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Introdução

Os dois últimos séculos foram de rápidas e profundas transformações sejam elas


gradativas ou bruscas. Em tempos que em se fala cada vez mais abertamente sobre
racismo, igualdade entre homens e mulheres, identidade e empatia. Mediante a tantas
mudanças e movimentos sociais que ganham cada vez mais visibilidade, que impacto
esses movimentos sociais de grupos distintos muitas vezes tem comum quando entrasse
no campo religioso? E de que forma a religião pode ajudar ou retardar o avanço de tais
mudanças? Como o foco em dois pontos de discussão: o direito das mulheres e racismo.
Este texto propõe discutir o papel do Cristianismo Protestante (Evangélico) como ponto
de partida e o impacto e ebulição desses movimentos e se de alguma forma a igreja seria
aliada ou inimiga. Embora a igreja evangélica tenha passado por diversas
transformações ao longo de sua fundação no Brasil questões como racismo e o papel da
mulher dentro da igreja não se é divulgado ou abordado na intensidade que deveria.
Esses dois assuntos estão extremamente entrelaçados na formação da igreja, então por
que é pouco falado?

O interesse pelas questões do papel da mulher e o racismo dentro da estrutura da igreja


no século XXI é um dos temas que me fazem pensar na sociedade brasileira deste
século, já que historicamente começamos a entender uma determinada civilização ou
sociedade em grande parte através do seu sistema de crenças (religião).

Estruturas físicas e rachaduras morais


Todo terceiro domingo do mês no dia de Santa Ceia na sede Da Igreja da Assembleia
de Deus Ministério de Madureira, situada na rua Carolina Machado número 174 no
bairro de Madureira no subúrbio do Rio de Janeiro.

Ruas lotadas, pessoas bem vestidas, famílias, carros, ônibus nas calçadas abarrotadas.
Embora o grande fluxo de obreiros1 nas portas tanto de saída quanto entradas da igreja é
raramente se vê em pessoas brancas, os homens negros como observei é lhes dada essa
função, os cargos de maior importância ou lugar de certo destaque é destinado em maior
porcentagem aos homens brancos.
A história da própria da igreja se confunde com a do bairro do subúrbio carioca: em
primeiro de maio de 1953 foi inaugurada e tida como primeira catedral das Assembleias

1
O obreiro tem a finalidade de servir no reino de Deus. Nas igrejas é o auxiliar do
pastor, é visto como uma autoridade espiritual e eclesiástica.
1.
de Deus da América Latina, ímpar em seu estilo gótico e linhas bastante suaves. Do
lado de dentro onde o culto prossegue, o que chama atenção além da falta de negros nos
lugares de destaque, são as funções os que estão no local.
Nas reuniões que observei, a porcentagem de negros é inferior ao de brancos na sede,
tendo em vista que nas comunidades os papéis se invertem: os negros ocupam cargos de
liderança e seu grau de influência nas igrejas menores, mas ainda ligadas a sede.

A Assembleia de Deus é uma das primeiras denominações protestantes a chegar em solo


brasileiro. Embora tenha sido fundada depois de 41 anos do fim da escravidão no Brasil,
ainda existe uma supremacia branca nos principais cargos de algum nível de influência.
Observei primeiramente foi a falta de representatividade negra na sede.
Uma matéria de 2016, que saiu na revista Raça diz que a presença de
negros nas igrejas protestante aumentou em 80%, também especialmente em
2004 surgiram diversos grupos e comunidades em prol de um Movimento
Negro Evangélico, que atualmente é uma das forças de combate ao racismo
e do crescimento da cultura negra no país.
Então por que embora esse crescimento absurdo da presença negra nas
igrejas, porque ainda existe a predominância branca e masculina em cargos
eclesiásticos de maior prestígio ou visibilidade: já que são os negros que
entram ou moram de fato, nas comunidades para fazer algum tipo de
diferença.
As fotos foram feitas em dois momentos distintos: em março desse ano na Santa ceia da
Assembleia de Deus Ministério de Madureira (sendo ela sede nacional do ministério) e
a outra no mês de maio no culto de mulheres na comunidade do Sereno (a primeira é a
matriz da segunda).

