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Superior Tribunal de Justiça

AgInt no RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 52.539 - MS


(2016/0307536-9)

RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES


AGRAVANTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) -
MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
AGRAVADO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) -
MS008054
INTERES. : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
INTERES. : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
INTERES. : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA
EMENTA

ADMINISTRATIVO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO Nº 3/STJ.


SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CURSO DE FORMAÇÃO. BOMBEIRO
MILITAR. REQUISITO. 3 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO. OFENSA AOS
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE, PROPORCIONALIDADE E
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO
LÍQUIDO E CERTO.
1. A exigência de que militares completem três anos de efetivo exercício para a
promoção à Graduação de Cabo Bombeiro Militar do Estado do Mato Grosso do
Sul não ofende aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade ou dignidade
da pessoa humana, tanto é assim que, para a Graduação correspondente na Polícia
Militar daquele Estado, a Lei Complementar nº 05/1990 é expressa nesse sentido.
2. "O direito líquido e certo, para fins de mandado de segurança, é o que se
apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser
exercitado no momento da impetração" (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de
Segurança. 28ª ed. São Paulo: Malheiros, 2005, págs. 36/37).
3. Agravo interno não provido.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são partes as acima indicadas,
acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas, o seguinte resultado de julgamento:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do
voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
A Sra. Ministra Assusete Magalhães (Presidente), os Srs. Ministros Francisco
Falcão e Og Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Herman Benjamin.

Brasília (DF), 07 de novembro de 2017.

MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES , Relator

Documento: 1610000 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 17/11/2017 Página 1 de 11
Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA

AgInt no
Número Registro: 2016/0307536-9 PROCESSO ELETRÔNICO RMS 52.539 / MS

Números Origem: 14142087220158120000 1414208722015812000050001


PAUTA: 06/06/2017 JULGADO: 06/06/2017

Relator
Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. ANTÔNIO CARLOS SIMÕES MARTINS SOARES
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
RECORRENTE : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
RECORRENTE : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA
RECORRENTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) - MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
RECORRIDO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) - MS008054
ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Militar -
Regime - Ingresso e Concurso

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
AGRAVANTE : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
AGRAVANTE : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA
AGRAVANTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) - MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
AGRAVADO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) - MS008054

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto
do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
A Sra. Ministra Assusete Magalhães (Presidente), os Srs. Ministros Francisco Falcão,
Herman Benjamin e Og Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator.

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AgInt no RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 52.539 - MS
(2016/0307536-9)

QUESTÃO DE ORDEM

O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES:

Trata-se de agravo interno interposto contra decisão monocrática, de minha relatoria,


que negou provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança.

Conforme e-STJ fls. 403/404, há petição juntada aos autos na manhã do dia 6 de
junho de 2017, requerendo a desistência do recurso.

O processo, que estava incluído na pauta desse mesmo dia 6 de junho de 2017, foi
julgado no bloco, sem que a petição tivesse sido analisada.

Dessa forma, proponho a presente questão de ordem para anular o julgado proferido
naquela ocasião, para que a petição de desistência seja analisada e, eventualmente, seja o
processo novamente incluído em pauta a ser futuramente realizada.

É como voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA

AgInt no
Número Registro: 2016/0307536-9 PROCESSO ELETRÔNICO RMS 52.539 / MS

Números Origem: 14142087220158120000 1414208722015812000050001


PAUTA: 06/06/2017 JULGADO: 08/06/2017

Relator
Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. JOSÉ ELAERES MARQUES TEIXEIRA
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
RECORRENTE : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
RECORRENTE : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA
RECORRENTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) - MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
RECORRIDO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) - MS008054
ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Militar -
Regime - Ingresso e Concurso

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
AGRAVANTE : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
AGRAVANTE : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA
AGRAVANTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) - MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
AGRAVADO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) - MS008054

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, em questão de ordem suscitada pelo Sr. Ministro-Relator,
decidiu anular o julgamento proferido na sessão do dia 6/6/2017 para que a petição de desistência
de fls. 403/404 seja analisada."
A Sra. Ministra Assusete Magalhães (Presidente), os Srs. Ministros Francisco Falcão e Og
Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator.
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Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Herman Benjamin.

