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Administração ( prof.

Silvia)

Administração
Segundo o dicionário Aurélio, “ administrar é a arte de conduzir e de gerir
pessoas para se alcançar um objetivo comum.” A administração é uma área da
atividade humana cuja finalidade principal é estabelecer um ambiente em que
as pessoas, atuando em grupos organizados, trabalhem eficientemente para
alcançar as metas traçadas pelos próprios elementos do grupo.

Objetivo da Administração:

• Desenvolver planos organizacionais;

• Estabelecer metas;

• Agrupar atividades afins;

• Garantir liderança;

• Delegar responsabilidades e autoridades;

• Desenvolver linhas de ação;

• Solucionar conflitos;

• Tomar decisões;

• Desenvolver planos de longo alcance;

• Manter linhas de comunicação;

• Desenvolver o pessoal;

• Manter a motivação dos funcionários;

• Propiciar a liderança.

Administração de Enfermagem
Sistema de atividades dirigidas que consiste em conduzir o serviço de
enfermagem, acompanhar o trabalho coletivo, mobilizar recursos humanos e
materiais, desenvolver planos e estratégias para alcançar um objetivo
consensual.

Administrar um serviço, segundo Fayol, envolve cinco etapas essenciais:


• Prever: Significa planejar, ou seja, pensar antes de atuar. Tem como
objetivo explicar possibilidades, analisar vantagens e desvantagens de
acordo com a realidade da empresa.

• Prover: Significa organizar ou abastecer, ou seja, colocar em ordem,


dotar a empresa de tudo que é necessário para o seu funcionamento.

• Comandar: Significa dirigir, determinar, isto é fazer o plano funcionar,


atribuindo a cada um dos indivíduos encargos e responsabilidades pelas
atividades.

• Coordenar: Significa estabelecer harmonia entre todos os elementos da


empresa de modo a facilitar o funcionamento e o sucesso do plano. O
diálogo é o ponto- chave dessa função.

• Controlar: Significa fiscalizar órgãos, departamentos e ações ou tarefas


para que as atividades sigam as normas preestabelecidas, consiste em
verificar se tudo se realiza conforme o plano adotado. Essa função
ressalta falhas e erros, reparando-os e evitando recidivas.

Administração do Trabalho no serviço de Enfermagem:


O serviço de Enfermagem é composto por um grupo de pessoas com
atribuições especificas, em diversos tipos de atividades, que tem por objetivo a
assistência de Enfermagem ao paciente. A necessidade de coordenar os
esforços leva á definição da estrutura organizacional do serviço de
Enfermagem.

A administração no serviço de Enfermagem diz respeito a um planejamento


estruturado, com enfoque no objetivo. Essa estrutura planejada, a estrutura
formal, é orientada por padrões formalizados de forma descrita e direcionada.
Nela os profissionais da Enfermagem tem autoridade e seguem determinada
hierarquia no trabalho, estabelecendo relações com o propósito de alcançar a
eficácia , ou seja, atingir o objetivo de tratar os doentes.

Os cuidados e as técnicas são exigências dessa administração.

A estrutura formal pretende evitar implicações humanas, tentando tornar as


relações impessoais. A organização acredita que basta que cada pessoa esteja
”no seu lugar”, para que sejam afastadas todas as dificuldades, considerando
ideais as relações entre indivíduos e grupos.

A dimensão psicológica da organização de um serviço e da divisão das tarefas


deve estar preparada para lidar com as reações das pessoas, que podem não
gostar de determinadas exigências. A existência das relações informais
escapa á expectativa e a ilusão do organizador.

Diante dessas relações interpessoais, que ocorrem na estrutura formal, as


pessoas que exercem os papéis formais estabelecem relações não planejadas
que acontecem naturalmente, originando a estrutura informal. Esta ocorre
quando os funcionários, em seus papeis formais, encontram-se e trocam
informações sobre a instituição, sem passar pelo processo formal,
influenciando na decisão de determinado assunto que pode ser pertinente á
instituição.

A estrutura informal surge quando a estrutura formal é lenta nas soluções. Ela
pode influencias diretamente na decisão de qualquer mudança, uma vez que ,
por exemplo , o grupo pode diminuir o ritmo do trabalho quando os objetivos
forem considerados prejudiciais a ele.

A relação entre a estrutura formal e a informal influencia a dinâmica da


instituição e, conseqüentemente , o alcance dos objetivos.

A filosofia da organização, o objetivo do serviço de enfermagem, o volume de


atividades, a especialidades e os recursos materiais e humanos disponíveis
são importantes para a estrutura organizacional do trabalho. Divisão de
trabalho e especialização, hierarquia, responsabilidade, supervisão,
centralização, descentralização e formalização também são fatores que
precisam ser considerados.

Hierarquia: divide o trabalho em niveis de autoridade. A superioridade


hierárquica aumenta proporcionalmente a autoridade do cargo em relação aos
subordinados.

Quanto maior a organização, maior tende a ser o número de níveis


hierárquicos.

A estrutura formal, representada por uma pirâmide, organiza os niveis


estabelecidos: no topo está a direção, os executores ficam na base e as
demais camadas hierárquicas ocupam o nível intermediário.

Autoridade: é o poder de comandar subordinados, orientando-os a


executarem suas atividades para a realização dos objetivos propostos. O poder
de comandar diminui á medida que se desce na estrutura hierárquica.

A autoridade pode ser representada por uma pirâmide invertida, porque ela se
expande gradativamente em cada nível hierárquico.

