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ADESTRAMENTO CANINO
Não se pode forçar qualquer animal a fazer o que este não quer.
O objetivo principal é fazer do cão uma companhia fiel, deixá-lo escolher “Andar
Junto”.
O encanto pessoal - Para usar o “encanto pessoal” temos que ser, para o cão,
encantadores. É estabelecido entre o dono e o cachorro, principalmente quando este é
ainda filhote, uma relação de comando, sendo tanto através de gesto, mas
primordialmente através do comando falado. Sendo assim, nossa voz tem um poder
mágico de encantamento.
A conversa com o animal é fundamental e deve ser o maior prêmio que este
recebe. Eles, assim como nós buscam muito amor, carinho e companhia acima de tudo.
Há claro, muitas outras maneiras para conquistar a atenção do cão, principalmente
quando você não é o dono desses, e ainda não possui muita intimidade com o bicho.
Então vamos a elas: Coisas e ou objetos os quais o agradam ou têm preferência dele.
Pode ser um brinquedo - uma bolinha de tênis, de borracha, um bonequinho ou até uma
lingüiça de pano (de uns 40 cm) dessas usadas em treinamento ofensivo.
A atenção do cão é fundamenta caso contrário, não será possível o êxito. O que
caracteriza totalmente a prática do adestramento é a obtenção da atenção do cão,
independente do estágio do ensinamento. Somente com a atenção do animal as
explicações e procedimentos pretendidos serão seguidos.
Assim, se ele andar junto, receberá nosso carinho e nossa atenção em enormes
elogios. Se não o fizer, você não deverá puni-lo, mas apenas não recompensá-lo.
Toda vez que ele andar junto e se comportar de acordo, ganhará carinho e
conversas amistosas, sendo necessário fazer isso em todo o período que ele estiver
agindo corretamente.
Importante: nunca deixe a premiação para outra hora, pois muitas vezes o animal
não consegue associar o prêmio com o mérito.
Ao final do processo, assim que ele estiver sentado e então tiver feito a parte dele,
é hora de fazermos a nossa e recompensá-lo com muito ânimo.
Aos poucos diminuiremos essa ajuda, na medida em que formos percebendo que
ele começa a sentar-se para receber o elogio ou o prêmio e. surpreendentemente e
gratificante, o cão após isso se mostrará disposto a continuar, a fazer mais e mais, sendo
então vital a associação, e aí você pode colocá-lo a andar um pouco ou qualquer outra
brincadeira que seja ou não parte integrante do aprendizado.
Então, pode parecer até bobagem, mas se você imaginar: ... como é, não vai
sentar? ...o que você está esperando para sentar? ... senta vamos! Poderá ser
surpreendido com o animal.
Uma prova disso são as diversas reações dos bichos quando, por exemplo, você
está em casa e pensa em sair com seu cão, como que por encanto, ele chega antes no
lugar onde você guarda a coleira, ou então, ao ouvir o barulho de um pote de ração, o
sistema nervoso involuntário do parassimpático o faz salivar.
Seu cão fará muitas vezes exatamente o que você espera dele. Se achar que ele
não vai fazer... ele não o fará. Dessa forma, há uma indução mental, e o cão responde
ao erro por estarmos sempre pensando negativamente: ... eu acho que ele não vai
conseguir....
Uma parte delicada do treinamento e aparentemente vista pelos leigos por simples
e/ou bobagem é a de ensinar o cão a deitar após um pedido.
Isso ocorre porque a posição "deitado" é bastante confortável mas também não
muito adequada na defesa para o cão, sendo uma posição relativamente expressada pela
vulnerabilidade. Dessa forma é, praticamente, impossível obrigar um cão a deitar-se sem
utilizar a violência. Entretanto, se o cão for forçado a deitar mediante violência, ele ficará
desconfiado para o resto do treinamento e débil para o adestramento.
Sendo assim, se empurrarmos um animal para a frente ele nos impuserá a mesma
força para trás, e se empurrarmos para trás ele nos forçará para a frente... se forçá-lo
para baixo ele fará força para se levantar. É claro que a lei de ação e reação já estaria
presente independente da vontade do cão, mas serve para demonstrar que o cão
teimará sempre. Então, é necessário ensiná-lo a deitar, recompensando–o em seguida.
