Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Guia Manejo Florestal Comunitario PDF
Guia Manejo Florestal Comunitario PDF
Florestal Comunitário
Paulo Amaral
Tatiana Veríssimo
Claudionisio Souza Araújo
Haroldo de Souza
Ilustrações
Larissa Maria Palmieri
ProManejo
Laboratório Sócio-agronômico do Tocantins
GRAAL
LASAT Grupo de Apoio a Agricultura Familiar de Fronteira
Projeto de Apoio ao Manejo Florestal
NEAF CGC.: 83.213.546/0001-58
Sustentável na Amazônia
Núcleo de Estudos Integrados da Agricultura Familiar - CAP/UFPa
Guia para o Manejo
Florestal Comunitário
Belém-PA
2007
2
Autores:
Paulo Amaral
Tatiana Veríssimo
Claudionisio de Souza Araújo
Haroldo de Souza
Ilustrações:
Larissa Maria Palmieri
Arte-Finalização e Diagramação:
Tony Ferreira
Revisão:
Luiz F. Branco
Glaucia Barreto
Colaboradores:
Manuel Amaral - IEB
Edson Vidal - Esalq
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itupiranga, de Marabá e Jacundá
Agricultores das comunidades de Sítio Novo, Josinópolis e Vila Limão
Grupo de Apoio à Agricultura Familiar de Região de Fronteira - Graal
Apoio Financeiro:
ProManejo e USAID
Impressão:
Alves Gráfica e Editora
Imazon, Graal/Lasat
Guia para o Manejo Florestal Comunitário. Paulo Amaral, Tatiana Veríssimo, Claudionisio
de Souza Araújo, Haroldo de Souza. Imazon, Belém-PA, 2007.
75 p.
ISBN.: 858621217-8
Os dados e as opiniões expressas neste documento são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente
a opinião dos financiadores.
Apresentação
Ecológicos
• Regula o clima.
5
Econômicos
Sociais
• Gera empregos;
6
Culturais
Legais
7
• O manejo florestal é a única forma que permite o uso da Reserva
Legal.
8
Oportunidades
• A comunidade que possui o selo verde tem mais facilidade para vender
produtos no mercado internacional e nacional com preços
diferenciados;
9
Com o Manejo Florestal Comunitário você pode ter floresta para
sempre. Sem manejo, o futuro da comunidade é a degradação e a
pobreza.
Manejo Florestal
10
Degradação
Degradação e Pobreza
11
Por onde começar o Manejo
Florestal Comunitário?
Associação
12
Para criar uma associação, a comunidade precisa seguir um roteiro:
13
Documentos necessários:
Associados Cartório CNPJ
- Duas vias do
estatuto;
Cooperativa
É um tipo de sociedade em que as pessoas se comprometem a
contribuir com bens e serviços para uma atividade econômica. A
finalidade da cooperativa é colocar os produtos e serviços de seus
cooperados no mercado, em condições mais vantajosas do que eles
teriam isoladamente. A cooperativa não tem como objetivo o lucro.
15
Documentos necessários:
Sócios OCE do Estado Junta Comercial do
Estado
16
Critério Associação Cooperativa
Patrimônio/ Formado por taxa paga Possui capital social,
Capital pelos associados, o que facilita
doações, fundos e financiamento junto
reservas. Não possui às instituições
capital social, por isso, financeiras. O
não pode obter capital social é
financiamento junto às formado por cotas-
instituições financeiras. partes, podendo
receber doações,
empréstimos e
processos de
capitalização.
Forma de Nas decisões em A mesma da
Gestão assembléia geral, cada Associação.
pessoa tem direito a um
voto. As decisões devem
sempre ser tomadas com
a participação e o
envolvimento dos
associados.
Operações Pode realizar atividades Realiza plena
de comércio somente atividade comercial.
para a implantação de Realiza operações
seus objetivos sociais. financeiras,
Pode realizar operações bancárias e pode
bancárias usuais. candidatar-se a
empréstimos e
aquisições do
governo federal. As
cooperativas de
produtores rurais
são beneficiadas
pelo crédito rural de
repasse.
17
Critério Associação Cooperativa
Remuneração Os dirigentes não têm Os dirigentes
direito à remuneração. podem ser
Recebem apenas o remunerados por
reembolso das despesas retiradas mensais
realizadas para o pró-labore definidas
desempenho dos seus pela assembléia,
cargos. além do reembolso
de suas despesas.
