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A Postura do professor como influência nos alunos

Fernanda Dorneles Vargas

RESUMO
O artigo trata da postura do professor em sala de aula paralelamente aos valores ligados a este
profissional, mostrando por meio de conceitos éticos ligados a estes dois fatores (professor x valores).
Apresenta contribuições de como resgatar algumas atitudes positivas em sala de aula e discute a necessidade
de um compromisso de conduta. O artigo tem o objetivo de discutir/refletir sobre como deve ser a postura
do profissional. No primeiro momento, veremos quais seriam os valores para uma prática educativa, após, a
influência que estes valores exercem sobre os alunos e para concluir a conduta do professor com os demais
colegas professores.
Introdução
A idéia de pesquisar sobre o tema "postura do professor em sala de aula", surgiu, após ter concluído o
II estágio no ensino fundamental. Foram feitas reflexões durante o curso de pedagogia a respeito da postura,
dos valores, da forma como o profissional da educação deve comportar-se dentro de uma sala de aula
perante seus alunos e até mesmo como estas atitudes afetam o convívio com seus demais colegas
educadores. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, publicado em 1997, a ética além de ser considerada um
dos temas mais trabalhados pelo pensamento filosófico contemporâneo, é também um tema presente no
cotidiano de cada um, fazendo parte do vocabulário conhecido por quase todos. Leia-se:
"A reflexão ética traz á luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a
legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a crítica das
relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e perante elas, quanto a dimensão das ações pessoais"
(p.29-30)

