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EM GESTÃO DE
PESSOAS
AULA 03
ATRAÇÃO, RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
ATRAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
A empresa deverá fazer com que o mercado tenha conhecimento das vantagens
e benefícios que ela oferece, seja em remuneração, benefícios diretos ou indiretos, etc.
Isso contribuirá para fazer com que haja mais profissionais interessados em ingressar na
organização.
Organizações como a SHELL, a IBM, assim como grande parte das multinacionais,
tem uma imagem de muita solidez e potente crescimento. Isso faz com que tenham um
assédio permanente de alunos de instituições, como a FGV e outras do mesmo porte.
Anúncios que são publicados por essas instituições têm uma resposta maior que a
da média das organizações em geral.
Dessa maneira, o trabalho de RH é facilitado, já que o recrutamento está praticamente
assegurado.
RECRUTAMENTO INTERNO
RECRUTAMENTO EXTERNO
O recrutamento externo é feito para o preenchimento dos cargos da empresa, em
geral, especialmente quando não se pode preencher com a seleção interna. Podemos
usar os serviços de terceiros, proceder ao recrutamento direto, utilizar uma empresa
especializada ou deixar esse recrutamento e seleção a cargo de terceiros.
Nesse último, estaremos evitando o contato inicial com o mercado, em que
permitimos que todos tenham conhecimento do processo de busca de profissionais.
Estamos, assim, buscando evitar tentativas de burla ao sistema, com solicitações “políticas”
e tentativas de apadrinhamento.
E, ainda, utilizando especialistas para tal e evitando ter de montar estrutura
específica para esse fim, quando ela não exista.
O inconveniente é que não temos controle do que ocorre e pode ser deixada de
fora alguma fonte que preferiríamos utilizar, eventualmente.
A opção do recrutamento terceirizado pode ser estendida à seleção, deixando-se
todo o processo em mãos da consultoria. O controle sobre ele se torna mais difícil.
No caso da terceirização, deve ser fornecido o perfil desejado para o candidato ao
cargo à consultoria, e ela deve fornecer dados sobre a metodologia que será utilizada,
para aprovação pela empresa. Por fim, os pretendentes selecionados devem ter o perfil o
mais próximo do já especificado.
A empresa deve solicitar à consultoria um número mínimo de 3 candidatos
selecionados, para que ela possa finalizar o processo e escolher um deles. Do mesmo
modo, a consultoria deve se responsabilizar pela reposição dele, ao menos uma vez.
SELEÇÃO
O processo de seleção demanda uma série de passos para ser executado. Eles são:
• A definição quantitativa e qualitativa dos profissionais a serem selecionados.
Quando do processo de levantamento dos perfis dos profissionais, deve ser
estudado o plano estratégico e organizacional da instituição, bem como a programação
de saídas, dos cargos a serem preenchidos, de qualquer natureza, seja aposentadorias,
desligamentos, promoções, etc. Deve ser levantado um quadro completo de demandas
para o futuro, de modo a se evitar a repetição frequente do processo . Essas medidas já
devem ter sido tomadas antes de todo o processo, mas devem ser observadas, mais uma
vez.
• Definição de critérios.
Seleção rigorosa, buscando-se um perfil totalmente em sintonia com requisitos
exigidos, em níveis muito altos ou exigências menores, potencial com perspectivas para
fazer carreira na empresa e não apenas preencher aquele cargo. Definição de prioridades
em termos de perfil, ou seja, se a dimensão atitudinal, estratégica, deve prevalecer sobre a
organizacional, etc. Quando, inversamente, deve-se privilegiar o fator know-how, focando
mais no cargo a ser preenchido que no potencial do candidato para fazer carreira.
• Metodologia a utilizar.
O processo de seleção deve seguir alguns passos para ser efetivo. São eles, a
definição dos selecionados, dos critérios da seleção e da(s) metodologia(s) a utilizar.
Podem ser utilizadas métodos e ferramentas já existentes, padronizadas, ou customizados.
Essas últimas, elaboradas para identificar detalhes específicos da organização. A seleção
pode ser direcionada para traços do perfil “intangíveis”, como atitudes e aptidões, visando
candidatos com maiores perspectivas de carreira, ou para traços ligados ao know-how,
como instrução e experiência.
O processo de seleção das empresas de ponta privilegia, cada vez mais, jogos e
simulações e “brincadeiras” para identificar o perfil atitudinal, de aptidões e de habilidades
dos candidatos que estão sendo avaliados.
Essa ênfase na metodologia decorre do fato de ser mais fácil mudar ou acrescentar
qualificações formais, conseguintes de treinamento ou experiência do que tentar mudar,
atitudes, aptidões ou desenvolver habilidades que implicam na dimensão psicomotora e
dependem de traços pessoais.
