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FATEC-SP - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA
HIDRÁULICA E SANEAMENTO AMBIENTAL

DIMENSIONAMENTO
DE
POÇOS DE DRENAGEM

Prof.. Célio Carlos Zattoni


Prof. Edmundo Pulz
Agosto / 2006
DIMENSIONAMENTO DE POÇOS DE DRENAGEM
1. Introdução.

A nossa intenção é organizar um método para o dimensionamento de


poços de drenagem.
Poderemos, com este método, dimensionar poços de drenagens, poços de
esgotamentos de águas servidas e poços de esvaziamento de uma maneira
geral.
Para o dimensionamento de poços de drenagem é necessário o
conhecimento não só da precipitação bem como do volume total
precipitado.
Em geral, esta relação é representada por uma equação do tipo:

KT m
i=
( t + t0 )n
onde i é a intensidade, t é a duração e T é o período de retorno; K, m, n e t0
são parâmetros a determinar, que variam de local para local.
A seguir são apresentadas algumas equações de chuvas intensas, com i em
mm/h, t em minutos e T em anos:

Para São Paulo (Engº Paulo Sampaio Wilken)

3462,7 ⋅ T 0 ,172
i=
( t + 20 )1,025

Intensidade de chuva para São Paulo (mm/h)


Duração Período de Retorno T (anos)
t (min) 5 10 25 50
1 201,54 227,06 265,82 299,48
2 192,16 216,49 253,44 285,53
5 168,56 189,90 222,32 250,47
10 139,83 157,53 184,42 207,77
15 119,39 134,51 157,47 177,41
20 104,12 117,30 137,32 154,71
25 92,28 103,96 121,71 137,12
30 82,83 93,32 109,25 123,08
40 68,71 77,41 90,63 102,10
50 58,67 66,10 77,38 87,18
60 51,16 57,64 67,48 76,03
70 45,35 51,09 59,81 67,38
80 40,70 45,86 53,69 60,48
90 36,92 41,59 48,69 54,85
120 28,83 32,48 38,03 42,84

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2 PROF. CÉLIO CARLOS ZATTONI
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AGOSTO / 2006
Para Curitiba (Engº Parigot de Souza)

5959T 0 ,217
i=
( t + 26 )1,15

Para Rio de janeiro (engº Ulysses Alcântara)

1239T 0 ,15
i=
( t + 20 )0 ,74

Outros dados de chuvas podem ser obtidos nos manuais de hidráulica,


através das curvas de intensidade, duração e freqüência das chuvas para
as diversas localidades.
Para o dimensionamento de poços de esgotamento é necessário apenas o
conhecimento da vazão do efluente.

2. O Método.

a. Escolher o período de retorno T das chuvas:


Para 5 anos: O usual.
Para 10 anos: Quando se desejam garantias adicionais.
Para 25 anos: Quando não se admitem transbordamentos.

b. Pré-encher a tabela abaixo.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5


Duração das Intensidade Vazão de Vazão da Vazão Volume
Chuvas Pluviométrica Precipitação Bomba Residual Excedente
(min) (mm/h) (litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros)
5
10
15
20
25
30
40
50
60
70
80
90
120

Obs.: Recomenda-se o uso de equações de chuvas. Quando forem


usadas tabelas é conveniente o traçado da curva para possibilitar a
interpolação de dados.

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Coluna 1 – Registre nesta coluna os valores obtidos da tabela ou da
equação.
Coluna 2 – Calcule a vazão de precipitação para cada linha, usando o
método racional Q=C I A

C = 1 (para área impermeável)


I = Intensidade pluviométrica
A = Área de drenagem

Coluna 3 – Vazão da bomba.


Escolher uma bomba conveniente, compatível com a vazão e a altura
manométrica a recalcar.

Coluna 4 – Vazão residual.


Calcule nesta coluna a diferença entre a vazão precipitada e a vazão
recalcada (coluna 2 – coluna 3 = coluna 4).

