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Como se preparar para a 2ª Fase Exame 
de Ordem – Penal 
Fernanda Escobar | Maria Patrícia Vanzolini 
9ª para 10ª edição, 2012 
 
P.  65  –  Excluir  o  texto  do  item  1.4  (ausência  de  tipicidade)  e  incluir  a  redação  que  segue  no  subtítulo  1.4.1 
(tipicidade Formal): 
 
1.4.1 Tipicidade Formal 
Tipicidade formal é a adequação entre o fato concreto e lei penal. Só será responsabilizado criminalmente aquele 
que praticar fato descrito em lei penal incriminadora. 
Assim,  ninguém  pode  ser  punido,  por  exemplo,  pela  prática  da  prostituição,  visto  que  não  há  nenhuma  norma 
penal incriminando esta conduta. 
A tipicidade pode ser direta ou indireta. Será direta quando o fato praticado encontrar sua descrição perfeita na lei 
penal.  Tipicidade  por  subordinação  indireta  ocorre  nos  casos  em  que  é  necessária  outra  norma  para  produzir  a 
adequação típica. É o que acontece nas hipóteses de concurso de pessoas (art. 29 do Código Penal) e de tentativa 
(art. 14, II, do Código Penal). 
 
Dica:  Ao  analisar  o  quesito  da  tipicidade,  tenha  sempre  em  mente  que  o  fato  típico  tem  que  preencher:  a) 
tipicidade formal e b) tipicidade material. E dentro da tipicidade formal é preciso que preencha: a.1) tipo objetivo 
e a.2) tipo subjetivo. Caso contrário, o fato será atípico.  
 
A tipicidade formal compõe‐se de elementos objetivos (descritivos e normativos) e elementos subjetivos (dolo e 
culpa).  
Segundo a estrutura proposta pelo modelo finalista, ambas as dimensões do tipo devem estar preenchidas para 
que o fato seja típico.  
 
 
P.  90/91  –  No  item  1.1.5  (interrupção)  substituir  o  item  “  a  decisão  confirmatória  da  pronúncia”  pelo  texto 
abaixo: 
 
‐  a  decisão  confirmatória  da  pronúncia:  da  decisão  que  pronuncia  o  réu  pode  interpor,  a  defesa,  recurso  em 
sentido  estrito.  Caso  o  Tribunal  decida  por  negar  provimento  ao  recurso,  mantendo  a  pronúncia,  o  acórdão 
confirmatório também interrompe o prazo prescricional. Também a pronúncia do réu pelo Tribunal, em razão de 
apelação (art. 593, II do CPC, com redação dada pela Lei 11.689/2008) 
 
 
P. 109 – Substituir os comentários feitos ao art. 564 do CPP pelo que segue: 
“Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:  
        I ‐ por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; 
        II ‐ por ilegitimidade de parte; 
        III ‐ por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
        a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto 
de prisão em flagrante; 
        b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; 
        c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 
anos; 
        d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela 
parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; 
        e) a citação do réu para ver‐se processar, o seu interrogatório, quando presente (...); 
        f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos 
perante o Tribunal do Júri; 
        (...) 
        j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;  
        k) os quesitos e as respectivas respostas; 
        l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;  
        m) a sentença;  
        n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;  
         o)  a  intimação,  nas  condições  estabelecidas  pela  lei,  para  ciência  de  sentenças  e  despachos  de  que  caiba 
recurso;  
        p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento;” 
 
