imóvel com o
fim de efetuar a penhora ordenada, e efetuamos a prisão do devedor, conforme auto de resistência em
anexo. Em seguida, efetuamos a penhora e remoção dos seguintes bens:-----------------------------------------
------------------------- os quais depositamos em mão e poder do Sr.(a) --------------------------, residente na
Rua --------------------------------, nº --------, bairro ---------------, na cidade de --------------------, portador da
cédula de identidade nº ------------, que, para observância do compromisso assumido e sujeitando-se às
penas que por lei lhe são impostas, assina o presente auto.

Local e data

Oficial de Justiça

Depositário

Testemunha

Oficial de Justiça

Testemunha

CERTIDÕES NEGATIVAS

NEGATIVA DE CITAÇÃO E NEGATIVA DE ARRESTO

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro nº -------------, extraído dos autos da execução nº
--------------, que corre perante a ----------------------Vara Cível dirigi-me na Rua -------------------------------
-----------, n.º------------, bairro -------------------, onde, nos dias:----/----/ às -----------------horas ; ----/----/-
---às --------horas e -----/---/---, às horas, não encontrei o executado(a) Sr. (a) -----------------------------------
--------------, nem obtive outro endereço onde este pudesse ser encontrado, pelo que diligenciei, no sentido
de realizar o arresto ordenado em bens do executado, nos termos do art. 653 do CPC, não tendo
encontrado qualquer bem pertencente ao réu. Pelo que devolvo o mandado para os devidos fins. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

NEGATIVA DE CITAÇÃO COM REALIZAÇÃO DE ARRESTO


78
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, em cumprimento ao mandado nº ----------retro, extraído dos autos da


execução nº --------, que corre perante a ----------------Vara Cível, dirigi-me na Rua ----------------------------
------------------------, n.º ----------------, bairro----------------, onde , nos dias:---/---/---,às ---------------horas;-
---/---/----, às ------------horas e -----/----/---às ------horas, não encontrei o executado(a) Sr.(a) ----------------
-------, nem obtive outro endereço onde este arresto ordenado em bens do executado(a) , nos termos do art.
653 do C.P.C, o que fiz em auto como se segue.

Local e data
Oficial de Justiça

CITAÇÃO POSITIVA DE CITAÇÃO DO ARRESTO

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, realizado o arresto ordenado e o respectivo depósito, dirigi-me nos dez dias
seguintes, na Rua ----------------------------, n.º---------, onde citei, às -----------horas ,----------------, do
arresto realizado, bem como de todos os termos e conteúdo do mandado, que li e lhe dei para ler, do que
ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando no ---------------------, mandado e no auto sua
nota de ciência.

Local e data
Oficial de Justiça

NEGATIVA DE CITAÇÃO DO ARRESTO

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, realizado o arresto ordenado e o respectivo depósito , diligenciei nos dez dias
seguintes na Rua----------------------------, n.º------------bairro----------------, nos dias :----/----/----, às --------
horas; e -----/----/----horas, não conseguindo ali encontrar o executado ---------------------------,nem obter de
citá-lo. Devolvo pois o mandado para para os devidos fins.

Local e data

Oficial de Justiça

NEGATIVA DE CITAÇÃO E RECUSA DO DEPÓSITO NO ARRESTO

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, em cumprimento ao mandado retro nº----------------------, extraído dos autos
da execução nº -------------------, que corre perante a --------- Vara Cível dirigi-me na Rua --------------------
----------, n.º -----------------, bairro-------------- , onde nos dias ----/----/---- às horas ,----/----/---- às --------
horas e ------/----/----às-------horas, não encontrei o executado ---------------------, nem obtive outro
endereço onde ele pudesse ser encontrado, pelo que diligenciei no sentido de realizar o arresto ordenado
79
em bens do executado, tendo ali encontro bens pertencentes a ele, passíveis de arresto, havendo, no
entanto recusa por parte das pessoa que encontrei no local, mulher do executado ,Sra. -------------------------
------------------, em exercer o encargo do depósito dos bens arrestados, pelo que procedi também à
remoção dos bens, depositando-os com o autor, nos termos do art. 653 do C.P.C, o que fiz em auto como
se segue local e data.

Local e data

Oficial de Justiça

CITAÇÃO DO ARRESTO
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR)

CERTIDÃO

Certifico que, realizado o arresto ordenado em bens do requerido, e o respectivo depósito , dirigi-me
na Rua ------------------------------------, n.º ----------, bairro ----------------------------, onde às horas citei------
-------------------- para todos os termos e conteúdo do mandado e petição inicial , que li e lhe dei para ler do
que ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando sua nota de ciência. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

NAS AÇÕES DE EXECUÇÃO FISCAL

COMENTÁRIOS

a) Observam-se os mesmo procedimentos para as execuções por títulos judiciais e extrajudiciais, para as
execuções fiscais, atentando-se para os prazos, de cinco dias para pagamento ou nomeação de bens à
penhora e de trinta dias contados da intimação da penhora, para oposição de embargos.

b) Lei nº 8.009/90, art. 3º, IV - “A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil,
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido para cobrança de impostos, predial
ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar”.

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º --------------, expedido nos autos da
ação de execução fiscal n.º ------------, que corre perante a -------- Vara de Fazenda Pública do Estado de
Sergipe, dirigi-me na Rua ---------------------------------------------------, n.º -----------, bairro--------------------
-----------------, onde às ------------ horas citei ---------------------------------------------------, para todos os
termos e conteúdo do mandado referido, que li e lhe dei para ler, do que ficou bem ciente. Dei-lhe
contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.
80

Local e data

Oficial de Justiça

PENHORA - DECURSO DE PRAZO

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, decorridos cinco dias da citação , dirigi-me à secretaria de juízo da Vara ------
-----Fazenda Pública do Estado de Sergipe, onde verifiquei não ter havido pagamento do débito executado,
nem nomeação de bens à penhora, pelo que dirigi-me novamente na Rua ----------------------------- n.º ------
--, bairro ------------------------------------, onde procedi à penhora em bens do executado, em auto
respectivo com se segue.

Local e data

Oficial de Justiça

NO SEQÜESTRO E DEPÓSITO

COMENTÁRIOS

Em caso de resistência, o depositário solicitará ao juiz a requisição de força policial. Ver parágrafo
único do art. 825 do CPC (Do seqüestro).