Coluna 5 – Volume excedente.


Calcule nesta coluna o produto entre a vazão residual e o tempo de duração
da chuva (coluna 4 x t = coluna 5).

3. Exemplo de dimensionamento de um Poço de Drenagem.

Dimensionar um poço de drenagem para uma residência situada na região


metropolitana de São Paulo, com uma área impermeabilizada de 250 m 2,
considerar um período de retorno de 5 anos e uma altura manométrica total
de 11,0 metros.

Solução:

a. Coluna 1 – preencher a coluna 1 com os dados da tabela acima ou com


os valores calculados com a equação de chuvas para São Paulo.
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5
Duração das Intensidade Vazão de Vazão da Vazão Volume
Chuvas Pluviométrica Precipitação Bomba Residual Excedente
(min) (mm/h) (litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros)
5 168,56
10 139,83
15 119,39
20 104,12
25 92,28
30 82,83
40 68,71
50 58,67
60 51,16
70 45,35
80 40,70
90 36,92
120 28,83

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b. Coluna 2 - Calcule a vazão de precipitação para cada linha, usando o
método racional Q=C I A à Q = 1x coluna 1 x 250 / 60.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5


Duração das Intensidade Vazão de Vazão da Vazão Volume
Chuvas Pluviométrica Precipitação Bomba Residual Excedente
(min) (mm/h) (litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros)
5 168,56 702,34
10 139,83 582,63
15 119,39 497,46
20 104,12 433,84
25 92,28 384,50
30 82,83 345,13
40 68,71 286,29
50 58,67 244,15
60 51,16 213,17
70 45,35 188,96
80 40,70 169,58
90 36,92 153,84
120 28,83 120,13

c. Coluna 3 - Vazão da bomba.


Escolher umas bombas convenientes, compatíveis com a vazão e a
altura manométrica a recalcar.
Escolhida a bomba KSB KRT Drainer 2000 com vazão de 10,0 m 3/h e
Hmax = 11,0m – 2,0CV / 1750rpm / 220V.
Obs.: Ver as recomendações de instalação do fabricante da bomba.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5


Duração das Intensidade Vazão de Vazão da Vazão Volume
Chuvas Pluviométrica Precipitação Bomba Residual Excedente
(min) (mm/h) (litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros)
5 168,56 702,34 166,67
10 139,83 582,63 166,67
15 119,39 497,46 166,67
20 104,12 433,84 166,67
25 92,28 384,50 166,67
30 82,83 345,13 166,67
40 68,71 286,29 166,67
50 58,67 244,15 166,67
60 51,16 213,17 166,67
70 45,35 188,96 166,67
80 40,70 169,58 166,67
90 36,92 153,84 166,67
120 28,83 120,13 166,67

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d. Coluna 4 – Vazão residual.
Calcule nesta coluna a diferença entre a vazão precipitada e a vazão
recalcada (coluna 2 – coluna 3 = coluna 4).

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5


Duração das Intensidade Vazão de Vazão da Vazão Volume
Chuvas Pluviométrica Precipitação Bomba Residual Excedente
(min) (mm/h) (litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros)
5 168,56 702,34 166,67 535,67
10 139,83 582,63 166,67 415,96
15 119,39 497,46 166,67 330,79
20 104,12 433,84 166,67 267,17
25 92,28 384,50 166,67 217,83
30 82,83 345,13 166,67 178,46
40 68,71 286,29 166,67 119,62
50 58,67 244,15 166,67 77,48
60 51,16 213,17 166,67 46,50
70 45,35 188,96 166,67 22,29
80 40,70 169,58 166,67 2,91
90 36,92 153,84 166,67 -
120 28,83 120,13 166,67 -

e. Coluna 5 – Volume excedente.


Calcule nesta coluna o produto entre a vazão residual e o tempo de
duração da chuva (coluna 4 x t = coluna 5).