 
P. 111 – Inserir, ao final da página, o item abaixo: 
 
IV – TESE SUBSIDIÁRIA DE MÉRITO 
Chamamos  aqui  de  tese  subsidiária  de  mérito  aquela  na  qual  se  requer,  em  homenagem  ao  princípio  da 
eventualidade, que, em caso de condenação a situação do réu seja a mais favorável possível.  
Há  quatro  itens  que  podem  ser  incluídos  nessa  categoria  e  você  deve  obedecer  exatamente  a  essa  ordem  ao 
desenvolver as teses de postular os pedidos relacionados: 
a)  Desclassificação:  verifique  se  não  é  possível  defender‐se  a  existência  de  crime  mais  brando  do  que  aquele 
constante na denúncia ou queixa; 
b) Dosimetria: verifique se é possível pedir que a pena base seja fixada no mínimo, além da exclusão de eventuais 
circunstâncias  desfavoráveis  (ex.:  maus  antecedentes),  agravantes,  majorantes  ou  qualificadoras  e  do 
reconhecimento de eventuais atenuantes, minorantes ou privilégios; 
c)  Regime  de  cumprimento  da  pena:  veja  se,  em  face  da  pena  estimada  acima,  é  possível  defender‐se  o 
cabimento de regime inicial semiaberto ou aberto; 
d)  Benefícios  penais:  verifique  se  é  pertinente  defender‐se  a  substituição  da  pena  privativa  de  liberdade  por 
restritiva de direitos (art. 44 do CP) ou a concessão do sursis (art. 77 do CP). 
POR FIM, VALE DESTACAR QUE NEM TODA PEÇA COMPORTA A TESE SUBSIDIÁRIA DE MÉRITO. NA ANÁLISE DAS 
PEÇAS EM ESPÉCIE VOCÊ APRENDERÁ QUANDO PODE ARGUI‐LA. 
 
P. 115 – Substituir os itens 2.3, 2.4 e 2.5 pelo que segue: 
 
2.3 Pedido de relaxamento da prisão em flagrante 
 
Tem como pressuposto uma prisão em flagrante ilegal, seja por vício material (não havia situação de flagrância), 
seja por vício formal (irregularidades na confecção do auto de prisão em flagrante, falta da entrega da nota de 
culpa  e  da  comunicação  à  defensoria  pública).  Ocorre  que,  com  as  modificações  introduzidas  pela  Lei 
12.403/2011, essa peça dificilmente será utilizada, pois a prisão em flagrante será em 24 horas informada ao juiz 
competente, que deverá, ato contínuo, decidir se relaxa a prisão, converte em preventiva ou concede a liberdade 
provisória, com ou sem fiança. Ou seja, se após a comunicação ao juiz o indiciado é mantido preso já não o é em 
virtude da prisão em flagrante e sim em virtude de eventual prisão preventiva na qual aquela foi convertida, de 
modo que é a preventiva que se deve combater. 
 
2.4 Pedido de revogação da prisão temporária 
 
Tem como pressuposto uma prisão temporária decretada em desacordo com a Lei 7.960/1989. Observe que tal 
diploma estabelece um rol restrito de crimes em relação aos quais é admitida essa cautelar. Se o problema tratar 
de crime diverso, a prisão é ilegal.   
 
2.5 Pedido de revogação da prisão preventiva ou concessão da liberdade provisória  
Tem  como  pressuposto  a  existência  de  uma  prisão  preventiva  ilegalmente  decretada  (seja  de  forma  originária, 
seja em virtude da  conversão de uma  prisão em flagrante anterior). Embora tais pedidos possam ser feitos em 
separado  é  bastante  comum  que  sejam  feitos  em  conjunto.  Assim  pode‐se  argumentar  que,  não  estando 
presente  qualquer  razão  que  justifique  a  restrição  cautelar  da  liberdade,  deve  ser  a  preventiva  revogada  (nos 
termos do artigo 316 do CPP) ou caso se entenda estar presente alguma necessidade de restrição cautelar, que 
seja  concedida  a  liberdade  provisória acompanhada,  se  for  o  caso,  de  outra  medida  cautelar  prevista  no  artigo 
319 do CPP (como dispõe o artigo 321 do CPP). A Lei 11.464/2007 revogou a parte final do inciso II, do art. 2.º, da 
Lei 8.072/1990, que vedava a concessão da liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados. Portanto, 
de acordo com a nova disciplina, é possível a concessão de liberdade provisória sem fiança aos crimes hediondos 
(embora a questão seja ainda bastante controversa nas Cortes Superiores). 
 
