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Despesa pública

Conceito: Aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de


ordem pública ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado.

1. Estrutura da programação orçamentária da despesa:

a. Programação qualitativa - o programa de trabalho define qualitativamente


a programação orçamentária. Dividido nos seguintes blocos de informação:
 Classificação por esfera;
 Classificação institucional;
 Classificação funcional;
 Estrutura programática;
 Principais informações do programa de ação.

b. Programação quantitativa – programação física: quantidade de produto a


ser ofertado pela ação; programação financeira: define o que adquirir e com
quais recursos.
 Natureza da despesa;
 Identificador de uso;
 Fonte de recursos;
 Identificador de operações de credito;
 Identificador de resultado primário;
 Dotação
 Justificativa

2. Classificação:

2.1 Quanto à forma de ingresso:


a) Orçamentárias:

 Fixadas nas leis orçamentárias ou nas leis de creditos adicionais;


 Instituídas em bases legais;
 Dependem de autorização legislativa;
 Obedecem aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e
pagamento.

b) Extraorçamentárias:

 Não consignadas no orçamento ou nas leis de creditos adicionais;


 Devolução de recursos transitórios obtidos como receitas
extraorçamentárias;
 Não dependem de autorização legislativa;

Obs.: o resgate (pagamento) de operações de credito por ARO é despesa


extraorçamentária. Entretanto encargos referentes a tais despesas são
orçamentários.

2.2 Por natureza da despesa (por categorias):

a) 1º Categoria Econômica:

3 – Despesas orçamentárias correntes: não contribuem para aquisição ou


formação de capital
4 – Despesas orçamentárias de capital: contribuem para a formação e aquisição
de capital

b) 2º Grupo de natureza de despesa (GND): é um agregador de elementos de


despesa com as mesmas características quanto ao elemento de gasto.

3 – Despesas orçamentárias correntes:


1. Pessoal e Encargos Sociais;
2. Juros e Encargos da Dívida;
3. Outras Despesas Correntes.

4 – Despesas orçamentárias de capital:


4. Investimento – muda a composição do PIB; geram serviços; construção
de um prédio por exemplo;
5. Inversões Financeiras – não muda a composição do PIB; compra de um
prédio pronto, por exemplo;
6. Amortização da Dívida – pagamento ou refinanciamento do principal e
da atualização monetária da dívida mobiliaria interna e externa, contratual ou
mobiliária.

Obs1.: Amortização da dívida: ente público devedor; categoria econômica:


despesa de capital.
Amortização de empréstimos: ente público credor; categoria econômica:
receita de capital.

Obs2.: Pagamento do principal de empréstimos: despesa de capital; GND:


Amortização da Dívida.
Pagamento de juros: despesa corrente; GND: Juros e Encargos da
Dívida.

c) 3º e 4º Modalidade de aplicação;

É uma informação gerencial que objetiva eliminar a dupla contagem dos


recursos transferidos ou descentralizados. Indica se os recursos serão aplicados
mediante:
 Transferência financeira;
 Diretamente para entidades privadas;
 Diretamente pela unidade detentora do credito orçamentário.

d) 5º e 6º Elemento de despesa;
Identifica os objetos de gasto;

e) 7º e 8º Desdobramento facultativo do elemento.

3. Classificações Doutrinárias:

a) Competência Institucional:
Ente político competente à sua instituição ou realização:
 Federal;
 Distrito Federal;
 Estadual;
 Municipal;

b) Afetação patrimonial:
 Despesa Orçamentária Efetiva: no momento de sua realização, reduz
a situação liquida patrimonial da entidade. Exemplo: despesas
correntes.
 Despesa orçamentária não Efetiva (ou por Mutação patrimonial): no
momento de sua realização, não reduz a situação liquida patrimonial
da entidade; constitui fato patrimonial permutativo. Exemplo:
despesas de capital.

c) Regularidade ou Periodicidade:
 Ordinárias: despesas perenes; continuidade pois se repetem em todos
exercícios; exemplo: despesas com pessoal;
 Extraordinárias: não se integram sempre ao orçamento; caráter não
continuado, eventual, inconsistente, imprevisível.

4. Diferenças na lei 4320:

I. Inversões financeiras:

 Na lei 4320:

 Aquisição de imóveis ou de capital já em utilização;


 Aquisição de títulos representativos do capital de empresas
ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a
operação não importe aumento do capital;
 Constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas
que visem objetivos comerciais ou financeiros, inclusive
operações bancarias ou de seguros;
Obs: na lei 4320 são classificados como investimentos – constituição
ou aumento do capital de entidades ou empresas que não sejam de
caráter comercial ou financeiro.

 Nos manuais (classificação por natureza da despesa):

 Aquisição de imóveis ou de capital já em utilização;


 Aquisição de títulos representativos do capital de empresas
ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a
operação não importe aumento do capital;
 Constituição ou aumento do capital de empresas;
 Outras despesas classificáveis nesse grupo.

II. Materiais permanentes segundo a lei 4320:

“material permanente é o de duração superior a 2 anos.”

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