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PREGAÇÃO 17/02/2019 – Eclesiastes 9

 Tema: A última Chance


 Texto: Eclesiastes 9

1. INTRODUÇÃO
a) A escolha do texto - Como escolhi;
b) Esboço e Panorama do Livro
 Significado de Eclesiastes – Kohelet (hebraico); ekklesia (grego)= Pregador
que se reúne com assembleia e faz discurso;
 Biografia de Salomão – Primeiros Capítulos de 1° Reis 1 a 11 e 2ª Crônicas;
 Esboço de Eclesiastes:
1. 12 capítulos;
2. Tema: “Vale a pena Viver”;
3. Divisão do Livro:
 1-2 – O problema declarado:
 1-A monotonia da Vida – 1:4-11;
 2-A vaidade da sabedoria -1:12-18 ;
 3Futilidade da riqueza 2:1-11;
 4 – A certeza da morte – 2:12-23;
 3-10 – O problema discutido;
 11-12 – O problema resolvido
 1- Vila pela fé 11:1-6;
 Goze a vida agora 11:7 a 12:8;0
 Prepara-se para o julgamento 12:9-14
 Conclusões das seções repete-se 6 vezes em: 1) 2:24-26; 2)
3:12-15,22; 3) 5:18-20; 4) 8:15; 5) 9:7-10; 6) 11:9-10;
2. Exposição
 Ilustração – Tragédias: Brumadinho; Ct Flamengo e Boechat;
 Pergunta: Se estes que morreram tivessem mais 1 chance de sobreviverem,
o que você os aconselharia? O que Salomão aconselharia? Será que você
diria: “-Não saia da sua casa Boechat!”; Ou diria para as pessoas de
Brumadinho e do CT do Flamengo: “-Saiam de casa o mais rápido possível”?
 Pontos do Sermão
1. Tema a Deus – v.1: “Todos estão nas mãos de Deus...”; o futuro
pertence a Deus; v.7: “Deus...se agrada tuas obras...”; Deus te
conhece; Deus te deu a vida e todas as coisas materiais e pode tirar
de você (Lc 12:5); Deus quer que todos sejam salvos 1 Tm 2:4; Ele quer
que você passe pelo juízo (Hb 9:27; Ec 12:13) mas de maneira que
esteja “aprovado” (Ap 12:5-7 – “Eis que faço nova....O vencedor...)”;
A morte chegará para você assim como chegou para aquelas pessoas
que sofreram os acidentes de brumadinho, ct do flamengo e boechat;
Você crê que Deus está vendo as suas ações e te trará juízo ? Você crê
que Jesus é o único que pode te livrar deste juízo da condenação? Não
tema a morte! Apesar dela ser “seu último inimigo”(1 Co 15:26) ela é
inevitável (Hb 9:27); Só Deus pode alterar este destino. Mas nós em
Cristo cremos que o último inimigo (a morte) já foi vencido Rm 6:23
(salário do pecado é a morte mas o dom gratuito de Deus é a salvação
em Cristo Jesus); Jo 11:25-26 (“Eu sou a ressurreição… Quem crê em
mim ainda que morra viverá...”); 1 Ts 4:13-18; 1 CO 15:51-58; Tema a
Deus Ec 12:13-14; Obedeça 1 Sm 15:22;

2. Desfrute as dádivas de Deus – 9:7-10


 Esta conclusão repete-se 6 vezes em: 1) 2:24-26; 2) 3:12-15,22; 3)
5:18-20; 4) 8:15; 5) 9:7-10; 6) 11:9-10;
2.1 Seja mordomo de Deus – Sl 24:1: “Ao Senhor pertence o mundo…”. Sl
89:11: “Teus são os céus…”; Mt 25:14-30: Dons e talentos; Lc 19:12-
17 (Minas; Oportunidade igual para todos);
2.2 Comece a agir – v.7…”vai pois…”; Levante-se e viva; Não fique se
lamentando; comece agora a agir e desfrute as dádivas de Deus;
2.3 Goze bem da vida enquanto é tempo – 9: v.7-10; 1 Sm 10:7(Agora
enquanto é dia); 1 Sm 25:8 (como a ocasião te pedir);Jz 9:33; Jo 9:4;
Gl 6:10; 4 situações:
2.3.1 Desfrute suas refeições – v.7 – não tome café correndo,
mas com calma; se você tem alimento e provisão necessária,
aproveite com empenho e egratidão; Deus deu alimento e mesmo
se não for o alimento que você mais goste é o que você tem, então
Deus seja louvado por isso. Almoce em família; Desligue a tv; Pv
17:1 :”mais vale o bocado seco do que a carne com cheia de
contenda...”; Pv 15:17: “Legumes com amor é melhor do que a
carne com ódio...”; 1 Rs 4:22-23;
o Ilustração: A última Crônica – Fernando Sabino