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RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES


AGRAVANTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) -
MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
AGRAVADO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) -
MS008054
INTERES. : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
INTERES. : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
INTERES. : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator):

Tratava-se de agravo interno interposto por LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS


FARIAS contra decisão monocrática, de minha relatoria, assim ementada:
ADMINISTRATIVO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO Nº 3/STJ. SERVIDOR
PÚBLICO ESTADUAL. CURSO DE FORMAÇÃO. BOMBEIRO MILITAR.
REQUISITO. 3 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO. OFENSA AOS PRINCÍPIOS
DA RAZOABILIDADE, PROPORCIONALIDADE E DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. RECURSO
ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA NÃO PROVIDO.

No recurso, reiterou-se que


as regras editalícias sobre o momento de exigência da habilitação do candidato
para fins de progressão funcional não possuem respaldo legal [...] a exigência feita
pelo edital de abertura acerca da necessidade do cumprimento dos 3 (três) anos de
exercício efetivo para a inscrição no Processo Seletivo não encontra amparo na
legislação estadual, dado o silêncio da norma sobre o momento da comprovação
dos requisitos legais.

Pugnou-se, por fim, a reconsideração da decisão, em juízo de retratação, ou a


remessa do presente recurso ao órgão colegiado.

Após o julgamento do agravo interno de DIEGO TANIGUCHI FALCÃO e


OUTROS, no qual a Segunda Turma – por unanimidade, negou provimento ao recurso, em
questão de ordem, a Turma anulou o referido julgado para análise do pedido de desistência
dos impetrantes/recorrentes DIEGO TANIGUCHI FALCÃO, ERIVELTON CESAR DA
SILVA SANTOS E PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA, o qual foi

Documento: 1610000 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 17/11/2017 Página 6 de 11
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homologado.

Restou o julgamento do agravo interno do impetrante/recorrente subsistente LUCAS


MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS.

É o relatório.

Documento: 1610000 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 17/11/2017 Página 7 de 11
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AgInt no RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 52.539 - MS
(2016/0307536-9)

EMENTA

ADMINISTRATIVO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO Nº 3/STJ.


SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CURSO DE FORMAÇÃO. BOMBEIRO
MILITAR. REQUISITO. 3 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO. OFENSA AOS
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE, PROPORCIONALIDADE E
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO
LÍQUIDO E CERTO.
1. A exigência de que militares completem três anos de efetivo exercício para a
promoção à Graduação de Cabo Bombeiro Militar do Estado do Mato Grosso do
Sul não ofende aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade ou dignidade
da pessoa humana, tanto é assim que, para a Graduação correspondente na Polícia
Militar daquele Estado, a Lei Complementar nº 05/1990 é expressa nesse sentido.
2. "O direito líquido e certo, para fins de mandado de segurança, é o que se
apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser
exercitado no momento da impetração" (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de
Segurança. 28ª ed. São Paulo: Malheiros, 2005, págs. 36/37).
3. Agravo interno não provido.

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator):

Inicialmente é necessário consignar que o presente recurso atrai a incidência do


Enunciado Administrativo nº 3/STJ: "aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos
de admissibilidade recursal na forma do novo CPC".

O presente agravo não merece lograr êxito.

Dessume-se das razões recursais que a parte agravante não trouxe elementos
suficientes para infirmar a decisão agravada, que, de fato, deu a solução que melhor espelha a
orientação jurisprudencial do STJ sobre a matéria.

Consoante jungido à decisão agravada, a exigência de que militares completem três


anos de efetivo exercício para a promoção à Graduação de Cabo Bombeiro Militar do Estado
do Mato Grosso do Sul não ofende aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade ou
dignidade da pessoa humana, tanto é assim que, para a Graduação correspondente na Polícia
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Militar daquele Estado, a Lei Complementar nº 05/1990 é expressa nesse sentido.

Daí a denegação da ordem no Tribunal a quo, oportunidade em que foi impresso aos
autos a compreensão de que
a Lei Complementar 053/1990 dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares de
Mato Grosso do Sul, e dá outras providências. E de acordo com o art. 42, da CF
"os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares são militares
estaduais". Portanto, perfeitamente aplicáveis ao caso, as diretrizes traçadas na Lei
Complementar 053/1990.