 
P. 133 – Alterar o item “a”, ao final da página pelo texto abaixo: 
 
a) quando não houver justa causa. Podem‐se apontar, exemplificativamente, as seguintes situações: 
– indeferimento do pedido de relaxamento da prisão em flagrante – indeferimento do pedido de revogação de 
prisão preventiva sem a devida fundamentação ou com fundamento insuficiente; 
 
 
P. 134 – Substituir o item “e” pelo que segue: 
 
e) quando não se admitir fiança, nos casos em que a lei a prevê.  
O  Código  de  Processo  Penal,  com  a  atual  redação  dada  pela  Lei  12.403/2011,  autoriza  a  fiança  em  todos  os 
delitos,  salvo  para  os  crimes  de  racismo,  tortura,  tráfico  ilícito  de  entorpecentes  e  drogas  afins,  terrorismo,  os 
definidos  como  crimes  hediondos  e  os  cometidos  por  grupos  armados,  civis  ou  militares,  contra  a  ordem 
constitucional e o Estado Democrático. Nos demais casos, não estando presentes as situações do artigo 324 do 
CPP, a fiança deve ser concedida e, caso não seja, é possível a impetração de habeas corpus. (observe que quando 
a fiança é indeferida pelo Juiz cabe também recurso em sentido estrito – art. 581, V); 
 
 
P. 134 – No parágrafo que trata das hipóteses de não cabimento do habeas corpos,  incluir outra modalidade: 
 
– contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar (Súmula 691 
do STF) 
 
 
P. 139 – Substituir o teor da observação pelo que segue:  
 
Observação: era bastante comum o manejo do MS para assegurar o direito do advogado consultar os autos de 
inquérito  policial  sigiloso.  Ocorre  que  em  2009  o  STF  aprovou  a  Súmula  Vinculante  14  do  STF,  com  o  seguinte 
teor:  “É  direito  do  defensor,  no  interesse  do  representado,  ter  acesso  amplo  aos  elementos  de  prova  que,  já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa”. A partir de então a decisão que nega acesso aos autos ao advogado, 
violando  a  respectiva  Súmula,  passou  a  desafiar  também  “Reclamação”  diretamente  ao  Supremo  Tribunal 
Federal, nos termos do art. 7.º da Lei 11.417/2006. 
 
 
P. 141 – Substituir o segundo parágrafo do item “Quando é cabível” pelo texto abaixo: 
 
Importa observar, no tocante ao pedido de arbitramento de fiança, que este só deverá ser dirigido à autoridade 
policial  no  caso  de  infração  cuja  pena  privativa  de  liberdade  máxima  não  seja  superior  a  4  (quatro)  anos.  Nos 
demais casos, o arbitramento da fiança deverá ser requerido ao juiz. 
 
 
P. 143 – Incluir no item “Qual é o prazo” o comentário abaixo indicado: 
 
Importa  destacar  que  no  contexto  atual  houve  uma  relativa  perda  de  importância  da  peça  em  questão.  Isso 
porque  o  flagrante  deve  ser,  em  24  horas,  encaminhado  ao  Juiz,  que  decidirá  pela  sua  conversão,  ou  não,  em 
prisão preventiva. Portanto, só é pertinente o pedido de relaxamento antes que o juiz tenha deliberado a respeito 
da conversão. Após, o que haverá, se for o caso, é um pedido de revogação da prisão preventiva.  
 