Figura 1 (No púlpito a frente está o Bispo Abner Ferreira, líder e pastor presidente, atrás
os líderes das congregações filiadas com seus ternos, muito bem vestidos, notei a
ausência de representatividade negra e feminina)
Figura 2 e 3 (Já na congregação é o completamente oposto: as lideranças são compostas por
quase 95% por negros e mulheres. Percebe-se que os lugares de liderança e influência são
exercidos por mulheres. e mulheres negras, em contrapartida na sede, onde é a influência branca
e composta apenas por homens)

A reunião segue o curso nos dois templos, outra questão que me veio à mente é: porque a
maioria na sede até mesmo nos lugares comuns ou que exigiam certa responsabilidade, a
maioria na sede era branca, embora Madureira seja um bairro típico do subúrbio carioca.
O que me chamou bastante atenção, foi o fato de que os negros na sede só terem algum “papel
de destaque’’ na hora da música e mesmo assim de uma forma bastante formal, diferente das
comunidades onde a mais liberdade quanto a vestimenta e até mesmo no ritmo que se é tocado.
Figura 3 e 4 (Na reunião de mulheres na congregação da comunidade elas como estão nos
lugares de destaque, tendo liberdade total)

Os cultos são o ponto alto de ambas as igrejas: embora os cultos durante a semana
sejam movimentados de fato o fluxo maior de pessoas é visível em dias específicos: a
primeira no domingo que já relatei acima, era dia de Santa Ceia2

2
A Ceia foi instituída por Jesus Cristo na noite em que Ele foi traído. Essa noite era o dia da
páscoa judaica, como uma nova aliança de Deus para o mundo, através de Jesus.
[...]A festa anual do santo padroeiro revela não
apenas a natureza das crenças e práticas
religiosas, mas também os contornos da
organização social. [...] (WHYTE, 1993 A Estrutura Social),

As relações sociais em sua maioria têm como base a sua religião: seja em maior ou
menor grau. Observa-se que além do papel de acolhimento a Igreja ainda permanece
com posturas muito conservadoras em certas denominações.
Mas para entender melhor essa ‘’ segregação ‘’ entre matriz branca x congregação
negra, recorri a pesquisar a história da igreja no Brasil para tentar entender o resultado
dessa história atualmente.

Uma igreja central nunca é igual a uma periférica.

A História dos grupos protestantes no Brasil começa no século XIX e tendo duas fases:
o protestantismo de imigração e o protestantismo de missão. O primeiro estava ligado à
imigração e atendia dos colonos dos países de origem, que chegavam em terras
brasileiras, favorecidos pelas mudanças políticas, econômicas e culturais que abriram as
portas da imigração no século XIX. Neste contexto se instalam os anglicanos3 com a
imigração inglesa (1810) e os luteranos4 com a imigração alemã (1824). O segundo
resultou das missões religiosas de agentes autônomos ou ligados às juntas missionárias,
provenientes, sobretudo, dos Estados Unidos. Na era das missões aparecem:

3
Anglicanismo é uma doutrina protestante, vertente do Cristianismo, propulsionada
pelo rei Henrique VIII, que surgiu na Inglaterra em 1534.
4
Luteranismo é a doutrina protestante, vertente do Cristianismo, pregada por Martinho
Lutero, que acredita que a salvação das pessoas consiste na sua fé.
congregacionais5 (1858), presbiterianos (1862), metodistas6 (1869), batistas7 (1882), e
episcopais (1898). Esse conjunto de denominações tem sido nomeadas como
protestantismo “histórico” ou “tradicional”.

O surgimento das igrejas pentecostais ocorreu no século XX. O nome do movimento faz
referência à passagem bíblica que descreve a descida do Espírito Santo sobre a igreja
primitiva reunida em Jerusalém no dia de Pentecostes. No texto, fiéis de diferentes
localidades começaram a falar em outras línguas ao mesmo tempo em que ouviam a
todos em seu próprio idioma. Esta passagem também é usada para fundamentar a
doutrina pentecostal da Glossolalia, também conhecida como o dom de línguas, o falar
“línguas estranhas” ou a “língua dos anjos”.