Responsabilidade: não é delegada, a execução do trabalho é atribuida a um


subordinado, e o chefe será sempre responsável pelas atividades de seu
subordinado. Quando se delega determinada atividade a uma pessoa, a
responsabilidade está relacionada com a com a autoridade, pois em toda ação
deve possuir a autoridade necessária para execução da atividade. A
responsabilidade provém da relação superior/ subordinado e refere-se á
obrigação que uma pessoa tem de realizar alguma tarefa para outrem.

Supervisão: Função administrativa, que consiste em um processo educativo e


contínuo, no qual os supervisores são orientados e motivados na execução de
atividades com base em normas, de forma eficiente, a fim de elevar a
qualidade dos serviços prestados. Integra os recursos humanos e materiais,
em uma estrutura organizada. Na Enfermagem, é exercida pelo enfermeiro,
que desenvolve junto aos funcionários as seguintes atividades:

- discussão dos valores e objetivos do serviço de Enfermagem,

-caracterização da clientela e de suas necessidades básicas,

-planejamento na assistência de enfermagem conforme problemas levantados,


com critério de prioridades nas ações,

-previsão e provisão de recursos humanos, materiais, físicos para o


desenvolvimento das atividades de enfermagem,

-definição das necessidades dos funcionários da enfermagem, bem como


orientação, treinamento e avaliação contínuas,

-elaboração, implantação e avaliação de normas de procedimentos, rotinas,


manual de enfermagem,

-promoção da integração do pessoal de enfermagem e desenvolvimento


contínuo da motivação no ambiente de trabalho.

As técnicas utilizadas na supervisão podem ser diversas, como observação


direta, registro e análise dos subordinados, reuniões, dinâmicas de grupo,
demostração e analise de técnicas novas e processos científicos. Os
instrumentos da supervisão são os prontuários do paciente, a prescrição de
enfermagem, a evolução dos cronogramas de atividades, o manual de
enfermagem e o prontuário dos funcionários.

Estrutura Hospitalar
Definição e Objetivo

O ministério da Saúde, em 1977, definiu hospital como a organização médica


integral curativa, preventiva e de enfermagem, constituindo-se também em
centro de educação e pesquisa em saúde.
Uma grande empresa deve ter como prioridades a qualidade da prestação de
serviço e a satisfação integral do paciente. O hospital tem como produto final a
assistência ao ser humano, e é neste ponto que difere de outras empresas,
cujos resultados em sua maioria são objetos inanimados que, apesar da
grande utilidade na vida do homem, não constituem a própria vida humana.

Ao ser admitido para um tratamento na organização hospitalar, o individuo


recebe a denominação de paciente e espera tratamento e cura definitiva.
Destacam-se a importância das relações humanas e a abordagem
psicoterapêutica no serviço hospitalar.

Os objetivos do hospital são bastante diversos e contemplam desde a


promoção da saúde (tratamento e prevenção) até o ensino, a pesquisa eo
aprimoramento profissional, todos aliados ao desenvolvimento tecnológico.

Para o funcionamento dessa megaestrutura, tornam-se necessária a divisão


e a integração dos serviços, baseadas na especialidade de cada área.

É importante que as que as áreas funcionem de forma integrada e tenham


propósitos semelhantes.

Além dos serviços médicos propriamente ditos, o hospital oferece serviço de


enfermagem, diagnóstico (laboratórios clínicos e radiológico), farmácia, serviço
social, nutrição, e dietética, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia,
odontologia, prontuário médico, serviço de registro, estatísticas, serviço de
cirurgia e central de esterilização. Possui ainda os serviços organizacionais que
compreendem manutenção, eletricistas, encanadores, mecânicos, pintores),
lavanderia, limpeza, transportes, vigilância,velório, estacionamento e portaria.
O setor financeiro é responsável por contabilidade, compras, departamento
pessoal e almoxarifado.

Função do hospital
• Assistência curativa: tratamento de emergência, tratamento de
doenças, serviços de diagnósticos.

• Assistência preventiva: educação sanitária, saúde ocupacional,


controle de doenças infectocontagiosas, supervisão da gestação e de
outros,

• Assistência educativa: destinada a estudantes de enfermagem e


medicina, pós graduados, e outras profissões afins. (Hospital escola).

Classificação dos Hospitais


Atualmente os hospitais são classificados quanto ao tipo e porte.

Quanto ao tipo:
• Hospital público- os recursos financeiros são provenientes da
arrecadação de impostos, e o estabelecimento é mantido pelo governo
municipal, estadual e federal.

• Hospital privado- gerenciado com recursos próprios, sua finalidade é


obter lucros.

• Hospital de ensino- em sua maioria, é um hospital geral utilizado


pelas escolas de saúde como centro de formação profissional.

• Hospital especializado- capacitado a atender pacientes portadores de


patologias específicas, como psiquiatria, oncologia e ortopedia.

• Hospital Filantrópico- instituição mantida parcial ou integralmente por


doações. Presta serviços gratuitos a população (60% ao SUS).

• Hospital beneficente- instituição mantida por contribuições e doações


de particulares, destinada á prestação de serviços aos associados e
respectivos dependentes.

• Hospital de base- constitui o centro de coordenação e integração do


serviço médico hospitalar de uma zona, capacitado a prestar
assistência especializada e contribuir para a formação de profissionais
da saúde.

• Hospital- dia- modalidade de atendimento hospitalar na qual o


paciente utiliza com regularidade os serviços da instituição, na maior
parte do dia, para fins de tratamento e/ ou reabilitação.

• Hospital unidade sanitária- presta assistência médica e sanitária á


população de determinada área, sem internações. Divide-se em
unidades básicas de saúde e centros de saúde.

