Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
a) A escolha do texto - Como escolhi;
b) Esboço e Panorama do Livro
Significado de Eclesiastes – Kohelet (hebraico); ekklesia (grego)= Pregador
que se reúne com assembleia e faz discurso;
Biografia de Salomão – Primeiros Capítulos de 1° Reis 1 a 11 e 2ª Crônicas;
Esboço de Eclesiastes:
1. 12 capítulos;
2. Tema: “Vale a pena Viver”;
3. Divisão do Livro:
1-2 – O problema declarado:
1-A monotonia da Vida – 1:4-11;
2-A vaidade da sabedoria -1:12-18 ;
3Futilidade da riqueza 2:1-11;
4 – A certeza da morte – 2:12-23;
3-10 – O problema discutido;
11-12 – O problema resolvido
1- Vila pela fé 11:1-6;
Goze a vida agora 11:7 a 12:8;0
Prepara-se para o julgamento 12:9-14
Conclusões das seções repete-se 6 vezes em: 1) 2:24-26; 2)
3:12-15,22; 3) 5:18-20; 4) 8:15; 5) 9:7-10; 6) 11:9-10;
2. Exposição
Ilustração – Tragédias: Brumadinho; Ct Flamengo e Boechat;
Pergunta: Se estes que morreram tivessem mais 1 chance de sobreviverem,
o que você os aconselharia? O que Salomão aconselharia? Será que você
diria: “-Não saia da sua casa Boechat!”; Ou diria para as pessoas de
Brumadinho e do CT do Flamengo: “-Saiam de casa o mais rápido possível”?
Pontos do Sermão
1. Tema a Deus – v.1: “Todos estão nas mãos de Deus...”; o futuro
pertence a Deus; v.7: “Deus...se agrada tuas obras...”; Deus te
conhece; Deus te deu a vida e todas as coisas materiais e pode tirar
de você (Lc 12:5); Deus quer que todos sejam salvos 1 Tm 2:4; Ele quer
que você passe pelo juízo (Hb 9:27; Ec 12:13) mas de maneira que
esteja “aprovado” (Ap 12:5-7 – “Eis que faço nova....O vencedor...)”;
A morte chegará para você assim como chegou para aquelas pessoas
que sofreram os acidentes de brumadinho, ct do flamengo e boechat;
Você crê que Deus está vendo as suas ações e te trará juízo ? Você crê
que Jesus é o único que pode te livrar deste juízo da condenação? Não
tema a morte! Apesar dela ser “seu último inimigo”(1 Co 15:26) ela é
inevitável (Hb 9:27); Só Deus pode alterar este destino. Mas nós em
Cristo cremos que o último inimigo (a morte) já foi vencido Rm 6:23
(salário do pecado é a morte mas o dom gratuito de Deus é a salvação
em Cristo Jesus); Jo 11:25-26 (“Eu sou a ressurreição… Quem crê em
mim ainda que morra viverá...”); 1 Ts 4:13-18; 1 CO 15:51-58; Tema a
Deus Ec 12:13-14; Obedeça 1 Sm 15:22;
As mesmas coisas sucedem aos justos e injustos. Gozemos os bens que Deus nos dá
1Deveras revolvi todas essas coisas no meu coração, para claramente entender
tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras estão nas mãos de Deus, e
também que o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante a
sua face.
2Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e
ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim
ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
3Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede
o mesmo; que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade;
que há desvarios no seu coração, na sua vida, e que depois se vão aos mortos.
4Ora, para o que acompanha com todos os vivos há esperança (porque melhor é o
cão vivo do que o leão morto).
5Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou
entregue ao esquecimento.
6Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma
neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
7Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com bom coração o teu vinho, pois
já Deus se agrada das tuas obras.
8Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.
9Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vaidade; os
quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua
porção nesta vida e do teu trabalho que tu fizeste debaixo do sol.
10Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque
na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem
sabedoria alguma.
A sabedoria é muitas vezes mais útil aos outros do que àquele que a possui
11Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos
valentes, a peleja, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a
riqueza, nem dos inteligentes o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a
todos.
12Que também o homem não conhece o seu tempo; como os peixes que se pescam
com a rede maligna e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se
enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre
eles.
13Também vi sabedoria debaixo do sol, que foi para mim grande.
14Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um
grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras.
15E vivia nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e
ninguém se lembrava daquele pobre homem.
16Então, disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do
pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas.
17As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor
do que domina sobre os tolos.
18Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói
muitos bens.