2.3.2 Desfrute as ocasiões especiais e comemorações em


família (v.8) – Mesmo com pobreza as famílias israelitas
desfrutavam ocasiões especiais; Roupas Brancas = Alegria; Todos
aproveitavam; Fp 4:4 “Alegrai-vos sempre no Sr”; Dê o melhor;
Pode ser sua última chance;
2.3.3 Desfrute o casamento v.9 – Esposa era dádiva de Deus Pv
18:22; 19:14; Compromisso amoroso para toda a vida; Salomão
pecou casando com mulheres estrangeiras 1 Rs 11:1-8; No final da
vida refletiu e se arrependeu; Se Deus tem te dado uma esposa
ou um esposo ame-os, se alegrem-se ambos;
2.3.4 Desfrute o trabalho v.10
 Trabalho para Israel não era maldição mas benção de Deus; Rabinos
aprendiam 1 ofício; Paulo fazia tendas; Rabinos diziam: “Aquele que
não ensina o ilho a trabalhar o ensina a roubar”; Faze-o conforme as
tuas forças”;
 1- Dê o seu melhor; 2- enquanto tem forças; Pode chegar o dia que
não terá mais forças; Cl 3:17 - ; “…quando fizerdes por
palavras/obras…em nome Sr…”;
 As coisas desta vida não estarão presentes no além (Sheol);, então
aproveitemos ao máximo as oportunidades;
 Se temermos a Deus e andarmos pela fé nós não fugimos da vida e
problemas e Sim desfrutamos com alegria as dádivas do Senhor;
 Se antecipe no que está adiante de você, faça com diligência;
 Diligência= interesse ou cuidado aplicado na execução de uma tarefa;
zelo.
 Se aparecer um trabalho enquanto você está desempregado, faça com
empenho, pois é seu, Deus te providenciou;
 Se Deus tem te dado amigos, relacionamentos, ame-os com
dedicação;
 Faça com diligência o que Deus colocou na sua mão;
 Observação: Só não faça o que está fora do seu alcance;
 O pregador não te chamou para “se tiver oportunidade” ou “ficar
esperando de braços cruzados”;
 Exemplo: Sonha em Ser gerente? Mas dedique-se ao trabalho que
tem atualmente; ninguém serve a Deus por fazer coisas amanhã;
 Faça enquanto é dia;
 Doenças: Não nascemos para ser:
o Ociosos;
o preguiçosos e;
o procrastinadores;
 Ec 9:10 é o remédio
 Romanos 12:11- Desperte do sono; Chegou a hora; Sede fervorosos;
 Cl 3:23: “Tudo que fizerdes, fazei de coração...”. Por quê? Porque na
sepultura não dá mais tempo…
 Sheol
 No Antigo Testamento há 65 a 66 vezes esta palavra.
 Lc 16:19-31 (Rico e o Lázaro); At 2:25-31 (“…porque tu não me
abandonarás no sepulcro…”); AT 1:9 (“Tendo dito isso, foi elevado
às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista
deles”);
 2 Co 5:8 – “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do
corpo e habitar com o Senhor”;
 At 7:55 – “Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos
para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus de pé, à direita de Deus”;
 Lc 23:43: “Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você estará
comigo no paraíso".

3.Agrade a Deus (v.7c)


 “…pois Deus já de antemão se agrada das tuas obras…”;
 Ec: 2:24-26: “…ao que lhe agrada…”;
 Ec 5:20: “Deus lhe enche o coração de alegria”;
 Deus de antemão se agrada;
 Sl 147:10-11; Agrade ao Sr e aos que o temem;
 Sl 51:17 – “Sacrifícios agradáveis ao Senhor são o espírito
quebrantado e o coração contrito”);
 Cheiro Suave
o Ex 29:18 – “Depois queime o cordeiro inteiro sobre o altar; é
holocausto dedicado ao Senhor; é oferta de aroma agradável
dedicada ao Senhor, preparada no fogo”;
o Esdras 6:10 “para que ofereçam sacrifícios agradáveis ao Deus
dos céus e orem pelo bem-estar do rei e dos seus filhos”;
o Efésios 5:2 “e vivam em amor, como também Cristo nos amou e
se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável
a Deus”;
o 2 co 2:15: “porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os
que estão sendo salvos e os que estão perecendo”;
 Obediência
o 1 Sm 15:22: “Samuel, porém, respondeu: "Acaso tem o Senhor
tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se
obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o
sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de
carneiros”;
PESQUISAS PARA PREGAÇÃO – Texto Eclesiastes 9 – Biblia

As mesmas coisas sucedem aos justos e injustos. Gozemos os bens que Deus nos dá
 1Deveras revolvi todas essas coisas no meu coração, para claramente entender
tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras estão nas mãos de Deus, e
também que o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante a
sua face.
 2Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e
ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim
ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
 3Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede
o mesmo; que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade;
que há desvarios no seu coração, na sua vida, e que depois se vão aos mortos.
4Ora, para o que acompanha com todos os vivos há esperança (porque melhor é o
cão vivo do que o leão morto).
 5Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou
entregue ao esquecimento.
 6Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma
neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
 7Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com bom coração o teu vinho, pois
já Deus se agrada das tuas obras.
 8Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.
9Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vaidade; os
quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua
porção nesta vida e do teu trabalho que tu fizeste debaixo do sol.
 10Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque
na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem
sabedoria alguma.
 A sabedoria é muitas vezes mais útil aos outros do que àquele que a possui
 11Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos
valentes, a peleja, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a
riqueza, nem dos inteligentes o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a
todos.
 12Que também o homem não conhece o seu tempo; como os peixes que se pescam
com a rede maligna e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se
enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre
eles.
 13Também vi sabedoria debaixo do sol, que foi para mim grande.
 14Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um
grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras.
 15E vivia nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e
ninguém se lembrava daquele pobre homem.
 16Então, disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do
pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas.
 17As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor
do que domina sobre os tolos.
 18Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói
muitos bens.
Eclesiastes 9:10 – Versões Diferentes – Comentários

BIBLIA CHARLES RYRIE Ec 9:10


 Embora boa parte da vida seja fútil, i indivíduo deve aproveitar as oportunidades
da melhor maneira possível para servir a Deus. Uma vez que descer à sepultura
não terá mais chance (9:4). Todo homem tem uma obra específica que só pode
ser realizada nesta vida;
o Ec 9:4 “Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais
vale um cão vivo do que um leão morto”;

BIBLIA SHEDD Ec 9:10

 “A dedicação ao dever traz pesar (preocupações)”