O hospital deve possuir infra-estrutura para atingir para atingir suas


finalidades, qualquer que seja seu tipo.

Destaca-se o serviço de enfermagem, cuja função principal é cuidar do


paciente, porém, entre os componentes da equipe de enfermagem, poucos
sabem que a base da assistência de enfermagem é administrar o serviço
para bem assistir o paciente.

Quanto ao porte:
• Hospital de pequeno porte: possui capacidade de até 49 leitos.

• Hospital de médio porte: comporta de 50 a 149 leitos.

• Hospital de grande porte: possui capacidade de 150 a 499 leitos.

• Hospital de porte especial: sua capacidade é superior a 500 leitos.

Serviço de Enfermagem
O objetivo do serviço de enfermagem é cuidar do paciente, desde sua
entrada no hospital, acompanhando seu tratamento, até a plena reabilitação e
o retorno ás suas atividades diárias.

O profissional da enfermagem é regido por um código de ética especifico,


baseado em princípios científicos. Mas o esforço diário de uma profissão,
muitas vezes dolorida, que tem contato direto com a vida alheia e sua morte
tão iminente , torna a enfermagem um exercício de doação e de cuidado ao
próximo, obtendo ora o sucesso pleno da saúde, ora a deparação com a
morte.

Para explicar com mais especificidade os objetivos, pode-se dividi-los em


três:

• Assistir o paciente em suas necessidades humanas básicas, utilizando


processos científicos de desenvolvimento tecnológico e pessoal do
seu profissional.

• Promover ensino, pesquisa e aprimoramento do profissional, sempre


de acordo com o código de ética e com intercâmbio com instituição de
ensino.

• Organizar a assistência de enfermagem, regida pelo gerente de


enfermagem, aliado aos demais profissionais da categoria (supervisor,
enfermeira, auxiliar e técnico de enfermagem).

O serviço de enfermagem é constituído por unidades de internação geral,


que englobam as unidades de clinica médica, clinica cirúrgica, emergência,
terapia semi- intensiva, terapia intensiva(UTI), ortopedia, e traumatologia,
ambulatório, berçário, centro cirúrgico, pediatria e obstetrícia. As unidades de
enfermagem estão diretamente subordinadas á gerência de enfermagem do
hospital.

Todas as respectivas unidades de enfermagem devem obedecer ao


regimento do Serviço de Enfermagem (SE), que contém normas, rotinas,
impressos, bem como recursos físicos e humanos suficientes para a ação
funcional.

Planta Física das unidades de Enfermagem


A unidade de administração do serviço de enfermagem deve ser composta
pelas seguintes instalações: sala para gerência de enfermagem (área mínima
de 10m²); sanitário anexo a gerencia de enfermagem (área mínima 2m²); sala
para secretária do serviço de enfermagem (área mínima de 12m²); e sala de
reuniões (área mínima de 20m²).

Deve contar também com vestiário para funcionários (área mínima de 0,5m²
por funcionários ) e sanitário anexo ao vestiário com chuveiro e lavatório
(área mínima de 3m², centralizado para a unidade, considerando 25% de
homens e 75% de mulheres.

Teto e Paredes da Unidade de Enfermagem


• Deve estar de acordo com as exigências NB-32/ ABNT( associação
Brasileira de normas técnicas), que se refere á proteção
antirradiológica e NB-101 /ABNT, que se refere á proteção contra ruído
e vibração.

• Material de acabamento resistente e de fácil limpeza,

• Forro falso, quando houver tubulação não embutida, tubulação e fiação


não podem ser expostas.

Pisos da unidade de enfermagem


São feitas três exigências para o cuidados dos pisos:

• Devem ser constituídos de material de acabamento resistente e de


fácil limpeza;

• Não podem conter frestas, saliências, aberturas ou cantos que possam


abrigar roedores e insetos;

• Precisam ser revestidos de material antiderrapante nas áreas de


trabalho que utiliza água.

Portas de entrada da unidade de enfermagem


• A entrada principal da unidade deve ter largura mínima de 1,5 m, ser
adaptada / removível, permitindo a passagem de qualquer maquinário;
• Todas as portas devem ter a largura mínima de 1m para passagem de
macas e, sempre que possível, de 1,10m para passagem de leitos;

• As portas dos sanitários de pacientes devem abrir para fora,para efeito


exclusivo de segurança;

• Se houver vidro aplicado ás portas até 50cm acima do piso, não deve
ser do tipo estilhaçável.

Janelas da unidade de enfermagem


As janelas precisam ter segurança adequada ás características da unidade, e
seus vidros, se estiverem a 50cm acima do piso, não devem ser do tipo
estilhaçável.

Esgoto sanitário
Deve obedecer as seguintes exigências:

• Atenção á NB-019 /ABNT, referente a critérios para lançamento de


efluentes líquido no sistema coletor público de esgoto sanitário.

• Evitar a instalação de tubo de esgoto exposto ou no teto;

• Quando não puder ser evitada a instalação de tubulação suspensa,


tomar as precauções especiais contra possível vazamento;

• Se o piso requer lavagem constante, é indispensável a presença de


ralos para escoamento;

• Utilizar material resistente a corrosão para os tubos de esgoto de pia.

