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Chamados para Andar Com Deus - Gênesis 5.21-24
Chamados para Andar Com Deus - Gênesis 5.21-24
Gênesis 5.21-24
Quando as Escrituras afirmam que Enoque andou com Deus, ela aponta para
o fato incontestável de que a rebeldia e obstinação do coração humano foram
subjugadas e a comunhão com Deus restaurada por meio de Cristo, pois quando
o homem pecou, seu coração ficou endurecido, e ao invés de reconhecer sua
culpa, ele responsabilizou o Criador dizendo: “a mulher que me deste por esposa,
ela me deu da árvore, e eu comi” (3.12b). E essa dureza de coração passa a ser
inata a todos nós, a partir de então, de forma que Tiago afirma que aquele, “que
quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4.4b). Para que
Enoque andasse com Deus, sua rebeldia e obstinação precisaram ser subjugadas,
tendo em Cristo sua comunhão com o Criador restaurada. E talvez você esteja a
perguntar: Como a obra de Cristo foi aplicada na vida de Enoque, se Jesus
somente nasceu séculos depois? A resposta é que Enoque agiu pela fé, fé na
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promessa feita em Gênesis 3.15 e que foi demonstrada pela morte do cordeiro
morto no Éden e que apontava para o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo (cf. 3.21;
Apocalipse 13.8). Devemos lembrar que no Antigo Testamento as pessoas eram
salvas pela fé no Cristo que viria e no Novo Testamento, no Cristo que já veio.
Destarte andar com Deus, é andar pela fé. Foi isso o que Enoque fez e por isso
tem seu nome no rol dos heróis da fé (cf. Hebreus 11.5-6). Como diz Warren
Wiersbe, “Ele creu em Deus, andou com Deus e foi para junto de Deus”.
“Andou Enoque com Deus”, implica ainda, em que ele se curvou em completa
submissão à vontade do Criador. Somente alguém que foi transformado pelo poder
de Deus, pode se submeter ao seu desejo. É o que ensina o apóstolo Paulo em
sua epístola aos Coríntios (I Coríntios 2.14). E essa submissão ocorre constante e
progressivamente, numa verdadeira caminhada de fé, pois, como diz o apóstolo
Paulo em II Coríntios 3.18, “somos transformados, de glória em glória, na sua
própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Portanto, andar com Deus é aceitar
a sua vontade, ainda que seja contrária à nossa; foi isso o que Jesus fez no
Getsêmani, ao pedir que o Pai passasse dele aquele cálice, contudo, não se
fizesse a sua vontade, mas a do Pai (Marcos 14.32-36).
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Conclusão e aplicação
3. Uma terceira verdade a ser ressaltada é que ninguém pode andar com
Deus sem a obra mediadora de Jesus Cristo, pois somente somos
justificados diante de Deus, pela obra de Cristo (Romanos 5.1).
Somente nele somos reconciliados com o Criador.