Você está na página 1de 59

SISTEMÁTICA DOS SERES

VIVOS
Biologia e Geologia
11º Ano
Sistemática
 Considera-se que o número de
espécies de seres vivos que
existem na Terra pode estar
compreendido entre 5 e 100
milhões.

 Este valor representa uma


fracção da biodiversidade que
existiu.

 Perante tal biodiversidade os


biólogo sentiram necessidade de
os classificar, agrupando-os de
acordo com determinados
critérios.
Sistemática
 Dessa tentativa de “organizar”
os seres vivos surgiu a
Sistemática.
 Ciência que faz o estudo
científico dos seres, das suas
relações evolutivas e
desenvolve sistemas de
classificação que reflectem
essas relações.

 Dentro da Sistemática existe


um ramo especializado da
classificação dos seres vivos e
da nomenclatura (atribuição
dos nomes) que se designa de
Taxonomia.
Sistemática
 Sistemática é assim…

Taxonomia + Biologia Evolutiva

 A Sistemática encontra-se em
constante actualização já que
novos dados são descobertos
todos os dias que levam a
novas reinterpretações dos
seres vivos e das suas
relações evolutivas.
Sistemas de Classificação
 Os sistemas de classificação
não são algo que a
natureza tenha originado,
surgem de uma necessidade
humana de “arrumar a
casa”.

 Como tal existe uma grande


multiplicidade de sistemas
de classificação.

 Um bom sistema de
classificação deve assentar
em bons critérios.
Sistemas de Classificação
 Todos nós já ordenamos objectos, é algo
do quotidiano.

 Desde sempre o Homem agrupou os seres


vivos.
 Quando os Homens primitivos distinguiam
animais venenosos de animais não
venenosos, comestíveis ou não comestíveis e
plantas com valor económico ou sem valor.

 Isto são formas de classificar.

 No entanto estas classificações baseiam-se


na utilidade dos seres vivos para o Homem,
normalmente alimentação, defesa ou valor
económico.

 Estas classificações denominam-se de


classificações práticas.
Sistemas de Classificação
 A sedentarização do Homem
levou a que estes tivesse outras
preocupações além das se os
animais eram ou não perigosos.

 Dedicou-se então ao estudo das


características dos seres vivos,
sendo que na antiga Grécia,
Aristóteles, foi um dos primeiros a
desenvolver um sistema de
classificação que procurava
agrupar os seres vivos de acordo
com critérios morfológicos e
fisiológicos.
Sistemas de Classificação
 A Sistemática teve um grande impulso no
século XVII, com Carl Von Linné (1707-
1778), um botânico.

 Tantos os sistemas de classificação de


Aristóteles e de Lineu são considerados
sistemas de classificação racionais.
 Já que têm uma base racional, pois utilizam
características dos seres vivos em estudo.

 Alguns sistemas de classificação racionais


baseiam-se num pequeno número de
características, pelo que se formam grupos
muito heterogéneos.
 São constituídos por indivíduos que diferem em
muitas outras características.

 Nesse caso designamos este processo de


sistemas de classificação artificiais.
 Eram os casos dos sistemas de Aristóteles e Lineu.
Sistemas de Classificação
 A utilização de poucas características pode
representar um problemas pois dependendo das
utilizadas, os mesmos organismos podem originar
muitos grupos distintos.

 Observe os seguintes organismos:


Sistema de Classificação
Presença ou ausência de patas

• No entanto esta classificação não


reflecte a vertente evolutiva, pois a
minhoca e a cobra tem menos
afinidade do que a rã e a cobra.
Sistema de Classificação
 Um exemplo de
classificação artificial nas
plantas é aquela que se
baseia em:
 Árvores
 Arbustos
 Herbáceas
ou
 Anuais
 Bianuais
 vivazes
Sistema de Classificação
 Nas classificações artificiais como os caracteres são
escolhidos arbitrariamente, ignorando todos os
outros, e são em pequeno número, ficam reunidos no
mesmo grupo organismos pouco relacionados entre
si.

 Este tipo de classificação é característico do período


pré-lineano das classificações.
Sistema de Classificação
 Na realidade podemos distinguir três períodos nas
classificações:

 Pré-Lineano

 Pós-Lineano

 Pré-Darwiniano

 Pós-Darwiniano
Sistema de Classificação
 Lineu embora fixista sempre se preocupou que
as suas classificações reflectissem as relações e
afinidades naturais dos organismos.

 Embora acreditasse no Criacionismo, conseguia


reconhecer que certas espécies apresentavam
mais semelhanças entre si do que relativamente
a outras.