Torneiras
• Na área de atendimento aos pacientes, as torneiras devem ter a saída
situada a pelo menos 130mm acima do nível da borda do aparelho
sanitário;

• As torneiras usadas pela enfermagem devem ser preferencialmente


comandadas por válvulas de operação sem o uso das mãos;

• No caso de torneiras com alavanca de extensão, esta não deve ter


mais de 110 mm de comprimentos;

• Nas pias para lavagem de instrumentos e nos lavabos, as torneiras


devem ter alavancas de pelo menos 150mm de comprimento.
Vasos sanitários
Sobre vasos sanitários, são feito três recomendações:

• Todos os vasos sanitários devem ser equipados com caixas de


descarga providas de silenciadores;

• Todos os assentos sanitários devem ser de plástico não poroso;

Deverá ser previsto apoio para o paciente.

Boxes de chuveiro
Para os boxes de chuveiro são feitas as seguintes exigências:

• área minima de 0,65m ,

• paredes lisas, laváveis, impermeáveis, a pelo menos 2cm acima do piso;

• piso dos boxes de material antiderrapante;

• previsão de apoio para o paciente em todo o box.

Tomadas da unidade
As tomadas da unidade devem obedecer á NB-3 /ABNT. Tanto elas como os
plugues correspondentes devem ser padronizados para cada um dos seguintes
circuitos: 110V, 220V e tomadas para aparelhos de radiografia.

Nas unidades de internação, devem ser previstas as seguintes tomadas,


sempre que possivel duplas, com dispositivo para aterramento:

• uma de cada lado da cabeceira, sendo que, entre dois adjacentes, uma
será suficiente para ambas as cabeceiras;

• uma na parede oposta, quando estiver em quartos;


• tomadas adicionais, sempre que necessário (TV, abajur, camas
elétricas, etc).

Em todos os corredores das unidades de internação geral, são necessárias


tomadas simples, polarizadas, de 30 A, para aparelhos transportaveis de
radiografia, nitidamente identificadas com a inscrição: "para uso de raios X".

Instalação elétrica
A instalação elétrica da unidade deverá incluir circuitos e equipamentos para
iluminação geral e especial, tomadas, sistema de emergência, sinalização,
telefones e monitores.

Suas especificações são as seguintes:

• a iluminação geral da unidade deve ser indireta, para não incomodar os


pacientes, e, de preferência, incandescente, para evitar interferência da
luz fluorescente nos aparelhos biométricos de telemetria;

• a iluminação de cada leito não pode perturbar o paciente e deve permitir


claridade suficiente para o controle de frascos de sucção e os registros.

• a circulação entre os leitos deve ser iluminada por luz noturna de vigília,
de 5 a 15 luz, embutida a 50cm do piso;

• é necessária uma luminária ligada á bateria auxiliar de emergência em


cada sala;

• deve haver duas tomadas simples de 110V para cada leito, em cada
lado da cabeceira, derivadas de circuitos diferentes sempre que
possivel, uma tomada simples de 220 V para aparelhos maiores, e
tomadas e conduites ligando a parede da cabeceira a uma estação
central de monitorização, para instalação de monitores eletrônicos;

• deve haver um botão de chamada na cabeceira de cada paciente, que


permita á enfermagem chamar auxílio, e que acione um sinal sonoro
acompanhado de sinal luminoso quando houver quartos individuais;

• o telefone, sempre que possivel, deve ter linha direta para chamada de
médico, e sinal luminoso para não incomodar os pacientes.

Água fria
O sistema de abastecimento de água deve ser dimensionado levando em conta
um consumo de, pelo menos, 500 litros/ dia/ leito, excluida a água de combate
a incêndio.

Oxigênio
A instalação de oxigênio medicinal deve obedecer á norma brasileira referente
ao sistema centralizador de agentes oxidantes de uso medicinal, da ABNT,
bem como ás seguintes exigências:

• o oxigênio deve ser fornecido a partir da central, para tornar sua


utilização mais segura, por meio de redução da alta pressão dos
cilindros em local distante dos pacientes;
• a rede de distribuição deve abastecer, sempre que possível, a unidade
de internação, em um ponto acessivel a cada leito, sendo que este ponto
pode servir simultaneamente a dois leitos.

Vácuo clínico
A instalação do sistema de aspiração central deve obedecer ás seguintes
exigências:

• para a aspiração médico-cirúrgica, somente pode ser utilizado o sistema


de vácuo a seco, com coleta de produto aspirado em recipiente junto ao
ponto de utilização;

• a tubulação deve ser de cobre, com conexões soldadas de cobre, latão


ou bronze;

• tubulações, válvulas e pontos de utilização devem estar nitidamente


identificados pela cor cinza- claro e por marcação;

deve ser previsto um alarme por sinal luminoso e sonoro, que alerte a queda do
sistema de vácuo abaixo de 200mm de mercúrio.

Tratamento do lixo
Além do cuidado da autoridade sanitária e da prefeitura locais, o tratamento do
lixo possui duas exigências:

• previsão, em todo o hospital, de espaço e equipamento necessário á


coleta e eliminação higiênica do lixo de natureza séptica e asséptica;

• tratamento do lixo de natureza séptica sempre por incineração.


Sinalização
Na sinalização de enfermagem, devem ser observados os seguintes fatores:

• Nas unidades de internção, cada leito precisa ser provido de um botão


de chamada para uso do paciente. Nos quartos de isolamento, a
chamada pode ser acionada por cordão descartável.

• cada chamada deve acionar um sinal luminoso no corredor sobre a porta


do paciente, no posto, na sala de serviço. Nas unidades com diversos
corredores, deve haver um sinal luminoso adicional nas intersecções
dos corredores.