WARREN WENDEL WIERSBE – POÉTICOS - ECLEASIASTES
ESBOÇO
Tema chave: Vale a pena viver?
Versículos Chave: 1:1-3; 12:13,14
I – O PROBLEMA É DECLARADO – 1-2
Não vale a pena viver! Considere:
1 - A monotonia da Vida – 1:4-11;
2 - A vaidade da sabedoria -1:12-18 ;
3 - Futilidade da riqueza 2:1-11;
4 – A certeza da morte – 2:12-23;
II - O PROBLEMA É DISCUTIDO - 3-10
Cada argumento acima é considerado:
1. A monotonia da Vida – 3:1 a 5:9
1.1 Olhe para o alto – 3:1-8
1.2 Olhe para dentro – 3:9-14
1.3 Olhe para frente – 3:15-22
1.4 Olhe ao redor – 4:1-5:9
Goze a vida- 3:12-15,22
2. A futilidade da riqueza – 5:10 a 6:12
2.1 Usar a riqueza – 5:10-17
2.2 Desfrutar a riqueza – 5:18-6:12
2.3 Olhe para frente – 3:15-22
Goze a vida- 5:18-20
3. A vaidade da sabedoria – 7:1 a 8:17
3.1 Tornamos a vida melhor 7:1-10
3.2 Vemos a vida com mais clareza – 7:11-18
3.3 Encaramos a vida com mais força – 7:19-8:17
Goze a vida- 8:15
4. A certeza da morte – 9:1 a 10:20
4.1 A morte é inevitável 9:1-10
4.2 A vida é imprevisível – 9:11-18
4.3 Cuidado com a insensatez – 10:1-20
Goze a vida- 9:7-10

III – O PROBLEMA É RESOLVIDO – 11-12


1. Viva pela fé – 11:1-6
2. Goze a vida agora – 11:7-12:8
3. Prepare-se para o julgamento – 12:9-14
Goze a vida- 11:9,10
CONTEÚDO
1- Vale a pena viver? 1-13
2- Os ciclos da vida 1:4-18
3- Desgostoso com a vida? 2:1-26
4- Tempo e trabalho 3:1-22
5- A vida não é justa 4:1-16
6- Pega ladrão! 5:1-20
7- A vida é uma rua sem saída? 6:1-12
8- Como melhorar de vida 7:1-29
9- E quanto aos perversos? 8:1-17
10- O encontro com o último inimigo 9:1-18
11- Um pouco de estultícia, muito perigo 10:1-20
12- A essência da vida 11:1-12:14

A O Encontro com o último Inimigo Ec 9:1-18


Por que as pessoas desperdiçam o fôlego inventando nomes delicados para a morte?
 Inventamos nomes delicados para a morte, pois não desejamos encarar sua
realidade;
 “De todas as coisas que motivam o homem, uma das mais importantes é o pavor
da morte”;
 Nâo devemos tratar a morte de maneira leviana (imprudentemente);
 Não é a primeira vez que o tema da morte aparece no discurso de Salomão, nem
será a última (1:4; 2:14-17; 3:18-20; 4:8; 5:15,16; 6:6; 8:8; 12:1-7);
 A única maneira de estar preparados para viver é estar preparados para morrer;
 A morte é um fato da vida e Salomão examina diversas facetas da vida, a fim de
compreender os parâmetros de Deus para uma vida de satisfação;
 Salomão chega a 2 conclusões:
o 1- a morte é inevitável (vv.1-10);
o 2- a vida é imprevisível (vv11-18);
 Assim sendo a melhor coisa a fazer é confiar em Deus, viver pela fé e desfrutar
todas as benção que Deus nos dá;
1-A morte é inevitável Ec 9:1-10
A morte não é um acidente mas sim um encontro marcado (Hb 9:27), um destino que
ninguém além de Deus pode cancelar ou mudar;

 A) A vida e a morte estão “nas mãos de Deus” (v.1);


o Somente Deus conhece nosso futuro, se este futuro trará “ódio” ou
“benção”.
o Só Deus sabe se o que acontecerá no dia de amanhã em decorrência das
decisões que tomamos hoje;
 B) O mesmo sucede ao justo e ao perverso (v.2)
Por quê se preocupar em ter uma vida piedosa se todos morreremos do mesmo
jeito?
o Pois apesar de termo um destino em comum aqui na terra ( a morte e a
sepultura), não teremos o mesmo destino na eternidade. Por esse motivo
todos devemos encarar com honestidade o “último inimigo” (1 Co 15:26:
“O último inimigo a ser destruído é a morte”) e decidir como lidar com
ele;
o Os cristãos crêem que Jesus Cristo os salvou do pecado e da morte e o
“último inimigo” já foi derrotado (Rm 6:23; Jo 11:25,26; 1 Ts 4:13-18; 1
Co 15:51-58). Os incrédulos não tem essa certeza e não estão preparados
para morrer;
o A forma das pessoas lidares com a realidade da morte revela-se na
maneira como lidam com as realidades da vida;
o Salomão apresenta 3 reações possíveis das pessoas diante do medo
constante da morte:
 Fuga (v.3)