Pensando nisso surgiu à questão de como deve comportar-se o professor dentro da sala de aula?
Estudos na área da psicopedagogia e da ética nos trazem algumas reflexões:
a) Quais valores seriam necessários ao professor para atuar de maneira ética?
b) Como esses valores influenciam seus alunos?
c) De que forma essa postura pode afetar o ambiente escolar em que trabalha?
Para responder a estas questões, serão analisadas algumas passagens bibliográficas do autor Paulo
Freire, Vygotsky,Weber,Smolka , entre outros autores.
Os Principais Valores Éticos para uma Educação de Qualidade
Vivemos em uma época em que tudo depende do conhecimento. Acreditamos em uma educação de
qualidade, pais protegendo seus filhos de todos os perigos, filhos tendo como exemplos de vida seus
familiares, enfim, acreditamos em uma vida plena e digna de amor, carinho, respeito e cuidado. Porém,
presenciamos diariamente na televisão, jornais e revistas absurdos como estupros, drogas que exterminam
com famílias inteiras, valores como respeito, diálogo deixados no passado, estamos perdendo tudo isso sem
nem ao menos nos darmos conta do perigo que estamos causando para as gerações futuras. Então surge na
escola o personagem "professor" como última esperança para mudar o rumo de crianças sofridas que hoje já
não conhecem mais o verdadeiro significado dos valores éticos que são tão necessários para a vida humana.
A palavra professor vem de "professar", que, além de lecionar, significa "declarar publicamente uma
convicção ou um compromisso de conduta". Os professores são líderes, os representantes dos modelos
referenciais em que estudantes solidificam as suas bases. Segundo Reboul,
A educação aparece como uma relação vertical, o sentido de que o professor se situa acima do aluno, o
responsável, aquele que sabe acima daquele que ignora, o adulto acima da criança. Uma relação de
autoridade, portanto, do professor, do examinador, da instituição? (Ibid.,p.53.).
Este profissional da educação deve conter valores como humildade, bom senso, tolerância, alegria,
esperança, comprometimento para que dessa forma possa fazer uma intervenção no mundo dessas crianças,
e paixão por sua profissão. Ele precisa saber a dimensão real de sua importância nesse papel. Explicar esses
valores é , portanto, muito complexo. Com base em Weber (2001) podemos compreender inicialmente que
valores existem de forma objetiva, subjetiva e intersubjetiva. Os valores existem, são aprendidos
racionalmente, submetidos à lei da lógica. Os valores nascem a partir das vivências do dia a dia. Qual seria a
importância dos valores citados anteriormente para um professor ter qualidade na sua prática educativa?
Devemos pensar na seguinte situação: um aluno no início do ano letivo, na turma de alfabetização espera
ansioso por conhecer seu professor novo para começar seu processo de aprendizagem. Então, neste mesmo
instante penetra a sala um ser arrogante, cheio de si mesmo, com ar superior aos seus alunos. Esta situação
seria decepcionante e desestimuladora, portanto, a humildade se faz tão necessária a prática pedagógica para
um professor que deseja ter uma atitude positiva em sala de aula como o autor Paulo Freire nos coloca a
refletir:
"O meu respeito de professor à pessoa do educando, à sua curiosidade, à sua timidez, que não devo
agravar com procedimentos inibidores exige de mim o cultivo da humildade e da tolerância."(FREIRE,
1995.p.63)
É preciso desenvolver o amor, o carinho, o respeito com os educandos e a forma como os tratamos. Na
busca de valores nos debatemos com o bom senso, onde nos vemos na docência cobrando tarefas semanais,
cadernos esquecidos, folhas incompletas. O bom professor deve saber que isto tudo pode ter acontecido não
somente por causa de um descuido do aluno, mas saber, que imprevistos acontecem, como : doenças ,
atrasos no trânsito ou simples razões emocionais e quando isso acontecer saber compreender e ajudar o seu
educando auxiliado pelo seu bom senso na hora de educar. É o bom senso que vai nos ajudar nas reuniões
com os pais, a respeito da formatura de seus filhos em que demoram a entrar em comum acordo. O bom
senso sempre adverte de que há algo para ser entendido, compreendido mas não diz o que é.
(FREIRE,1996).
Ensinar também exige alegria e esperança estas duas possuem relação infinita. Freire nos emociona com
a seguinte observação a respeito deste assunto: "A esperança de que o professor e alunos podemos juntos
aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos a nossa alegria."
Assim, entendemos que a esperança é um valor intrínseco no ser humano. Qualquer professor que não
possua esta característica está indo contra uma especificidade humana, pois somos seres em condição do
inacabamento, devemos possuir a consciência de que a esperança faz parte deste processo formador. É
necessário trabalhar a alegria em nossos corações, inundar com a força de uma alma guerreira,
transformadora da realidade que a cerca, força esta que deve permanecer sempre presente no cotidiano das
nossas salas de aulas. Ao ingressar no ambiente escolar devemos encher nosso peito com amor, carinho e
alegria, fazer das indagações, dos problemas de nossos educandos também nossos. Acabar com nossos
obstáculos que a própria vida nos coloca como, por exemplo, a falta de dinheiro, a falta de um lar em
condições perfeitas de moradia... deve-se manter a alegria e a esperança pelo simples fato que no
desempenho dessa função social, somos formadores de cidadões críticos, conscientes e também devemos
nos impregnar com estes dois valores tão sublimes.
Não menos importante o comprometimento. É impossível exercer a docência sem nos comprometermos
por inteiro com a discência. "Não posso ser professor sem me pôr diante dos alunos, sem mostrar a eles com
facilidade ou relutância minha maneira de ser, de pensar e de agir" (FREIRE, 1996). Fazendo isso não é
possível escapar da avaliação dos alunos, por isso, é tão importante manter as atitudes que digo tão
coerentes com as que faço. Quando temos diante de nós uma questão indagada por um aluno e não temos
respostas devemos ser sinceros a ponto de dizer que não sabemos, mas que iremos pesquisar juntos nos
comprometendo sempre com a verdade, mantendo uma relação ética entre educando e educador. Mas é
preciso sempre manter o cuidado para que todas as questões não sejam sempre respondidas com "não sei"
ou pode acabar passando a impressão de estar desatento com seus alunos.
Freire acredita :
"Devemos sempre estar atentos a leitura que fazem de minha
atividade com eles. Precisamos aprender a compreender a
significação de um silencio,ou de um sorriso ou de uma
retirada da sala de aula. Afinal, o espaço pedagógico é um
texto para ser constantemente lido, interpretado, "escrito" e "
reescrito". (FREIRE, 1996, p.97).

