Anita Presbítero, Jaqueline Vasconcelos, Rosimere Batista e Valdenize Honorio
O gestor e seu exercício de liderança
Liderança corresponde a um conjunto de ações, atitudes e comportamentos
assumidos por uma pessoa para influenciar o desempenho de alguém, visando a realização de objetivos organizacionais. Essa influencia, na escola, dá-se a partir da mobilização dos membros da comunidade escolar, socialmente organizada, em torno das responsabilidades educacionais, para mediante seu esforço e capacidade de realização, garantirem a efetividade do trabalho educacional. O exercício da gestão pressupõe liderança, pois que não se pode fazer gestão sem exercer liderança. No âmbito das escolas existe uma dictomia entre gestão pedagógica e gestão administrativa que forma sendo desenvolvidas como áreas independentes e, por isso aparecem até mesmo ser dissociadas nas escolas, onde se dá mais atenção a perspectiva administrativa (meio para realizar os objetivos educacionais) do que a perspectiva pedagógica (mais diretamente associada ao fim ultimo da educação, que é a aprendizagem e a formação dos alunos). É perceptível, atualmente um esforço por parte das escolas para superarem essa dictomia. Alguns diretores costumam culpar professores que, em sua pouca colaboração e individualismo comprometem seu bom desempenho, identifica-se que essa forma de ver a questão revela, por parte desses diretores, uma compreensão que não considera como seu papel justamente o que mais seria fundamental nele: o exercício da liderança e influencia sobre essas pessoas para que promovam os melhores resultados em termos de desenvolvimento humano, aprendizagem, transformação de praticas, etc. Isto é, não reconhecem que o trabalho da gestão é justamente o de promover a superação de dificuldades, resolver conflitos, eliminar ou diminuir tensões que ocorram no processo escolar que prejudicam a criação de clima educacional favorável a formação e aprendizagem do aluno. Porem é possível identificar percepções diametralmente opostas à dos supostos gestores que agem conforme indicado. Há aqueles, cujo numero cresce gradualmente, que corretamente reconhecem o elemento humano como sendo a maior riqueza da escola, que considera as situações de conflito, tensão, resistência e ambigüidade como naturais, e que cultivam diariamente o espírito de equipe: que reconhecem que as escolas tem qualidades a partir das pessoas nelas atuantes e que a maior responsabilidade dos gestores escolares é promover articulações entre essas pessoas, mobilizando-as para que , em conjunto, aprimorem cada vez mais seu desempenho educacional da escola em que atuam. Enfim, as escolas podem mostrar que são capazes de sair de uma condição mediana ou até mesmo precária, dando um salto de qualidade, a partir da prática de liderança não apenas no exercício da direção da escola, mas também nos demais níveis e âmbitos da gestão escolar espraiando-se por todo estabelecimento se ensino.