Também para o Parquet ,


a Constituição do Estado determina a aplicação ao Corpo de Bombeiros o disposto
nos artigos 48 e 49 daquela Lei, que inclui a seleção, o preparo, o
aperfeiçoamento, o treinamento e a especialização dos integrantes dos serviço
militar do Estado.
Art. 46 - A Polícia Militar, instituição permanente e regular, força auxiliar e
reserva do Exército, é dirigida por um comandante-geral, cargo privativo de oficial
superior, de livre escolha, nomeação e exoneração do Governador do Estado.
Art. 47 - À Polícia Militar incumbem, além de outras atribuições que a lei
estabelecer:
I - policiamento ostensivo e preventivo de segurança;
II - policiamento preventivo e ostensivo para a defesa do meio ambiente;
III - policiamento do trânsito urbano e do rodoviário estadual, por delegação do
Departamento Estadual de Trânsito;
IV - a guarda externa dos presídios;
V - as atividades de polícia judiciária militar.
Art. 48 - A seleção, o preparo, o aperfeiçoamento, o treinamento e a especialização
dos integrantes da Polícia Militar são de competência da corporação.
Art. 49 - A organização, o efetivo, o equipamento, as garantias, a convocação e a
mobilização da Polícia Militar serão regulados por lei complementar. Seção IV Do
Corpo de Bombeiros Militar Art. 50 - Ao Corpo de Bombeiros Militar, instituição
permanente, regular e autônoma, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil, de prevenção
e de combate a incêndios, de busca, de salvamento e de socorro público.
Art. 51 - O Corpo de Bombeiros Militar é dirigido por um comandante-geral, cargo
privativo de oficial superior, de livre escolha, nomeação e exoneração do
Governador do Estado.
Parágrafo único. Aplica-se ao Corpo de Bombeiros Militar o disposto nos artigos
48 e 49.”

Dessarte, não observo haver direito manifesto, delimitado e apto a ser exercido. São
os termos da jurisprudência:
ADMINISTRATIVO. PRÓ-DF. CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO.
PRÉ-INDICAÇÃO DA ÁREA. CONCESSÃO ONEROSA. DIREITO LÍQUIDO
E CERTO. AUSÊNCIA.
1. (...).
2. Conforme ensina Hely Lopes Meirelles (Mandado de Segurança, 35ª ed., São
Paulo: Malheiros, 2013, p. 37), "direito líquido e certo é o que se apresenta

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manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no
momento da impetração. Por outras palavras, o direito invocado, para ser
amparável por mandado de segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer
em si todos os requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante: se sua
existência for duvidosa, se sua extensão ainda não estiver delimitada, se seu
exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à
segurança, embora possa ser defendido por outros meios judiciais".
3. (...).
4. (...).
5. (...).
6. Agravo Regimental não provido.
(AgRg nos EDcl no RMS 40.803/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe 10/09/2015).

ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO NO


MANDADO DE SEGURANÇA. POLICIAL MILITAR. PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. [...].
1. O rito do Mandado de Segurança demanda a comprovação initio litis do fatos
em que se funda o direito líquido e certo invocado pelo impetrante.
2. Ausência nos autos comprovação pré-constituída da violação a direito líquido e
certo a ser amparo por writ.
3. "O direito líquido e certo, para fins de mandado de segurança, é o que se
apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser
exercitado no momento da impetração" (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de
Segurança. 28ª ed. São Paulo: Malheiros, 2005, págs. 36/37).
4. (...).
5. Agravo regimental não provido.
(AgRg no RMS 30.427/PE, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, QUINTA TURMA,
julgado em 24/09/2013, DJe 30/09/2013).

Nenhuma censura, portanto, merece o decisório ora recorrido, que deve ser mantido
pelos seus próprios e jurídicos fundamentos.

Com essas considerações, nego provimento ao agravo interno.

É como voto.

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Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA

AgInt no
Número Registro: 2016/0307536-9 RMS 52.539 / MS

Números Origem: 14142087220158120000 1414208722015812000050001


PAUTA: 07/11/2017 JULGADO: 07/11/2017

Relator
Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. NÍVIO DE FREITAS SILVA FILHO
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
RECORRENTE : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
RECORRENTE : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA
RECORRENTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) - MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
RECORRIDO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) - MS008054
ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Militar -
Regime - Ingresso e Concurso

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : LUCAS MURILLO SOUZA SANTOS FARIAS
ADVOGADOS : RACHEL DE PAULA MAGRINI SANCHES E OUTRO(S) - MS008673
ANDERSON YUKIO YAMADA - MS016783
AGRAVADO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : RENATO WOOLLEY DE CARVALHO MARTINS E OUTRO(S) - MS008054
INTERES. : DIEGO TANIGUCHI FALCÃO
INTERES. : ERIVELTON CESAR DA SILVA SANTOS
INTERES. : PETTHERSON YUKIO CHAVES YAMAKAWA

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto
do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
A Sra. Ministra Assusete Magalhães (Presidente), os Srs. Ministros Francisco Falcão e
Og Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Herman Benjamin.
Documento: 1610000 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 17/11/2017 Página 1 1 de 11

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