Eclesiastes 9:10 – Versões Diferentes – Comentários
CAP 11- Ec 10
A Um pouco de estultícia, muito perigo
1 – O Governante Estulto Ec 10:4-7;
2- Trabalhadores Estultos Ec 10:8-11
3 – Faladores Estultos Ec 10:12-15
4 – Autoridades Estultas 10:16-20
4.1 Satisfação própria 10:16,17
4.2 Incompetência 10:18;
4.3 Indiferença 10:19
4.4 Indiscrição 10:20
A morte
9: 1 Deveras me apliquei a todas estas coisas para claramente entender tudo
isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus; e, se é amor ou
se é ódio que está à sua espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está oculto no futuro.
2 Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao
bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao bom
como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
3 Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: a todos sucede o
mesmo; também o coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios
enquanto vivem; depois, rumo aos mortos.
1 Podemos imaginar, entretanto, que o versículo 1b fala de atitudes humanas e não divinas; cf. BJ: "O homem não conhece o
amor nem o ódio". Delitzsch e alguns outros, inclusive a BLH, concluem a partir de 1a que o homem não é suficientemente
dono de si mesmo para saber se vai amar ou odiar numa determinada situação (embora não negando ser responsável por
aceitar ou rejeitar o sentimento que experimenta). Para mim, a ênfase na inescrutabilidade de Deus em 8:17, imediatamente
antes deste versículo, torna mais provável (e mais relevante ao argumento) que aqui se trata da atitude de Deus e não do
homem.
4 Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão
vivo do que um leão morto.
5 Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no
esquecimento.
6 Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte
em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
7 Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois
Deus já de antemão se agrada das tuas obras.
8 Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua
cabeça.
9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz, os quais
Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo trabalho com
que te afadigaste debaixo do sol.
10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque
no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem
sabedoria alguma.
Se estamos certos em iniciar o versículo 2 com as palavras "Tudo lhe está oculto no
futuro (v. 1c), o fato é que, embora as coisas que nos cercam não nos dêem qualquer
indicação do que Deus pensa de nós, nossas esperanças tornam tudo muito claro. A julgar
pelas aparências, Deus simplesmente não se importa. As coisas que supostamente deveriam
lhe interessar mais acabam não fazendo diferença alguma (pelo menos, nenhuma que se
perceba) na forma como somos descartados no final. Moral ou imoral, religioso ou
profano, somos todos ceifados da mesma maneira. Daqui a cem anos, como dizemos,
continuará sendo a mesma coisa.
Mas, embora a morte pareça dizer isso - e ela sempre dá um jeito de ficar com a
última palavra - nós imediatamente apresentamos um protesto. Coelet fala por nós todos
ao exclamar: "isso é o pior de tudo o que acontece neste mundo" (v. 3b - BLH). O que talvez
não tenhamos notado, pois ele não chama a nossa atenção para isso neste ponto, é que
este sentimento de ultraje é um fato tão certo a nosso respeito quanto a nossa
mortalidade. O que torna este livro tão fascinante são principalmente estas colisões entre
os fatos obstinados da observação e as intuições igualmente obstinadas. Assim ele nos
impulsiona rumo a uma síntese que fica muito além de suas páginas - neste caso, a pers-
pectiva da recompensa e do castigo no mundo futuro.
Enquanto isso, examinamos o mundo como ele se nos apresenta, tendo a morte
como obliteradora universal e o mal aumentando em profusão. As duas coisas têm uma
certa relação. Viver em um mundo aparentemente sem significado é profundamente
frustrante, e a desilusão dá lugar à aniquilação e ao desespero, à loucura dos violentos ou
ao desespero dos solitários.
Será que o desespero é tudo que nos resta? Para nossa surpresa, o homem de um
modo geral pensa que não, ou, então, a raça humana já teria acabado há muito tempo. E
Coelet concorda com isso. A vida decididamente vale a pena ser vivida. Afinal, na pior das
hipóteses, ou quase isso, a vida é melhor do que o nada, que é o que a morte parece ser.
O forte senso prático do versículo 4,2 com o popular provérbio ilustrando o seu ponto de
vista, abre caminho para uma recusa vigorosa nos próximos dois versículos em deixar que
a morte intimide os vivos antes da hora. Antes, que a vida meta a morte no chinelo! Será
que o homem vivo sabe tanto para se sentir consolado? Mas de que valeria ser um cadáver
sem saber nada,3 sem esperar nada, sem nenhum valor no mundo?
Sob a própria sombra da morte, este espírito positivo ilumina o restante da passagem
(vs. 7-10) tanto quanto o faria uma coisa temporal, pois, embora não seja a resposta
completa, desfruta da aprovação de Deus. Não é à toa que ele é a fonte de todos os dons
da vida terrena: o pão e o vinho, as festas e o trabalho, o casamento e o amor.