Contabilidade Escrituração contábil Escrituração mais
simplificada. complexa por causa
do maior valor dos
negócios e da
necessidade de
contabilidades
separadas para as
operações com
sócios e com não-
sócios.
Tributação Deve fazer anualmente Deve recolher o
uma declaração de Imposto de Renda
isenção de Imposto de Pessoa Jurídica
Renda. apenas sobre
operações com
terceiros. Paga taxas
e os impostos
decorrentes das
ações comerciais.
18
Por que a organização é
fundamental no Manejo
Florestal Comunitário?
19
Como garantir o sucesso da organização?
Nas atividades em grupo você já deve ter percebido que as
pessoas possuem opiniões diferentes sobre um mesmo assunto. Isso
pode gerar conflito dentro da comunidade. Na organização da
comunidade é fundamental que os conflitos não prejudiquem o trabalho
de todos. Por isso, as pessoas devem estar preparadas para resolver
conflitos e chegar a um acordo.*
Chuva de idéias
Antes de tentar resolver o conflito, organize a discussão usando a
técnica de “chuva de idéias”. A “chuva de idéias” ajuda a descobrir
possíveis soluções para o problema. Escolha uma pessoa para
conduzir a discussão. Ela deve garantir que as regras do jogo sejam
respeitadas por todos. As regras são:
• Não criticar nem elogiar nenhuma idéia;
• Expor o máximo de idéias possível, mesmo que elas sejam ruins;
• Melhorar as idéias ruins;
• Escolher as melhores idéias e discutir os prós e contras de cada uma;
• Fazer uma escolha final que reflita a opinião de todo o grupo.
20
Resolver conflitos
Chegar a um acordo
• Todos se comprometem;
*Mais informações sobre técnicas de resolução de conflitos consulte a Organização das Nações Unidades
para a Agricultura e Alimentação - FAO www.fao.org.
22
Estratégias para o
Manejo Florestal
Comunitário
*Para maiores informações sobre assessoria e capacitação em manejo florestal consulte: Instituto Floresta
Tropical - IFT (www.ift.org.br), Instituto Natureza Amazônica - Inam (www.inamweb.com.br) e Instituto
Internacional de Educação do Brasil - IEB (www.iieb.org.br).
23
Segundo, é preciso definir os objetivos do manejo florestal
comunitário. Por exemplo, para:
• Produção de madeira;
24
Etapas do Manejo
Florestal Comunitário
para a Produção de
Madeira
1. Pré-Colheita:
Elaboração do Plano de Manejo Florestal. O plano de manejo
define como a floresta será manejada e deve incluir:
25
Censo florestal é um inventário de todas as árvores de valor
comercial existentes na área de colheita anual. As atividades do censo
são:
• Demarcação dos talhões;
26
Planejando a infra-estrutura para a exploração
27
Corte de cipós. Algumas florestas possuem muitos cipós. Os
cipós que se estendem entre as copas das árvores dificultam as
operações de corte dessas árvores, aumentam os danos às árvores
vizinhas e aumentam os riscos de acidentes durante a colheita. Para
diminuir os problemas causados pelos cipós:
28
O corte de cipós entrelaçados às
árvores que serão colhidas ajuda
a reduzir danos à floresta, diminui
os riscos de acidentes e cria
melhores condições para a
regeneração nos espaços abertos.
29
30
Planejando a retirada das toras da floresta
Essas informações em conjunto com os dados
do censo florestal são utilizadas para elaborar
o primeiro mapa de colheita. Esse mapa é
utilizado pela equipe de demarcação e como
guia para as equipes de corte e arraste.
2. Colheita
Demarcação da colheita florestal. Na floresta, a equipe de
trabalho usa o mapa de manejo para demarcar as estradas, os pátios de
estocagem e os ramais de arraste e, se for preciso, para fazer ajustes na
direção de queda das árvores. O ideal é verificar as condições da
floresta e anotar no mapa qualquer ajuste.
Estradas
• Localize o início da estrada conforme a indicação do mapa de
manejo;
Pátios de Estocagem
• Defina o local do pátio de acordo com o mapa de manejo.
Escolha locais com vegetação rala (ou clareiras), onde não
há tocos de árvores e que sejam planos com boas condições
de movimentação;
32
Direção de Queda das Árvores
33
Abertura de estradas e pátios de estocagem. As estradas
secundárias dão acesso à área a ser manejada e os pátios de estocagem
servem para armazenar a madeira beneficiada ou em tora. As estradas
e pátios devem ser construídos um ano antes da exploração, para que
haja uma boa sedimentação do terreno.
