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As origens da Independência da América Espanhola

Primeiro parágrafo

Afirma que a Espanha não era uma metrópole desenvolvida. Identifica que tanto a
metrópole quanto as colônias exportavam produtos primários, dependiam da marinha
mercante estrangeira e era dominada por uma elite colonial pouco disposta a
economizar e a investir. Ainda, apenas as colônias produziam metais preciosos. Finaliza
dizendo que a economia colonial dependia da metrópole subdesenvolvida.

Parágrafo segundo

Inicia destacando a segunda metade do século XVIII, o governo dos Bourbons na


Espanha e a tomada de consciência do mesmo (modernizar a economia, a sociedade e as
instituições). Preocuparam-se com o declínio da produtividade da Espanha. Utilizaram-
se dos fisiocratas (agricultura e o papel do Estado), o mercantilismo (justificar uma
exploração eficiente dos recursos naturais), o liberalismo econômico (eliminar restrições
ao comércio e à indústria). Por fim, a ilustração (preferência concedida à razão e à
experimentação em oposição à autoridade e à tradição). Afirma incoerência na
formulação da política (modernidade lutando contra tradição).

Parágrafo terceiro

Declara que o objetivo econômico básico era desenvolver a agricultura. Cita o grande
desenvolvimento populacional do século XVIII e a procura por terra agricultável. Cita o
aumento da procura de produtos agrícolas na Espanha e no mercado internacional e o
consequente aumento dos preços e dos lucros dos proprietários rurais. Apresenta o
crescimento da população rural e a preocupação em melhorar as técnicas agrícolas,
comercializar a produção e eliminar os obstáculos ao crescimento. Cita as leis de 1765
(leis que regulamentavam a exportação de cereais) e suas medidas benéficas para a
comercialização de produtos (aboliram os preços máximos, permitiram o livre comércio
dentro da Espanha e promoveram as exportações). Cita o ano de 1788(comércio libre) e
as transformações: fazendeiros obtiveram direito de cercar suas propriedades, roçar
terras para pastagens, limitada distribuição de terras reais, municipais e eclesiásticas.

Parágrafo quarto

Afirma que o desenvolvimento econômico não produziu grandes mudanças sociais.


Ainda, houve uma coincidência de interesse entre os reformistas do governo, os
proprietários rurais e os exportadores. Cita o setor intermediário (comerciantes no
comércio ultramarino) e (novos industriais nas províncias da Península). Todos,
comerciantes e manufatureiros queriam liberalizar ainda mais o comércio e encontrar na
América os mercados que não podiam assegurar na Espanha.
Parágrafo quinto

Afirma que a Espanha perdeu, no século XVIII, a oportunidade de se modernizar.


Relata que os castelhanhos preferiram adquirir mais terras e artigos de luxo importados
a investir na indústria. Cita a apatia do governo e a resistência dos detentores de direitos
adquiridos como responsáveis pela frustração dos planos de reforma agrária. Menciona
os baixos rendimentos agrícolas, o não desenvolvimento do mercado nacional para a
indústria e infraestrutura ultrapassada. Aponta a ineficiência do sistema de transporte
como fator de impedimento da indústria. A organização comercial precária (exceção
cidades catalãs e alguns portos do norte da Espanha). Enfatiza o atraso da infraestrutura
comercial da Espanha (perdia a oportunidade de exportar cereais. A farinha para Cuba).

Parágrafo sexto

Cita a modesta recuperação econômica da segunda metade do século XVIII no comércio


colonial e na indústria catalãs. Sustenta que a Espanha continuou sendo agrária e o
comércio marítimo era visto como escoadouro para a produção agrícola. Menciona as
medidas modernizadoras de Carlos III (1759-1788) como revitalizadoras do setor
agrário e as semelhanças entre metrópole e colônias (ausência de divisão do trabalho
entre a metrópole e as colônias). Apresenta permanências (antigas estruturas
sobreviveram), derrotas (o movimento de reforma ruiu), possíveis causas (Revolução
Francesa, reação no reinado de Carlos IV (1799-1808). Discorre sobre o reinado de
Carlos IV (no seu reinado a coroa perdera credibilidade como agente de reforma),
modificações (troca os estadistas por cortesãos), cita Manuel Godoy (símbolo dos
últimos Habsburgos, válido clássico, favorecido real). América espanhola para Godoy
(fonte de metais e povo pagador de tributos).

