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Tese
Pelotas, 2015
1
Pelotas, 2015
2
2
Banca examinadora:
Agradecimentos
Resumo
Abstract
In dental literature the use of laser therapy is rich in information about the laser action
in soft tissues, dental implants, bone cavities or injuries, except in the alveolar bone
repair. The aim of the present study was to gather evidence, by means of a
systematic review of the literature, to support or not the use of laser in the stimulation
of alveolar bone repair after dental extraction. The methods were carried out
according to the PRISMA guidelines. Bibliographic structured searches were carried
out in databases: IBECS/Bireme, ISI Web of Science, LILACS/Bireme,
MEDLINE/PubMed, SciELO, Scopus and The Cochrane Library using descriptors
related to the topic. The eligibility criteria included: clinical studies or studies using
animal model to compare the alveolar bone healing repair after dental extraction with
and without the use of laser, with quantitative or qualitative analysis of alveolar bone
repair as outcome. Only studies published in English, Spanish and Portuguese and
published from 1995 to 2014 were selected. The last search was conducted in
December 2014, in which 3235 records were found (551 duplicates), and 2684 were
screened by titles and/or abstracts. Five articles were selected for full-text reading,
and four were included in the review. Data were extracted and categorized according
to the type of tooth extracted, type of laser used, power (mW), wavelength (nm),
energy dose applied (J/cm2), time, distance, and application protocol, a postoperative
period of observation. Although few studies have been included in this review, all of
them using animal models, the literature suggests that the laser therapy might have a
positive effect on acceleration of alveolar bone repair after tooth extraction. However,
clinical studies are needed to assess more clearly the benefits of laser therapy after
dental surgery, particularly regarding the type of laser, power, wavelength, energy
dose and method of application.
Key-words: laser; alveolar repair; tooth extractions; laser therapy; bone healing;
bone repair.
7
Lista de Figura
Lista de Tabelas
Er:YAG Érbio:Ítrio-Alumínio-Granada
g Gramas
GaAl Gálio-Alumínio
Gy Gray
He-Ne Hélio-Neônio
Ho:YAG Hólmio:Ítrio-Alumínio-Granada
Hz Hertz
InGaAlP Indio-Gálio-Alumínio-Fósforo
mm Milímetros
mW MiliWatt
Nd:YAG Neodímio:Ítrio-Alumínio-Granada
s Segundos
µm Micrômetro
10
nm Nanômetro
W Watt
λ Comprimento de onda
11
Notas preliminares
Sumário
1 Introdução.......................................................................................................... 13
3 Conclusão ......................................................................................................... 33
Referências .......................................................................................................... 34
Apêndice ............................................................................................................ 40
13
1 Introdução
2001). Entre os lasers de baixa potência os mais utilizados na prática clínica estão:
Arseneto de Gálio (AsGa), Arseneto de Gálio e Alumínio (AsGaAl), Hélio-Neônio
(HeNe) e Indio-Gálio-Alumínio-Fósforo (InGaAlP) (THEODORO; GARCIA, 2001).
Os efeitos do laser de baixa potência podem se divididos em primários,
secundários e terapêuticos. São considerados efeitos primários: bioquímico,
bioelétrico e bioenergético (ROCHA, 2004). Os efeitos secundários estimulam a
microcirculação e o trofismo celular (VEÇOSO, 1993). Já os efeitos terapêuticos,
além de analgesia, incluem efeitos anti-inflamatório, antiedematoso e cicatrizante
(COLLS, 1984).
Resultados expressivos do uso da radiação laser nos tecidos biológicos têm
sido obtidos no processo de cicatrização de feridas cutâneas (MEDRADO et al.,
2003; WOODRUFF et al., 2004). Os efeitos mais significativos desta terapia têm sido
no estímulo para proliferação e diferenciação de fibroblastos, formação de novos
vasos e síntese de colágeno (WOODRUFF et al., 2004; GONÇALVES et al., 2010).
O efeito de diferentes densidades de energia do laser sob a resposta oxidativa do
tecido durante o reparo tecidual também tem sido foco de interesse significativo
quando se analisa a ação do laser na recuperação de feridas cutâneas
(GONÇALVEs et al., 2012). Neste contexto, o laser AsGaAl tem se destacado, uma
vez que promove proliferação celular e neovascular e estimula a síntese dos
componentes da matriz extracelular (GONÇALVES et al., 2010).
Além de sua ação cutânea, o laser de baixa potência tem demonstrado efeitos
positivos na proliferação de células ósseas e na consolidação de fraturas em
animais (KARU, 1998). Seus efeitos terapêuticos são também investigados no
tratamento de uma série de patologias de vários tecidos, incluindo tecido nervoso,
tecido muscular, tendões e cartilagem. O laser de baixa potência tem o poder de
promover a reabsorção de exsudato, síntese e remodelação de colágeno, aumento
do número de fibroblastos bem como o aumento da viabilidade dos enxertos
(BASFORD, 1989).