 Persistência (vv. 4-6);
 Gozo (vv.7-10)
 Esse é um dos temas recorrentes de Salomão (2:24; 3:12-
15, 22; 5:18-20; 8:15), sobre o qual ainda voltará a falar
11:9,10;
 “Vai pois”...=Nâo fique sentado se lamentando, mas
levante-se e viva. É verdade que a morte está a caminho,
mas Deus nos dá boas dádivas para o nosso prazer então
devemos “desfrutá-las”;
 Salomão não nos fala para buscarmos experiências
“exóticas” em lugares distantes. Mas apresenta
experiências comuns da vida no lar:
o Refeições prazerosas e tranquilas(v.7)
o Comemorações alegres em família (v.8);
o Casamento fiel e amoroso (v.9);
o Trabalho árduo (v.10)
 Obs: Estas coisas contrastam com a realidade moderna
que diz para “fast-food”, “agendas lotadas”, “buscar
desesperadamente últimas novidades”, “viver juntos em
vez de casar” e “criar atalhos para trabalhar menos e
enriquecer rapidamente”;
 Como o filho pródigo (Lc 15:11-24) descobrimos que as
coisas importantes não estão nas futilidades, nas roupas
de grife, amigos importantes e lugares badalados mas na
“casa do pai”, os valores tradicionais;
 Desfrute suas refeições (v7) – Famílias israelitas
começavam com:
o Lanche pela manhã
o Refeição leve entre 10h00 e 12h00 (brunch);
o Depois do “por do sol”;
o Após termino do trabalho, havia a refeição mais
importante do dia:
 Pão e vinho, legumes, frutas da estação e
peixe;
 O jantar era uma refeição simples feita para
alimentar o corpo e espírito;
 “Repartir o pão” era ato comunitário de
amizade e de compromisso;
o Rei Salomão tinha um banquete todos os dias 1 Rs
4:22,23, mas não há evidência de que sempre
tivesse refeições suntuosas;
 Melhor é o prato de hortaliças onde há
amor do que o boi cevado e com ele o ódio
(Pv 15:17);
 Melhor é um bocado seco e tranquilidade
do que a casa farta de carnes e contendas
(Pv 17:1);
o A coisa mais importante do cardápio é o “amor da
família”, pois o amor transforma uma refeição
comum num banquete;
 Desfrute casa ocasião (v8) – Apesar da vida ser difícil nos
lares, toda família desfrutava de ocasiões especiais como
casamentos e encontros;
o Nesses dias usavam “roupas brancas” (símbolo de
alegria) e se ungiam com “perfumes caros”, em
vez do costumeiro azeite de oliva. Essas ocasiões
eram raras e todos as aproveitavam o máximo.
o Todos interpretavam os conselhos de Salomão
como: “Façam de todas ocasião uma ocasião
especial, mesmo que seja lago rotineiro”;
o Nâo devemos expressas nossa gratidão e alegria
apenas quando estamos comemorando
acontecimentos especiais.
 “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez
digo: Alegrai-vos (Fp 4:4);
 Desfrute o casamento (v.9) – Para Salomão não existia o
conceito de “morar junto” e “casamento experimental”.
Esposa para ele era uma dádiva de Deus (Pv 18:22; 19:14);
o Para Salomão casamento era um compromisso
amoroso para toda a vida;
o Por mais difícil que seja a vida há sempre grande
alegria no lar do homem e da mulher que se amam
e que são fiéis a seus votos matrimoniais;
o M. Scott Peck diz que compromisso é: “o alicerce,
a base para qualquer relação amorosa autêntica”;
o Infelizmente Salomão não viveu de acordo com os
próprios ideais pois deixou de lado os padrões d
eDeus para o casamento e permitiu que suas
muitas esposas o seduzissem para longe do Senhor
(1 Rs 11:1-8);
 Se Salomão escreveu Eclesiastes no fim de
sua vida pode ser que o versículo 9 seja a
seguinte confissão :”Agora entendo”;

 Desfrute o trabalho (v.10) – O povo de Israel não


considerava o trabalho como uma espécie de maldição,
mas sim uma incumbência recebida de Deus;
 Os rabinos aprendiam um ofício (Paulo fazia tendas) e
lembravam: “Aquele que não ensina o filho a trabalha, o
ensina a roubar”. Nas palavras de Paulo: “se alguém não
quer trabalhar, também não coma” (2 Ts 3:10);
 A oração “faze-o conforme as tuas forças” indica 2 coisas:
o 1- Faça seu melhor e
o 2-faça-o enquanto tem forças
 Pode chegar o dia em que terá que
descansar suas ferramentas e dar lugar a
um trabalhador mais jovem e mais forte.
 Cl 3:17: “E, quanto fizerdes por palavras ou
por obras, fazei tudo em nome do Senhor
Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”
o As coisas que constituem o trabalho nesta vida não
estarão presentes “no além” (sheol, o reino dos
mortos), de modo que devemos aproveitar ao
máximo as oportunidades do presente;
o Um dia nossas obras serão julgadas e desejamos
receber um galardão para glória de Deus (1 Co
3:10ss; Cl 3:23-25);
o Se tememos a Deus e andamos pela fé, não
tentamos simplesmente fugir da vida ou persistir e
suporta-la. Desfrutamos a vida e a recebemos com
alegria como uma dádiva do Senhor.

2- A vida é imprevisível Ec 9:11-18


 Nossas aptidões não são garantia de sucesso (vv.11,12);
 Nossas oportunidades não são garantia de sucesso (vv.13-18);

CAP 11- Ec 10
A Um pouco de estultícia, muito perigo
1 – O Governante Estulto Ec 10:4-7;
2- Trabalhadores Estultos Ec 10:8-11
3 – Faladores Estultos Ec 10:12-15
4 – Autoridades Estultas 10:16-20
 4.1 Satisfação própria 10:16,17
 4.2 Incompetência 10:18;
 4.3 Indiferença 10:19
 4.4 Indiscrição 10:20