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, realizada a penhora ordenada e o respectivo depósito, intimei o executado ----
-----------------------------------------------------------, para que oponha os embargos que quiser, no prazo legal
de trinta dias. Dei-lhes contrafé, que aceitou , exarando abaixo sua de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

AUTO DE SEQÜESTRO E DEPÓSITO

Aos----------- dias do mês de -----------------do ano de -------- -, na Rua ------------------------------------


------nº ---------, bairro --------------------------------, onde fomos nós Oficiais de Justiça, abaixo assinados,
81
em cumprimento ao mandado nº ----------, passado nos autos da ação de seqüestro que ------------------------
move a -------------------, perante a ----------Vara Cível da comarca de -------------------, processo nº ---------
---- observadas as formalidades legais, procedemos ao seqüestro dos bens móveis encontrados no
endereço fornecido ao mandado e em poder do réu, a saber:
Bens estes removidos para a Rua ----------------------nº -------, bairro ---------------, e ali depositados
em mãos e poder do autor, ----------------------, identidade nº ----------que, para observância do
compromisso assumido e , sujeitando-se as penas que por lei lhe serão impostas, assina o presente auto
que, lido e achado conforme, vai por nós Oficiais de Justiça devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Depositário

CITAÇÃO DO SEQÜESTRO
(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR)

CERTIDÃO

Certifico que, devidamente realizado o seqüestro ordenado e o respectivo depósito, às -----------


horas, citei o requerido ----------------- para todos os termos e conteúdo do mandado e petição inicial, que li
e lhe dei para ler, do que ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé , que aceitou, exarando sua nota de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

BUSCA E APREENSÃO DE BENS

COMENTÁRIOS

Realizada a medida, deve o Oficial citar o réu nos seguintes casos:

a) Alienação Fiduciária: para contestar ou purgar a mora em (3) três dias;

b) Coisa vendida com reserva de domínio: para em cinco dias contestar a ação;

AUTO DE BUSCA E APREENSÃO, REMOÇÃO E DEPÓSITO

Aos ------------------dias do mês de -------------------do ano de ----------------, na Rua---------------------


---------------------------, nº---------, bairro ---------------------, onde fomos nós Oficiais de Justiça abaixo
assinados, em cumprimento ao mandado nº------------- passado nos autos da ação de Busca e Apreensão nº
--------------, que corre perante a --------------Vara Cível da Comarca de ----------------, que -------------------
-- move a -----------------------------, observadas as formalidades legais, procedemos à busca e apreensão
ordenada do bem objeto do feito, cuja descrição é a seguinte:

Um veículo marca --------------, ano de fabricação e modelo -----------------, cor--------------------------


82
-, chassi nº ---------------------------, Placa--------------------, estando o veículo em ---------------estado de uso
e conservação, com lataria e pintura em -------------estado, interior do veículo ---------------------------, parte
mecânica e elétrica em ----------------- estado , pneus -----------------,equipado com --------------------------,
com imediata remoção para a Rua ----------------------------- nº --------------, bairro -------------------, e ali
depositados em mãos e poder do autor, ---------------------------------, identidade nº --------- que, para
observância do compromisso assumido e , sujeitando-se as penas que por lei lhe serão impostas, assina o
presente auto que lido, e achado conforme, vai por nós Oficiais de Justiça devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Depositário

CITAÇÃO NA BUSCA E APREENSÃO


(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR)

CERTIDÃO

Certifico que, devidamente realizado a busca e apreensão ordenada e o respectivo depósito, às -------
--- horas citei o requerido --------------------------------, para todos os termos e conteúdo do mandado e
petição inicial, que li e lhe dei para ler , do que ficou ciente. Dei-lhe contrafé que aceitou, exarando no
mandado sua nota de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

BUSCA E APREENSÃO DE PESSOAS

AUTO DE BUSCA E APREENSÃO, REMOÇÃO E ENTREGA

Aos ----------------------dias do mês de --------------- do ano de ------------ na Rua -------------------------


--------------------------, n.º ----------, bairro -------------, onde fomos nós Oficiais de Justiça abaixo
assinados, em cumprimento ao mandado nº ------------, passado nos autos da ação de Busca e Apreensão
de menor nº ---------------, que corre perante a -------------Vara de Família da Comarca ------------------------
-----, que ------------move a --------------------------, observados as formalidades legais, procedemos à busca
e apreensão ordenada da pessoa de -------------------------, menor , filho(a) do casal litigante, entregando-o,
como determinado, à guarda do seu pai, compromisso assumido, assina o presente auto, que por nós lido e
achado conforme vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça
83

RESISTÊNCIA À BUSCA E APREENSÃO

COMENTÁRIOS

Oficial de Justiça, acompanhado do Oficial de Justiça Companheiro, lerá ao morador do endereço o


mandado, intimando-o a abrir as portas, arrombando o imóvel, caso não sejam atendidos, na presença de
duas testemunhas, as quais deverão assinar o auto a ser lavrado, registrando todas as ocorrências, ao final
dos trabalhos. Deve ainda o Oficial de Justiça citar o réu, caso o encontre, lavrando a respectiva certidão
de citação.

AUTO DE ARROMBAMENTO, BUSCA, APREENSÃO, REMOÇÃO E DEPÓSITO

Aos ------------------dias do mês de ------------- do ano de ----------, na Rua --------------------------------


----------------, n.º ---------, bairro-----------------------, onde fomos nós , Oficiais de Justiça abaixo
assinados, em cumprimento ao mandado retro nº -------------------, passado nos autos de execução nº -------
--------------que corre perante a ------------------Vara Cível , que ----------------------move --------------------,
e ali sendo, lemos todos os termos do mandado ao morador Sr. ---------------------------------, o qual , após
ser a abrir as portas, recusou-se, motivo pelo qual, procedemos ao arrombamento da porta externa, com
auxílio do chaveiro profissional Sr.(a) -----------------------------, portador da cédula de identidade------------
- e estabelecido na Rua/Avenida ------------------------------------ e na presença das testemunhas Sr. ----------
------------------------- e Sra.------------------------, residentes no nº -------------------- daquela mesma rua,
portadores dos respectivos documentos de identidade ----------------- e -------------------------, e após busca
localizamos o bem , dessa maneira discriminado: ---------------------------------,e o apreendemos,
removendo-o e depositando-o em mão do Sr.(a) -----------------------, portador(a) de cédula de identidade --
-----------------, estabelecido(a) na Rua/Avenida ---------------------------, que, para observância do
compromisso assumido e sujeitando-se às penas que por lei lhe são impostas, assina o presente auto.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Depositário

Testemunha

Testemunha

REINTEGRAÇÃO DE POSSE

AUTO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM MÓVEL

Aos ----------------------- dias do mês de------------------- do ano de-----------, na Rua ---------------------


--------------------------, n.º ----------, bairro ----------------------------- assinados, em cumprimento ao
mandado nº ----------passado nos autos da ação de busca e apreensão nº ---------------, que corre perante a -
---------------Vara Cível da Comarca de ---------------------, que ----------------------move a ---------------------
-----, observadas as formalidades legais, procedemos à reintegração do autor na posse do bem objeto do
feito, cuja descrição é a seguinte:
84
Um veículo marca ----------------------, ano de fabricação e modelo -------------, cor --------------------,
chassi nº ---------------------, Placa -----------------------,estando o veículo em ----------------------estado de
uso e conservação, com lataria e pintura em --------------estado, interior do veículo ----------------------------
-----, parte mecânica e elétrica em --------------------------------- estado, pneus ---------------------, equipado
com --------------------- com imediata remoção para a Rua ------------------------nº -----------, bairro------------
---------------------, e ali depositados em mãos e poder do autor , ---------------------------, identidade nº ------
--------------, que , para observância do compromisso assumido, assina o presente auto que lido e achado
conforme vai por nós Oficiais de Justiça devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Autor