• em cada sanitário, deve ser previsto, sempre que possivel, um botão


para chamadas de urgência com sinal distinto da sinalização do leito.
• é necessário um botão de chamadas de emergência para uso da
Enfermagem, em cada sala de cirurgia, parto, emergência, recuperação,
cuidados intensivos (UTI), bem como berçario, pediatria e psiquíatria.

Telefone
Devem ser previstos telefones externo e interno, independentes ou interligados
por um centro de PABX ou PBX, para facilitar a comunicação de pessoal e
pacientes ou visitantes.

Outras
Sempre que possivel, é importante que sejam previstos os seguintes sistemas:
busca de pessoas para chamada de médicos e funcionários, registro de
presença do médico, interligando entrada e centro telefônico, e alarme de
incêndio.

Descrição das unidades

• Posto de enfermagem: destinado á chefia de enfermagem a ás


atividades administrativas da unidade, além de ser o lugar onde são
manuseados e guardados os prontuários dos pacientes.

• Sala de serviço: destinada ao preparo de medicação e do material usado


na assistência ao paciente.

• Sala de exames e curativos: usada para exames e curativos de


pacientes internados na unidade.

• Copa: destinada á distribuição de alimentos e ao preparo eventual de


dietas especiais.

• Refeitório: local onde é servido a alimentação dos pacientes que não


precisam permanecer no leito. Pode ser utilizada como sala de estar.

• Rouparia: onde se guarda a roupa limpa para uso do paciente.


• Depósito: utilizado para guardar equipamentos suplementar de uso da
unidade de internação como macas, biombos, suportes de soro, foco de
luz e cadeira de rodas.

• Unidade pediátrica: deve possuir no mínimo 30 leitos e deve ser dividida


em quatro partes: 50% da capacidade para crianças de até 2 anos, 30%
para infantes (2 a 5 anos), 10% para pré- escolares (5 a 7 anos) e 10
para escolares (7 a 12 anos). Em hospitais de pequeno porte, não se
justifica o serviço de enfermagem especializado em pediatria. Nos
demais hospitais, deve ser reservado de 15 a 20% de sua capacidade
para leitos pediatricos.

• Quartos de enfermaria: devem ser dotados de lavatórios. Para lactentes


e infantes, devem ser previstos de chuveiro e lavatório colocados em
altura que facilite a utilização, e banheira com balcão. Para cada grupo
de leito, deve ser previsto um chuveiro.

• Unidades de terapia intensiva: Localizada próximo ao centro cirúrgico,


serviço de emergência ou da sala de recuperação pós – operatória, não
deve se exceder 10 leitos e precisa ter acesso fácil e rápido.

• Unidades de serviço de emergência: sua localização deve permitir


acesso fácil ao público, entrada independente e ligação com o centro
cirúrgico e obstétrico e com a unidade de exames complementares ara
diagnóstico e tratamento .

• Unidade de centro cirúrgico: deve estar localizada de modo que afaste o


trânsito de pessoas e materiais estranhos, vestiário característicos
permitem a entrada de pessoas no centro cirúrgico, quando existe
sistemas centralizado de distribuição de oxigênio e oxido nitroso, deve
ser previsto também um depósito para reserva destes elementos nas
proximidades do centro cirúrgico.

• Sala de recuperação pós anestésica: é necessário na unidade de centro


cirúrgico, para atender, no mínimo, dois pacientes simultaneamente, em
condições técnicas satisfatórias. O número de salas, assim como sua
capacidade operativa, deve estar relacionada ao programa de trabalho
determinado para a unidade, cirurgias cardiovasculares e ortopédica, por
exemplo.

• Cirurgia obstétrica : quando estiver prevista esta sala, deve haver também
uma sala auxiliar para cuidados com o recém nascido.
Comportamento e Gerência
Liderança:

Ocorre quando um individuo comanda com sucesso seus colaboradores para a


realização de determinada meta. É a habilidade de exercer influência
interpessoal, persuadir e conquistar o grupo.

Lideres não são apenas as pessoas que ocupam as manchetes nos jornais ou
que mobilizaram realizações coletivas na História, mas também todos os
indivíduos que conduzem com sucesso grupos empenhados em realizar
tarefas.

Existem administradores formais e lideres informais. O presidente de uma


empresa é um administrador formal, porque possui poder formal sobre seus
funcionários, o cidadão comum que mobiliza seus vizinhos para uma ação no
bairro exerce liderança informal.

Gerente do serviço de Enfermagem


Enfermeiro supervisor
Enfermeiro Encarregado
Enfermeiro Assistencial
Técnico em Enfermagem
AUXILIAR DE ENFERMAGEM ESCRITURÁRIO DE ENFERMAGEM

Com bastante freqüência, encontram-se indivíduos em cargo de líderes


formais, com grande liderança informal sobre seus colaboradores. Em relação
aos liderados, consideram-se duas situações extremas: ou os colaboradores
querem acompanhar o líder na perseguição das metas ou são forçados a fazê-
lo.

Características e atributos do líder: caráter pessoal; vontade de aprender;


autoestima; desejo e coragem para liderar; atitude positiva; vínculos
emocionais; disposição para assumir riscos; é agente de mudanças; visionário;
motivador; orientador á equipe; e empenha-se para superar.

Existem diferentes tipos de liderança, isto é, diferentes modos de


gerenciamento do pessoal. Liderança e chefia se confundem no contexto diário
do trabalho, porém ambos os nomes são comumente adotados. O líder pode
ser paternalista, transformacional, autocrático, democrático e contingencial;
cada forma exerce determinada influência sobre o grupo.