No Brasil, o pentecostalismo se instala em três movimentos. O primeiro corresponde à


chegada das denominações Congregação Cristã do Brasil (1910) e Assembleia de Deus
(1911). Esses grupos foram classificados como pentecostalismo clássico, por terem as
características do movimento pentecostal, como a crença no batismo no Espírito Santo
como uma “segunda benção”, através da qual aqueles que passaram pela “primeira
benção”, a conversão, receberiam os dons espirituais: dom de cura, profecia, visões e a
glossolalia.

O segundo movimento aconteceu em um contexto de urbanização, aumento do fluxo


migratório nas grandes cidades e a formação de uma sociedade de massas. Os principais
grupos surgidos neste contexto foram a Igreja do Evangelho Quadrangular8 (1951), a

5
O Congregacionalismo surgiu no século XVI (1501 – 1600), na Inglaterra, ao tempo da
implantação da Reforma Religiosa Inglesa, em contraposição a tendência da época de uma
Igreja estatal, centralizada, hierarquizada e ditatorial. Um grupo insatisfeito com os rumos
tomados pela reforma religiosa inglesa promovida pelo rei Henrique VIII, que se afastara da
Igreja Romana por questões pessoais, separou-se da Igreja Anglicana e organizou como
comunidades autônomas, conhecidas pelo nome de Independente, nome esse que antecedeu ao
nome Congregacional
6
Metodismo foi um movimento de avivamento espiritual cristão ocorrido na Inglaterra do
século XVIII que deu origem a Igreja Metodista em 1739 e enfatizou a relação íntima do
indivíduo com Deus, iniciando-se com uma conversão pessoal e seguindo uma vida de ética e
moral cristã.
7
Batistas são diversas denominações cristãs, com forma de governo congregacional, cuja
doutrina básica se dá na salvação mediante a fé somente, tendo como regra de fé e prática a
Bíblia Sagrada, e por princípio a separação entre Igreja e Estado.
8
Evangelho Quadrangular é uma igreja pentecostal que foca em quatro aspetos da missão de
Jesus – salvar, curar, batizar com o Espírito Santo, voltar para buscar a sua Igreja e reinar. Com
Igreja Pentecostal O Brasil Para Cristo9 (1955) e a Igreja Deus é Amor10 (1962). Estes
grupos foram classificados como pentecostalismo autônomo ou de cura divina, porque
contribuíram para o aumento de pequenas comunidades de fé autônomas às e porque
tinham nas manifestações de cura uma importante experiência religiosa e veículo de
pregação.

O terceiro movimento pentecostal coincidiu com o início do processo de distensão da


Ditadura Militar, da consolidação da indústria cultural e da crise do “milagre
econômico” de fins dos anos 1970. Suas principais denominações foram: Igreja
Universal do Reino de Deus11 (1977) e Igreja Internacional da Graça de Deus12 (1980) e
Renascer em Cristo13 (1985).

Estes grupos foram classificados como neopentecostalismo e igrejas que nasceram a


partir deste movimento apresentaram uma combinação de cura, exorcismo e teologia da
prosperidade. Em seus discursos e práticas, a superação de males físicos, psicológicos e
sociais através da benção divina é entendida como um milagre ou uma libertação dos
problemas espirituais que seriam a raiz dos mesmos, muitas vezes atribuídas à
possessão demoníaca ou associadas à influência de outras religiões, principalmente

grande foco na evangelização e na plantação de novas igrejas, a Igreja Quadrangular tem vários
membros no Brasil.

Fundada em 1922 por uma mulher chamada Aimee Semple McPherson, a Igreja do Evangelho
Quadrangular rapidamente cresceu nos Estados Unidos da América e chegou ao Brasil e outros
países do mundo.