GASPAR DE SOUZA – Eclesiastes 9:10-12 - Youtube


 Sim a morte está vindo mas Deus deu boas dádivas para desfrutarmos
então desfrutemo-las;
 SE saíamos de casa corrente e não tomamos café da manhã com calma
não estamos desfrutando das bênçãos de Deus;
 Deus se agradou em conceder mais 1 dia de vida;
 Diante da providência divina eu não cruzo os prazos mas eu devo estar
em atividade;
 Quem crê na doutrina da providência (Deus sabe poderosamente
governar todas as suas criaturas) não é imprudente no presente;
 O que devo fazer no presente? Tudo quanto vier a mão para fazer faze
conforme as suas forças;
o Ele fala da capacidade de realizar algo
o É ilustrada em outras passagens bíblicas;
o 1S m10:7 - 7 E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze
o que achar a tua mão, porque Deus é contigo; (Faze o que a
ocasião te pedir); Expressão hebraico: O que vier a tua mão;
o 1 SM 25:8 - Pergunta-o aos teus jovens, e eles to dirão; estes
jovens, pois, achem graça a teus olhos, porque viemos em bom
dia (em boa hora); dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, o que
achares à mão;
o Juízes 9:33 - 33 E levanta-te pela manhã, ao sair o sol, e dá de
golpe sobre a cidade; e eis que, saindo ele e o povo que tiver com
ele contra ti, faze-lhe como alcançar a tua mão (como puderes ou
o que a ocasião te pedir).
o João 9:4 -É necessário que façamos as obras daquele que me
enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode
trabalhar.
o Gl 6:10 - Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos,
mas principalmente aos domésticos da fé;
o O pregador não quer dizer:
 SE por acaso você tiver oportunidade;
 Olha fica aí espera e se der para fazer faça;
o O pregador quer dizer: Se antecipe no que está adiante de você;
Nâo é um convite a se deitar no berço esplêndido eternamente;
Não é um convite a preguiça, mas um mandamento a diligência
em todas as coisas que Deus tem colocado diante de nós;
o A luz do que o pregador disse nos versículos anteriores: Comer,
beber, trabalho, provimento e relacionamentos e se aparecer
um trabalho enquanto você está desempregado, pode não ser o
trabalho dos seus sonhos, mas foi colocado diante de você por
Deus a fim de te prover os meios para aqueles instantes, então
faça-o com empenho;
o Se você tem alimento e a provisão necessária então aproveite a
ocasião com empenho e gratidão;
o Se Deus tem dado amigos, relacionamentos, marido esposa
então ame-os com dedicação;
o SE você tem esposo ou esposa ame-os viva os deleites um ao
outro;
o Aquilo que Deus tem colocado na sua mão você deve fazer com
diligência enquanto der tempo pois chegará um momento que
você não mais poderá fazer;
o Faze conforme a ocasião tem dado a você. Ela lhe deu um
trabalho, então se empenhe, ela lhe deu uma esposa então ame
sua esposa, ela lhe deu um alimento agora, mesmo sendo o que
você mais gostaria de comer, mas é o que você tem então
louvado seja Deus por isso, é o amigo que você tem, então zele
por ele, é o marido que você tem, ame seu marido, é um
relacionamento que Deus tem dado a você, então zele por ele,
em tudo que Deus tem dado a você nessa ocasião faça com zelo,
dedicação e diligência;
o É isso que o pregador quer que você tenha em mente, se é o
tempo faça;
o Algumas coisas recaem sobre nossa responsabilidade, coisas que
agradam a Deus, mas nós podemos fazer apenas aquilo que
Deus nos dá para fazer, não as coisas que estão fora de nosso
alcance;
o Ilustração:
 Charles Spurgeon: Jovem sonhava que estava em pé na
figueira e pregava sermões na ìndia. Spurgeon disse
porque você não tenta as ruas de Londres e vê se é
eloquente;
 Pessoa sonha em ser gerente. Mas não é atualmente. Ela
deve dedicar-se ao trabalho que tem agora;
o Nenhum homem servi a Deus por fazer coisas amanhã;
o Você deve fazer agora enquanto é dia;
o Na igreja há muitos mas poucos trabalham;
o Não nascemos para sermos ociosos;
o Maiores pecados:
 Ociosidade;
 Preguiça
 Procrastinação
 O remédio é Ec 9:10
o Rm 12:11 – Hora de despertarmos do sono. Pois chegou a h ora;
o Cl 3:23 – Tudo quanto fizerdes...fazerdes de coração como se
fosse ao Sr;
o Princípio da mordomia Cristã
o Porquê? Porque na sepultura não dá mais tempo. Só tenho 1
vida. A morte encerra seus planos;
o 1 Rs 2: 2 – Davi iria para a morte;

 Vida no além – Sheol – 65 e 66 vezes no AT;


o Os mortos estão no túmulo e SHEOL Jo 11:8 e Sl 139:8; Pv 5:5
o A vida lá é diferente daqui;
o Se planejava fazer PHD, ter 15 filhos não conseguirei fazer no
Sheol;
o É um lugar de esquecimento , sem louvor;
o Onde os mortos estão;
9: 10 – ADAM CLARKE - COMENTÁRIO
Tudo quanto te vier à mão para fazer - Examine aqui o que o Como, e por que.
I.Que é necessário ser feito nesta vida, em referência ao outro?
1.Abandonar o pecado. 2.Arrepender-se. 3.Habituado as ordenanças de Deus, e
associados com a vertical. 4.Ler as Escrituras. 5.Suplicar perdão. 6.Acreditar no Senhor
Jesus, para que possas obter. 7.Observar para o dom do Espírito Santo. 8.Produzir
adiante em suas estações os seus frutos -
(a) Arrependimento, (b) a fé, e (c) O Espírito Santo.
9.Gozar a vida e ficar bom. 10.E para fazer o bem. 11.E referir todo o propósito e agir
para o mundo eterno.
II.Como deve este ser feito? Com a tua força.
1.Ser plenamente convencido da necessidade dessas coisas. 2.Ser determinado a agir
de acordo com essa convicção. 3.Nesse tempo atuar com todas as tuas forças; coloque
todo teu poder em evitar o mal, arrependendo-se do pecado, etc.
III.Por que isso deve ser feito?
1.Tu és homem mortal.
2.Tu vais para a sepultura.
3.Quando tu deixas essa vida, o teu estado de provação, com todas as suas vantagens,
é eternamente terminada.
4.Se tu morrer em pecado, Pois tu nunca verás Deus.
1.Lá não há trabalho por que tu possas lucrar;
2. No dispositivo por que tu possas punição escape;
3.No conhecimento de qualquer meio de ajuda.
4.Na sabedoria - restauração da alma para o favor e a imagem de Deus, por andares
sepultura para onde tu. Portanto, trabalhar enquanto é chamado dia.
Nos MS antigos da Bíblia, traduz:
Despedida do Discurso do Autor:
Éde (come), bibe(bebe), Iude(brinca);
Post mortem nulla voluptas
Após a morte nada desfrutarás
Come, bebe e brinca
Enquanto puderes fazê-lo aqui
Pois, em breve, quando a morte
Tirar-te o último suspiro,
Nunca mais verá
Um dia animado
BÍBLIA ARQUEOLÓGICA - NVI
Eclesiastes 9:1-18 -
Perigo
Antes que a ênfase positiva dos três capítulos finais possa vir à tona, temos de nos
certificar de que estaremos edificando sobre algo que não está desprovido da realidade
nua e crua. E, caso acariciemos alguma ilusão confortadora, o capítulo 9 nos coloca
diante do pouco que sabemos e a seguir com a vastidão daquilo que não podemos
controlar: particularmente, a morte, os altos e baixos da sorte e os possíveis favores
caprichosos da multidão. Em primeiro lugar, porém, ele faz uma pergunta crucial:
estamos nas mãos de um amigo ou de um inimigo?