PRIMEIRA AVALIAÇÃO
Janela de JOHARI
Objetivos, para a seleção:
Aumentar o conhecimento que se tem das pessoas, quanto a características e traços
de personalidade. É ferramenta aberta, que permite identificar estilos mais agressivos,
passivos, proativos, etc. Serve para diversos propósitos.
Tem o inconveniente de não poder ser aplicada a grupos que não se conhecem,
sendo mais facilmente aplicável para a seleção interna, em que as pessoas já se conhecem
e têm opinião formada, uns a respeito dos outros.
Quando aplicada em seleção externa, em que os candidatos não se conhecem, isso
deve ocorrer no final de uma sessão de avaliação, quando todos já terão se exposto uns
aos outros.
Processo:
Os participantes do exercício, dinâmica, instrumento, reúnem-se em grupos de 4
ou 5 e é pedido a cada um que avalie os demais colegas e, também, que se autoavalie,
selecionando o que lhe pareça mais semelhante consigo, um animal, um instrumento
musical e um prato de comida, conforme tabela a seguir. O participante deve,
obrigatoriamente, escolher uma alternativa de cada um dos elementos.
Cada escolha deve ser discutida com o grupo. Os observadores poderão identificar
as manifestações que estejam surgindo e que se sintonizem com as características
requeridas nos candidatos.
Características a registrar, por exemplo: pró-atividade/agressividade, relacionamento
e autocontrole.
Torre
Objetivos:
Podem ser vários os objetivos, como verificar foco em resultados, na qualidade, na
otimização de recursos, iniciativa, trabalho em equipe, entre outros. Serve para a admissão
na empresa e porta de entrada na “escada” que leva a posições mais altas na organização.
Identifica, também, aqueles que são candidatos a porta de saída.
Comentário:
Ferramenta bastante completa, para observação de foco de atenção ou preocupação,
além de outras características. Mais voltada para identificação de aptidões e habilidades.
Processo:
É colocado à disposição dos grupos de, no mínimo, 4 pessoas o material com que
vão trabalhar, a “sucata”, constituída por garrafas pet vazias, caixas de ovos, caixas de
fósforos, além de outros materiais, como cartolina, elástico, clips, cola e tesouras.
Inicialmente, os grupos deverão “disputar” esse material, que estará colocado em
um único amontoado. Deverão construir torres, uma por grupo, com características de
solidez, estética e caracterização, deve parecer uma torre e não outra coisa qualquer. O
tempo é limitado e os recursos também.
Como no caso anterior, os observadores treinados fazem o registro das
manifestações dos candidatos, visando às caraterísticas estipuladas. É feita, igualmente, a
classificação dos candidatos. Ferramentas desse tipo são utilizadas, também, para verificar
a habilidade de expressão e comunicação, de trabalhar em equipe, etc.
A metodologia descrita anteriormente levanta perspectivas usando dados obtidos
em observação de comportamento real, ainda que em condições “de laboratório”. É, a
medida do possível, objetiva.
Os dados obtidos com esse levantamento e avaliação são cruzados com outras
SEGUNDA AVALIAÇÃO
TERCEIRA AVALIAÇÃO
Heteroavaliação
A heteroavaliação é feita se solicitando a cada um dos participantes que coloque
sua opinião selecionando palavras ou frases, de uma lista previamente preparada, em que
estão misturadas com outras, as características que se busca encontrar nos candidatos.
Cada um dos participantes do processo recebe a lista, colocando seu nome no
topo. Em seguida, com todos sentados em um círculo, cada um passa a sua lista para a
pessoa a sua direita. Essa, verifica o nome que está na extremidade e escolhe as palavras
que mais lembram a pessoa a ser avaliada. Coloca, então, um risco vertical ao lado de
cada palavra ou frase que escolha, sendo que essa quantidade é limitada.
Isso é feito repetidamente, até que todos tenham avaliado a todos. As listas são
então recolhidas e as escolhas tabuladas, quantificação das opiniões.
QUARTA AVALIAÇÃO
A listagem que circulou para a heteroavaliação volta a circundar, sendo que, dessa
vez cada um, além de colocar seu nome no extremo, escolhe as palavras ou frases que
mais lhe cabem.
Novamente, as listas são recolhidas e os dados tabulados.
Know-how
O fator know-how , que trata de instrução, experiência, e passado profissional, é
avaliado mediante o exame do currículo com a eventual verificação da veracidade dos
dados, pela comprovação da titulação declarada, assim como pelo contato com empresas
em que o candidato tenha trabalhado e que tenha mencionado.