CITAÇÃO NA REINTEGRAÇÃO DE POSSE


(APÓS REALIZADA A MEDIDA CAUTELAR)

CERTIDÃO

Certifico que, devidamente realizada a busca e apreensão ordenada e o respectivo depósito, às -------
--------horas citei o requerido do mandado e petição inicial, que li e lhe dei para ler, do que ficou bem
ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

AUTO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM IMÓVEL

Aos ------------------- dias do mês de ----------------do ano de -----------, na Rua ---------------------------


-------------, n.º -----------, bairro --------------------, onde fomos nós , Oficiais de Justiça abaixo assinados,
em cumprimento ao mandado n.º--------------passado nos autos da ação de Reintegração de Posse n.º -------
-------- que corre perante----------------------, observadas as formalidades legais , presente ação composto
pelo lote n.º -------------, do quarteirão-------------, do bairro -------------------, e da casa nele edificada,
tendo para tanto havido desocupação compulsória conforme auto que se segue. Do que para constar
lavramos o presente auto que lido e achado conforme vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Autor

NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA


85
AUTO DE EMBARGO DE OBRA NOVA

Aos ------------------ dias do mês de --------------- do ano de --------------, na Rua -------------------- nº


---------, bairro ----------------------, onde fomos nós Oficiais de Justiça abaixo assinados , em cumprimento
ao mandado nº ------------passado nos autos de Nunciação de Obra Nova nº --------------, que corre perante
a -------------------move a ---------------------------, observadas as formalidades legais, procedemos ao
embargo determinado da obra, situado à Rua -------------------------- nº -------, bairro de ---------------
estando a construção no seguinte estado:

Trata-se da edificação de ---------------cômodo (s), nos fundos do imóvel, separado da casa já


edificada, estando terminados os alicerces, levantadas quatro paredes , sem qualquer acabamento, e já
preparada a estrutura da laje, faltando-lhe a aplicação de concreto. Do que, para constar, lavramos o
presente auto que, lido e achado conforme, vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

INTIMAÇÃO

Certifico que, devidamente realizado o embargo da obra como ordenado, às -------------- horas
intimei o requerido---------------------------------, o construtor ---------------------, CREA nº----------------,
e os operários---------------------------- e-------------------------------------- para que não continuem a obra
sob pena de desobediência, ficaram cientes de todos os termos e conteúdo do mandado e petição inicial,
que li e lhes dei para ler, exarando no mandado suas notas de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

CITAÇÃO

Certifico que, realizado o embargo de obra nova ordenada, dirigi-me na Rua --------------------------
-----------------------------nº-----------------, bairro ---------------------, onde às ----------horas citei o
proprietário ------------------------------------------para todos os termos e conteúdo do mandado e petição
inicial, que li e lhe dei para ler do que ficou bem ciente.
Dei-lhe contrafé, que aceitou exarando sua nota de ciência. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

IMISSÃO DE POSSE

COMENTÁRIOS
86

Art. 663 - “Não se admite a imissão de posse em parte do imóvel locado. (JTA90/234)”.

Encontrando, pois, o imóvel ocupado no todo, ou em parte, relatará o Oficial de Justiça ocorrido em
certidão, devolvendo o mandado sem cumprimento

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro nº --------------- compareci na Rua -----------------


-----------------------, nº----------------- bairro,-----------------------------------, e ali sendo, às ---------------
horas, efetuei a imissão de posse ordenada, conforme auto em anexo. Dou fé.

Local e data.

Oficial de Justiça

AUTO DE CONSTATAÇÃO

Aos --------------- dias do mês de ----------------do ano de ----------------, na Rua ------------------------


--------------------, nº -----------, bairro ------------------------------, onde fomos nós, Oficiais de Justiça abaixo
assinados, em cumprimento ao mandado nº ------------passado nos autos de Despejo Falta Pagamento nº --
---------------, que ----------------- move a ------------------, após as formalidades legais, estando o imóvel
fechado, indagamos aos vizinhos , Sr.---------------------------, residente no nº ----------, e Sra. ----------------
-----, residente no nº --------------, obtivemos a informação de que o imóvel situado no nº ---------encontra -
se desocupado desde o dia ----/----/------, pelo que procedemos ao arrombamento das portas, chaveiro
profissional Sr.---------------------------, C.I RG ------------------------, estabelecido na ---------------------------
-----, verificando estar o imóvel em estado de abandono e com paredes e pisos, janelas e portas,
instalações elétricas e hidraúlicas, em perfeito estado. Do que, que constar, lavramos o presente auto que,
lido e achado conforme, vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

AUTO DE IMISSÃO DE POSSE

Aos ------------- dias do mês de -------------do ano de ----------------, na Rua -----------------------------


--------------, nº ----------, bairro ---------------------, onde fomos nós Oficiais de Justiça abaixo assinados,
em cumprimento ao mandado nº ------------------ passado nos autos de Despejo Falta Pagamento nº ---------
----------, que corre perante a ---------------Vara Cível, que -------------------------- move a ------------------,
observadas as formalidades legais , imitimos o Sr.-------------------------, na posse do imóvel objeto da ação
composto pelo lote nº --------------, do quarteirão ------------, do bairro ----------------, e da casa nele
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edificada. Do que, para constar, lavramos o presente auto que, lido e achado conforme, vai devidamente
assinado.

Local e data
Oficial de Justiça
Oficial de Justiça
O(s) Autor(es)

MANUTENÇÃO DE POSSE

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº--------------retro, da ação de manutenção


de posse nº--------------------que corre perante a ---------------Vara Cível, movida a --------------------,
realizada a manutenção de posse ordenada, compareci na Rua------------------------------------, nº -------------
------, bairro------------------------ onde, às --------------- horas, citei o Sr.--------------------------------------
para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que lhe li e dei-lhe para ler, do que ficou bem
ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

AUTO DE MANUNTENÇÃO DE POSSE

Aos--------------- dias do mês de ------------- do ano de ------------, na Rua -------------------------, nº -


---------, bairro ----------------, onde fomos nós Oficiais de Justiça abaixo assinados , em cumprimento ao
mandado nº -----------passado nos autos da ação de Despejo que corre perante a ---------- Vara Cível da
Comarca de ----------------, que ----------------move a -------------, observadas as formalidades legais,
manutenimos na posse do imóvel os Srs.---------------------------- e -------------------------, que já se
encontravam no local, garantindo-os contra a turbação por parte de --------------------------------, consistente
na construção de uma cerca (ou: apontar o motivo). Do que, para constar, lavramos o presente auto que,
lido e achado conforme, vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Autor

DESPEJO

COMENTÁRIOS

a) Lei do inquilinato: art. 65: “Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação,
será efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento, caso em que se
lavrará o auto de arrombamento conforme modelo, procedido por dois Oficiais de Justiça”. Comentário:
Para a notificação “ não há desde que se tenha como certo que o intimado tomou conhecimento da
ordem”(JTA 88/284) - § 1º Os móveis e utensílios serão entregues à guarda de depositário, se não os
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quiser retirar o despejado. § 2º - O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte ao do
falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.