E não podemos nos esquecer no acredito ser o principal para que tudo isso aconteça: a paixão por
exercer a sua profissão, e é neste momento que entra o fator consciência. Ela desempenha um papel muito
importante no sentido de como encaramos nossa profissão. Ela seria a capacidade que possuímos em
distinguir o que seria certo ou errado a partir daquilo que é nosso mais alto valor. Quando escolhemos uma
profissão precisamos saber tudo o que nos espera ou pelo menos tentar saber, as dificuldades que serão
enfrentadas , os desafios, as gratificações para que a escolha seja feita de froma consciente para que todos os
resultados obtidos não se tornem frustrantes e assim afetem todos ao redor e principalmente a nós mesmo,
depois de pensar é a hora de exercer a profissão escolhida e para exercê-la da melhor forma possível é
preciso ter um valor aliado a tudo isso o amor , a paixão por sua profissão dessa forma não há como não
colher bons frutos nas salas de aulas. Acreditar na educação é não fazer de sua atividade profissional, mera
forma de ganhar a vida. É necessário também que o professor acredite na disciplina que leciona. Quando
trabalhamos no ambiente que gostamos sempre iremos produzir ótimos resultados.
Neste sentido quanto mais envolvimento houver entre os dois seres no processo de aprendizagem mais eficaz
será a conclusão do ensino.
Um professor, pode ter a crença que é importante incrementar o conteúdo de determinada disciplina por
valores de saúde, respeito, conhecimento, paz, liberdade e responsabilidade social crítica face ao mundo
competitivo que se vive. Na sua prática educativa ensina valores com base de concepção de mundo, de pessoa,
de trabalho e respeito ao próximo. No entanto, percebe que os alunos e, até mesmo colegas, julgam
insignificante tal atitude de ensinar valores, além do conteúdo da disciplina. Ante a este dilema, algumas vezes
predomina, com mais força, um tipo de crença: ora do professor e outras dos alunos ou colegas, ou ainda, entre
os valores percebidos, transmitidos, vividos e idealizados.
Conforme Smolka,
Vygotsky muda o foco da analise psicológica: não é o que o individuo é, a priori, que explica seus
modos de se relacionar com os outros, mas são as relações sociais nas quais ele está envolvido que podem
explicar seus modos de ser, de agir, de pensar, de relacionar-se. De fato, o individuo se desenvolve naquilo que
ele é através daquilo que ele produz para os outros. Este processo de formação do individuo (...). Na sua esfera
particular, privada, os seres humanos retêm a função da interação social (Vygotsky,1981,pp.162,164).
Podemos notar através desta passagem o quanto o professor pode interagir e intervir no mundo infantil. Após
ter adotado uma postura ética o professor passa a projetar estes mesmos valores para seus alunos que acabam
assim por apoderar-se deles e transformando a realidade em que vivem. Muitos seriam os sentimentos criados
por um professor que possui tal postura perante seus alunos como : Afeto, felicidade ,respeito,entre vários
outros. A seguir veremos mais detalhadamente quais seriam estas mudanças ocorridas nos alunos em cada um
dos sentimentos citados anteriormente.
Existe uma grande divergência quanto à conceituação dos fenômenos afetivos. Na literatura encontra-se,
eventualmente, a utilização dos termos afeto, emoção e sentimento, aparentemente como sinônimos. Entretanto,
na maioria das vezes, o termo emoção encontra-se relacionado ao componente biológico do comportamento
humano, referindo-se a uma agitação, uma reação de ordem física. Já a afetividade é utilizada com uma
significação mais ampla, referindo-se às vivências dos indivíduos e às formas de expressão mais complexas e
essencialmente humanas.
Os aspectos afetivos e cognitivos reagiriam, portanto, a estímulos do meio externo e interno. Está claro
para nós entendermos como afeta o fato um professor chegar à sala de aula estimulado, feliz , carinhoso com
seu alunos, se a parte afetiva é tão estimulada pelo meio exterior no caso o professor . É preciso trazer a
vontade de lecionar para junto de seus alunos , conseguindo assim conquistar seus corações estimulando-os
cada vez mais para uma aprendizagem eficaz. O professor novato deve ter consciência deste papel e saber como
sua postura irá influenciar seus educandos, para cada vez mais aperfeiçoar-se nas questões éticas e até mesmo
profissionais.
Um outro sentimento que acaba se tornando presente com estas intervenções pedagógicas seria a
felicidade, a felicidade é um momento só nosso mas ao mesmo tempo nos envolveríamos totalmente com o
