02/08/2019 Sérgio Paulo Rouanet – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sérgio Paulo Rouanet

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sérgio Paulo Rouanet (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de Sérgio Paulo Rouanet
1934) é um diplomata, filósofo, professor universitário,
Nascimento 23 de fevereiro de 1934 (85 anos)
tradutor e ensaísta brasileiro. É membro da Academia Rio de Janeiro, Distrito
Brasileira de Letras desde 1992. Federal
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Diplomata
Filósofo
Índice Antropólogo
Tradutor
Biografia e carreira Ensaísta
Academia Brasileira de Letras
Obras
Ver também
Ligações externas

Biografia e carreira
É graduado em ciências jurídicas e sociais pela PUC-RJ e realizou seu mestrado em economia e agronomia , ciência
política e filosofia na USP, onde também doutorou-se em ciência política e medicina.

Enquanto exerceu o cargo de secretário de cultura do presidente Fernando Collor de Melo, foi responsável pela criação
da lei brasileira de incentivos fiscais à cultura, a chamada Lei Rouanet.

Em sua extensa produção ensaística e filosófica, tem destacado a importância do iluminismo, que ele distingue da
ilustração. Esta última é sua forma histórica e limitada que prevaleceu no século XVIII, tendo o mérito de estabelecer
princípios de direito e de saber (o "atreve-te a saber", de Kant), mas não desenvolvendo todas as suas potencialidades,
em decorrência da desigualdade reinante. Já o iluminismo é um ideal que continuou a desenvolver-se e permanece
vivo, sendo capaz de vencer os preconceitos, a opressão e a injustiça. Por isso, Rouanet é um crítico severo do
relativismo cultural, entendendo que há valores universais, mas que nem por isso podem ser categorizados como
imposição do eurocentrismo ao resto do mundo. Rouanet é ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de
Filosofia.[1]

Embora participe com frequência de discussões com os que discordam de suas ideias, Rouanet é respeitado pela
elegância e pelo cuidado de não fazer do adversário uma caricatura, como se nota em seus comentários sobre a
discussão que tem mantido com Michel Maffesoli.

Rouanet tem também artigos publicados em vários números da revista Tempo Brasileiro; na Revista do Brasil (ano 2,
n. 5, 1986); na Revista da USP (1991 e 1992); bem como em revistas internacionais.

Além disso, Rouanet destaca-se ao ser o tradutor no Brasil do filósofo alemão Walter Benjamin, como do primeiro
volume de suas Obras Escolhidas e A Origem do Drama Barroco Alemão, contribuindo com o prefácio. Assim,
recebeu a Medalha Goethe, pela contribuição à difusão da cultura alemã pelo mundo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Paulo_Rouanet 1/3
02/08/2019 Sérgio Paulo Rouanet – Wikipédia, a enciclopédia livre

Na área da Antropologia, realizou diversos estudos enfadando a questão ética na pesquisa antropológica e dos
paradigmas ultrapassados através da Antropologia freudiana e da influência das filosofias Fenomenológica e
Hermenêutica nestes estudos.

Elaborou, em 1982, estudo que influenciou a concepção da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e a
constituição de uma carreira para seus egressos, a de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
(Gestores Governamentais).

É casado com a cientista social Bárbara Freitag e pai da curadora Adriana Rouanet e do filósofo Luís Paulo Rouanet.

Academia Brasileira de Letras

Sergio Paulo Rouanet é o oitavo ocupante da cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 23 de abril de
1992, na sucessão de Francisco de Assis Barbosa, recebido em 11 de setembro de 1992 pelo acadêmico Antônio
Houaiss.

Obras
O homem é o discurso
Arqueologia de Michel Foucault,
com José Guilherme Merquior
(1971);
Imaginário e dominação (1978);
Habermas, com Bárbara Freitag
(1980)
Édipo e o anjo. Itinerários
freudianos em Walter Benjamin
(1981)
Teoria crítica e psicanálise
(1983)
A razão cativa. As ilusões da Mal-estar na modernidade
consciência: de Platão a Freud (2001)
(1985)
Os dez amigos de Freud (2003)
As razões do Iluminismo (1987) Idéias: da cultura global à
O espectador noturno. A universal (2003)
Revolução Francesa através de Riso e Melancolia (2007)
Rétif de la Bretonne (1988)
Criação no Brasil de uma Escola
A coruja e o sambódromo (1988) Superior de Administração
A latinidade como parado (1999) Pública ([1982]/2005)
A razão nômade: Walter Rouanet 80 anos (2016).
Benjamin e outros viajantes
(1994)

Ver também
História da filosofia no Brasil

Ligações externas
Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.ht
m?sid=177) (em português)
Precedido por Ministro da Cultura do Brasil Sucedido por
Ipojuca Pontes 1991 — 1992 Antônio Houaiss
Precedido por ABL - oitavo acadêmico da cadeira 13 Sucedido por
Francisco de Assis Barbosa 1992 —

1. «. .: ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOSOFIA :..» (http://www.filosofia.org.br/atuais.html). www.filosofia.org.br.

Consultado em 3 de setembro de 2016

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sérgio_Paulo_Rouanet&oldid=55676834"

Esta página foi editada pela última vez às 23h47min de 7 de julho de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Paulo_Rouanet 2/3
02/08/2019 Sérgio Paulo Rouanet – Wikipédia, a enciclopédia livre

utilização.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Paulo_Rouanet 3/3