 Assim e apesar de fixista, Lineu desenvolveu um


importantíssimo trabalho, classificando cerca de
1400 animais e plantas.
 No entanto as suas classificações eram ainda
artificiais, pois a quantidade de caracteres
utilizados eram ainda poucos, pelo que esta
classificação veiculava pouca informação.
Sistema de Classificação
 Com a descoberta de novas
terras houve também a
descoberta de novos animais e
plantas, pelo que sentiu-se a
necessidade de desenvolver
novas classificações que
assentassem no maior número
de características.

 Estas classificações denominam-


se classificações naturais, no
entanto são pós-lineanas mas
pré-darwinianas, logo não têm
em conta a vertente
evolucionista.
Sistema de Classificação
 Nas classificações naturais os grupos formados
reúnem organismos com maior grau de semelhança.

 Este sistema de classificação é por vezes complicado


de efectuar uma vez que para tal é necessário
conhecer de forma pormenorizada das características
dos indivíduos.
Sistema de Classificação
 Até ao século XVIII, no entanto, imperavam as
ideias fixistas, e portanto as classificações
reflectiam esta ideologia, não levavam a
filogenia em conta.

 Filogenia – estudo das relações evolutivas dos


seres vivos.

 Eram classificações estáticas que


privilegiavam as características estruturais,
não tendo em conta o factor tempo.

 Assim consideram-se estas classificações


horizontais ou fenéticas, pois apenas se
baseiam em caracteres directamente
observáveis.
Sistema de Classificação
 Com Darwin os sistemas de classificação levam nova
reestruturação, tem que se contar com o factor tempo.

 Os seres vivos evoluem, mudam são dinâmicos.

 Estes novos sistemas de classificação que tentam organizar


os indivíduos segundo os seus graus de parentesco são
ditas classificações evolutivas ou filogenéticas.
 Mas também como levam em linha de conta o factor tempo
dizem-se classificações verticais, filogenéticas ou filéticas.

 Sendo características do período pós-darwiniano.

 Dentro destas existem as classificações cladísticas.

 As relações eram representadas por cladogramas.

 As características utilizadas para a criação dos cladogramas


eram divididas em dois grupos distintos.
Sistema de Classificação
 Um em que as características primitivas ou
ancestrais eram partilhadas por um grupo de
organismos que descendiam de um ancestral comum
em que essas características estavam presentes.

 Outro era baseado nas características derivadas


que estavam presentes nos indivíduos de uma
linhagem mas não estavam presentes no ancestral
dessa linhagem, o que mostra ter havido separação
de um novo ramo ou grupo de indivíduos.
Sistema de Classificação
 Outro tipo de classificação filética é a classificação
evolutiva.
 Conciliam critérios filéticos e fenéticos.

 Os organismos são agrupados por grau de parentesco.

 São utilizados todos os tipos de dados…


 Citológicos, Embriológicos, Genéticos, Bioquímicos, Fenéticos…

 Estas classificações são representadas por árvores


filogenéticas ou árvores evolutivas.
Árvore evolutiva do Homem
Árvore evolutiva do Homem
Sistema de Classificação
 O grau de semelhança entre os grupos reflecte o
tempo em que a divergência ocorreu, sendo essa
divergência tanto maior quanto maior for o tempo
que decorreu.
 Para a construção destas árvores recorre-se ao maior
número de características:
 Fósseis;
 Semelhanças estruturais;
 Dados Bioquímicos;
 Embriologia…
Sistema de Classificação
Sistemas de Classificação
 Os avanços tecnológicos têm permitido que as
árvores filogenéticas sejam cada vez mais
completas e coerentes.

 Mas tal como todos os estudos podem ser alvo de


críticas.
 Alguns cientistas afirmam que estas classificações são
subjectivas, pois baseiam na interpretações de factos
que utilizam hipóteses sobre as relações de parentesco.
Sistemas de Classificação
 Para os Criacionistas as semelhanças que
se vislumbram entre os organismos são
parte do “plano de criação”.

 Para os evolucionistas resultam do


processo evolutivo e do facto de os
organismos descenderem de ancestrais
comuns.

 As classificações naturais têm vindo a


recorrer cada vez mais a informação
patente nos seres vivos.

 No entanto essa aplicação depende do


grau de desenvolvimento do conhecimento
científico da época em que a
classificação é feita.

 Por isso não há uma classificação


definitiva.
Sistemas de Classificação
 De uma forma resumida…
Sistema de
Classificação

Práticas Racionais

Horizontais Verticais

Artificiais Naturais Cladisticas Filogenéticas


Taxonomia
Taxonomia
 Os sistemas de classificação
actuais ainda reflectem a
influência dos trabalhos de
Lineu.