 
P. 144 – Atualizar o item 6 “Liberdade Provisória”: 
 
6. PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA   
Previsão legal 
A possibilidade de revogação da prisão preventiva está estabelecida pelo art. 316 do CPP. 
Quando é cabível 
A  prisão  preventiva  é  a  medida  cautelar  que  só  se  justifica  quando  houver  situação  de  necessidade  processual 
consignada no artigo 312 do CPP. Em suma: não se trata de antecipação de cumprimento da pena e só tem razão 
de ser em caso de premência para garantir a efetividade do processo. Mas não é só. Na atual sistemática do CPP a 
prisão preventiva não é a única medida cautelar e sim a medida extrema, que só se justifica nas ocasiões em que 
todas as demais medidas não privativas de liberdade se demonstrarem insuficientes. 
A prisão preventiva pode ser oriunda de uma prisão em flagrante convertida ou pode ser diretamente decretada 
pelo  juiz.  Em  qualquer  caso  devem  ser  respeitados  os  estritos  limites  do  artigo  313  do  CPP.  De  forma  que  só 
poderá ser decretada nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) 
anos;  se  o  réu  for  reincidente  em  crime  doloso;  se  o  crime  envolver  violência  doméstica  e  familiar  contra  a 
mulher,  criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para  garantir a execução das  medidas 
protetivas de urgência; ou quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer 
elementos  suficientes  para  esclarecê‐la,  devendo  o  preso  ser  colocado  imediatamente  em  liberdade  após  a 
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
Os  pressupostos  indispensáveis  para  a  decretação  da  prisão  preventiva  são:  prova  da  existência  do  crime  e 
indícios suficientes de autoria.  
Além disso, deve obrigatoriamente estar presente uma das situações do artigo 312: necessidade de garantia da 
ordem  pública,  da  ordem  econômica,  por  conveniência  da  instrução  criminal,  para  assegurar  a  aplicação  da  lei 
penal  ou  em  caso  de  descumprimento  de  qualquer  das  obrigações  impostas  por  força  de  outras  medidas 
cautelares (art. 282, § 4.o). 
 
Qual o prazo 
O pedido pode ser realizado a qualquer momento do processo, até o trânsito em julgado da sentença. 
A quem é dirigido 
Em regra, é endereçado ao juiz de primeira instância. O delegado de polícia não pode revogar a prisão preventiva.  
Quem é legitimado 
A própria pessoa submetida à prisão. 
O que se deve pedir 
Deve‐se pedir a revogação da prisão preventiva, com fulcro no artigo 316 do CPP ou, caso assim não se entenda, a 
concessão da liberdade provisória, impondo‐se, se for o caso, as medidas cautelares previstas no artigo 319 do 
CPP. 
Processamento 
O  pedido  deve  ser  dirigido  ao  juiz  de  primeira  instância.  Revogada  a  preventiva  o  réu  deve  ser  colocado  em 
liberdade. Se for concedida a liberdade provisória, o réu obrigar‐se‐á a comparecer a todos os atos do processo, 
sob pena de revogação. 
Da decisão que indefere o pedido de revogação da preventiva cabe a impetração de ordem de habeas corpus. Da 
que revoga, o remédio cabível é o recurso em sentido estrito por parte da acusação. 
 
 
P. 152 – Alterar o primeiro parágrafo do título “Quando é cabível” pelo que segue: 
 
A  defesa  preliminar  é  cabível  no  caso  de  processo  por  crimes  de  responsabilidade  de  funcionário  público  (arts. 
312 a 326 do Código Penal). Segundo a Súmula 330 do STJ, de 20.09.2006, é desnecessária a resposta preliminar 
de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal na ação penal instruída por inquérito policial.  
 