• Líder paternalista: Protege o subordinado, independentemente do seu


grau de competência ou desempenho. Este tipo de liderança faz surgir
grupos de protegidos e grupos opostos rebeldes, que não fazem parte
da proteção. A gerência pode assumir camuflagem de ditadura, na qual
benefícios são dados aqueles que fazem o que lhes é solicitado.
• Líder transformacional: Inovador, possui visão e missão definidas.
Exerce com criatividade e eficiência o papel de motivador das
qualidades pessoais e profissionais dos integrantes de seu grupo de
trabalho, além de preocupar-se com o desenvolvimento constante
técnico e científico das pessoas. Este líder também mantém bom
relacionamento com a instituição e a equipe, sendo capaz de interagir
com equipes de outros setores do hospital com consideração e
tranqüilidade.

• Líder autocrático: explora e estimula a dependência dos liderados


mediante a satisfação de suas necessidades. Seu objetivo principal é a
manutenção do próprio poder ou de um grupo ao qual representa.
Possui poder centralizador, enfraquece as iniciativas individuais e
favorece o comportamento dependente e submisso do grupo. A
qualidade de trabalho realizado é inferior, porém com bons resultados
quantitativos. O próprio líder determina as tarefas aos seus
colaboradores.

• Líder democrático: desenvolve a determinação, a responsabilidade e a


criatividade dos membros do grupo. Tem como objetivos a
autodeterminação do grupo, o desenvolvimento das habilidades,
capacidades, qualidade e a interação dos membros. O problema deste
líder é a transferência de poder e da influência para outros membros do
grupo, o que é preocupante quando a competência técnica do chefe é
inferior á dos subordinados. Este líder deve possuir capacidade técnica
para assumir o compromisso de dirigir o grupo com a qualidade das
atividades e os direitos humanos assegurados sem desejar status e o
próprio poder na organização. O grupo liderado pelo líder democrático
recebe orientação e tem liberdade no trabalho.

• Líder contingencial: sua eficiência depende dos elementos envolvidos


na situação. As relações são valorizadas, o líder é estimado, tem grande
poder e dirige um trabalho bem definido, isto é, com tarefas definidas.

Liderança na Enfermagem
Para identificar como ocorre a liderança na enfermagem, é preciso
reconhecer o tipo de organização, isto é, o ambiente em que a liderança
acontece.

As instituições de saúde no Brasil seguem, em sua maioria, a estrutura


das escolas clássicas e cientificas da administração. A estrutura formal
dessas organizações é rígida,comumente são organizações particulares,
por isso Tem o objetivo de lucrar. Segue-se a hierarquia definida em
organogramas em forma de pirâmide: o elementos no ápice deliberam e
os da base executam; os indivíduos que ocupam o nível intermediário
exercem a função de supervisão, tendo como propostas o cumprimento
e o fazer cumprir as ordens superiores.

Quando o enfermeiro atende as necessidades do grupo de enfermagem,


assume um estilo de liderança democrático e participativo e, muitas
vezes, enfrenta problemas junto á administração. É comum, portanto os
enfermeiros adotarem o mesmo tipo de liderança da organização, a
autocrática, pois a proposta organizacional não coincide com seus
objetivos.

Motivação
Estado psicológico caracterizado por uma grande vontade de realizar tarefas
ou atingir metas. Na instituição, o administrador deve procurar compreender o
comportamento humano, isto é, entender os motivos que tornam as pessoas
dispostas a alcançarem as metas. Os motivos podem ser internos e externos.

Os motivos internos são inerentes ao próprio individuo e podem ser


fisiológicos e/ ou psicológicos, movidos por necessidades básicas ou
secundarias. A alimentação, abrigo e segurança são necessidades básicas ou
primárias.

As necessidades secundária são adquiridas ou desenvolvidas no meio social


em que as pessoas vivem, por exemplo, qualificação e realização profissionais
e autoconhecimento.

Os motivos externos são estímulos produzidos pelo ambiente, que satisfazem


necessidades, despertam interesse e / ou produzem efeito de recompensa,
como a implantação e organização de uma unidade nova no hospital, bom
salários, estabilidade garantida, boas relações interpessoais e condições de
trabalho. É importante questionar se as pessoas se consideram motivadas
naquilo que fazem; se fazem alguma atividade somente por obrigação; se
estão sendo, de algum modo, teleguiadas; se estão desempenhando papéis
passivos em seu dia a dia; se elas consideram –se mais objetos do que
sujeitos da sua própria história.

Segundo os teóricos da motivação, todo comportamento humano é motivado,


ou seja, ninguém exerce uma atividade por obrigação sem uma necessidade
ou valor que impulsione ou sem um objetivo que oriente á ação. Portanto,
necessidades, valores, comportamentos e objetivos são quatro conceitos
associados que compõem o sistema de motivação humana.
Sistema de comunicação em Enfermagem
A comunicação assume grande importância na área da enfermagem, porque
fornece aos elementos da equipe informações necessárias ao desenvolvimento
de suas ações e representa o elo com os demais profissionais.

No serviço de enfermagem, geralmente são utilizados diversos recursos para


estabelecer a comunicação entre equipe, paciente e instituição:

• Passagem de plantão: é um importante meio de comunicação,


pois, além do relato sobre o paciente para equipe, também informa,
orienta e evita que as ações do cuidar fiquem ameaçadas pelo
revezamento dos profissionais de enfermagem;
• Reuniões de trabalho da equipe de enfermagem: Com pauta
definida e agendamento prévio, são feitas para que os profissionais
participem e discutam a situação de enfermagem e definam o novo
planejamento assistencial, além da oportunidade de receberem
orientações objetivas e funcionais;
• Relatório mensal e anual;
• Prontuário médico.
• Livro de ocorrências.
• Quadro de avisos;
• Ordens de serviço e outros.