Será amor ou ódio?


9: 1 Deveras me apliquei a todas estas coisas para claramente entender tudo
isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus; e, se é amor ou
se é ódio que está à sua espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está oculto no futuro.
Só precisamos usar os olhos sem preconceito, de acordo com o Salmo 19 e
Romanos 1:19ss., para ver que há um Criador poderoso e glorioso. Mas é preciso mais
do que uma simples observação para descobrir qual a disposição dele para conosco.
Quer tomemos aqui as palavras amor e ódio como uma forma bíblica de dizer "aceitação
ou rejeição", ou simplesmente em seu sentido primário, teremos, de qualquer maneira,
apenas uma vaga resposta acerca do caráter do Criador se considerarmos o mundo em
que vivemos, com sua mistura de deleite e terror, de beleza e repugnância.1
Se a questão fosse colocada no lugar exato, ainda seria desconcertante; e quanto
menos à vontade nos sentíssemos, tanto mais nos sentiríamos entregues nas mãos de
Deus (v. 1a). Mas agora Coelet torna a questão ainda mais difícil para nós, destacando um
fato que parece colocar a balança decisivamente contra nós (sempre supondo que estamos
raciocinando apenas baseados no que podemos ver). Então, ainda por cima, antes de
concluir o capítulo, ele nos faz enfrentar dois fatos associados ao anterior. O primeiro dos
três é a morte.

A morte
9: 1 Deveras me apliquei a todas estas coisas para claramente entender tudo
isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus; e, se é amor ou
se é ódio que está à sua espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está oculto no futuro.
2 Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao
bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao bom
como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
3 Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: a todos sucede o
mesmo; também o coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios
enquanto vivem; depois, rumo aos mortos.

1 Podemos imaginar, entretanto, que o versículo 1b fala de atitudes humanas e não divinas; cf. BJ: "O homem não conhece o
amor nem o ódio". Delitzsch e alguns outros, inclusive a BLH, concluem a partir de 1a que o homem não é suficientemente
dono de si mesmo para saber se vai amar ou odiar numa determinada situação (embora não negando ser responsável por
aceitar ou rejeitar o sentimento que experimenta). Para mim, a ênfase na inescrutabilidade de Deus em 8:17, imediatamente
antes deste versículo, torna mais provável (e mais relevante ao argumento) que aqui se trata da atitude de Deus e não do
homem.
4 Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão
vivo do que um leão morto.
5 Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no
esquecimento.
6 Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte
em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
7 Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois
Deus já de antemão se agrada das tuas obras.
8 Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua
cabeça.
9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz, os quais
Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo trabalho com
que te afadigaste debaixo do sol.
10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque
no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem
sabedoria alguma.
Se estamos certos em iniciar o versículo 2 com as palavras "Tudo lhe está oculto no
futuro (v. 1c), o fato é que, embora as coisas que nos cercam não nos dêem qualquer
indicação do que Deus pensa de nós, nossas esperanças tornam tudo muito claro. A julgar
pelas aparências, Deus simplesmente não se importa. As coisas que supostamente deveriam
lhe interessar mais acabam não fazendo diferença alguma (pelo menos, nenhuma que se
perceba) na forma como somos descartados no final. Moral ou imoral, religioso ou
profano, somos todos ceifados da mesma maneira. Daqui a cem anos, como dizemos,
continuará sendo a mesma coisa.
Mas, embora a morte pareça dizer isso - e ela sempre dá um jeito de ficar com a
última palavra - nós imediatamente apresentamos um protesto. Coelet fala por nós todos
ao exclamar: "isso é o pior de tudo o que acontece neste mundo" (v. 3b - BLH). O que talvez
não tenhamos notado, pois ele não chama a nossa atenção para isso neste ponto, é que
este sentimento de ultraje é um fato tão certo a nosso respeito quanto a nossa
mortalidade. O que torna este livro tão fascinante são principalmente estas colisões entre
os fatos obstinados da observação e as intuições igualmente obstinadas. Assim ele nos
impulsiona rumo a uma síntese que fica muito além de suas páginas - neste caso, a pers-
pectiva da recompensa e do castigo no mundo futuro.
Enquanto isso, examinamos o mundo como ele se nos apresenta, tendo a morte
como obliteradora universal e o mal aumentando em profusão. As duas coisas têm uma
certa relação. Viver em um mundo aparentemente sem significado é profundamente
frustrante, e a desilusão dá lugar à aniquilação e ao desespero, à loucura dos violentos ou
ao desespero dos solitários.
Será que o desespero é tudo que nos resta? Para nossa surpresa, o homem de um
modo geral pensa que não, ou, então, a raça humana já teria acabado há muito tempo. E
Coelet concorda com isso. A vida decididamente vale a pena ser vivida. Afinal, na pior das
hipóteses, ou quase isso, a vida é melhor do que o nada, que é o que a morte parece ser.
O forte senso prático do versículo 4,2 com o popular provérbio ilustrando o seu ponto de
vista, abre caminho para uma recusa vigorosa nos próximos dois versículos em deixar que
a morte intimide os vivos antes da hora. Antes, que a vida meta a morte no chinelo! Será
que o homem vivo sabe tanto para se sentir consolado? Mas de que valeria ser um cadáver
sem saber nada,3 sem esperar nada, sem nenhum valor no mundo?
Sob a própria sombra da morte, este espírito positivo ilumina o restante da passagem
(vs. 7-10) tanto quanto o faria uma coisa temporal, pois, embora não seja a resposta
completa, desfruta da aprovação de Deus. Não é à toa que ele é a fonte de todos os dons
da vida terrena: o pão e o vinho, as festas e o trabalho, o casamento e o amor.
Há notáveis semelhanças entre esta passagem (9:7-10) e algumas linhas da Epopéia
de Gilgamesh, um poema acadiano que data do tempo de Abraão ou antes e que era muito
conhecido no mundo antigo. Neste ponto da história o herói, impelido pela morte de seu
grande amigo a ir em busca da imortalidade, chega ao jardim dos deuses. Ali a jovem Siduri,
a fabricante de vinhos, lhe fala:
"Gilgamesh, por onde você está vagueando?
A vida que está procurando, você nunca encontrará,
pois os deuses, quando criaram o homem, deram-lhe
a morte como quinhão, e a vida
ficou retida nas mãos deles.
Gilgamesh, encha o estômago!
Alegre-se dia e noite,
encha os seus dias de alegria,
dance e faça música de dia e de noite.
Use roupas limpas,
tome banho e lave a cabeça.
Olhe para o filho que lhe segura a mão,
e que sua esposa se deleite com o seu abraço.
Apenas essas coisas dizem respeito ao homem."4
Este não é o único lugar onde se encontram sentimentos deste tipo. A canção de um
banquete fúnebre egípcio, talvez mais ou menos contemporâneo de Gilgamesh, contém o
seguinte conselho, após advertir os vivos acerca do que terão de enfrentar:
"Realiza os teus desejos enquanto estiveres vivo. Unge a tua cabeça com mirra, veste-
te de linho fino, e unge-te..., e não aborreças o teu coração, até que chegue o dia da
lamentação."5
Um escritor moderno, no entanto, destaca acertadamente a nota diferente tocada
por Coelet ainda que ele escreva nesse mesmo tom. "Os seus conselhos recomendando
aceitar e gozar o que é possível em cada caso contêm um lembrete da existência de Deus",