 Os estudo de Lineu foram


publicados sobre o nome de
Systema Naturae.

 Neste sistema os seres vivos são


agrupados em dois grandes
grupos, os Reinos, que se
subdividem em diversas
subcategorias cada vez mais
específicas.
Taxonomia
 De outra perspectiva o
modelo lineano de
ordenação dos seres vivos
é feita de um modo
ascendente a partir da
espécie.

 Constitui um sistema  Reino


hierárquico de
classificação.  Divisão ou Filo
 Classe
 Ordem
 Apresenta 7 níveis.  Família
 Género
 Espécie
Taxonomia
 Reino: Animalia
 Filo: Chordata
 Classe: Mamalia
 Ordem: Carnivora
 Familia: Canidae
 Género: Canis
 Canis lupus
 Canis lupus familiaris
Taxonomia
 Reino: Animalia
 Divisão: Chordata
 Classe: Mammalia
 Ordem: Primata
 Família: Hominidae
 Género Homo
 Homo sapien
 Homo sapien sapien
Taxonomia
 Na hierarquia das classificações biológicas, cada
uma das categorias taxonómicas é também
conhecida como taxon (taxa no plural).

 Além das setes taxa principais, os investigadores


utilizam categorias intermédias, que se diferenciam
pelos sufixos super, sub e infra.

 Por exemplo no filo Chordata, distingue-se o subfilo


Vertebrata.
Taxonomia
 A espécie constitui a unidade básica de
classificação, sendo constituída por um grupo
natural de indivíduos morfologicamente semelhantes
e que partilham o mesmo fundo genético, cruzando-
se entre si e originando descendência fértil.
Taxanomia
 Os indivíduos de espécies
diferentes não se cruzam
normalmente entre si, isto é,
encontram-se isolados
reprodutivamente.

 A formação de grupos
taxionómicos depende do
julgamento humano, pois não
existe nenhuma característica
biológica que os delimite
objectivamente.

 Assim espécies semelhantes


agrupam-se num Género, por
sua vez Géneros semelhantes
agrupam-se numa Família…
Taxonomia
 Cada taxon está inserido no
que lhe fica imediatamente
acima e contem todos os que
lhe ficam abaixo.

 Assim dois indivíduos são tanto


mais semelhantes quantos mais
taxons partilharem.

 Por outras palavras, dois


indivíduos são tanto mais
semelhantes quanto mais
restrito for o taxa que se
encontram.
Nomenclatura
 O uso dos nomes
vulgares nos seres
vivos acarreta um
problema no mundo
das ciências.

 A diversidade línguas
no planeta e mesmo a
diversidade cultural
dentro de cada país
faz com que cada ser Portugal: Libelinha/Tira-olhos/Lavadeira/Libélula
Pirilampos
vivo possa ter diversos Brasil: Helicóptero/Papa-fumo/Cavalinho-do-judeu
Vaga-lume
Inglês: Dragonflie
Fireflies (Moscas
(Moscadodragão)
fogo)
nomes, dependendo
do local.
Nomenclatura
 Assim numa tentativa de universalizar os nomes, os cientista,
desenvolveram uma nomenclatura internacional para a designação
dos seres vivos.

 Estabeleceram-se então regras para a atribuição de nomes


científicos aos seres vivos e aos grupos em que se encontram.

 O primeiro problema que surgiu foi… qual língua escolher?


 As línguas modernas não são universais e encontram-se em constante
mudança.

 Desde a idade média que se usa o latim para dar nomes aos
organismos, até porque era a língua ensina nas escolas da altura.
Nomenclatura
 Assim escolheu-se o latim, por já ser utilizada mas
principalmente porque é uma língua morta, ou seja não
evolui mantendo as palavras o seu significado.

 No século XVII, John Ray desenvolveu um sistema em


que cada espécies tinha um nome em latim que
consistia numa longa sequência de termos em latim que
correspondiam à descrição desses organismos.

Apis, pubescens, thorace subgriseo, abdomine fusco,


pedibus, posticis glabris utrinque margine ciliatis
Nomenclatura
 A nomenclatura polinomial era
longo, difícil e pouco cómodo.

 Foi com Lineu que se


desenvolveu um sistema de
nomenclatura prático e
universal.

 Sistema de nomenclatura
binominal. Apis melifera

 Eventualmente estas regras


sofrem actualizações pela
Comissão Internacional de
Nomenclatura.
Nomenclatura
 Regras de nomenclatura binominal

 O nome de espécie consta sempre


de duas palavras latinas ou
latinizadas.
 O primeiro é um substantivo com
inicial maiúscula e corresponde ao Vulpes vulpes
nome do género a que a espécie
pertence.

