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O professor Miguel Reale (2006) também nos presenteia com sua definição:
A atividade do Estado pode ser de várias espécies: ora é legislativa, para a edição
de normas legais de organização e de conduta; ora é jurisdicional, como quando
o juiz toma conhecimento de uma demanda e profere a sua decisão; ora é de
cunho administrativo, para consecução de objetivos da comunidade que o
Estado executa como próprios. Essa terceira forma de atividade, muito embora
deva conter-se nos limites da lei, não tem por fim realizá-la, como pretendem os
adeptos da concepção do Direito Administrativo em termos técnico-jurídicos.
Miguel Reale
Por sua vez, o jurista Oscar Joseph de Plácido e Silva (2001) define o Direito
Administrativo, de forma bem detalhada (para que não reste dúvidas e você
acerte qualquer questão conceitual após ler este resumo de Direito
Administrativo), da seguinte forma:
Assim, dentro de seu objetivo, traça os limites dos poderes delegados aos órgãos
da administração pública, conferindo as atribuições e vantagens a seus
componentes e lhes indicando a maneira por que devem realizar os atos
administrativos e executar todos os negócios pertinentes à administração e aos
interesses de ordem coletiva, inclusos em seu âmbito.
Miguel Reale
Porém, o Estado deve sempre agir dentro dos limites legais, por isso existem
tantas regras para a atuação dos órgãos e agentes que compõem o aparelho
estatal.
É por isso, por exemplo, que para cargos públicos (que mexam com dinheiro
público, prestem serviços indispensáveis ao bom andamento da comunidade,
por exemplo) é necessário prestar concurso público. Ao passar na prova, os
servidores demonstram que conhecem a Lei e irão buscar atingir os interesses da
população.
Isso não significa que o Estado possa violar direitos assegurados aos particulares.
Um bom exemplo disso é o caso da desapropriação. Nessa situação o Poder
Público pode, diante da necessidade pública, desapropriar o bem de uma pessoa
(para construir um metrô ou aumentar uma rodovia, por exemplo), mas a pessoa
que tiver seu bem desapropriado sempre terá direito a uma indenização pelo
Poder Público.
Já vimos no item acima que ao atuar, a Administração Pública deve sempre ter
em vista o interesse público, de acordo com as normas legais. No entanto, não é
dada ao administrador liberdade para realizar atividades sem que uma norma
preveja tal atividade.
A vontade do agente público deve ser a vontade da lei, e não a própria. Nesse
caso, o concurso público também seria um bom exemplo, mas pelo motivo de
que, para nomear alguém a um cargo efetivo, o administrador deve seguir as
regras do interesse público.
Preciso saber o que você está achando deste artigo… Fiz esse resumo de Direito
Administrativo para facilitar sua vida na preparação para diversos concursos
Brasil afora que cobram Direito Administrativo em suas provas. Sua opinião é
fundamental para corrigir e melhorar todo conteúdo aqui do blog. Deixe seu
comentário!
Voltemos ao conteúdo!
CF/1988
• Legalidade
• Impessoalidade
• Moralidade
• Publicidade
• Eficiência
Legalidade
Impessoalidade
Outro aspecto consiste em que a Administração Pública não pode ser utilizada
para a promoção do agente sobre sua realização administrativa. Conforme § 1º,
do artigo 37 da CF:
CF/1988
A impessoalidade também pode ser analisada pelo fato de que o ato é atribuído
ao órgão ou à entidade estatal, e não ao agente que o praticou. Por fim, a
impessoalidade prega que ao atuar dessa forma, a Administração Pública deve
tratar com igualdade a todos (“isonomia”).
Moralidade
A Administração Pública deve se pautar em padrões éticos e, prezar pela
prevalência da moralidade, boa-fé e probidade nos préstimos do serviço público.
não basta o ato ser legal e impessoal: deve ser moral. A honestidade é um
requisito que deve incorporar a atuação pública.
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência.
CF/1988
CF/1988
Publicidade
CF/1988
Eficiência
Outros Princípios
Outro tema bem recorrente nas provas de concurso onde cai Direito
Administrativo são as Fontes do Direito Administrativo. Mas é algo bem simples
de entender.
São fontes do Direito Administrativo: Leis, Jurisprudência, Costumes e Súmulas
Vinculantes.
Outro ponto que não podemos deixar de citar neste resumo de Direito
Administrativo é a parte de Organização da Administração Pública. Também
muito comum em concursos públicos. Vamos aprender um pouco sobre isso.
É necessário que exista uma estrutura organizada para que o Estado possa
desenvolver sua função administrativa. Portanto, a Administração Pública
compreende um conjunto de entidades e órgãos incumbidos de realizar as
atividades administrativas. Existem três formas para exercer as atividades
administrativas:
Órgãos Públicos
A Lei nº 9.784/99, nos incisos I e II, do § 2º, do art. 1º, estabelece órgão como
sendo: “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e
da estrutura da Administração indireta” e entidade como sendo “unidade de
atuação dotada de personalidade jurídica”.
Como regra geral, os órgãos não possuem capacidade processual, ou seja, não
podem figurar como parte em ações judiciais, sendo a pessoa jurídica a que
pertencem a titular de tal capacidade.
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei por força do
art. 37, inciso XIX, da CF, que dispõe: “somente por lei específica poderá ser criada
autarquia”. São exemplos de autarquia:
• INSS
• IBAMA
• Banco Central
• INCRA
A lei somente autoriza a criação de um ente fundacional, nos termos do art. 37,
XIX, da CF. Conforme este artigo, lei complementar deverá definir as áreas em que
poderá atuar a fundação.
Poderes Administrativos
Atos Administrativos
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicia.
Súmula 473/STF
Apelamos novamente para o mestre Hely Lopes Meirelles para falar sobre os
agentes públicos, que são todas as pessoas físicas incumbidas, de maneira
definitiva ou transitória, do exercício de alguma função estatal. Podem ser
classificados em:
CF/1988
Finalizando…
Chegando ao final do nosso Resumo de Direito Administrativo, gostaria de
lembrar que o Direito Administrativo possui diversas peculiaridades, que não
serão totalmente esgotadas neste artigo. Mas certamente você teve uma boa
base com o que oferecemos aqui.
Vale a pena você dar uma olhada também nos seguintes sites, que possuem
conteúdo de Direito Administrativo:
Alguns autores que citamos aqui, e que podem lhe ajudar muito na preparação
em Direito Administrativo:
• Marcelo Alexandrino
• Paulo Vicente
• Celso Antônio Bandeira de Mello
• Roberto Bordalo
• Oscar Joseph de Plácido e Silva
• Hely Lopes Meirelles
• Henrique Savonitti Miranda
• Miguel Reale
• Márcio Fernandes Elias Rosa
Falamos dos tópicos que mais caem nas provas de concurso, como os princípios,
organização, poderes e atos administrativos. No final indicamos algumas leituras
complementares e autores