2 O TM diz "aquele que é escolhido" (Vbhr), que dá pouco sentido e parece ser um erro de copista na palavra "junto"
(com os vivos) (Vhbr), que tem o apoio da LXX et al.
3 Fora do contexto, os mortos não sabem cousa nenhuma (v. 5) tem às vezes sido tratado como uma declaração

doutrinária direta. Mas, mesmo à parte do método do autor, tanto esta declaração como a seguinte (nem tão pouco
terão eles recompensa) entrariam em choque com outras passagens bíblicas se fossem assim interpretadas. Cf., por
exemplo, Lc 16:23ss.; 2 Co 5:10.
4 A Epopéia de Gilgamesh, parte da placa X, traduzida por H. Frankfort et al., em Before Philosophy (Pelican,

1949), pág. 226.


5 Traduzido para o inglês por A. Erman, em The Literature of the Ancient Egyptians (Methuen, 1927), pág. 133.
na verdade de "uma vontade positiva de Deus".6 Isto está particularmente claro na
convicção do versículo 7b, de que Deus já aceitou o gesto de gratidão. Esse gesto é
considerado não apenas de gratidão, mas de humildade e avidez, na máxima faze-o
conforme as tuas forças (v. 10). E, neste ponto, a brevidade da vida tornou-se um impulso,
como o foi para o nosso Senhor quando falou da chegada da "noite ... quando ninguém
pode trabalhar" (Jo 9:4). Mas uma característica deste livro é que, até mesmo nesta
conexão, a morte não é apresentada com uma visão passageira, mas com um olhar fixo
para os seus aspectos desoladores. A morte, porém, não é o único perigo.

Mudanças e oportunidades
9: 11 Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes,
a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem
dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso.
12 Pois o homem não sabe a sua hora. Como os peixes que se apanham com a
rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enredam
também os filhos dos homens no tempo da calamidade, quando cai de repente sobre
eles.
O tempo e o acaso estão lado a lado, sem dúvida porque ambos têm um jeito de
arrancar subitamente as coisas de nossas mãos. Isto é bastante óbvio no que se refere às
oportunidades, pois a providência opera em segredo, e na perspectiva do homem a vida é
feita principalmente de passos rumo ao desconhecido e de acontecimentos que surgem do
nada, que podem mudar totalmente o padrão da nossa existência num dado momento.
Quanto ao tempo, o capítulo 3, com o "tempo de nascer ... tempo de morrer", e assim por
diante, já provou quão inexoravelmente nossas vidas são jogadas de um extremo para o
outro pela força das vagas da maré que não podemos controlar. Tudo isso vem
contrabalançar a impressão que podemos adquirir das máximas acerca do trabalho duro,
de que o sucesso é nosso quando queremos. No mar da vida somos mais como os peixes
que se apanham com a rede traiçoeira, ou os que são inexplicavelmente poupados, e não
os donos de nosso destino nem os capitães de nossas almas.
A terceira coisa que perturba os nossos cálculos apresenta-se-nos de forma um tanto
enternecedora na pequena parábola dos versículos 13-16, e nas reflexões que perpassam
o resto do capítulo.

A inconstância dos homens


9: 13 Também vi este exemplo de sabedoria debaixo do sol, que foi para mim
grande.
14 Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um
grande rei, sitiou-a e levantou contra ela grandes baluartes.
15 Encontrou-se nela um homem pobre, porém sábio, que a livrou pela sua
sabedoria; contudo, ninguém se lembrou mais daquele pobre.
16 Então, disse eu: melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria
do pobre é desprezada, e as suas palavras não são ouvidas.

6 G. von Rad. Old Testament Theology (Tradução inglesa, Oliver and Boyd, 1962), I, pág. 457.
17 As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de
quem governa entre tolos.
18 Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói
muitas coisas boas.