 
P. 167 – Substituir as assertivas c e d no item “o que se deve pedir” pelo que segue: 
 
c)caso a defesa alegue tese de mérito (atipicidade, excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade, escusas 
absolutórias, falta de prova), o pedido deverá ser a absolvição do acusado, fundamentada em um dos incisos do 
art. 386 do CPP; 
d)se a defesa alegar tese subsidiária de mérito (em caso de condenação): desclassificação para crime mais leve, 
exclusão  de  eventuais  qualificadoras,  majorantes  ou  agravantes  constante  na  denúncia,  reconhecimento  de 
eventuais privilegiadoras, minorantes ou atenuantes presentes no enunciado; fixação de regime inicial aberto ou 
semiaberto  –  se  for  possível  de  acordo  com  o  art.  33  do  CP;  substituição  da  pena  privativa  de  liberdade  por 
restritiva de direitos – se estiverem presentes os requisitos do art. 44 do CP; suspensão condicional da pena – se 
estiverem presentes os requisitos do art. 77 do CP. 
 
 
P. 168 – Modificar os itens c e d das hipóteses de memorias de defesa: 
 
c) quando a defesa alegar como tese de mérito a atipicidade, excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade 
ou  negativa  de  autoria  deverá  requerer  a  absolvição  sumária,  com  fundamento  no  art.  415  do  CPP.  Quando  a 
defesa  alegar  como  mérito  a  falta  de  prova  de  autoria  ou  materialidade  deverá  requerer  impronúncia,  com 
fundamento no art. 414 do CPP. 
d) quando a defesa alegar, como tese subsidiária de mérito a existência, de crime excluído da competência do 
júri deverá requerer a desclassificação, com fundamento no art. 419 do CPP. Quando a defesa alegar como tese 
subsidiária de mérito a existência de crime incluído na competência do júri, porém mais leve do que o descrito 
na denúncia, deverá requerer a desclassificação imprópria, com fundamento no art. 413 do CPP (de homicídio 
para infanticídio ou induzimento ao suicídio ou de homicídio qualificado para homicídio simples, por exemplo). 
Não  se  pode  deduzir,  no  entanto,  nenhum  dos  pedidos  relativos  à  fixação  de  regime  inicial,  substituição  ou 
suspensão da pena ou valor de eventual indenização. 
 
 
P. 180 – Substituir os itens c e d  dentro da hipótese “o que se deve pedir”: 
 
c)caso a defesa alegue tese de mérito, o pedido deverá ser a absolvição do acusado, fundamentada em um dos 
incisos do art. 386 do CPP. 
d)se a defesa alegar tese subsidiária de mérito, o pedido deverá ser a desclassificação do crime ou a mitigação da 
pena.  Esta  pode  ser  fundamentada:  na  redução  da  pena  base  ao  patamar  mínimo,  na  exclusão  de  agravante, 
majorante ou qualificadora, no reconhecimento de atenuante, minorante ou privilegiadora, fixação de regime de 
cumprimento  de  pena  mais  favorável  do  que  o  estabelecido  ou  a  concessão  de  benefício  penal  eventualmente 
negado como a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, do sursis penal.  
 
 
P. 198 – Excluir o último parágrafo do item “qual é o prazo” e acrescentar o texto que segue: 
Em face de tal situação, colocou‐se a questão: prevalece o prazo previsto na Súmula 699 ou aquele previsto na 
Lei? 
A  jurisprudência  pendeu  ao  primeiro  entendimento,  como  se  confere  da  ementa  a  seguir,  da  2.ª  Turma  do 
Supremo Tribunal Federal: 
 