Abertura de Estradas
• Quando necessário, as estradas podem ser abertas
manualmente ou usando trator, conforme o volume de
madeira a ser extraído e o tipo de arraste (usando máquina ou
animal). As estradas devem ser mantidas logo após a colheita
para que possa ser usada nos anos seguintes.
Abertura de pátios
• Os pátios podem ser abertos com trator ou manualmente com
auxílio de uma motosserra. Isso depende da quantidade de
madeira a ser estocada e se é madeira em tora ou serrada.
34
Pré-Corte
Corte
35
A parte não cortada do tronco (entre
a linha de abate e a “boca”),
denominada dobradiça, serve para
apoiar a árvore durante a queda,
permitindo que esta caia na direção
da abertura da “boca”. A largura da
dobradiça deve equivaler a 10% do
diâmetro da árvore.
Pós-Corte
36
As recomendações técnicas para o corte das árvores foram
testadas com êxito no Projeto Piloto de Manejo Florestal
na fazenda Agrosete, em Paragominas. A utilização dessas
técnicas trouxe três grandes benefícios. Primeiro, evitou
que 1,8 metro cúbico de madeira por hectare fosse
desperdiçado e contribuiu para a redução dos danos
ecológicos. Segundo, aumentou a segurança do trabalho,
reduzindo em até 18 vezes os riscos de acidentes. E, por
último, aumentou a produtividade da equipe de corte se
comparado ao sistema convencional.
Maquinário
Maquinário
Se a comunidade tiver acesso a um trator agrícola, isso
ajudará muito nas atividades, mas é preciso ter em mente que
aumentará bastante o custo da colheita. É preciso avaliar com
cuidado o uso ou não de trator, que variará de acordo com o
potencial florestal e o tamanho da área.
• capital disponível;
• volume de madeira a ser processado e das especificações
técnicas dos produtos processados;
• análise dos custos e benefícios a serem gerados.
A seguir, apresentamos exemplos de processamento que podem
ser úteis para a tomada de decisão da comunidade.
40
Conclusão
41
ANEXOS
Anexo 1
Modelo de Estatuto de Associação
ESTATUTO SOCIAL DE CONSTITUIÇÃO
DE ASSOCIAÇÃO
CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO SEDE E FORO
Seção I
Dos Associados
Art. 3º - A associação é constituída por número ilimitado de
associados que serão admitidos sob o pálio da diretoria.
§ 1º - Os associados são dispostos dentre as seguintes categorias:
I - fundadores, firmados na ata de fundação;
II - beneméritos, aqueles que receberão título conferido por
deliberação da assembléia geral, de forma espontânea ou por mérito
decorrente de relevantes serviços prestados à associação, sendo que
neste caso, deve ser encaminhada a proposta de inserção desses à
assembléia geral, por meio da diretoria;
III - honorários, aqueles que se fizerem juz a homenagem em virtude
de notáveis serviços prestados à associação, de forma que o rito que
constitui a homenagem dar-se-á da forma prevista no inciso anterior;
IV - contribuintes, os que pagarem a mensalidade estabelecida pela
diretoria.
43
Seção II
Dos Direitos e Deveres dos Associados
Art. 4º - São direitos do associado:
I - votar e ser votado para os cargos eletivos;
II - presença na assembléia geral de forma a participar e ter ciência
do inteiro teor da mesma.
Parágrafo único - Os associados intitulados beneméritos ou
honorários não terão direito a voto nem poderão ser votados.
Art. 5º - São deveres do associado:
I - cumprir as disposições estatutárias e regimentais;
II - acatar as determinações da diretoria.
Seção III
Da Assembléia Geral e Diretoria
Art. 6º - A administração estará a cargo da assembléia geral; da
diretoria e do conselho fiscal.
Art. 7º - A assembléia geral, órgão soberano da instituição, constituir-se-á
dos associados no uso de suas prerrogativas estatutárias.