Poderemos ainda utilizar a isca - oferecendo, mas não deixamos que ele a coma
antes de deitar-se. Bem devagar vamos baixando a isca até ele deitar-se ocasião em que
poderá comê-la.
Aí você já sabe, fazer muita festa e carinho, para depois continuar o treinamento
com algo complementar, andar ou correr pode ser.
Depois basta repetir os dois primeiros passos. Após a primeira, poderá iniciar o
comando “RUGEN” ou down, deitar..., escolhendo um para usá-lo sempre.
Ao levantar, dê uma corridinha como prêmio por ele ter ficado quieto aqueles
segundos.
Para começar a fazê-lo ficar, inicie na posição básica, emita o comando deita,
então fale o comando fica com a mão espalmada à frente do focinho e dê um passo
pequeno e lento à frente, voltando em seguida para obter confiança do cão.
Faça isso novamente e, ao voltar para o cão, passe por trás dele, até chegar junto
para assumir a posição básica.
O cão será considerado treinado quando ele puder se controlar, sem sair do
seu lugar e vê-lo sair, afastar-se e sumir por uma hora.
Para chamar usamos o próprio nome do cão, sem um comando especial. É muito
mais fácil, tanto para o cão quanto para nós, utilizarmos o nome dele, para chamar.
Normalmente o cão, que já deverá estar ansioso para vir junto, entenderá
imediatamente.
O exercício que é o mais fácil de todos para aprender, é também, o mais fácil de
desaprender.
Se você chamá-lo por algo que acha que fez de errado, sem se dar conta, aplicar um
estímulo negativo, como uma zanga, por exemplo, terá perdido no mínimo uma semana
de trabalho para fazê-lo associar novamente seu nome a alguma coisa de prazer e
satisfação.
Devemos seguir o critério de fazer sempre pequenas alterações de cada vez para
dar ao cão maior segurança. Também, como estamos usando uma guia de 10 metros, o
cão mesmo que “saia da raia” não nos tira o controle, e nunca deve nos tirar a paciência,
não se esqueça disso jamais, pois se não, conseqüências diversas surgem.
Depois que o cão compreendeu o exercício, vamos repeti-lo com uma pequena
alteração: desatrelar a guia da coleira, sem que ele perceba, e proceder com a mesma
coreografia: deixaremos a guia para trás no nosso rastro, procurando realiza-lo da
mesma maneira como se estivesse com a guia atrelada. Além de repetir todos os gestos,
deveremos ter o cuidado de fazê-lo no mesmo lugar.
Quando chamarmos o cão, pelo nome, faremos o mesmo gesto, dando um leve
puxão na guia. Surpreendentemente, ele virá sozinho.
Nunca devemos correr atrás de um cachorro fujão! Ele sempre será mais rápido
que nós. Se ele foge, é porque esta com medo. Correr atrás dele será dar-lhe a certeza
de que queremos pegá-lo.
Para se ensinar ao cão a pegar um objeto, começa-se sempre com algo que ele
goste. Uma bolinha, um pedaço de pau, um pedaço de corda enrolada, um frisbee,
qualquer coisa. E, depois transformamos a brincadeira em jogo sério.
Se o cão já é adulto ou se, simplesmente, ele não pega nada por já ter sido
traumatizado, temos que tentar outro método.
Todas as vezes que se quer ensinar algo novo a um cão, temos que mostrar, o
quanto antes, o final do exercício.
Quando você coloca algo na boca do seu cão ele logo irá pensar que terá que
engolir aquilo, exatamente como você faz com os remédios. Para que ele não se sinta
desconfortável, tão logo você introduza o objeto em sua boca retire-o, acompanhado de
um comando.
Usaremos o comando "Busca!" para o cão pegar o objeto e "Aus!" para o cão
largar o objeto.
Essa etapa só poderá ser iniciada quando o cão já estiver pegando o objeto sem
problemas ao ouvir o comando "Busca!".