9
Fundada em 1956 pelo missionário Manoel de Mello, a Instituição – que começou como um movimento
itinerante de evangelismo, cura e libertação’
10
A Igreja Pentecostal Deus é Amor foi fundada dia 03 de junho de 1962, pelo Missionário David
Martins Miranda; visto que a data e a denominação foram reveladas ao fundador, por intermédio do
Espírito Santo. O ministério iniciou com apenas três membros: Missionário David Martins Miranda, sua
mãe Anália Miranda e sua irmã Araci Miranda.
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Igreja Universal do Reino de Deus é uma igreja neopentecostal brasileira com muitos membros.
Fundada pelo bispo Edir Macedo, a Igreja Universal é conhecida por sua forte ênfase em libertação e cura
divina. Uma das doutrinas principais da Igreja Universal é a Teologia da Prosperidade,
12
Igreja evangélica neopetencostal com sede em São Paulo, embora tenha sua origem na cidade do Rio de
Janeiro, quando foi fundada em 1980 por Romildo Ribeiro Soares, popularmente conhecido como
Missionário RR Soares. Ocorreu que Soares é cunhado do Bispo Edir Macedo (fundador da Igreja
Universal do Reino de Deus), e os dois haviam se conhecido em 1968 na Igreja Pentecostal de Nova
Vida, e haviam decidido juntos criarem sua própria igreja, que na época eram chamadas de "A Cruzada
do Caminho Eterno" e "Casa da Benção"
13
A Igreja Apostólica Renascer em Cristo é uma igreja evangélica neopentecostal fundada em São
Paulo em 1985, por Estevam Hernandes e Sônia Hernandes. A Igreja Renascer possui uma emissora de
TV, a Rede Gospel, uma gravadora, rede de rádio, uma editora e uma linha de confecções; no Brasil há
cerca de 200 templos. A Renascer foi a terceira maior denominação neopentecostal brasileira.
afro-brasileiras. Vê-se ainda um massivo e regular uso dos meios de comunicação e
estratégias de ocupação do poder político.

O protestantismo de origem missionária que se instaurou no Brasil na segunda metade


do século XIX foi fundamentalmente norte-americano, sulista e escravagista. Muitos
missionários tinham escravos, outros, quer favoráveis ou contrários ao escravismo, não
criticaram publicamente a escravidão, mantendo o discurso da igreja como uma
organização espiritual, que não deveria se intrometer nos assuntos de política. A relação
do protestantismo com os negros, no Brasil, foi marcada desde o início pelo sentimento
de superioridade dos missionários, pela dependência econômica e cultural das igrejas
brasileiras às missões estrangeiras e pela da cor negra que era e ainda é de alguma forma
associada ao pecado.

O pentecostalismo representou outra experiência de negritude no seio do protestantismo


por ter se desenvolvido principalmente nas camadas mais pobres da população, de
maioria negra. Nas igrejas pentecostais, mais do que no protestantismo histórico, a
vivência de um cristianismo negro esteve mais presente, mesmo marcada por
ambiguidades. Em primeiro lugar, porque as pessoas negras encontraram nas igrejas
pentecostais, principalmente naquelas inseridas em bairros periféricos, um novo espaço
de sociabilidade. Em segundo lugar, porque o conflito com as religiões afro-brasileiras e
a maior inserção na cultura popular fez surgir experiências religiosas e expressões
litúrgicas influenciadas por uma religiosidade negra multifacetada. Em terceiro lugar,
porque o pentecostalismo contribuiu com a formação de lideranças negras comunitárias
e se tornou uma possibilidade de ascensão social de pessoas negras através da
reprodução da ética protestante.