b) Comparecendo o Oficial de Justiça ao endereço indicado e havendo resistência por parte do réu e/ou do
ocupante do imóvel, lavrará o Oficial de Justiça AUTO DE RESISTÊNCIA, devolvendo o mandado.
Autorizando o Juiz o arrombamento, retornará o Oficial de Justiça, acompanhando do Oficial
Companheiro e de duas testemunhas, com chaveiro providenciado pela autora, e o realizará, lavrando o
respectivo AUTO DE ARROMBAMENTO, que deverá receber a assinatura e qualificação das
testemunhas, dele constando, ainda, o nome endereço , documento de identidade do chaveiro. Far-se-à
,então, o despejo do imóvel, com a imediata lavratura do respectivo auto. Caso o réu não possa ou não
queira levar consigo os bens, cabe ao Oficial de Justiça lavrar então AUTO DE ARROLAMENTO DE
BENS, REMOÇÃO E DEPÓSITO, depositando-os em mão do autor ou de que possua condições de se
compromissar, endereço certo, e local para benguardar o objeto da penhora, descrevendo minuciosamente
o estado em que se encontram os bens removidos e depositados. Havendo recusa por parte do autor em
aceitar o encargo de depositário e não havendo outro que exerça o cargo nem meios para remover,
suspenderá o Oficial de Justiça a diligência, relatando ao Juiz, em certidão, o ocorrido.

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro, juntamente com o Oficial Companheiro,


compareci na Rua --------------------------------, n.º-------------------, bairro ---------------------- onde, às -------
-----horas, iniciamos as diligências de realização do despejo ordenado conforme, auto em anexo. Certifico
ainda que entreguei ao autor as chaves do imóvel, conforme recibo no mandado. Certifico mais que a
diligência teve término às ------------ horas do mesmo dia. O referido é verdade e dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

AUTO DE DESPEJO

Aos --------------dias do mês de -----------------do ano-------------, na Rua --------------------------------


------------n.º --------- bairro -------------------------------, onde fui em cumprimento ao mandado n.º-----------
-----passado nos autos de Despejo Falta de Pagamento n.º --------------, que corre perante a ------------
Vara, que---------------- move a---------------------, observadas as formalidades legais procedi ao despejo
compulsório do imóvel objeto da ação, composto pelo apartamento n.º-----------, do edifício-----------------
--------, situado na Rua ---------------------------------------------, n.º---------, bairro ------------------------------,
e da respectiva fração ideal do terreno composto pelo lote n.º do quarteirão com área de ----------m²,
limites e confrontações de acordo com a planta cadastral respectiva, o qual se encontrava nas seguintes
condições de conservação: pintura e revestimento (azulejo na cozinha e banheiro) das paredes bem como
revestimento do piso em estado razoável; instalação elétrica e hidráulica em boas condições de uso. O
réu (A empresa ré, por seu representante legal) prontificou-se a mudar-se por sua conta e risco e
realmente o fez, com assistência dos oficiais de Justiça, e estando o imóvel totalmente desocupado,
imitimos o autor na sua posse e, para constar, lavramos o presente auto que vai devidamente assinado.

Local e data
89
Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Autor

SEPARAÇÃO DE CORPOS POSITIVA

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro n.º----------------, da ação cautelar nº --------------


que corre perante a Vara de Família, movidos a --------------------, compareci na Rua--------------------------,
nº -------------------, bairro -----------------, e ali sendo, às --------------- horas, intimei -------------------------,
para todos os termos e conteúdo do presente mandado, que lhe li e dei-lhe para ler, ficando de tudo bem
ciente, deixando incontinente o lar, levando consigo apenas os seus objetos de uso pessoal, que passo a
relacionar:-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------.
Devolveu o réu as chaves do imóvel à requerente que ali se encontrava. Dei-lhe contrafé que aceitou,
exarando no mandado sua nota de ciência. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

SEPARAÇÃO DE CORPOS NEGATIVA

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro nº --------------da ação cautelar nº ---------------


movida a -----------------, compareci na Rua---------------------------------, nº -------, bairro----------------------
---------, e ali sendo, às ------------- horas, deixei de cumprir o determinado em virtude de ali não encontrar
a ré ---------------------------------------, que segundo declarou o Sr. ------------------------------------------------
--, abandonou o lar há cerca de ------------ dias, não sendo conhecido o seu atual paradeiro. Dou fé.

Local e data.

Oficial de Justiça

CIENTIFICAÇÃO DE FIADOR

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº---------------,expedido nos autos da


Ação de Despejo por falta de pagamento nº-----------, que corre perante a --------- Vara Cível, movida a ---
------------------------, compareci na Rua------------------------------, onde, às ----------horas, cientifiquei o
Sr.------------------------------------------e sua esposa, a Sra.--------------------------------------- para todos os
termos e conteúdo do mandado referido, que lhes li e dei-lhes para ler, do que ficaram bem cientes. Dei-
90
lhes contrafé, que aceitaram, exarando no mandado sua nota de ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

CITAÇÃO COM HORA CERTA

COMENTÁRIOS

a) Far-se-á citação com hora certa quando o Oficial de Justiça, tendo comparecido ao endereço do réu por
três vezes, registradas em certidão, sem o encontrar, suspeitar de ocultação, registrando ainda os motivos
que despertaram a suspeita. Intimará a qualquer pessoa da família, preferencialmente, ou vizinho de que,
no dia imediato votará, a fim de efetuar a citação, designando o horário. Retornando o Oficial de Justiça
ao endereço e não encontrando o réu, indagará dos motivos da ausência, dando por feita a citação,
deixando contrafé da certidão com familiar ou vizinho, fazendo constar da certidão o nome da pessoa que
o atender.

b) Exceções: Não cabe citação com hora certa nos seguintes casos: em execução; em ações de falência,
em ações oriundas das varas de família e nas ações criminais. Nesses casos, deve o Oficial de Justiça
lavrar certidão minuciosa quanto ao número de diligências realizadas, com seus dias e horários, fazendo
constar, caso ocorra, a suspeita de ocultação.

c) Caso o réu ou informante se recusem a exarar a assinatura no mandado, deve o Oficial de Justiça
descrevê-lo tão minuciosamente quanto possível em certidão, mencionando suas características físicas e
arrolar, se possível, testemunhas.

d) Não cabe citação com hora certa em falência, família, crime e execução.