outro num dado momento tornando este momento tão inesquecível para algumas crianças que hoje em dia nem
conhecem mais este tipo de sentimento. Segundo Aristóteles, para ser feliz o homem precisa de amigos
virtuosos, esse seria o professor na vida da criança. A felicidade é todo empenho direcionado à busca da
realização. Um fato que expressa bem esta afirmação é ver uma criança de apenas 1 ano de idade , em uma
turma de Berçário sentir a felicidade de dar os primeiros passinhos,conseguir comer a comida sozinha, entender
o funcionamento do seu próprio corpo, a forma como ela tenta encontrar nossos olhos para ver a satisfação que
sentimos com a realização pessoal dela e também não deixa de ser para nós também uma satisfação. Também
segundo Aristóteles, a conquista da felicidade é a realização definitiva de uma trajetória humana, mas, como a
busca e a persistência perduram por toda a existência, a busca pela felicidade é diária, constante. O nosso
grande desafio é manter esta chama acesa em todos os educandos que passam ao longo do tempo por nós, mas,
acredito que o principal seria conservar esta chama em nós mesmo professores assim seria mais fácil passarmos
este sentimento aos nossos alunos. O autor Anselm Grün nos deixa uma frase para refletirmos sobre o poder do
sentimento felicidade: "Para quem sente alegria/ felicidade em seu íntimo as coisas correm com mais facilidade
na vida. Sua vida ganha novo sabor"(Grün,2006,p.7).
Sabendo que estes sentimentos são tão importantes em nossa vida social devemos recordar também do
respeito. É necessário ter respeito aos nossos educandos para que estes também exerçam tal valor com nós.
Percebemos neste momento, que após termos todos estes valores incorporados em nossa postura humana
,profissional basta deixarmos fluir para o meio que nos cerca para que todos que estão a nossa volta sejam
atingidos, já que os estímulos são eficazes.
A Postura do professor x ambiente escolar
A escola está inserida no contexto de mundo a compreensão do ambiente escolar considera, então, o
mundo a partir das pessoas que organizam o espaço escolar.
Para haver ambiente favorável aos educadores, se faz necessário o cumprimento das normas estabelecidas pela
escola, valorizando a profissão e incentivando o intercambio entre todo o corpo diretivo, docente e demais
funcionários da escola. O trabalho faz parte da formação humana e para aprender a sobreviver neste mundo a
humanidade precisa de trabalhadores capazes de transformar a natureza para o próprio bem respeitando as
dimensões bioéticas.
Assim, todos estão interligados, professor, funcionários da escola, toda a estrutura educacional, é
inevitável que a postura fora da sala de aula do professor irá afetar todo o entorno educacional. Segundo
Abbagnano,
Para grande parte do pensamento antigo e até Aristóteles, o diálogo não é somente uma das formas pelas quais
se podem exprimir o discurso filosófico, mas a sua forma própria e privilegiada, porque esse discurso não é
feito pelo filósofo a si mesmo, mas é um conversar, um discutir, um perguntar e responder entre pessoas
associadas pelo interesse comum da pesquisa (Abbgnano,1982,p.257).
Bom, a escola é um ambiente de constante diálogo, onde todos nós devemos debater as melhores
formas de educar, e é neste momento que as idéias, os valores ganham destaque principal, da mesma forma
como os alunos sofreram influência os demais colegas de educação também sofrerão. Não seria difícil até
mesmo pensar que estes após perceberem as conquistas obtidas pelo professor como alunos mais sociáveis , que
compreendem a matéria cm maior facilidade devido a atenção dada a ele, conquistas que facilitariam todo o
processo de aprendizagem então os outros colegas de profissão também adotariam esta postura mais positiva
com valores éticos, pensem em mudar a sua postura perante os seus colegas e também seus alunos.
Na prática educativa, os valores são formas de intervir no mundo, implica o esforço contínuo para
superar-se a si mesmo dando a todos o melhor. Na 2ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional,
promovida pelo Senac no ano de 2000, em Florianópolis/SC, Morreto afirma:
"A ação do educador deve pautar-se na ética profissional vista como o compromisso de o homem
respeitar os seus semelhantes, no trato da profissão que exerce. Este é o foco da ética profissional: o respeito. O
corolário deste valor é um conjunto de valores, como a competência do profissional, a constante atualização no
domínio dos conteúdos, a honestidade de propósitos na educação, a avaliação eficiente e eficaz dos alunos.
Assim, podemos afirmar que educar é, por essência, uma atividade ética, tendo em vista as conseqüências para