Art. 8º - Compete exclusivamente à assembléia geral:
I - eleger a diretoria;
II - eleger o conselho fiscal;
III - apreciar recursos contra decisões da diretoria;
IV - decidir acerca de alterações estatutárias;
V - apreciar proposta oriunda da diretoria, de intitulação dos
associados, concedendo ou não a qualidade de benemérito ou honorário;
VI - as decisões pertinentes à alienação, transigência, hipoteca ou
permutação de bens patrimoniais;
VII - aprovar as contas;
VIII - apreciar, alterar, vetar ou sancionar o regimento interno
apresentado pela diretoria nos termos do art. 12, inciso I deste estatuto.
Art. 9º - A assembléia geral realizar-se-á ordinariamente uma única
vez durante o ano, em data estabelecida no regimento interno.
Parágrafo único - A realização anual e ordinária da assembléia
geral tem como finalidade primeira a discussão e homologação das
contas e o balanço aprovado pelo conselho fiscal juntamente com a
apreciação do relatório anual da diretoria.
Art. 10 - A assembléia geral realizar-se-á extraordinariamente
quando convocada:
I - pela diretoria;
II - pelo conselho fiscal;
III - por, no mínimo, 1/5 dos associados no uso de suas prerrogativas
estatutárias.
44
Art. 11 - A convocação da assembléia geral será mediante edital
afixado na sede da instituição, por circulares ou outro meio de efetiva
comunicação, e por meio de edital publicado por 3 vezes consecutivas
em um dos jornais de grande circulação, com antecedência mínima de
30 dias.
Parágrafo único - A assembléia geral instalar-se-á em primeira
convocação com 2/3 (dois terços) dos associados e em segunda
convocação com qualquer número, sendo obrigatória a presença mínima
dos administradores eleitos e empossados no cumprimento de suas
prerrogativas.
Art. 12 - Compete à diretoria:
I - elaborar e apresentar o regimento interno para apreciação da
assembléia geral no primeiro ano de seu mandato;
II - elaborar e apresentar à assembléia geral o relatório anual;
III - cumprir e fazer cumprir o estatuto social e o regimento interno;
IV - buscar meios de mútua colaboração com instituições públicas
ou privadas, em atividades de interesse comum;
V - contratar e demitir funcionários;
VI - convocar a assembléia geral;
VII - fixar anualmente o valor da contribuição mensal dos associados,
após parecer do conselho fiscal, com as devidas atualizações
monetárias, ouvida a assembléia geral ordinária ou extraordinária.
Art. 13 - A diretoria será constituída por um presidente, um vice-
presidente, um primeiro secretário e um segundo secretário, um tesoureiro
e um segundo tesoureiro que reunir-se-ão no mínimo 1 (uma) vez por mês.
Art. 14 - Compete ao presidente da diretoria:
I - a representação da associação ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
II - convocar e presidir a assembléia geral;
III - convocar e presidir as reuniões da diretoria;
IV - firmar, juntamente com o primeiro tesoureiro, os títulos de crédito
de titularidade obrigacional da associação e proceder da mesma forma
para autorização de pagamentos em espécie.
Art. 15 - Compete ao vice-presidente:
I - substituir o presidente em suas atribuições, em momento
oportuno;
II - assumir o mandato em decorrência de vacância;
III - auxiliar de modo efetivo o presidente em suas atividades.
Art. 16 - Compete ao primeiro secretário:
I - secretariar as reuniões da assembléia geral e da diretoria e redigir
as atas;
II - a publicação de todas as notícias referentes às atividades da
associação.
45
Art. 17 - Compete ao segundo secretário:
I - substituir o primeiro secretário em suas atribuições, em momento
oportuno;
II - assumir o mandato em decorrência de vacância;
III - auxiliar de modo efetivo o primeiro secretário em suas
atividades.
Art. 18 - Compete ao primeiro tesoureiro:
I - arrecadar as contribuições dos associados, rendas, auxílios e
donativos e prestar contas de suas ações;
II - quitar as obrigações financeiras sob prévia autorização do
presidente da diretoria, assinando-o de forma conjunta com este os
cheques e outros documentos da gestão financeira da associação;
III - apresentar mensalmente, ou sempre que solicitado, os relatórios
de receitas e despesas;
IV - apresentar o relatório financeiro para ser apreciado na assembléia
geral ordinária;
V - apresentar mensalmente o balancete financeiro ao conselho
fiscal;
VI - a guarda dos documentos relativos à administração financeira,
de competência da tesouraria;
VII - manter os recursos financeiros da associação depositados em
instituição financeira e bancária;
VIII - firmar, juntamente com o presidente, os títulos de crédito de
titularidade da associação e proceder da mesma forma para autorização
de pagamentos em espécie.