CERTIDÃO I

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro, expedido nos autos da Ação de Despejo nº ------
---------, que corre perante a ----------Vara Cível, movida a --------------------------------, compareci por três
vezes (em ----/----/---- às ------- horas; em ----/----/----às -------------horas) na Rua------------------------------
------------, nº--------, bairro-------------não encontrado ali o réu, Sr.-------------------------------, embora sua
esposa tenha afirmado, por ocasião da primeira diligência, que ele é encontrado em sua residência entre as
------------ horas e as ------------ horas e após as ------------ horas. Certifico mais que, assim sendo, e
suspeitando de ocultação, por ocasião da última diligência, intimei a Sra-----------------------------------------
----, esposa do réu, para que lhe informasse que retornaria àquele endereço às ------------- horas do dia ----
/----/---- para realizar a citação. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

CERTIDÃO II
91

Certifico que, retornando na Rua ------------------------------------, nº----------, bairro -----------------,


às ----------- horas , e não encontramos ali o réu, indaguei à Sra--------------------------------------- os
motivos da ausência de seu esposo, não obtendo justificativa plausível, tendo declarado que ele se
encontrava trabalhando, sem informar outro endereço onde pudesse ser encontrado. Certifico mais que,
assim sendo, dei o réu por citado, deixando contrafé da certidão e do mandado devidamente acompanhado
pela peça exordial com sua esposa, que se recusou a exarar a sua assinatura no mandado deste, pelo passo
a descrevê-la: a Sra.----------------------------- aparenta ter ---------- anos de idade, tem estatura aproximada
de --------m; pesa cerca de --------kg, de cor -------------, possui cabelos cor----------- , lisos e longos, usa;
óculos e possui cicatriz no rosto, perto do olho esquerdo. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

DESOCUPAÇÃO DE IMÓVEL

NOTIFICAÇÃO

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro nº-------------, expedido nos autos da Ação de
Despejo nº-------------- que corre perante a -------- Vara Cível, movida a ---------------------- compareci na
Rua ---------------------------------, nº-----------, bairro ---------------------------, e ali sendo, às ------- horas,
notifiquei o Sr. Bem como os ocupantes do imóvel, Srs.--------------------------------- e -------------------------
-------------------------- para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que lhes li e dei-lhes para ler,
do que ficarem bem cientes. Dei-lhes contrafé, que aceitaram, exarando no mandado suas notas de
ciência.

Local e data

Oficial de Justiça

ARROMBAMENTO

COMENTÁRIOS

a) Em busca e apreensão:

Oficial de Justiça , acompanhado do Oficial Companheiro , lerá o mandado ao morador,


intimando-o a abri as portas, arrombamento as portas, na presença de duas testemunhas, caso haja
resistência, lavrando auto circunstanciado ao final da diligência, devendo assiná-lo as testemunhas. (
Conforme arts. 842 e 843 do CPC).

b) Em execução de despejo:

O mandado será cumprido com emprego de força pública, se necessário, e arrombamento. (


Conforme LI 65).

c) Para Penhora:
92
Caso o devedor impeça a penhora, relatará o Oficial ao Juiz o ocorrido, através de certidão,
solicitando-lhe ordem de arrombamento.

AUTO DE ARROMBAMENTO

Aos --------- dias do mês de -------------- do ano de -------------- na Rua ----------------------------------


-------------- n.º -------------, bairro --------------------------, onde fui em cumprimento ao mandado nº---------
--- passado nos Autos de Despejo nº ---------------, corre na -------------Vara Cível, movida a -----------------
------, observadas as formalidades legais procedi ao arrombamento do imóvel ali situado, com auxílio do
chaveiro profissional Sr. -----------------------------------, e na presença das testemunhas -------------------- CI
n.º -------------------------, residente na Rua -------------------------- e ------------------ CI nº ----------------------
----- residente na Rua ---------------------------. Do que para constar lavramos o presente auto que lido e
achado conforme vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça

PRISÃO

COMENTÁRIOS

a) Será realizada em qualquer dia e horário, respeitadas as restrições referentes à inviolabilidade do


domicílio, desde que o mandado se encontre assinado pelo juiz que o expediu. Do mandando devem
constar também: nome da pessoa a ser presa, se possível com sua alcunha e sinais característicos; o
motivo da prisão; o valor da fiança, caso seja afiançável a infração.

b)Deve o Oficial de Justiça, entregar ao preso das vias do mandado, nela registrando o dia, hora e local
da diligência, e solicitando ao preso que acuse recebimento, através de assinatura, na outra via. Sendo
analfabeto o preso, chamará o Oficial de Justiça duas testemunhas, que assinarão a referida via, ficando
registro do ocorrido em certidão. Deve ainda o Oficial apresentar o preso à autoridade policial,
entregando-lhe cópia do mandado devidamente assinada, e solicitando-lhe recibo. Lavrará então o
Oficial de justiça o competente Auto de Prisão.

AUTO DE PRISÃO

Aos ----------- dias do mês de ----------------- do ano---------- de ---------, fomos nós, Oficiais de
Justiça abaixo assinados, na Rua -------------------------------------------------, n.º -----------, bairro -------------
------------------, em cumprimento ao mandado nº--------passado nos Autos de Execução---------------- que
corre perante a -------------------------------------------- move a -----------------, procedemos a prisão ordenada
do Sr.-------------------------------------, lendo-lhe o mandado dando-lhe ciência do motivo da prisão, do
prazo que ficará preso e do local para onde estaria sendo conduzido e entregando-lhe a respectiva cópia,
sendo que o réu exarou a sua assinatura no anverso deste.
Encaminhamos a seguir o réu à autoridade policial competente-------------------- delegacia de
Polícia, onde o entregamos ao Delegado de Plantão, Dr.-----------------------------------, que após tomar
conhecimento do inteiro teor do mandado, recebeu o preso, conforme recibo no anverso. Do que, para
constar, lavramos o presente auto, que vai devidamente assinado.
93
Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

Delegado de Polícia

RESISTÊNCIA

COMENTÁRIOS

a) De acordo com o art. 663 do CPC, os “Oficiais de Justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência,
entregando uma via ao escrivão do processo, para ser junta aos autos, e outra à autoridade policial, a quem
entregarão o preso. Parágrafo Único: Do auto de resistência constará o rol de testemunha, com a sua
qualificação.” Nesse caso, anexos ao mandado, no verso do qual o Oficial lavrará certidão, encontra-se-
ão: O (Auto de Penhora, Remoção e Depósito e correlatos); o Auto de Resistência.

b) Caso o devedor se recuse a abrir as portas do imóvel, deverá o Oficial de Justiça relatar ao juiz, através
de certidão, o ocorrido, solicitando-lhe ordem de arrombamento. Autorizado a arrombamento, lavrarão os
Oficiais de Justiça o respectivo auto, que deverá ser assinado pelas testemunhas. Persistindo o devedor em
oferecer resistência ao cumprimento do mandado, lavrará o Oficial de Justiça Auto respectivo, conforme
modelo abaixo, fazendo-o acompanhar do Auto de Arrombamento (Penhora, Remoção e Depósito, ou do
ato correlato determinado no mandado ). Deve ainda o Oficial de Justiça intimar o devedor para
embargos.

Local e data

Oficial de Justiça

CERTIDÃO

Aos ----------- dias do mês de ------------- do ano de --------------, na Rua --------------------------------


----, nº ------------, bairro----------------, onde fomos nós, Oficias de Justiça abaixo assinados, em
cumprimento ao mandado retro nº -------- passado nos autos de execução nº ----------- que corre perante a -
------ Vara Cível , que -------------------- move a ------------------------ encontramos as portas do imóvel
trancadas, movido pelo qual, com auxílio do chaveiro profissional Sr.--------------------------------------
portador do documento de identidade ---------------------, estabelecido na Rua -----------------------------, nº -
------------ e, estando presentes as testemunhas Srs. -------------------------------------------,----------------------
-------------------, residentes na Rua ---------------------------------------- n.º --------------portadores das
cédulas de identidade------------------- e -------------------, efetuamos o arrombamento da porta, e, ao entrar
no imóvel encontramos o devedor, que persistiu na resistência. Efetuamos então a sua prisão e o
conduzimos ao Departamento de Investigações, apresentando-o à autoridade policial com a segunda via
deste Auto, conforme recibo. Do que, para constar, lavramos o presente auto, que lido e achado conforme,
vai devidamente assinado.