Podemos identificar-nos imediatamente com o povo da pequena cidade sitiada, e


sentimos o seu alívio quando o estrategista amador (ou seria um diplomata?) dá o seu golpe
de mestre. Se formos honestos, poderemos ver-nos ainda na última cena, quando todos se
esqueceram totalmente dele. Mas a parábola não é uma fábula que visa mostrar o que
as pessoas deveriam fazer: é uma história de advertência para mostrar como elas são. Se
formos nos identificar com alguém, será com o homem pobre, porém sábio. Não que
devamos nos imaginar como consultores universais, mas simplesmente que, é triste dizer,
deveríamos aprender a não contar com nada tão transitório como a gratidão pública.
"O frio, por mais intenso,
Não machuca tanto quanto
Um benefício não lembrado,
E, embora as águas congele,
Não traz sofrer mais agudo
Que o de um amigo olvidado.7"
No padrão do capítulo este é mais um exemplo do que é imprevisível e cruel na vida,
para solapar a nossa confiança naquilo que poderíamos fazer com nossas próprias forças.
Os dois últimos versículos (vs. 17ss.) constituem um arremate à parábola, mostrando,
primeiro, como a sabedoria é preciosa e, então, como ela é vulnerável. Somos
abandonados com a suspeita de que, na política humana, a última palavra fica geralmente
com os gritos do versículo 17 ou com o aço frio do versículo 18. Raramente com a verdade,
raramente com o mérito.

Terceiro Resumo:
Retrospectiva de Eclesiastes 7:1-9:18
As palavras do nosso autor, como as de Jeremias, poderiam ser assim resumidas:
"para arrancares e derribares,
para destruíres e arruinares,"
mas, então, e apenas então,
"para edificares e para plantares".8
Ao chegar ao final do capítulo 9 ele já apresentou os argumentos contra a nossa auto-
suficiência. A primeira metade do livro, cujo andamento resumimos rapidamente às páginas

7 Shakespeare, As You Like It, Ato II, Cena 7.


8 Jr 1:10.
36 e 51, deixou-nos poucas desculpas para a complacência, e os três últimos capítulos têm
insistido ainda mais no assunto.
Ao contrário dos textos anteriores, os provérbios e as reflexões de 7:1-22 não nos
aliviaram de nossa preocupação principal, embora os intitulássemos de interlúdio. Com
poucas exceções, as afirmações são todas severas (por exemplo, 7:1-4) e até mesmo, sob
certo aspecto, cínicas (7:15-18), impelindo duramente o secularista contra o fato e as
implicações da morte (para ele). E quando o argumento foi retomado em 7:23, levantou
novas dúvidas quanto à sabedoria humana. O capítulo 2 já apresentara o fato de que o
sábio é tão mortal quanto o estulto. Agora, porém, surge a questão premente: se, afinal
de contas, a sabedoria na verdade pode ser alcançada. Por mais sábio que alguém possa
ser em muitos detalhes da vida (8:1-6; 9:13-18), tornou-se claro que ele nunca chegará ao
âmago das coisas ou sequer à certeza de que a verdade, caso a descubra, poderá ser
enfrentada. "Quem o achará?" (7:24); "como há de ser" (8:7); "se é amor ou se é ódio ...
não o sabe o homem" (9:1).
Sob outros aspectos também o quadro se obscureceu. Agora temos relances de
torpeza moral, de injustiça não apenas desenfreada mas também admirada (8:10ss.), e do
homem que, além de fraco, também "está inteiramente disposto a praticar o mal",
seguindo o seu caminho "cheio de maldade" (8:11; 9:3). E, ao longo da destruição que a
morte traz e que já foi enfatizada por todo o livro, surgem agora os perigos do tempo e
da casualidade (9:11ss.), para tornar ainda mais inúteis os planos do homem.
Apesar de tudo isto, houve alguns lampejos de coisas melhores, mantendo dentro
de nós um pouco de esperança, a ser acalentada e justificada nos capítulos restantes, pois
finalmente Coelet acabou sua obra de demolição. O local foi desobstruído: ele pode começar
a edificar e a plantar. Quer consideremos o próximo capítulo como um modesto começo
deste processo, quer como um interlúdio para aliviar a tensão (comparável a 4:9 - 5:12 e
7:1-22), ele vai permitir que retomemos o fôlego antes de voltarmos à veemente questão do
livro: se a vida tem algum significado e, se tem, qual é.
No início, então, há questões de senso prático que convém notarmos, pois fazem
parte da sabedoria e de uma vida sã tanto quanto as perguntas que temos de responder,
dentro dos limites do nosso conhecimento. Após sermos estabilizados com os lembretes para
sermos sensatos (capítulo 10), podemos nos atirar com mais segurança ao convite para
sermos corajosos (11:1-6), alegres (11:7-10) e tementes a Deus (capítulo 12).
Outras Bibliografias
 Série Cultura Bíblica – Eclesiastes;
 Comentário Biblico – Moody;
 Gaspar de Souza – Eclesiastes – Vídeo Youtbe;
 Mathew Henry - Eclesiastes 9 - pg.937
 ED RENE KIVITZ – O livro mais mal humorado da Bíblia e youtube
 Adam Clarke – Eclesiastes
 Biblia Charlies Ryrie; Biblia Shedd;
 Revista Personagens Bíblicos – Editora Cristã Evangélica
 Warren Wendel Wiersbe – Poéticos – Eclesiastes;
 Herley Rocha – Tocando a vida para frente- youtube
 Pastor Arival Casimiro Dias – Panorama Biblico Eclesiastes – youtube
 Eclesiastes – CEA – youtube;
 Hernandes Dias Lopes - Parabola rico e Lazaro;
 Augustus Nicodemus – O sono da alma;
 Luiz Sayao – Eclesiastes- youtube
 Russel Norman Champlin – Eclesiastes

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