OBS: Realizar dinâmica com a sala, pauta passagem de plantão.

Trabalho em equipe
A equipe de enfermagem deve atuar de forma coesa e integrada, para
atingir satisfação pessoal e profissional, além de contribuir para
assistência qualificada ao paciente, á família e á comunidade.

Fatores que promovem o trabalho em equipe: cooperação,


comunicação, união e solidariedade, e respeito. Esse tipo de trabalho
facilita o desempenho das ações de enfermagem. Os problemas podem
ser compartilhados e resolvidos com maior efetividade, a duplicação de
tarefas podem ser evitada, as decisões são conquistadas de forma
coletiva e motivadora, as condições de trabalho são igualitárias, e ,
principalmente, as potencialidades e competências são reconhecidas
por cada elemento da equipe.
Dimensionamento de pessoal de Enfermagem
A previsão do quadro dos funcionários de enfermagem deve levar em
considerações a quantidade por categoria, o tipo de organização da instituição
de saúde e, principalmente, a qualidade da prestação do serviço, em virtude
das implicações legais e de responsabilidade na assistência de enfermagem
aos pacientes. A enfermagem compõe cerca de 60% do quadro total na
organização hospitalar.

Nos documentos Básicos de Enfermagem do Conselho Regional de


Enfermagem (COREN), consta a resolução do Conselho Federal de
Enfermagem ( COFEN) n. 189, que estabelece parâmetros para o
dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas instituições
de saúde. Essa resolução considera o caráter disciplinador e fiscalizador dos
conselhos de enfermagem; o aspecto quantitativo de profissionais de
enfermagem por leito, nas instituições de saúde.

Para o cálculo do referencial mínimo para o quadro de profissionais de


enfermagem, incluindo todos elementos que compõe a equipe nas 24 horas de
cada unidade de serviço, devem ser observados os seguintes fatores:

• Caracterização da clientela
• Classificação do paciente, segundo as necessidades de cuidados
(diretas ou indiretas), isto é, as horas de assistência de enfermagem, os
turnos e a proporção de funcionário/ leito.
• Considerar como horas de enfermagem, por leito, nas 24choras: 3 horas
de enfermagem, para paciente, nas assistência mínima ou auto cuidado.
• 4,9 horas de enfermagem, por paciente, na assistência intermediária.
• 8,5 horas de enfermagem, por paciente, na assistência semi- intensiva.
• 15,4 horas de enfermagem, por paciente, na assistência intensiva.

A distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem deve


observar a proporção estabelecida pelo sistema de classificação de
paciente. Esta classificação é de competência do enfermeiro:

_ Assistência mínima e intermediaria: 30% de enfermeiros (mínimo de seis)


e 70% de técnicos e auxiliares de enfermagem.

_Assistência semi- intensiva: 40% de enfermeiros e 60% de técnicos e


auxiliares.
_ Assistência intensiva: 55,6 de enfermeiros e 44,4% de técnicos de
enfermagem.

ESCALA
A distribuição de pessoal de enfermagem é uma atividade complexa, que
despende tempo e requer do seu responsável conhecimentos relativos às
necessidades da clientela, às características da equipe, à dinâmica da unidade
e às leis trabalhistas.

Esta função deve ser também exercida de forma racional para assegurar que a
assistência de enfermagem seja prestada da melhor maneira possível.

A escala de pessoal pode ser anotada em qualquer impresso ou formulário,


uma vez que não há modelo oficial, podendo a empresa escolher o modelo que
mais se adapte às suas necessidades.

TIPOS DE ESCALAS

ESCALA MENSAL

• Esta escala se refere à distribuição dos elementos da equipe de


enfermagem em uma unidade, durante todos os dias do mês, de acordo
com os turnos de trabalho (manhã, tarde e noite). A escala mensal é
também chamada de escala de pessoal e de escala de folgas, pois é
nela em que são registradas as folgas, férias e licenças dos elementos
da equipe. Para garantir um número satisfatório de funcionários durante
as 24 horas do dia, as folgas devem ser planejadas.

• Freqüentemente, a enfermeira supervisora ou chefe é a responsável


pela elaboração da escala mensal, podendo esta função ser delegada à
outra pessoa da equipe.

• Sempre a enfermeira-chefe, como responsável técnica, deverá


supervisionar a elaboração da escala, uma vez que a mesma assinará
todas as escalas de folga da instituição.
Elaboração:

• Colocar o nome completo de cada funcionário, o cargo que o mesmo


ocupa e seu respectivo número de registro no COREN;

• usar código para representar cada um dos turnos: M (Manhã), T


(Tarde), N (Noite), ou P (Plantão)e F (Folga);

• ressaltar na escala os domingos e feriados;

• o direito a folga aos domingos se dá a cada 15 dias;

• feriados não dados devem ser compensados;

• certificar-se do número de folgas correspondentes ao mês, registrando o


mesmo no rodapé da escala;

• anotar, na margem direita da escala, o número de folgas que o


funcionário esteja devendo em relação à escala anterior;

• evitar deixar folgas de um mês para o outro, pois o acúmulo de folgas


dificulta a elaboração das escalas;

• verificar o dia da última folga do mês anterior, para que não haja
período maior do que sete dias seguidos sem folga;

• cuidar para que o retorno do funcionário de férias ocorra em dia útil;

• consultar a escala anterior para verificar o último plantão noturno em


que o funcionário compareceu ao trabalho no mês;

• checar se há equilíbrio em número e qualificação profissional do


pessoal nos plantões;

• fazer com que a distribuição das folgas dos funcionários, em


domingos e feriados, seja eqüitativa.