Local e data

Oficial de Justiça
94

Oficial de Justiça

Testemunha

Testemunha

AFIXAÇÃO DE SENTENÇA

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº------, expedido nos autos da ação
de nº -------------------------, que corre perante a --------------- Vara de Falências, Registro Público e
Concordatas desta Comarca de --------------------, nos autos de falências que --------------------------- move a
------------------------------ dirigi-me na Rua -----------------------------------n º-----------------, onde procedi à
afixação, às portas da mesma, da sentença que decretou a quebra da empresa ré.

Local e data

Oficial de Justiça

NEGATIVA DE CITAÇÃO DOS GRAVEMENTE DOENTES

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº ---------------, expedido nos autos
da ação de execução n.º ---------------, que corre perante a -------- Vara Cível, movida a ----------------,
compareci na Rua --------------------------------------, n.º ----------- bairro ---------------------, onde, às ---------
horas, deixei de citar----------------------, por encontrá-lo aparentemente sem condições físicas para receber
citação, ainda conforme atestado médico exibido a mim por ---------------------------- de emissão do Dr.----
-------------------------------, CRM nº--------------, pelo que devolvo o mandado nos termos do art. 217 CPC.
Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

NEGATIVA DE CITAÇÃO DE DEMENTE/LOUCO

COMENTÁRIOS

De acordo com o art. 218 do CPC, não se efetuará a citação do réu em caso de que seja louco ou
esteja impossibilitado de recebê-la, devendo o Oficial de Justiça registrar o ocorrido de maneira
minuciosa, em certidão, exceto na Ação de interdição, que possui expediente específico conforme art.
1.181 do CPC.

CERTIDÃO
95

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º ----------, expedido nos autos da
Ação de Execução nº ---------------, que corre perante a Vara Cível , movida a -----------------------------,
compareci na Rua -------------------------------- n.º ----------, bairro --------------------onde, às ------------
horas, deixei de citar ---------------------------, por encontrá-lo aparentemente sem condições mentais para
receber citação, e ainda conforme atestado médico a mim apresentado por ---------------------, mãe do
citando, emitido pelo Dr. ----------------------------------------, CRM n.º ----------- pelo que devolvo o
mandado nos termos do art. 218 CPC. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

CITAÇÃO DE INTERDITANDO

COMENTÁRIOS

Far-se-à a citação do interditando, de preferência na presença de testemunhas, observando-se o


disposto no art. 1.181 do CPC, sendo, neste caso, absolutamente necessária a presença de testemunhas.

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº ------------retro, expedido nos autos da


ação de interdição nº ------------, que corre perante a -----------Vara Cível, movida a --------------,
compareci na Rua -------------------------------, onde, às --------------- horas, citei o Sr.-------------------------
para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que lhe li e dei-lhe para ler, na presença do autor e
das testemunhas abaixo nominadas. Dei-lhe contrafé, que aceitou, deixando de apor sua nota de ciência,
aparentando incapacidade em fazê-lo. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

CITAÇÃO DE INCAPAZES/MENOR

COMENTÁRIOS

Deve o Oficial de Justiça citar incapazes e menores devidamente representados ou assistidos por
seus pais, tutores ou curadores.

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº --------, expedido nos autos da
ação de nº -----------------------, corre perante a -----------Vara Cível, movida a ------------, compareci na
Rua---------------------------, nº ---------, bairro de -----------------, onde às ------- horas, citei ------------------
------- menor, assistido por seu (pai, mãe, tutor, curador) Sr.(a)--------------------------------, para todos os
96
termos e conteúdo do mandado referido, que li e dei-lhes para ler, do que ficaram bem cientes. Dei-lhes
contrafé, que aceitaram, exarando no mandado sua(s) nota(s) de ciência. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

RÉU FALECIDO

COMENTÁRIOS

Deve o Oficial de Justiça fazer constar da certidão informações relativas à certidão de óbito,
juntamente ao mandado, se possível, cópia do referido documento.

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº -------------, retro, expedido nos autos da
ação ---------------------------, n.º------------, que corre perante a --------------- Vara Cível, que -----------------
- move a --------------------, compareci na Rua-------------------------------------, n.º -------, bairro--------------,
onde às ----------- horas, deixei de citar--------------------------por haver sido informado pela Sra.-------------
------------------ de que o seu marido faleceu no data de ----/-----/---- exibindo ainda a este Oficial, original
da Certidão de Óbito expedida pelo cartório, cuja cópia segue anexa. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

PRAÇA E LEILÃO
DISTINÇÃO ENTRE LEILÃO E PRAÇA
O Leilão se refere a bens móveis, referindo-se a Praça aos bens imóveis

PROCEDIMENTOS

Após o recebimento dos autos, deve dirigir-se o Oficial de Justiça ao local determinado, onde , no
horário designação e publicado, tocará a sineta, fazendo a leitura do Edital em voz alta, geralmente no
átrio do FÓRUM onde assim se dirá:
Venho por ordem do M.M. Juiz de Direito da ---------- Vara ----------, trazer a público(a) leilão
(bens móveis) praça(bens imóveis) de venda e arrematação os bens (penhorados, objeto de extinção de
condomínio, etc.), na ação que -------------------------- move a----------------------------- avaliados por R$ ----
--------------- (---------------------------------------), em primeiro(a) (praça/leilão) pelo maior lance oferecido
acima da avaliação e em segundo (praça/leilão) pelo maior lance oferecido.
Feitos os lances, deve o Oficial de Justiça anotá-los, observando ainda a pessoa do lançador, sendo
que, após o último lance, encerrará o Oficial de Justiça o Leilão ou Praça, solicitando que o arrematante
exiba o seu documento de identidade, o acompanhe até à Secretaria do Juízo em que tramite o feito.
Lavrará então o Oficial de Justiça certidão relativa à realização ou não realização do leilão ou da praça,
fazendo constar da mesma o valor do lance oferecido e a qualificação do arrematante, que assinará o
AUTO DE ARREMATAÇÃO, lavrada também nessa ocasião pelo escrivão.
Não havendo licitantes, o Oficial de Justiça registrará o fato em certidão.
97
Deve considerar ainda o Oficial de Justiça que, por ocasião do primeiro Leilão ou da primeira
Praça, não pode o bem ser arrematado por valor inferior ao da avaliação. Na eventualidade do segundo
Leilão (ou da segunda Praça), a arrematação pode ser feita, independentemente do valor alcançado.