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5


Duração das Intensidade Vazão de Vazão da Vazão Volume
Chuvas Pluviométrica Precipitação Bomba Residual Excedente
(min) (mm/h) (litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros)
5 168,56 702,34 166,67 535,67 2678,35
10 139,83 582,63 166,67 415,96 4159,60
15 119,39 497,46 166,67 330,79 4961,85
20 104,12 433,84 166,67 267,17 5343,40
25 92,28 384,50 166,67 217,83 5445,75
30 82,83 345,13 166,67 178,46 5353,80
40 68,71 286,29 166,67 119,62 4784,80
50 58,67 244,15 166,67 77,48 3874,00
60 51,16 213,17 166,67 46,50 2790,00
70 45,35 188,96 166,67 22,29 1560,30
80 40,70 169,58 166,67 2,91 232,80
90 36,92 153,84 166,67 - -
120 28,83 120,13 166,67 - -

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f. Elabore o gráfico do volume excedente x duração da chuva.

g. Volume final do poço.

O volume mínimo do poço deverá ser tal que permita que a bomba não
demore em demasia para ser ligada e nem, uma vez em funcionamento,
desligue de imediato, isto é, tenha um tempo de funcionamento mínimo de 2
a 5 minutos.
Chamaremos esse volume que garante um funcionamento mínimo de 2 a 5
minutos de Volume Mínimo – Vmin.
Assim o volume do poço deverá ser composto de três parcelas:

Vmin ... Volume mínimo - Vazão da bomba x (2 a 5) min


Vexc ... Volume excedente - Volume determinado no gráfico acima
Vext ... Volume extra - 10% do volume excedente

Portanto, o volume total do poço seria: Vtotal = Vmin + Vexc + Vext

Vmin = 166,67 x 2 = 333,34 litros – adotado 350 litros


Vexc = 5500 litros
Vext = 5500 x 0,10 = 550 litros

Para o nosso exemplo: Vtotal = 6400 litros – Que corresponde ao volume


útil do poço.

h. Observações finais.
É muito importante a análise do resultado, avaliando a capacidade da
bomba, volume e dimensões finais do poço. Caso o volume resulte muito

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grande deve ser selecionado uma outra bomba de maior capacidade ou
ainda o uso de duas ou mais bombas.
Caso a bomba selecionada ou disponível seja maior que as vazões
precipitadas, o volume do poço deverá ser igual ao volume mínimo, isto é,
igual ao volume de 2 a 5 minutos de funcionamento da bomba.

i. Esquema final do Poço de Drenagem e recomendações de instalação.

Esquema final de instalação Recomendações do fabricante

j. Campo de aplicação das bombas KSB KRT Drainer.

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k. Controle de nível.

Chave de Nível Bóia Pêra


É um regulador de nível para produtos líquidos de funcionamento
extremamente simples e confiável utilizado em diversas funções como
alarme ou controle de nível bem como em automação de dispositivos
elétricos (bombas ou válvulas).
Suspensa por um cabo de PVC, a chave tem seu funcionamento em função
da inclinação do invólucro; quando esta é maior que 45º, o contato elétrico é
acionado.
O ponto de atuação é definido por meio de um contrapeso que acompanha
o instrumento.
Disponível com comprimentos de cabo de até 15m, a chave não utiliza
microcontato de mercúrio e tem invólucro fabricado em PP, podendo desta
forma ser utilizado em aplicações como água potável até efluentes.

Características :
- Fácil instalação
- Microcontato não utiliza mercúrio
- Diferencial ajustável
- Comprimentos de cabo de até 15 m
- Invólucro em PP, hermeticamente selado

Aplicações :
- Alarme ou controle de nível
- Alarme de segurança
- Controle ou proteção de bombas
- Pode ser usado em líquidos limpos como água até efluentes.

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4. Exemplo de dimensionamento de um Poço de Esgotamento.