 A segunda palavra escrita com


inicial minúscula, designa-se de
restritivo específico ou epíteto
específico, sendo geralmente um
adjectivo e só pode ser usado
quando acompanhado do nome de Pan troglodytes
género.

Loxodonta africana
Nomenclatura
 A designação dos grupos
superiores à espécie é
uninominal, isto é, consta de uma
palavra que é um substantivo, Género: Homo
escrita com inicial maiúscula. Família: Hominidae
Género: Lama
 O nome de família.. Família: Lamnidae
 No caso dos animais obtém-se Género: Pisum
adicionando a terminação idae à Família: Fabaceae
raiz do nome de um dos géneros
desta família. Género: Asteride
Família: Asteraceae

 No caso das plantas obtém-se


adicionando a terminação aceae à
raiz do nome de um dos géneros
desta família.
Nomenclatura
Ursus arctos arctos
Quando uma

  (Urso-europeu)

espécie tem  Ursus arctos californicus


(Urso-dourado-da-califórnia, extinto)
subespécies, para

 Ursus arctos crowtheri

designar cada uma 


 (Urso-do-atlas, extinto)

Ursus arctos horribilis


delas usa-se  (Urso-cinzento ou urso-grizzly)

nomenclatura  Ursus arctos isabellinus


 (Urso-castanho-do-himalaia)
trinomianal.  Ursus arctos middlendorffi
 (Urso-de-kodiak)

 Ursus arctos nelsoni

 A seguir ao 
 (Urso-cinzento-mexicano)

Ursus arctos pruinosus


restritivo específico  (Urso-azul-tibetano)

adiciona-se um  Ursus arctos yesoensis


(Urso-pardo-de-hokkaido)
restritivo

 Ursus arctos beringianus


subespecífico.  (Urso-pardo-siberiano)

 Ursus arctos syriacus


 (Urso-siríaco)
Nomenclatura
 Os nomes de género, espécie e
subespécie são escritos em latim e
num tipo de letra diferente da do
texto.
 Normalmente em itálico ou
Apis mellifera Lineu, 1758
sublinhados.
ou
Apis mellifera Lin.
 À frente do nome de espécie deve
escrever-se em letra de texto o
nome ou a abreviatura do nome do
taxonomista que, a partir de 1758,
atribuíram o nome ciéntífico.
 O nome do autor pode também
constar separado por uma vírgula
Apis mellifera scutellata Lepeletier, 1836
Os Reinos da Vida
Reinos da Vida
 Os sistema de Classificações têm-se modificado ao
longo dos tempos.

 De acordo com os conhecimentos da altura e mesmo de


acordo com a tecnologia disponível.

 Mesmo os sistemas actualmente aceites não o serão


para sempre.
Reinos da Vida
 Desde Aristóteles até meados do século XIX que os
seres vivos se dividiam em dois Reinos: Plantae e
Animalia.

 Plantae – abrange uma grande diversidade de organismos:


seres vivos fotossintéticos, sem locomoção e sem ingestão;
bactérias e fungos.

 Animalia – abrange seres não fotossintéticos que têm


locomoção e obtêm os alimentos por ingestão. Incluem: seres
unicelulares (protozoários) e seres multicelulares
(metazoários).
Reinos da Vida
 Em 1866, Ernest Haeckel,
após o desenvolvimento do
microscópio e da
descoberta de seres
microscópicos, propõe um
terceiro reino, o Reino
Protista.

 Este reino incluía formas mais


primitivas e ambíguas como
bactérias, protozoários e
fungos, cujas características
não são claramente de
animais nem de vegetais.
Reinos da Vida
 Já no século XX, Herbert Copeland,
propõe um sistema dividido em quatro
reinos, onde se acrescentaria o Monera.
 O Reino Protista abrangia muitos seres
vivos, misturando por vezes seres vivos
que nada tinham uns com os outros.

 Houve então necessidade de separar


alguns dos seres vivos do Reino Protista.

 A criação do Reino Monera, fez com se


separassem as bactérias dos restantes
seres vivos do Reino Protista.

 Assim o Reino Monera incluía todos os seres


procariontes (bactérias).

 No Reino Protista estavam todos os seres


eucariontes unicelulares.
Reinos da Vida
 Na década de 60 do século XX,
devido, principalmente, aos
conhecimentos obtidos por técnicas
bioquímicas e pela microscopia
electrónica, desenvolveu-se um novo
sistema de classificação.

 Em 1969 Whittaker desenvolveu um


sistema de cinco reinos.