Vamos abaixar cerca de um centímetro de cada vez até que ele pegue o objeto
encostado no chão.
A próxima etapa será fazê-lo dar um passo para pegar o objeto no chão. Depois
dois passos até ele sair correndo para buscar o objeto e trazê-lo em suas mãos.
Dá trabalho, mas é muito fácil. Você tem três maneiras de ensinar a seu labrador
a trazer e entregar a bolinha. As três requerem muita paciência:
Se ele já gosta de trazer, não poderá fugir. Recolha a guia longa muito
lentamente, sem forçar jamais, até que ele esteja perto o suficiente para você colocar a
mão na bolinha que está na boca. Faça carinho, brinque com ele até que solte a bolinha.
Não puxe ou tente tirar a bolinha de sua boca à força. Se fizer isso ele irá segurar
com mais força e puxar contra, achando que faz parte da brincadeira. O objetivo é trocar
a bolinha pelo carinho e elogios.
2. Utilizando uma isca que ele goste muito para "comprar" a bolinha. Nesse
método também se usa a guia longa. Quando ele chegar perto o suficiente para que você
consiga segurar a bolinha de sua boca, mostre o petisco e tente "comprar" a bolinha,
pagando com o petisco.
Pare e permaneça parado até que ele perceba que você não o está perseguindo.
Ele irá parar também. Nesse momento peça novamente a bolinha (claro, sem esperar
que ele entenda), abaixe-se e insista um pouco. Como ele não irá entregar virem-lhe as
costas e comece a fazer outra coisa (como os cães, quando fazem “ouvidos de
mercador”), brinque com a grama ou com alguma coisa que estiver por perto. Tente
mostrar que se ele não lhe entregar a bolinha, a brincadeira acabou.
Se ele soltar a bolinha no chão, vá até lá e jogue-a novamente, para que entenda
primeiro, que você quer continuar a brincadeira, e depois, que é preciso sua colaboração.
Você vai perceber que, em dado momento, ele vai pegar a bolinha trazendo-a
para soltar mais perto de você. NÃO PERCA essa oportunidade para pegar a bolinha e
jogar novamente para ele pegar. Nesse momento, ele estará começando a entender que
deve levar a bolinha para você jogá-la novamente.
Depois que ele aceitar essa atitude de trazer para mais perto, algumas vezes,
comece a endurecer o jogo, exigindo cada vez mais perto. Nessa segunda etapa deste
procedimento basta que ele aproxime a bolinha mais uma vez. Você deve exigir cada vez
mais perto até ele trazer junto mesmo.
Novamente NÃO perca essa oportunidade para se mostrar super alegre com a
atitude para jogar a bolinha novamente para ele buscar. Com a continuidade ele deverá
entregar a bolinha em mãos.
O objetivo do treinamento do faro é fazer com que o cão associe o rastro deixado
por uma pessoa àquilo que ele mais gosta. Tipo: no fim, se ele achar ganha um prêmio.
1. descubra o petisco que o cão mais gosta: salaminho, salsicha, fígado cozido,
biskrok etc.
2. faça na grama virgem (ainda não pisada), uma trilha com pequenos
pedacinhos desse petisco (de 10 em 10 cm) de maneira que ao comer um ele já veja o
outro e ao mesmo tempo associe com o cheiro da grama pisada. (Você já deve ter
sentido o cheiro de grama recém-cortada, pois bem, o cão, que tem o olfato mais
apurado que o nosso, consegue sentir o cheiro de grama pisada).
3. Essa trilha deve ser feita de manhã cedo, antes dos cães terem se alimentado
e pode, no início, ser de um metro reto, com uma esquina e, depois, mais um metro. Ele
vai fazer a trilha na primeira tentativa.
5. A próxima etapa é esconder a isca numa bolsinha que o cão não consiga
abrir. Ele terá que achar a bolsinha, avisar e esperar até que você chegue para abrir a
bolsinha e oferecer o petisco.
Espero que tenham gostado e aprendido um pouquinho mais como lidar com seu
companheiro. Sucesso e felicidade.