Agravo  regimental  no  recurso  extraordinário  com  agravo.  Penal.  Processual  penal.  Homicídio.  Júri.  Nulidade. 
Inocorrência.  Intempestividade.  Incidência  da  súmula  n.  699/STF.  Decisão  que  se  mantém  por  seus  próprios 
fundamentos. 1. O prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias, de acordo com a Lei 
8.038/1990, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/1994 ao Código de Processo Civil. 
(Súmula n. 699/STF) 2. Consequentemente, afigura‐se inadmissível o agravo de instrumento, porquanto a decisão 
que  inadmitiu  o  recurso  extraordinário  foi  publicada  em  25.03.2011  (sexta‐feira)  e  o  agravo  somente  foi 
interposto em 04.04.2011 (segunda‐feira), decorridos, assim, mais de 5 (cinco) dias entre a data da intimação da 
decisão agravada e a interposição do agravo. 3. As modificações realizadas na Lei 8.950/1994 introduzidas pela Lei 
12.322/2010 não tiveram o condão de alterar o prazo de interposição do agravo criminal que é de 5 (cinco) dias, 
conforme  o  estabelecido  na  Lei  8.038/1990.  4.  Agravo  regimental  a  que  se  nega  provimento. 
(ARE  641505  AgR,  Rel.   Min.  Luiz  Fux,  1.ª  Turma,  j.  25.10.2011,  DJe‐221  Divulg.  21.11.2011,  Public.  22.11.2011, 
Ement. vol.‐02630‐02, P. 196) 
 
 
P. 203 – Substituir os itens b e c dentro de “o que se deve pedir”: 
 
b)caso a defesa alegue tese de mérito, o pedido deverá ser a absolvição do acusado, fundamentada em um dos 
incisos do art. 386 do CPP. 
c)se a defesa alegar tese subsidiária de mérito, o pedido deverá ser a desclassificação do crime ou a mitigação da 
pena.  
 