 Tendo sido adicionado o Reino Fungi,


onde figuram os fungos que antes
faziam parte do Reino Plantae.
Reinos da Vida
 A classificação de Whittaker assentava nos seguintes
critérios:

 Nível de organização celular


 Considera o tipo de organização celular, procarionte ou
eucarionte, e se há unicelularidade ou multicelularidade.

 Tipos de nutrição
 Tem como base o processo de obtenção do alimento.

 Interacções nos ecossistemas


 Os tipos de nutrição relacionam-se com as interacções alimentares
que os organismos estabelecem nos ecossistemas.
Os três critérios básicos
 Níveis de organização celular
 Estrutura celular procariótica – Reino Monera
 Estrutura celular eucariótica – os restantes
reinos.

 Tipos de nutrição
 Reino Monera – fotoautotróficos,
quimioautotróficos e heterotróficos (não existe
ingestão neste reino).
 Reino Protista – heterotróficos por absorção
ou ingestão, fotossintéticos.
 Reino Plantae – fotossintéticos.
 Reino Fungi – heterotroficos por aborção.
 Reino Animalia – heterotróficos por ingestão.
Os três critérios básicos
 Interacções nos ecossistemas
 Produtores
 Seres autotróficos, entre os quais se
destacam as plantas, as algas e
algumas bactérias.

 Macroconsumidores
 Seres heterotróficos que ingerem os
alimentos sendo representados por
animais e alguns protistas.

 Microconsumidores
 Seres heterotróficos, principalmente
bactérias e fungos. Decompõem a
matéria orgânica, absorvem alguns
produtos resultantes da decomposição
e libertam substâncias inorgânicas
para o meio. São também chamados
decompositores ou saprófitos.
Whittaker 1969
 A classificação de Whittaker de 1969
representa um importante desenvolvimento
face às anteriores, já que entre outras
razões se encontra de acordo com a
interpretação da estrutura e funcionamento
dos ecossistemas.

 No entanto esta classificação apresentava


limitações, algumas das quais indicadas
mesmo pelo próprio autor.
 Um deles era relativo à separação entre
eucariontes unicelulares e os eucariontes
multicelulares.
 As algas verdes por exemplo incluem seres
unicelulares, coloniais e multicelulares, logo
podiam ser incluídas em dois Reinos (Protista e
Plantae).
Whittaker 1979
 Assim em 1979, Whittaker refaz o seu sistema.

 As principais alterações ocorreram no Reino


Protista.
 Tendo passado este Reino a englobar grupo de
seres flagelados e todas as algas, quer as
unicelulares como as multicelulares.

 Assim o Reino Protista passou a conter, também,


seres eucariontes multicelulares, embora com baixo
grau de diferenciação.

 Dessa forma alguns autores defendem que o reino


se deveria denominar de Reino Proctotista.

 A interacção de todos os seres vivos dos cinco


reinos, e as suas relação bióticas permitem o
normal funcionamento do Ecossistema.
Os Domínios da Vida
 Nenhum sistema de classificação é
definitivo, e com o progressivo
desenvolvimento das técnicas
biológicas, grupos que aparentavam
ser naturais afinal não são.

 Um dos reinos em que menos se mexia


era o Reino Monera… Porque!?
Os Domínios da Vida
 Seres microscópicos e de estudo por vezes
difícil, tornam o Reino Monera por vezes o
“caixote de lixo” da classificação.

 Em 1970, Carl Woese, baseando-se em


estudos de sequenciação de RNA
ribossómico propuseram que existem
basicamente dois grupos distintos de
procariontes:
 Arquebactérias e Eubactérias.

 Sugeriu-se o desenvolvimento de seis reinos.


 Chegou-se a propor 12 reinos.
Os Domínios da Vida
 Presentemente, a maioria dos sistematas
usam um nível superior ao reino,
chamado domínio, baseado em
diferenças moleculares entre
arquebactérias, eubactérias e
eucariontes.

 Segundo esta classificação existem duas


linhagens nos procariontes.

 Essas linhagens terão divergido muito


cedo na história evolutiva dando origem
ao Domínio Bacteria, onde se encontram
as Eubacteria, e ao Domínio Archaea,
onde se encontram as Archaebcateria.

 É da linhagem das Archaea que evolui o


Domínio Eukarya, com os reinos Protista,
Plantae, Fungi e Animalea.
Sistemática em aberto…
 Como se pode ver a Sistemática é uma ciência que
não parou, muito pelo contrário continua em
constante progresso.

 Uma vez que todas as árvores filogenéticas são


hipóteses, e que os sistemas de classificação se
baseiam actualmente nesta perspectiva então,
também todas as classificações são hipotéticas.

Você também pode gostar