Parágrafo sétimo

Declara que a América espanhola conseguiu encontrar na Inglaterra o que lhe faltava na
Espanha (fornecedor de produtos industriais, parceria comercial). Cita o rápido
desenvolvimento da econômica inglesa no século XVIII (produção de tecidos, indústria
algodoeira de Lancashire, produção de ferro e aço). Ainda, um terço da exportação
inglesa era para o ultramar. A indústria algodoeira exportava 66%, a indústria de lã
exportava 35%, a indústria do ferro e do aço 23,6 por cento. Destaca a dependência do
comércio inglês dos mercados coloniais: início do século XVIII (78% exportações
inglesas para Europa), no final do século XVIII ( absorviam apenas 30%, outros 30%
para América do Norte e 40% Índias ocidentais e colônias espanholas na América).
Destaca que a Inglaterra prezava o comércio com a América espanhola (a prata: meio
vital de comércio).

Parágrafo oitavo

Afirma que a parceria comercial da Inglaterra com a América espanhola não significou:
política imperialista britânica, intenção de expulsar a Espanha pela força, propósitos de
conquista e libertação dos povos coloniais. Sustenta que havia descontentamentos com
o domínio espanhol (exilados hispano-americanos, comerciantes). Ainda, a Inglaterra
não achava vital a incorporação do mercado hispano-americano ao império britânico.
Porém, relata que havia vulnerabilidade do mercado hispano-americano à penetração
inglesa. Cita o bloqueio britânico ao porto de Cádiz (1796), o abastecimento das
colônias espanholas pelos ingleses. Menciona a desagradável comparação entre
Inglaterra desenvolvida e Espanha estagnada como impactante na mente dos hispano-
americanos. Finaliza com a sutileza psicológica: qual o direito da Espanha manter seu
império na América? (os ingleses perderam a maior parte do seu império na América).

Parágrafo nono

Afirma que o império espanhol na América sustentava-se através do equilíbrio entre os


grupos de poder, a administração, a Igreja e a elite local. Discorre sobre a parcela de
poder que cabia a cada grupo: a administração (poder político, pouco poder militar,
autoridade e soberania derivada da coroa e da função burocrática). A soberania secular
confirmada pela Igreja, a missão religiosa, o poder econômico e jurídico. As elites se
dividiam em peninsulares (minoria, nativos da Espanha) e criollos (parcela maior,
brancos nascidos nas colônias). Cita que no século XVIII as oligarquias locais estavam
bem estabelecidas na América (baseado no direito adquiridos da terra, mineração,
comércio, laços de parentesco e aliança com a burocracia colonial, com a corte do vice-
rei e com os juízes da audiência e forte senso de identidade regional.

Parágrafo décimo

Apresenta algumas transformações da política dos Bourbons: alterou relações de poder,


a administração rompe o equilíbrio, o absolutismo esclarecido amplia a função do
Estado, prejuízo para o setor privado e afastamento da classe governante local, os
Bourbons remodelam o governo imperial, centralizam o mecanismo de controle,
modernizam a burocracia. Ainda, cria novos vice-reinados e nomeia novos funcionários,
os intendentes, novos métodos de governo, novos dispositivos administrativos e fiscais,
vigilância rigorosa da população americana. Significado: para a metrópole
(desenvolvimento racional), para as elites locais (ataque aos interesses). Aponta
substituição dos alcaldes mayores e os corrigedores (conciliadores de grandes
interesses) por intendentes. Página 25

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