 
P. 209 – Substituir todo o item “quando é cabível”, a partir do segundo parágrafo, pelas inovações que seguem: 
 
O Decreto 7.420, de 31 de dezembro de 2010, a título de exemplo, previa os seguintes requisitos: 
Art. 1.o  É concedido indulto às pessoas: 
I – condenadas à pena privativa de liberdade não superior a oito anos, não substituída por restritivas de direitos 
ou multa e não beneficiadas com a suspensão condicional da pena, que, até 25 de dezembro de 2010, tenham 
cumprido um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes; 
II – condenadas à pena privativa de liberdade superior a oito anos e não superior a doze anos, não substituída por 
restritivas de direitos ou multa e não beneficiadas com a suspensão condicional da pena, por crime praticado sem 
violência  ou  grave  ameaça,  que,  até  25  de  dezembro  de  2010,  tenham  cumprido  um  terço  da  pena,  se  não 
reincidentes, ou metade, se reincidentes; 
III –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade  superior  a  oito  anos  que,  até  25  de  dezembro  de  2010,  tenham 
completado  sessenta  anos  de  idade  e  cumprido  um  terço  da  pena,  se  não  reincidentes,  ou  metade,  se 
reincidentes; 
IV –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade  que,  até  25  de  dezembro  de  2010,  tenham  completado  setenta 
anos de idade e cumprido um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes; 
V –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade  que,  até  25  de  dezembro  de  2010,  tenham  cumprido, 
ininterruptamente, quinze anos da pena, se não reincidentes, ou vinte anos, se reincidentes; 
VI –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade  superior  a  oito  anos  que,  até  25  de  dezembro  de  2010,  tenham 
cumprido, em regime fechado ou semiaberto, um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes, 
e tenham filho ou filha menor de dezoito anos ou com deficiência mental, física, visual ou auditiva, cujos cuidados 
delas necessite; 
VII –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade  não  superior  a  doze  anos,  desde  que  já  tenham  cumprido  dois 
quintos da pena, se não reincidentes, ou três quintos, se reincidentes, encontrem‐se cumprindo pena no regime 
semiaberto  ou  aberto  e  já  tenham  usufruído,  até  25  de  dezembro  de  2010,  no  mínimo,  de  cinco  saídas 
temporárias  previstas  no  art.  122,  combinado  com  art.  124,  caput,  da  Lei  7.210,  de  11  de  julho  de  1984,  ou 
tenham  prestado  trabalho  externo,  no  mínimo  por  doze  meses  nos  três  anos  contados  retroativamente  àquela 
data; 
VIII – condenadas à pena de multa, ainda que não quitada, independentemente da fase executória ou juízo em 
que  se  encontre,  aplicada  cumulativamente  com  pena  privativa  de  liberdade  cumprida  até  25  de  dezembro  de 
2010; 
IX – condenadas: 
a) paraplégicas, tetraplégicas ou portadoras de cegueira total,  desde que  tais condições não sejam anteriores à 
prática do delito e se comprovem por laudo médico oficial ou, na falta deste, por médico designado pelo juízo da 
execução; 
b) paraplégicas, tetraplégicas ou portadoras de cegueira total, ainda que tais condições sejam anteriores à prática 
do  delito  e  se  comprovem  por  laudo  médico  oficial  ou,  na  falta  deste,  por  médico  designado  pelo  juízo  da 
execução, caso resultem na incapacidade severa prevista na  alínea “c” deste inciso;  
c) acometidas de doença grave e permanente que apresentem incapacidade severa, grave limitação de atividade 
e  restrição  de  participação  ou  exijam  cuidados  contínuos  que  não  possam  ser  prestados  no  estabelecimento 
penal, desde que comprovada a hipótese por laudo médico oficial ou, na falta deste, por médico designado pelo 
juízo  da  execução,  constando  o  histórico  da  doença,  caso  não  haja  oposição  da  pessoa  condenada,  mantido  o 
direito de assistência nos termos do art. 196 da Constituição; 
X –  submetidas  à  medida  de  segurança,  independentemente  da  cessação  da  periculosidade  que,  até  25  de 
dezembro de 2010, tenham suportado privação da liberdade, internação ou tratamento ambulatorial por período 
igual  ou  superior  ao  máximo  da  pena  cominada  à  infração  penal  correspondente  à  conduta  praticada,  ou,  nos 
casos  de  substituição  prevista  no  art.  183  da  Lei  7.210,  de  1984,  por  período  igual  ao  tempo  da  condenação, 
mantido o direito de assistência nos termos do art. 196 da Constituição; 
XI –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade,  desde  que  substituída  por  pena  não  privativa  de  liberdade,  na 
forma do art. 44 do Decreto‐Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, ou ainda beneficiadas com a 
suspensão condicional da pena, que tenham cumprido, ainda que por conversão, privadas de liberdade, até 25 de 
dezembro de 2010, um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes; 
XII –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade  sob  o  regime  aberto,  que  tenham  cumprido,  presas 
provisoriamente,  até  25  de  dezembro  de  2010,  um  quarto  da  pena,  se  não  reincidentes,  ou  um  terço,  se 
reincidentes; 
XIII –  condenadas  à  pena  privativa  de  liberdade,  que  estejam  cumprindo  pena  em  regime  aberto,  cujas  penas 
remanescentes, em 25 de dezembro de 2010, não sejam superiores a seis anos, se não reincidentes, e a quatro 
anos  se  reincidentes,  desde  que  tenham  cumprido  um  quarto  da  pena,  se  não  reincidentes,  ou  um  terço,  se 
reincidentes. 
Parágrafo único.  O indulto de que cuida este Decreto não se estende às penas acessórias previstas no Decreto‐Lei 
1.001, de 21 de outubro de 1969 – Código Penal Militar, e aos efeitos da condenação. 
Art. 2.o  As pessoas condenadas à pena privativa de liberdade, não beneficiadas com a suspensão condicional da 
pena que, até 25 de dezembro de 2010, tenham cumprido um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, 
se  reincidentes,  e  não  preencham  os  requisitos  deste  Decreto  para  receber  indulto,  terão  comutada  a  pena 
remanescente  de  um  quarto,  se  não  reincidentes,  e  de  um  quinto,  se  reincidentes,  aferida  na  data  acima 
mencionada. 
§ 1.o Se o período de pena já cumprido, descontadas as comutações anteriores, for superior ao remanescente, o 
cálculo será feito sobre o período de pena já cumprido até 25 de dezembro de 2010. 
§ 2.o A pessoa agraciada por anterior comutação terá seu benefício calculado sobre o remanescente da pena ou 
sobre  o  período  de  pena  já  cumprido,  nos  termos  do  caput  e  §  1.o  deste  artigo,  sem  necessidade  de  novo 
requisito temporal e sem prejuízo da remição prevista no art. 126 da Lei 7.210, de 1984. 
Art. 3.o Na concessão do indulto ou da comutação  deverá, para efeitos da integralização do requisito temporal, 
ser computada a detração de que trata o art. 42 do Código Penal e, quando for o caso, o art. 67 do Código Penal 
Militar, sem prejuízo da remição prevista no art. 126 da Lei 7.210, de 1984. 
Parágrafo único. A aplicação de sanção por falta disciplinar de natureza grave, prevista na Lei 7.210, de 1984, não 
interrompe a contagem do lapso temporal para a obtenção dos benefícios previstos neste Decreto.  
 