Há notáveis semelhanças entre esta passagem (9:7-10) e algumas linhas da Epopéia
de Gilgamesh, um poema acadiano que data do tempo de Abraão ou antes e que era muito
conhecido no mundo antigo. Neste ponto da história o herói, impelido pela morte de seu
grande amigo a ir em busca da imortalidade, chega ao jardim dos deuses. Ali a jovem Siduri,
a fabricante de vinhos, lhe fala:
"Gilgamesh, por onde você está vagueando?
A vida que está procurando, você nunca encontrará,
pois os deuses, quando criaram o homem, deram-lhe
a morte como quinhão, e a vida
ficou retida nas mãos deles.
Gilgamesh, encha o estômago!
Alegre-se dia e noite,
encha os seus dias de alegria,
dance e faça música de dia e de noite.
Use roupas limpas,
tome banho e lave a cabeça.
Olhe para o filho que lhe segura a mão,
e que sua esposa se deleite com o seu abraço.
Apenas essas coisas dizem respeito ao homem."4
Este não é o único lugar onde se encontram sentimentos deste tipo. A canção de um
banquete fúnebre egípcio, talvez mais ou menos contemporâneo de Gilgamesh, contém o
seguinte conselho, após advertir os vivos acerca do que terão de enfrentar:
"Realiza os teus desejos enquanto estiveres vivo. Unge a tua cabeça com mirra, veste-
te de linho fino, e unge-te..., e não aborreças o teu coração, até que chegue o dia da
lamentação."5
Um escritor moderno, no entanto, destaca acertadamente a nota diferente tocada
por Coelet ainda que ele escreva nesse mesmo tom. "Os seus conselhos recomendando
aceitar e gozar o que é possível em cada caso contêm um lembrete da existência de Deus",
2 O TM diz "aquele que é escolhido" (Vbhr), que dá pouco sentido e parece ser um erro de copista na palavra "junto"
(com os vivos) (Vhbr), que tem o apoio da LXX et al.
3 Fora do contexto, os mortos não sabem cousa nenhuma (v. 5) tem às vezes sido tratado como uma declaração
doutrinária direta. Mas, mesmo à parte do método do autor, tanto esta declaração como a seguinte (nem tão pouco
terão eles recompensa) entrariam em choque com outras passagens bíblicas se fossem assim interpretadas. Cf., por
exemplo, Lc 16:23ss.; 2 Co 5:10.
4 A Epopéia de Gilgamesh, parte da placa X, traduzida por H. Frankfort et al., em Before Philosophy (Pelican,
Mudanças e oportunidades
9: 11 Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes,
a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem
dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso.
12 Pois o homem não sabe a sua hora. Como os peixes que se apanham com a
rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enredam
também os filhos dos homens no tempo da calamidade, quando cai de repente sobre
eles.
O tempo e o acaso estão lado a lado, sem dúvida porque ambos têm um jeito de
arrancar subitamente as coisas de nossas mãos. Isto é bastante óbvio no que se refere às
oportunidades, pois a providência opera em segredo, e na perspectiva do homem a vida é
feita principalmente de passos rumo ao desconhecido e de acontecimentos que surgem do
nada, que podem mudar totalmente o padrão da nossa existência num dado momento.
Quanto ao tempo, o capítulo 3, com o "tempo de nascer ... tempo de morrer", e assim por
diante, já provou quão inexoravelmente nossas vidas são jogadas de um extremo para o
outro pela força das vagas da maré que não podemos controlar. Tudo isso vem
contrabalançar a impressão que podemos adquirir das máximas acerca do trabalho duro,
de que o sucesso é nosso quando queremos. No mar da vida somos mais como os peixes
que se apanham com a rede traiçoeira, ou os que são inexplicavelmente poupados, e não
os donos de nosso destino nem os capitães de nossas almas.
A terceira coisa que perturba os nossos cálculos apresenta-se-nos de forma um tanto
enternecedora na pequena parábola dos versículos 13-16, e nas reflexões que perpassam
o resto do capítulo.
6 G. von Rad. Old Testament Theology (Tradução inglesa, Oliver and Boyd, 1962), I, pág. 457.
17 As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de
quem governa entre tolos.
18 Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói
muitas coisas boas.
Terceiro Resumo:
Retrospectiva de Eclesiastes 7:1-9:18
As palavras do nosso autor, como as de Jeremias, poderiam ser assim resumidas:
"para arrancares e derribares,
para destruíres e arruinares,"
mas, então, e apenas então,
"para edificares e para plantares".8
Ao chegar ao final do capítulo 9 ele já apresentou os argumentos contra a nossa auto-
suficiência. A primeira metade do livro, cujo andamento resumimos rapidamente às páginas