Diante do exposto, é possível constatar que o efeito do laser quando
empregado como bioestimulador do reparo ósseo é incipiente quando comparado à
sua vasta aplicação em tecidos moles. No entanto, existem estudos que avaliam o
efeito dessas radiações laser no tecido ósseo. A terapia a laser ou laserterapia é um
método que pode auxiliar o reparo ósseo devido a sua profunda penetração no
tecido. A irradiação tem significativa participação na estimulação da formação da
18
2 Revisão sistemática
2.1 Objetivos
2.2 Metodologia
Busca Consulta*
*As buscas em bases de dados diferentes foram adaptadas para a base de dados
em questão.
Figura 1 – Fluxograma da revisão sistemática de acordo com o Prisma (MOHER et al., 2011)
no mesmo período, o alvéolo estava totalmente preenchido por tecido ósseo cuja
arquitetura do colágeno havia se modificado quase ao ponto de osso maduro. Estas
evidências apontam novamente ao potencial efeito benéfico da laserterapia na
aceleração do reparo ósseo alveolar.
Ainda sobre o estudo de Korany et al. (2012), cabe destaque o fato dos
animais terem sido submetidos à radioterapia antes das exodontias. Sabe-se que a
radioterapia altera o processo de regeneração óssea, incluindo perda de osteócitos
e osteoblastos, podendo causar necrose hialina de vasos sanguíneos e substituição
de medula óssea por tecido conjuntivo. Os efeitos colaterais nos tecidos da cavidade
oral, com a osteoradionecrose, xerostomia, perda do paladar e cáries por radiação
estão presentes quando o indivíduo é tratado com radiação nas regiões da cabeça e
pescoço. O resultado positivo da laserterapia na aceleração do reparo nos animais
irradiados é animador, uma vez que pode ser desenvolvida futuramente uma base
terapêutica para melhorar a regeneração óssea em pacientes sujeitos à radioterapia.
O estudo de Park e Kang (2012) envolveu ratos sadios e diabéticos. Três dias
após as exodontias, no grupo controle de ratos sadios, os alvéolos estavam
preenchidos principalmente por células sanguíneas, células inflamatórias e
fibroblastos remanescentes do ligamento periodontal, enquanto no grupo
experimental de ratos sadios havia menos infiltração de células inflamatórias e foi
notada formação de fibras colágenas, osteoclastos e mais fibroblastos. No grupo
controle de ratos diabéticos, muitas células inflamatórias e células sanguíneas foram
densamente infiltradas próximas ao topo do alvéolo. Alguns fibroblastos e fibras
colágenas foram mais observadas do que nos grupos anteriores. No grupo
experimental de ratos diabéticos, havia menos infiltrado de células inflamatórias e
sanguíneas e maior infiltrado de fibroblastos do que no grupo anterior.
Cinco dias após as exodontias, no estudo de Park e Kang (2012), as células
sanguíneas praticamente haviam desaparecido em todos os grupos e novos vasos,
tecido conjuntivo e fibroblastos foram observados. No grupo experimental de animais
sadios, as fibras colágenas eram mais densas próximas ao ligamento periodontal
residual, tecido osteoide e mais osteoblastos de revestimento foram observados na
base do alvéolo. Após 7 dias, novo osso com tecido osteoide e osteoblastos de
revestimento ao redor dele foram observados em todos os grupos, mas havia certa
diferença na quantidade de novo osso formado e de tecido osteoide. Havia mais
células e tecido conjuntivo do que após cinco dias. Aos 14 dias após as exodontias,
31
3 Conclusões
Referências
BASFORD, J. R. Low energy laser therapy: controversies and new research findings.
Laser in Surgery and Medicine, v. 9, p. 1-5, 1989.
GREEN, L. J.; GONG, J. K.; NEIDERS, M. E. Relationship between Sr85 uptake and
histological changes during healing in dental extraction wounds in rats. Archives of
Oral Biology, v. 14, n. 8, p. 865-872, 1969.
KORANY, N. S. et al. Evaluation of socket healing in irradiated rats after diode laser
exposure. Archives of Oral Biology, v. 57, n .7, p. 884-891, 2012.
MEDRADO, A. P. et al. Influence of low level laser therapy on wound healing and its
biological action upon myofibroblasts. Lasers in Surgery and Medicine, v. 32, p.
239-244, 2003.
MIYAZAKI, A. et al. Effects of Nd:YAG and CO2 laser treatment and ultrasonic
scaling on periodontal pockets of chronic periodontitis patients. Journal of
Periodontology, v. 74, p. 175-180, 2003.