Nada disso impediu a vivência do racismo nas igrejas. Tal como o protestantismo
histórico, o pentecostalismo também reforçava o estigma da cor negra e de tudo o que
pudesse ser associado às culturas africanas. Demonizava-se o Candomblé e a Umbanda,
embora assimilando, muitas vezes, alguns aspectos da cosmologia e dos bens
simbólicos dessas religiões. O neopentecostalísmo, surgido no final dos anos 1970,
acrescentou a este racismo teológico e doutrinário, a pregação da maldição hereditária e
da batalha espiritual, que resgatavam discursos que contribuíram para legitimar a
escravidão e a segregação.
A doutrina da maldição hereditária falando que a África e os negros seriam
descendentes de Cam, o filho de Noé que foi amaldiçoado com a servidão a seus
irmãos, de quem deveria ser escravo, por ter “conhecido” a nudez do pai. Para romper
com esta maldição, os negros deveriam se converter e libertarem-se de qualquer ligação
espiritual com a África ou seu legado.

A temática negra foi assumida no protestantismo através da criação de pastorais


antirracistas. O pioneirismo coube aos metodistas que criaram em 1973, por iniciativa
de pessoas negras da denominação, a Comissão Nacional de Combate ao Racismo,
oficializada pela Igreja Metodista em 1985, quando também foi instituída a Pastoral de
Combate ao Racismo. Um ano depois, agregando outras denominações, surgiu a
entidade interdenominacional Comissão Ecumênica Nacional de Combate ao Racismo
(CENACORA).

As igrejas protestantes no Brasil nunca estiveram em algum lado ou engajadas em


função do conflito racial. O que não significa que o conflito não esteja na doutrina
protestante, uma escala de classe e cor por denominação.

Uma mesma denominação pode apresentar igrejas com experiências religiosas muito
diferentes a depender da composição étnica e social dos seus membros e do lugar que
ocupe na geografia urbana uma igreja central nunca é igual a uma periférica.

A presença de pessoas negras ao protestantismo tem sido historicamente maior nas


denominações pentecostais instaladas no século XX do que nas igrejas criadas no século
XIX, nomeadas como “históricas” ou “tradicionais”. A incorporação de elementos de
uma religiosidade negra não cristã e a formação de lideranças eclesiásticas e
comunitárias negras também é maior na experiência pentecostal. Entretanto, foi no seio
do chamado protestantismo histórico, principalmente em sua vertente ecumênica, que
surgiram pastorais e militâncias antirracistas.

A contradição entre um pentecostalismo majoritariamente negro ao debate racial e um


protestantismo progressista com origem de igrejas históricas e em sua maioria branca,
se apresenta como desafio para as pastorais e militâncias antirracistas no protestantismo
brasileiro.
A fé pentecostal, herdeira de modos de crer e praticar a fé das culturas negras e
periféricas.

Muito do que é condenado nas práticas litúrgicas pentecostais sempre esteve presente na
religiosidade popular, mas o sentido positivo do termo “popular” muitas vezes é negado
ao pentecostalismo. Em seu lugar, outro adjetivo menos nobre lhe é atribuído:
religiosidade de “massa”.

Conclusão

A Igreja protestante ( ou as denominações que estão em maior evidencia na mídia ) nos


últimos anos tem dito discursos de intolerância, utilizando a crescente influência
política e as práticas de manipulação da fé coletiva para fins de enriquecimento ilícito,
não tem como se desculpar ou esconder que há um preconceito contra os pentecostais,
principalmente os que estão nas igrejas de maior presença negra e periférica. E pessoas
negras e periféricas estão em sua maioria em igrejas pentecostais.

Ao encerrar esse estudo, a música mais ilustra essas relações de racismo e falta de
representatividade negra e feminina (no caso da mulher negra ) é a musica Identidade do
compositor, cantor e sambista Jorge Aragão

Elevador é quase um templo


Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...

Quem cede a vez não quer vitória


Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Há muito o que se estudar sobre protestantismo e relações raciais sobre igrejas como
organizações populares de sociabilidade e pertença comunitária e finalmente sobre os
instrumentos sociais fornecidos pela igreja protestante a pessoas negras no seu combate
no dia a dia do racismo.

Bibliografia:

Site:
https://www.letras.mus.br/jorge-aragao/77012/

https://revistaraca.com.br/a-presenca-dos-negros-nas-igrejas-evangelicas/

WHITE, William Foote. Sociedade de esquina. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

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