 

P. 414 – Substituir a resposta à questão nº 28 pela inovação abaixo: 
 
Remição:  A  remição  pode  ocorrer  pelo  trabalho  ou  pelo  estudo.  A  remição  pelo  trabalho  será  cabível  ao 
condenado em cumprimento de pena privativa de liberdade nos regimes fechado e semiaberto, e consiste no 
abatimento  de  um  dia  de  pena  a  cada  três  dias  trabalhados,  sendo  certo  que  o  preso  impossibilitado  de 
prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar‐se da remição. A remição pelo estudo é permitida 
ao  condenado  que  cumpre  pena  em  regime  fechado,  semiaberto,  aberto  e  mesmo  ao  que  usufrui  liberdade 
condicional. Estes poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do 
tempo de execução da pena ou do período de prova. Tal remição deverá ser feita à proporção de 1 (um) dia de 
pena  a  cada  12  (doze)  horas  de  frequência  escolar  –  atividade  de  ensino  fundamental,  médio,  inclusive 
profissionalizante,  ou  superior,  ou  ainda  de  requalificação  profissional  –  divididas,  no  mínimo,  em  3  (três)  dias. 
Além  disso,  o  tempo  a  remir  em  função  das  horas  de  estudo  será  acrescido  de  1/3  (um  terço)  no  caso  de 
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo 
órgão competente do sistema de educação. 
 
 
P. 418 – Alterar a resposta da questão nº 42 pelo que segue: 
 
Em decorrência da declaração de inconstitucionalidade pelo STF do artigo 2.°, § 1.°, da Lei 8.072/1990, foi editada 
a  Lei  11.464/2007,  que  alterou  a  redação  do  referido  dispositivo  para  permitir  ao  condenado  pela  prática  de 
crime hediondo a progressão de regime mediante o cumprimento de 2/5 da pena, se for primário, e 3/5 da pena, 
se for reincidente. Além de tais requisitos temporais, o condenado também deverá preencher os outros previstos 
na  LEP.  Em  relação  a  outros  benefícios,  cumprindo  mais  de  2/3  da  pena,  o  condenado  ainda  pode  vir  a  ser 
beneficiado pelo livramento condicional, conforme o inciso V do artigo 83 do Código Penal. No que diz respeito à 
remição de pena, pelo trabalho ou pelo estudo, não há nenhum obstáculo legal. 
 
 
 
 
 
P. 463. Substituir o quadro “peças no curso do processo” pela seguinte tabela: 
 
 
PEÇA  Endereçamento  Pedido 
       
 
Nulidade  Anulação 
 
   

Extinção da 
Punibilidade 
___________________
_________ 
Resposta à 
– Juiz da Vara;   
acusação  Absolvição 
– Juiz Federal.  Mérito 
Art. 396 do CPP  ___________________ sumária, art. 397 
_________  do CPP 
   
– fato atípico; 
– excludente de ilicitude; 
–  excludente  de 
culpabilidade; 

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