Dimensionar um poço de esgotamento para uma área industrial onde


trabalham duas máquinas, a primeira com uma vazão efluente de 300
litros/min durante 20 minutos em intervalos de 2,0 horas e a segunda com
vazão efluente de 200 litros/min durante 10 minutos em intervalos de 3,0
horas. O efluente deverá ser recalcado a uma altura manométrica total de
10,0 metros.
Solução:
Adotado uma bomba submersível de vazão Q=250 litros/min e H=10,0 mca.
Note que as vazões das máquinas são constantes em função do tempo

a. Simulação para a vazão efluente das duas máquinas simultaneamente.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7


Vazão Volume Volume
Vazão da Vazão da Vazão Vazão
Tempo Total Excedente Reservado
Máq. 01 Máq. 02 da bomba residual
(min) (1)+(2) (5)x∆t Σ(6)
(litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros/min)
(litros/min) (litros) (litros)
0 0 0 0 0 0 0 0
2 300 200 500 250 250 500 500
4 300 200 500 250 250 500 1000
6 300 200 500 250 250 500 1500
8 300 200 500 250 250 500 2000
10 300 200 500 250 250 500 2500
12 300 - 300 250 50 100 2600
14 300 - 300 250 50 100 2700
16 300 - 300 250 50 100 2800
18 300 - 300 250 50 100 2900
20 300 - 300 250 50 100 3000
22 - - - 250 -250 -500 2500
24 - - - 250 -250 -500 2000
26 - - - 250 -250 -500 1500
28 - - - 250 -250 -500 1000
30 - - - 250 -250 -500 500
32 - - - 250 -250 -500 0

b. Simulação para a vazão efluente de apenas da Máquina 1.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7


Vazão Volume Volume
Vazão da Vazão da Vazão Vazão
Tempo Total Excedente Reservado
Máq. 01 Máq. 02 da bomba residual
(min) (1)+(2) (5).∆t Σ(6)
(litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros/min)
(litros/min) (litros) (litros)
0 0 - 0 0 0 0 0
2 300 - 300 250 50 100 100
4 300 - 300 250 50 100 200
6 300 - 300 250 50 100 300
8 300 - 300 250 50 100 400
10 300 - 300 250 50 100 500
12 300 - 300 250 50 100 600
14 300 - 300 250 50 100 700
16 300 - 300 250 50 100 800
18 300 - 300 250 50 100 900
20 300 - 300 250 50 100 1000
22 - - - 250 -250 -500 500
24 - - - 250 -250 -500 0

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c. Simulação para a vazão efluente de apenas da Máquina 2.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7


Vazão Volume Volume
Vazão da Vazão da Vazão Vazão
Tempo Total Excedente Reservado
Máq. 01 Máq. 02 da bomba residual
(min) (1)+(2) (5).∆t Σ(6)
(litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros/min)
(litros/min) (litros) (litros)
0 - 0 0 0 - - -
2 - 200 200 250 - - -
4 - 200 200 250 - - -
6 - 200 200 250 - - -
8 - 200 200 250 - - -
10 - 200 200 250 - - -
12 - 0 0 250 - - -

d. Interpretação dos resultados obtidos:


- Da tabela do item a concluímos que o volume excedente do poço de
esgotamento deverá ser de 3000 litros.
- Da tabela do item b concluímos que o volume excedente do poço
poderia ser de 1000 litros, portanto, adotando o volume excedente
conforme item a estaremos a favor a segurança.
- Da tabela do item c observamos que o volume excedente poderia ser
nulo.

e. Volume final do poço.