PARK, J. J.; KANG, K. L. Effect of 980-nm GaAlAs diode laser irradiation on healing
of extraction sockets in streptozotocin-induced diabetic rats: a pilot study. Lasers in
Medical Science, v. 27, n. 1, p. 223-230, 2012.
TURKMEN, C. et al. Effect of CO2, Nd:YAG, and ArF excimer lasers on dentin
morphology and pulp chamber temperature: An in vitro study. Journal of
Endodontics, v. 26, p. 644-648, 2000.
Apêndice
41
Reported
Section/topic # Checklist item on page
#
TITLE
Title 1 Identify the report as a systematic review, meta-analysis, or both. 1
ABSTRACT
Structured 2 Provide a structured summary including, as applicable: 5e6
summary background; objectives; data sources; study eligibility criteria,
participants, and interventions; study appraisal and synthesis
methods; results; limitations; conclusions and implications of key
findings; systematic review registration number.
INTRODUCTION
Rationale 3 Describe the rationale for the review in the context of what is 10
already known.
Objectives 4 Provide an explicit statement of questions being addressed with 18
reference to participants, interventions, comparisons, outcomes,
and study design (PICOS).
METHODS
Protocol and 5 Indicate if a review protocol exists, if and where it can be N/A
registration accessed (e.g., Web address), and, if available, provide
registration information including registration number.
Eligibility 6 Specify study characteristics (e.g., PICOS, length of follow-up) 19
criteria and report characteristics (e.g., years considered, language,
publication status) used as criteria for eligibility, giving rationale.
Information 7 Describe all information sources (e.g., databases with dates of 18
sources coverage, contact with study authors to identify additional studies)
in the search and date last searched.
Search 8 Present full electronic search strategy for at least one database, 19
including any limits used, such that it could be repeated.
Study selection 9 State the process for selecting studies (i.e., screening, eligibility, 20
included in systematic review, and, if applicable, included in the
meta-analysis).
Data collection 10 Describe method of data extraction from reports (e.g., piloted 21
process forms, independently, in duplicate) and any processes for
obtaining and confirming data from investigators.
Data items 11 List and define all variables for which data were sought (e.g., N/A
PICOS, funding sources) and any assumptions and simplifications
made.
Risk of bias in 12 Describe methods used for assessing risk of bias of individual N/A
individual studies (including specification of whether this was done at the
studies study or outcome level), and how this information is to be used in
any data synthesis.
Summary 13 State the principal summary measures (e.g., risk ratio, difference N/A
measures in means).
Synthesis of 14 Describe the methods of handling data and combining results of N/A
2
results studies, if done, including measures of consistency (e.g., I ) for
each meta-analysis.
42
Reported
Section/topic # Checklist item on page
#
Risk of bias 15 Specify any assessment of risk of bias that may affect the N/A
across studies cumulative evidence (e.g., publication bias, selective reporting
within studies).
Additional 16 Describe methods of additional analyses (e.g., sensitivity or N/A
analyses subgroup analyses, meta-regression), if done, indicating which
were pre-specified.
RESULTS
Study selection 17 Give numbers of studies screened, assessed for eligibility, and 20 e 21
included in the review, with reasons for exclusions at each stage,
ideally with a flow diagram.
Study 18 For each study, present characteristics for which data were 22
characteristics extracted (e.g., study size, PICOS, follow-up period) and provide
the citations.
Risk of bias 19 Present data on risk of bias of each study and, if available, any N/A
within studies outcome level assessment (see item 12).
Results of 20 For all outcomes considered (benefits or harms), present, for N/A
individual each study: (a) simple summary data for each intervention group
studies (b) effect estimates and confidence intervals, ideally with a forest
plot.
Synthesis of 21 Present results of each meta-analysis done, including confidence N/A
results intervals and measures of consistency.
Risk of bias 22 Present results of any assessment of risk of bias across studies N/A
across studies (see Item 15).
Additional 23 Give results of additional analyses, if done (e.g., sensitivity or N/A
analysis subgroup analyses, meta-regression [see Item 16]).
DISCUSSION
Summary of 24 Summarize the main findings including the strength of evidence 23
evidence for each main outcome; consider their relevance to key groups
(e.g., healthcare providers, users, and policy makers).
Limitations 25 Discuss limitations at study and outcome level (e.g., risk of bias), 28
and at review-level (e.g., incomplete retrieval of identified
research, reporting bias).
Conclusions 26 Provide a general interpretation of the results in the context of 30
other evidence, and implications for future research.
FUNDING
Funding 27 Describe sources of funding for the systematic review and other N/A
support (e.g., supply of data); role of funders for the systematic
review.
From: Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, The PRISMA Group (2009). Preferred Reporting Items for Systematic
Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLoS Med 6(6): e1000097. doi:10.1371/journal.pmed1000097