NEGATIVA DE LEILÃO

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Edital de Leilão Público de folhas dos autos n.º -------------------
---------- da ---------------------- Vara Cível, perante terceiros interessados , procedi ao pregão de venda e
arrematação em 1º Leilão dos bens descritos, sem que houvesse licitantes. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

POSITIVA DE LEILÃO

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Edital de Leilão Público de fls. dos autos nº ------------------- da
--------- Vara Cível, perante terceiros interessados, procedi ao pregão de venda e arrematação em 2º leilão
dos bens descritos, sendo que, pelo maior lance de R$ --------------------- (---------------------------------------
--), foram os referidos bens arrematados pelo Sr.---------------------------- documento de identidade ----------
---------------, CIC ------------------------- residente na ----------------------------------, nº------------, bairro -----
-------------, com o seguinte endereço comercial:-----------------------------------. Em seguida, intimei-o a
comparecer perante a respectiva Secretaria para assinar compromisso. Dou fé

Local e data

Oficial de Justiça

NEGATIVA DE PRAÇA

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Edital de Praça de folhas dos autos n.º ---------------- do Juízo da
------------ Vara Cível, perante terceiros interessados, procedi ao pregão de venda e arrematação em praça
dos bens descritos, sem que houvesse licitantes. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça
98
POSITIVA DE PRAÇA

Processo: nº
1ª Vara Cível

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Edital de Praça de folhas, perante terceiros interessados,


procedi ao pregão de venda e arrematação em praça dos bens descritos, sendo que, pelo maior lance de R$
--------------------------- (----------------------------------- reais), foram arrematados pelo Sr. ---------------------
----------------, portador do documento de identidade--------------------------, CIC--------------------, residente
na ---------------------------, nº-----------------, bairro -------------------------------------, com o seguinte
endereço comercial: Em seguida, intimei-o a comparecer perante a Secretaria deste Juízo para assinar o
compromisso. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

Comarca de:
Mandado n.º

MANDADO DE SEGURANÇA

Processo n.º Juízo


Ação: Valor R$

Autor:
Endereço: CEP.
Bairro:

Réu:
Endereço: CEP.
Bairro:

MM. Juiz de Direito da Vara Supra manda ao Oficial de Justiça, abaixo nominado, que, em
cumprimento a este, cite a parte Ré, nome e endereço acima, a fim de se defender.
Advirta-se outrossim, de que, não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos, como verdadeiros,
os fatos articulados pelo autor, constantes da inicial, cuja cópia em anexo.

DESPACHO JUDICIAL

Local - Fórum Gumersindo Bessa


Centro Administrativo Augusto Franco
Av: Presidente Tancredo Neves, S/Nº
Bairro Capucho 49080-470
Aracaju (SE)

Local e data
99
ESCRIVÃO, POR ORDEM DO MM. JUIZ

NOME DO OFICIAL

Oficial acima deverá se identificar com sua carteira funcional.

2 - ATOS DE OFÍCIOS CRIMINAIS

CERTIDÕES E AUTOS DOS FEITOS CRIMINAIS

CITAÇÃO E INTIMAÇÃO POSITIVA NAS AÇÕES CRIMINAIS

COMENTÁRIOS

a) Não cabe citação com hora certa, devendo o réu ser citado por edital. Caso haja suspeita de
ocultação, tal fato deverá ser levado ao conhecimento do Juiz por meio de certidão, relatando o Oficial
de Justiça as diligências realizadas e os motivos da suspeita.

b) Havendo recusa por parte do réu em assinar o mandado , ou caso seja ele analfabeto, deve o Oficial de
Justiça citá-lo e/ou intimá-lo na presença de testemunhas , se possível, fazendo constar da certidão: a
qualificação das testemunhas; características físicas do réu (estatura e peso aproximados, cor da pele, dos
olhos e dos cabelos, idade, e outras como falha de dentes, marcas e cicatrizes, etc).

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado n.º --------- retro, expedido nos autos da
ação de crime contra o patrimônio n.º--------------que corre perante a ------------------ Vara Criminal,
compareci na Rua --------------------------------------, n.º --------, bairro ----------------------, onde às ----------
horas citei e intimei o Sr.----------------------------------------------, para todos os termos e conteúdo do
mandado referido, que lhe li e dei-lhe para ler, do que ficou bem ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou,
exarando a sua nota de ciência. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça
100
NEGATIVA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO

(SUSPEITA DE OCULTAÇÃO)

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º -------------, expedido nos autos da
ação de crime contra o patrimônio nº -------------- que corre perante a ---------- Vara Criminal, compareci
na Rua--------------------------------------, nº -----------, bairro----------------------------, por quatro vezes (em--
---/-----/-----, às ---------horas; em-----/-----/----, às------- horas, em -----/----/---- às horas; em -----/----/----
às horas; e nesta data, às -------------horas), não encontrando ali o réu Sr. --------------------------- , embora
sua esposa Sra.---------------------------------------------- e vizinhos tenham dito que ele é encontrado em sua
residência todos até as ---------horas, quando sai para o trabalho; entre--------- horas e ---------------horas,
para almoçar e a partir das --------- horas. Certifico mais que, havendo pois suspeita de tentativa de
ocultação, devolvo o mandado à origem para os devidos fins. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

CERTIDÃO NEGATIVA - LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO

COMENTÁRIOS

Caso seja o Oficial de Justiça informado de que o réu mudou-se para local ignorado, deve relatar o
fato em certidão, mencionando o informante com seu nome e endereço completos, registrando na referida
certidão que o réu encontra-se em local incerto e não sabido.

1º caso

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado nº ------retro, expedido nos autos da Ação
de Crime Contra o Patrimônio n.º -------, que corre perante a ------------------- Vara Criminal, compareci na
Rua ---------------------------------------------, nº-----, bairro --------------- e ali sendo, às -----------horas,
deixei de citar e intimar o réu , Sr. -----------------------------------------, em virtude de , conforme a sua mãe,
Sra.-----------------------------------------, ele haver se mudado dali há cerca de dois meses, tendo dito ainda
a informante que desconhece o paradeiro de seu filho, estando portanto o réu em lugar incerto e não
sabido. Pelo que devolvo o mandado para os devidos fins. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

2º caso

CERTIDÃO
101

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º------- expedido nos autos da Ação
de Crime Contra o Patrimônio que corre perante a ------------ Vara Criminal, compareci na Rua -------------
--------------- , nº ----------, bairro --------------- e ali sendo, às -------- horas, obtive do Sr. ---------------------
------------------, atual morador do imóvel, a informação de que o réu, Sr. ----------------------------------------
-----, mudou-se daquele endereço há cerca de um ano, sendo desconhecido o seu atual paradeiro. Assim
sendo, e por encontrar-se o réu em local incerto e não sabido, deixei de efetuar a citação e intimação
ordenadas e devolvo o mandado à origem. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