INTERVALOS NAS JORNADAS JORNADA SEMANAL DE


TRABALHO
20h semanais = 80h mensais = 7 plantões de 12h ou 13 plantões de
6h ou 20 plantões de 4h
24h semanais = 96h mensais = 8 plantões de 12h ou 16 plantões de
6h ou 4 plantões de 24h
30h semanais = 120h mensais = 10 plantões de 12h ou 20 plantões de
6h
36h semanais = 144h mensais = 12 plantões de 12h ou 24 plantões
de 6h
40h semanais = 160h mensais = 13 plantões de 12h ou 26 plantões de
6h
44h semanais = 176h mensais = 15 plantões de 12h

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

Lembrar que os meses de abril, junho, setembro e novembro possuem


15 dias ímpares e 15 dias pares. Porém, janeiro, março, maio, julho,
agosto, outubro e dezembro possuem 16 dias ímpares. Fevereiro tem 28
dias, ou 29.

Procurar sempre dividir os plantões entre pares e ímpares, isto significa


lotar os funcionários para trabalhar nos dias pares ou impares.

Até 4h – sem intervalo


De 4h a 6h – intervalo de 15 minutos
Acima de 6h – intervalo de 1h ou 2h (a critério do empregador) para
alimentação ou repouso

ESCALA DIÁRIA

• Também conhecida como escala de atividades e escala de serviço, a


escala diária tem por objetivo dividir as funções de enfermagem
diariamente de maneira eqüitativa entre os funcionários, a fim de garantir
a assistência e evitar a sobrecarga de alguns elementos e ociosidade de
outros.

• A distribuição de tarefas pode ser feita baseada nos Métodos de


Prestação de Cuidados em uma unidade:

Método funcional

Distribuição do atendimento de acordo com as tarefas que devem ser


realizadas, para as várias categorias de pessoal de enfermagem e não
de acordo com os pacientes que receberão o cuidado.

Vantagens:
Forma econômica de oferecer o cuidado.
Atendimento com o mínimo de pessoal.
Eficiência e rapidez nas tarefas executadas.
Maior produtividade.

Desvantagens:
Diminuição da qualidade da assistência.
Fragmentação dos cuidados.
Compromisso com as tarefas, e não com o paciente.
O paciente não identifica o profissional responsável.
Baixa satisfação profissional.

Método integral

Originalmente, requer uma equipe composta totalmente de enfermeiros,


onde o principal enfermeiro assume responsabilidades por 24 horas
quanto ao planejamento dos cuidados de um ou mais pacientes, desde
sua admissão até sua alta. Os enfermeiros auxiliares seguem o plano de
cuidados estabelecido pelo enfermeiro principal quando este não está
em serviço. Normalmente, este método só é utilizado em unidades de
terapia intensiva.

Método de trabalho em equipe

Método no qual há um enfermeiro encarregado, que conhece as


necessidades dos pacientes, designa as funções à sua equipe de
auxiliares, a fim de prestar todo o atendimento durante um turno de
serviço. Os pacientes são designados a cada membro da equipe, de
acordo com sua especialização ou habilidades, e os membros da equipe
possuem toda autonomia possível, porém toda a responsabilidade e o
compromisso são repartidos coletivamente.

Vantagens:
Autonomia e reconhecimento do valor de cada funcionário.
Maior satisfação no trabalho.

Desvantagens:
Implementação inadequada.
Linhas imprecisas de responsabilidade.
Fragmentação do cuidado.
Tempo insuficiente para o planejamento e a comunicação entre os
membros da equipe.
ESCALA DE FÉRIAS

• Também chamada de escala anual, esta escala prevê que as férias


devam ser distribuídas de forma racional, para o bom transcorrer do
serviço e a satisfação do pessoal. Além de considerar as necessidades
dos funcionários e da unidade, a escala de férias deve considerar
também, os aspectos da legislação trabalhista.

• O artigo 130 da CLT, determina a seguinte tabela progressiva para as


férias:

30 dias corridos - até 5 faltas no ano


24 dias corridos - de 6 a 14 faltas no ano
18 dias corridos - de 15 a 23 faltas no ano
12 dias corridos - de 24 a 32 faltas no ano

CLÁUSULA 8ª - ADICIONAL NOTURNO:

Fica assegurado aos empregados lotados no período da noite, adicional


noturno equivalente a 35% (trinta e cinco por cento) da hora diurna, para o
trabalho realizado das 22:00 horas de um dia até às 7:00 horas do dia seguinte.

CLÁUSULA 9ª - PAGAMENTO DE SALÁRIOS:

As empresas que não efetuarem o pagamento dos salários e vales em moeda


corrente, deverão proporcionar aos empregados tempo hábil para o
recebimento no banco ou posto bancário, dentro da jornada de trabalho,
quando coincidente com o horário bancário, excluindo-se os horários de
refeição.
BIBLIOGRAFIA:

CARVAHLO, L. F. serviço de arquivo médico e estatística de um hospital.2.


Ed.SÃO PAULO:L T r, 1977.

KURAGENT,P. Administração em enfermagem. São Paulo:EPU, 2001.

LIMA, I, L. et al. Manual do técnico e auxiliar de enfermagem.6 . Ed. Goiânia:


AB, 2000.

MARY, L. C.; MARITA, L. C. Manual de gerenciamento de enfermagem. São


Paulo: Rufo,1998.

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