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COMO AJUDAR

A CRIANÇA A
SER MAIS
RESPONSÁVEL

@EDUCAÇÃO PARA A PAZ

/EDUCAÇÃO PARA A PAZ POR THAIS BASILE

EDUCAÇÃO PARA A PAZ


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Uma das tarefas mais difíceis da
maternidade e da paternidade é ajudar os
nossos filhos a serem autônomos,
responsáveis e colaborativos.

Normalmente, as estratégias que usamos


com as crianças para que se tornem
responsáveis, passam mensagens
opostas das que pretendíamos. Abaixo,
alguns exemplos de frases que
costumamos dizer:

1.Reprovações e acusações: “você não consegue ficar sem fazer bagunça?”


2.Insultos/rótulos negativos: “você nunca faz nada, é um irresponsável”
3.Ameaças: “se você não arrumar essa bagunça, eu vou jogar tudo no lixo”
4.Ordens: “faça isso agora!”
5.Lições de moral: “na minha época não tinha isso, eu era muito mais responsável”
6.Advertências que levam a ameaças vazias: “tô avisando, já falei duas vezes!”
7.Vitimização: “você ainda vai me deixar doente. Eu tenho que resolver tudo!”
8.Comparações entre irmãos, amigos, primos: “seu irmão sim é responsável”
9.Sarcasmo: “nossa, que quarto arrumadinho, parece um lixão”
10.Profecias: “você não vai conseguir trabalhar ou casar, sendo assim"
11.Privação de afeto:  “não gosto de crianças que não cuidam das suas coisas”
12.Castigos: cantinho do pensamento, retirada de privilégios,etc
13.Palmadas e surras: contra a lei
E as mensagens que chegam até o ouvido dos nossos filhos, ao
contrário do que pensávamos, não é "meus pais estão falando
dessa maneira porque só querem meu bem e eu preciso ser
diferente", mas sim: (correspondente a cada frase anterior)

1.Não sou capaz de arrumar minhas coisas


2.Não acredito que posso fazer melhor
3.Não funciono sem que me ameacem
4.Não funciono sem que gritem comigo
5.Meus pais eram melhores que eu
6.Não sou auto regulado, não sei me motivar
7.Eu prejudico muito meus pais
8.Meus pais gostam menos de mim do que do meu irmão
9.Mereço ser envergonhado
10.Meu futuro não será bom
11.Não gostam de mim do jeito que sou
12.Precisam me afastar, eu causo dor
13.Eu tiro meus pais do sério, devo ser muito ruim

Essas mensagens podem causar raiva, tristeza,


medo de perder o afeto dos pais, e é sabido que
a criança que se sente mal, desencorajada, age
PIOR. Ou seja, estas estratégias não nos
ajudam a ensinar o que queríamos.
Como, então, seria a melhor maneira de passar a mensagem
que queremos que nossos filhos aprendam? Podemos usar
algumas das ferramentas da *disciplina positiva, que substituem
qualquer uma das estratégias autoritárias demonstradas antes:

1.Encorajamento: “tenho certeza que consegue arrumar tudo, vamos cronometrar?”


2.Conexão: “me dá um abraço, vai te ajudar a vencer a preguiça”
3.Busca de soluções: “o que ajudaria a fazer tudo mais rápido?”
4.Perguntas motivacionais: “como pode deixar o quarto sem brinquedos pelo chão?”
5.Reparação: “como você acha que pode deixar a sala mais arrumada que antes?”
6.Validação dos sentimentos: “às vezes pode ser frustrante ter que parar a
brincadeira para fazer a tarefa...eu entendo. E é hora da tarefa”
7.O lúdico: “o monstro das cócegas vai atacar quem não guardar as coisas”
8.Escolhas limitadas: “escolhe começar pela cama ou pelos brinquedos?”
9.Redirecionar pro útil: “agora a missão é recolher as roupas do chão”
10. Acordo e acompanhamento: “combinamos de fazer as tarefas sempre de manhã, e
chegou a hora (encaminhando gentilmente a criança)”
11.Exemplos positivos: “vem ver como a mamãe arruma o quarto dela, depois é sua
vez de me mostrar”
E a mensagem que passaremos, estará muito mais
próxima do que queremos que eles internalizem, afinal,
quando a criança se sente encorajada e motivada,
consegue tomar consciência das suas virtudes e do seu
potencial:

1.Sou capaz
2.Afeto me dá força quando preciso
3.Consigo pensar em soluções
4.Tenho boas ideias
5.Resolvo problemas
6.O outro me entende
7.Pode ser divertido ser responsável
8.Eu tenho autonomia, dentro do possível
9.Confiam que posso ser colaborativo
10.Confiam que posso cumprir resoluções
11.Confiam que eu sei aprender

Quando as crianças são confrontadas com comandos,


sermões, ordens, ou seja, com uma comunicação que
traz raiva, vergonha ou medo, elas acabam reagindo
com a parte mais primitiva dos seus cérebros, por isso
as disputas de poder, as negações, as crises, e no
melhor caso, as desistências.
Se ao invés de comandos, fazemos perguntas, seus
cérebros vão automaticamente buscar por respostas, já que
elas não se sentem envergonhadas, com raiva ou com
medo. Quando a criança se sente integrada e aceita, a
probabilidade de brigas, negações e disputas é menor.

Você também pode organizar um quadro de rotinas


junto com a criança, onde irão definir juntos quais
atividades serão feitas por cada integrante da família,
podem dividir o quadro com horários, com fotos das
tarefas sendo realizadas pela criança, ou com um passo
a passo das tarefas (criança acima de 3 anos começam
a ter melhor aproveitamento do quadro de rotinas). Não
é necessário que sejam dadas estrelinhas ou
recompensas, queremos que a criança aprenda que
colaborar e ter responsabilidade é bom e faz parte da
vida.
É importante dizer que a responsabilidade é ensinada
aos poucos, não só com a mudança da maneira de falar
com a criança, mas também com os exemplos de todos
os integrantes da família, como por exemplo a
colaboração igualitária do pai nas tarefas de casa, para
que a criança veja na prática que cada um tem
responsabilidades individuais e também relativas ao
grupo.

De onde tiramos a absurda ideia de que, para


levar uma criança a agir melhor, precisamos antes
fazê-la se sentir pior?
Jane Nelsen

*Disciplina Positiva é um programa baseado no trabalho de Alfred Adler e Rudolf Dreikurs que
tem como objetivo encorajar crianças e adolescentes, casais e colaboradores das empresas a
tornarem-se responsáveis, respeitosos, resilientes e com recursos para solucionarem problemas
por toda a vida. Disciplina Positiva é baseada nos livros da série escritos pela Dra. Jane
Nelsen e diversos co-autores (Lynn Lott, Cheryl Erwin, entre outros), e ensina habilidades sociais
e habilidades de vida para crianças, adolescentes e adultos.

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