3º caso - Endereço ou número não localizado

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº -----, expedido nos autos da Ação
de Crime contra o Patrimônio que corre perante a ------- Vara Criminal, compareci na Rua ------------------
-----, bairro --------------------------, e ali sendo às --------------- horas não encontrei o n.º --------- indicado.
Certifico mais que, dirigindo-me ao nº --------------- daquela Rua, obtive da Sra.--------------------------------
----------- a informação de que o réu ----------------------------------- é ali pessoa desconhecida. Certifico
que, assim sendo, deixei de efetuar a citação e intimação e devolvo o mandado retro à origem, uma vez
que, com relação ao endereço informado no mandado, encontra-se o réu em lugar incerto e não sabido.
Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

4º caso - Logradouro desconhecido

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº------, expedido nos autos da Ação
de Crime Contra o Patrimônio n.º ---------, que corre perante a -------- Vara Criminal, consultando guias e
catálogos de logradouros, inclusive os elaborados pela Corregedoria de Justiça desta Comarca, não
encontrei na Rua ---------------------------- n.º -----------, bairro ------------- indicada no mandado, e ainda
diligenciando no bairro------------------- onde estaria localizada, e ali indagando a moradores e
comerciantes, nenhuma informação obtive, motivo pelo qual devolvo o mandado à origem uma vez que,
com relação ao endereço informado no mandado, encontra-se o réu em lugar incerto e não sabido. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

INTIMAÇÃO POSITIVA DE DEFENSOR

CERTIDÃO
102

Certifico que, em cumprimento ao mandado retro n.º ---------, expedido nos autos Ação de Crime
Contra o Patrimônio n.º------------, que corre perante a ---------------------Vara Criminal, compareci na
Rua------------------------------------------, nº-----------, bairro ----------------------------, e ali sendo , às --------
----- horas, intimei o Dr. ---------------------------------------, de todos os termos e conteúdos de presente
mandado, que lhe li e dei-lhe para ler, do que ficou bem ciente, aceitando a contrafé que entreguei,
exarando a sua assinatura no mandado. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

CONDUÇÃO COERCITIVA DE TESTEMUNHA

COMENTÁRIOS

Deve o Oficial de Justiça intimar a testemunha e conduzi-la, usando a cobertura policial quando
necessária e /ou quando ordenada pelo MM. Juiz no corpo do mandado, por despacho ou por ofício,
observando-se que não se colocará a testemunha referida no compartimento de presos mas nos banco do
interior da viatura ou de veículo por ela indicado. Será a testemunha levada pelo Oficial de Justiça à
presença do Juiz no horário da audiência, podendo ela ser entregue ao Oficial de Justiça de Plantão na
Vara correspondente, ressaltando-se que a testemunha não poderá sofrer constrangimento ilegal, podendo
deslocar-se para cumprimento de necessidades básicas, desde que acompanhada pelo Oficial de Justiça.

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro nº -----------, expedido nos autos
da Ação de Crime Contra o Patrimônio nº---------, na Rua ---------------------------------------------------,
bairro ------------------------, e ali sendo , às --------- horas, intimei o Sr. -------------------------------------
para todos os termos e conteúdo do mandado referido, que lhe li e dei-lhe para ler, do que ficou bem
ciente. Dei-lhe contrafé, que aceitou, exarando a sua assinatura no mandado, e estando devidamente
intimado, conduzi-o coercitivamente até as dependências deste Fórum Gumercindo Bessa, onde, às --------
------- horas, entreguei-o ao Oficial de Justiça de plantão, --------------------------------------------, conforme
recibo no mandado. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

INTIMAÇÃO DE JURADO NÃO ENCONTRADO EM SUA RESIDÊNCIA

COMENTÁRIOS

Não é necessária a intimação pessoal do jurado caso não seja ele encontrado, podendo o Oficial de
Justiça intimar pessoa da família. Nesse caso, deve o Oficial de Justiça qualificar a pessoa, colhendo a sua
assinatura.
103
CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao respeitável mandado retro n.º ---------------, expedido nos autos
da ação de homicídio que corre perante o ------------------------Tribunal do Júri, compareci na Rua ----------
----------------------------, n.º -----------, bairro -----------------------------------, e ali sendo, às -------------
horas, encontrando-se ausente a jurada Sra. -----------------------------------------, nos termos do § 2º,
intimei-a na pessoa de seu marido, Sr. ---------------------------------------, que recebeu a contrafé, de tudo
ficando ciente, apondo sua assinatura no mandado. Dou fé.

Local e data

Oficial de Justiça

TRIBUNAL DO JÚRI

COMENTÁRIOS

Para início dos trabalhos no Tribunal do Júri, deve o Oficial de Justiça, após receber a pauta das
mãos do Sr. Escrivão, apregoar as partes e testemunhas. Feito o pregão, o réu deverá ser conduzido à
guarda da Polícia Militar, até o chamado do MM. Juiz, e as testemunhas de denúncia e defesa deverão
aguardar em salas distintas.

Aberta a sessão pelo MM. Juiz Presidente, será sorteado o Conselho de Sentença (sete jurados),
ficando os seus membros incomunicáveis, sob vigilância dos Oficiais de Justiça, os quais não poderão se
ausentar do plenário sem ordem do MM. Juiz Presidente.

A cada intervalo da sessão, os jurados poderão sair do plenário, caso queiram, para uso de
banheiro ou alimentação, sempre acompanhados dos Oficiais de Justiça, os quais garantirão a
incomunicabilidade.

Assim que o MM. Juiz Presidente obtiver, por parte dos jurados, a notícia de que estão aptos a
decidirem, os Oficiais de Justiça os acompanharão até a sala secreta, velando sempre pela
incomunicabilidade, onde, presentes o MM. Juiz Presidente, o Representante do Ministério Público e seu
Assistente, caso haja, o Advogado de Defesa, o Escrivão e ainda os membros do Conselho de Sentença e
os Oficiais de Justiça, terá início a votação dos quesitos. Fornecerão os Oficias de Justiça a cada jurado
uma ficha com a inscrição SIM e outra com a inscrição NÃO, para a resposta a cada quesito Feita a
votação quesito a quesito, um dos Oficiais de Justiça recolherá em urna as fichas não utilizadas. A seguir,
as urnas serão entregues ao MM. Juiz Presidente, que contará as respostas e conferirá o total de fichas,
considerando-se, assim , votado o quesito. Encerrada a votação, o MM. Juiz Presidente poderá autorizar a
comunicação entre os jurados, solicitando-lhes que permaneçam na sala secreta a elaboração da sentença.

Antes do término da sessão, os Oficiais de Justiça deverão lavrar uma certidão, atestando a
incomunicabilidade dos jurados.

Cabe ainda ao Oficial de Justiça manter a ordem no plenário independentemente de ordem do


MM. Juiz Presidente, impedindo quaisquer atitudes prejudiciais à tranqüilidade dos trabalhos,
comunicando ao MM. Juiz Presidente qualquer ocorrência mais grave.

CERTIDÃO DE INCOMUNICABILIDADE
104
Certifico nós, Oficiais de Justiça infra assinados, que presentes à audiência de Julgamento de ------
-------------------------------, no processo que lhe move a Justiça Pública, não houve comunicação, por
qualquer meio, entre os membros do Conselho de Sentença, durante todo o período da sessão. O referido é
verdade e damos fé.

Local e data

Oficial de Justiça

Oficial de Justiça

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