O volume mínimo do poço deverá ser tal que permita que a bomba não
demore em demasia para ser ligada e nem, uma vez em funcionamento,
desligue de imediato, isto é, tenha um tempo de funcionamento mínimo de 2
a 5 minutos.
Chamaremos esse volume que garante um funcionamento mínimo de 2 a 5
minutos de Volume Mínimo – Vmin.
Assim o volume do poço deverá ser composto de três parcelas:

Vmin ... Volume mínimo - Vazão da bomba x (2 a 5) min


Vexc ... Volume excedente - Volume determinado no gráfico acima
Vext ... Volume extra - 10% do volume excedente

Portanto, o volume total do poço seria: Vtotal = Vmin + Vexc + Vext

Vmin = 250 x 2 = 500 litros


Vexc = 3000 litros
Vext = 3000 x 0,10 = 300 litros

Para o nosso exemplo: Vtotal = 3800 litros – Que corresponde ao volume


útil do poço.
Deverá ser verificado o funcionamento da bomba com apenas o efluente da
máquina 2, considerando o volume mínimo de 500 litros.

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f. Verificação do poço de esgotamento com apenas o efluente da Máq. 2.
Partindo do princípio que o poço de esgotamento deverá ter o volume
mínimo de 500 litros para iniciar o recalque.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7


Vazão Volume Volume
Vazão da Vazão da Vazão Vazão
Tempo Total Excedente Reservado
Máq. 01 Máq. 02 da bomba residual
(min) (1)+(2) (5).∆t Σ(6)
(litros/min) (litros/min) (litros/min) (litros/min)
(litros/min) (litros) (litros)
2,5 - 500 500 0 0 500 500
3 - 200 100 250 -150 -150 350
4 - 200 200 250 -50 -50 300
5 - 200 200 250 -50 -50 250
6 - 200 200 250 -50 -50 200
7 - 200 200 250 -50 -50 150
8 - 200 200 250 -50 -50 100
9 - 200 200 250 -50 -50 50
10 - 200 200 250 -50 -50 0
Portanto a bomba deverá funcionar durante 7,5 minutos para esgotar o
poço com o efluente apenas da Máquina 2.

g. Observações finais.
É muito importante a análise do resultado, avaliando a capacidade da
bomba, volume e dimensões finais do poço. Caso o volume resulte muito
grande deve ser selecionado uma outra bomba de maior capacidade ou
ainda o uso de duas ou mais bombas.
Caso a bomba selecionada ou disponível seja maior que as vazões
precipitadas, o volume do poço deverá ser igual ao volume mínimo, isto é,
igual ao volume de 2 a 5 minutos de funcionamento da bomba.

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5. Exercícios propostos:

1°. Dimensionar um poço de drenagem para um edifício situado na região


metropolitana de Curitiba, com uma área impermeabilizada de 550 m 2,
considerar um período de retorno de 5 anos e uma altura manométrica
total de 8,0 metros.

2°. Dimensionar um poço de drenagem para um posto de combustíveis


situado na região metropolitana do Rio de Janeiro, com uma área
impermeabilizada de 1500 m 2, considerar um período de retorno de 5
anos e uma altura manométrica total de 6,0 metros.

3°. Dimensionar um poço de esgotamento para uma PCH (Pequena Central


Hidrelétrica), com uma vazão total de águas de infiltração e de
resfriamento de 670 litros/min, considerar uma altura manométrica total
de 27,0 metros.

4°. Dimensionar um poço de esgotamento que deverá receber o efluente de


três máquinas, a primeira com uma vazão efluente de 100 litros/min
durante 10 minutos em intervalos de 2,0 horas, a segunda com vazão
efluente de 150 litros/min durante 15 minutos em intervalos de 3,0 horas
e a terceira com uma vazão efluente de 150 litros/min durante 10
minutos em intervalos de 2,0 horas . O efluente deverá ser recalcado a
uma altura manométrica total de 10,0 metros.

6. Referências:

Bombas KSB
Página: http://www.ksb.com.br/frame.htm

Bombas ABS
Página: http://www.abspumps.com/absgroup/default.asp?iLanguageID=9

Conaut Controles Automáticos Ltda


Página: http://www.conaut.com.br/conteudo.php?area=2

Nivitec Instrumentação e Controle Ltda


Página: http://www.nivetec.com.br/

FATEC-SP - DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA


13 PROF. CÉLIO CARLOS ZATTONI
PROF. EDMUNDO PULZ
AGOSTO / 2006

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