a vida dos educandos."
Mas o que constantemente somos é "atingidos" por pessoas sem caráter que fazem de tudo para chegar
aos lugares mais altos, deixando de lado amizades para serem promovidas em seu campo profissional,
presenciamos cenas de professores cansados , mal humorados, reclamando de salários baixos , como se isso
fosse o único problema , na verdade , o problema é muito mais grave que parece ser: Professores
"desapaixonados" por educar. Imagine a seguinte situação: Professores em uma sala de reuniões para discutir
como será o novo ano letivo que está para iniciar, todo um planejamento. Bom esse seria o tema, mas nada
disso acontece, vemos pessoas falando de pessoas, criticando seus alunos, dizendo que é só mais um ano que
está para começar. Que infelicidade, fazer parte de um grupo assim. Agora insira toda a postura que realmente
um profissional da educação deve ter... é a realização de uma transformação naquele meio onde este professor
está inserido e mudando também assim seus colegas. Portanto chega de mantermos uma postura alienado ao
mundo , já que ninguém consegue manter tal postura, porque o simples fato de escolher alienar-se já é uma
escolha. É preciso encher as escolas, creches, diretorias de pessoas capazes de estimular princípios éticos , de
amor a vocação de educar, de construtores da paz e do bem, para que o futuro das crianças e dos jovens seja
baseado nestas mesmas características .
Conclusão
Percebemos com este artigo em primeiro momento como a postura do professor em sala pode
influenciar ele próprio,como é preciso que ele se descubra primeiramente como ser individual e aprenda a
compreender seus defeitos e a valorizar suas qualidades positivas para que assim possa repassar todas essas
atitudes para seus alunos em sala de aula, os valores que cada profissional deve possuir para ter consciência de
que sua função social é tão importante para a vida de todos. Em um segundo momento a maneira como seus
alunos percebem o professor em sala de aula intervindo também no mundo das crianças, os sentimentos que
acabam aparecendo como os de afeto, felicidade, respeito , valores estes de valor inestimável no ser humano,
relatando isso posso reviver a experiência realizada no primeiro estágio na educação infantil onde lembro muito
bem como foi este primeiro contato com um mundo ainda tão desconhecido, mas que acabou me fascinando de
uma forma profunda. Chegando a sala de aula percebia muitos rostos pequenos , inocentes esperando por
adquirir novos conhecimentos , ter novas experiência que pudessem fazer com que se descobrissem cada vez
mais e foi ai que começou o meu amor por estes seres tão pequenos e tão encantadores que são as crianças.
Acabei levando todo o meu amor, carinho , respeito que eu tinha para junto da sala de aula e foi incrível a
experiência que passei, consegui por alguns dias transformar o mundo deles e o meu e então se faz tão
importante ter valores éticos e morais nessa transformação.
E por fim a relação com seus colegas de trabalho e todo seu entorno educacional, todo o processo que
pode ser facilitado transformando porque não também seus colegas em pessoas éticas, nada melhor do que
saber que é possível transformar você mesmo e seus colegas, trazer novamente a esperança em seus corações, a
alegria em planejar as aulas, em realizar reuniões pautadas em assuntos realmente de interesse comum para os
alunos e para toda a comunidade escolar que tanto precisa de nosso apoio e ajuda para até mesmo transformar a
realidade tão dura que às vezes as cerca. Durante o curso de pedagogia , logo após os estágios percebia a
importância do papel do professor e a forma como ele interagia com o meio escolar.
Percebia logo após o termino dos estágios obrigatórios a realização de um trabalho bem feito, de alunos
que me trouxeram presentes no último dia de aula, mães que diziam que seus filhos nunca tinham adorado tanto
as aulas como agora, é satisfatório saber que pelo menos por alguns instantes todo esse comportamento
profissional que foi adotado e também emocional, porque não assim dizer, é tão importante para todos eles.
Quando possuímos princípios de respeito , humildade, esperança , vemos todos a nossa volta também criarem
em seus corações estes sentimentos, por isso , se faz necessário criar a partir de si mesmo posturas éticas para
uma formação acadêmica e profissional satisfatória.

http://www.pedagogia.com.br/artigos/posturadoprofessor/index.php?pagina=1

Educação Infantil – REFORCE


11 de junho de 2014

Frei Ailton Guimarães ofm


Vanessa Fernanda Sartore

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