Art. 19 - Compete ao segundo tesoureiro:
I - substituir o primeiro tesoureiro em suas atribuições em momento
oportuno;
II - assumir o mandato em decorrência de vacância;
III - auxiliar de modo efetivo o primeiro tesoureiro em suas
atividades.
Seção IV
Do Conselho Fiscal
Art. 20 - O conselho fiscal constituir-se-á por 3 membros efetivos
e 3 suplentes, sendo associados em pleno gozo de suas prerrogativas
estatutárias e eleitos pela assembléia geral.
Art. 21 - Compete ao conselho fiscal:
I - ter acesso livre e irrestrito aos livros de escrituração da associação;
II - analisar os balancetes, balanços e relatórios financeiros
apresentados pela tesouraria e dar pareceres;
III - manifestar-se sobre a situação financeira da associação;
IV - opinar, por meio de pareceres, sobre a aquisição e alienação
46
de bens e relatórios de desempenho financeiro e contábil, assim como
operações patrimoniais realizadas com a finalidade de subsidiar as
atividades dos organismos da entidade.
Parágrafo único - O conselho fiscal reunir-se-á ordinariamente a
cada mês e, extraordinariamente, atendendo solicitação da assembléia
geral, da diretoria ou de, pelo menos, 1/5 dos associados.
Seção V
Da Admissão e Demissão de Funcionários
Art. 22 - As atividades dos diretores e conselheiros, bem como as
dos associados, não serão remuneradas, sendo-lhes vedado auferir
qualquer forma de receita ou provento que caracterize atividade
econômica.
Art. 23 - A admissão de funcionários será de acordo com as normas
da consolidação das leis trabalhistas e com o regimento interno.
Parágrafo único - Toda admissão deverá ser apreciada pela
diretoria.
Art. 24 - A demissão de funcionários deverá seguir normas da
Consolidação das Leis Trabalhistas e regimento interno.
Parágrafo único - Os cargos remunerados terão como referência o
valor médio salarial praticado no mercado na respectiva área de atuação.
Seção VI
Do Mandato dos Cargos Eletivos
Art. 25 - A duração do mandato dos cargos eletivos dos dirigentes
da associação é de 3 anos. Atribui-se à assembléia geral prerrogativas
de cassação destes cargos e suas substituições, de acordo com as
normas previstas no parágrafo único do art. 11.
Seção VII
Da Admissão e Demissão e Exclusão de Associados
Art. 26 - A admissão dos associados dar-se-á por meio da anuência
e assinatura do livro de admissão de associados.
Art. 27 - A demissão dos associados dar-se-á por meio de ato
administrativo da diretoria, ouvida a assembléia geral.
Parágrafo único - O desligamento espontâneo de associado dar-se-á
por meio de comunicação à diretoria.
Art. 28 - O associado que descumprir os dispostos estatutários, assim
como regimentais, será sob apreciação da diretoria excluído da
associação, sendo assegurado recurso à assembléia geral.
47
CAPÍTULO IV
DA DISSOLUÇÃO
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
48
Atesto que o presente estatuto foi lido e aprovado na reunião de
fundação da associação (nome da associação), tendo os associados
assinado o livro de admissão de associados, na qual fui presidente da
mesa diretora, razão pela qual rubrico todas as suas folhas e firmo ao
final, após o art. 39.
__________________________________________
Nome do Presidente da Assembléia Geral Originária
Anexo 2
Modelo de Ata de Associação
49
coordenadora abriu os debates a respeito da eleição da nova diretoria
da associação esclarecendo que os cargos a serem preenchidos eram
três: coordenador, secretário e tesoureiro. Da plenária foram indicados
os seguintes nomes: Débora Fonseca, Maria Aparecida Abreu e João
Tarcísio Alves. Após apresentação dos nomes, foi feita a eleição por
escrito. A coordenadora e o secretário procederam a contagem dos
votos que ficaram assim distribuídos: 8 votos para João Tarcísio Alves,
para o cargo de coordenador, 8 votos para Maria Aparecida Abreu,
para o cargo de secretária e 8 votos para Débora Fonseca, para o cargo
de tesoureira. Após a eleição, a coordenadora da assembléia declarou-
os empossados. Os novos diretores tomaram posse agradecendo a
confiança de todos e se comprometeram a trabalhar para atingir os
objetivos traçados para a associação. João Tarcísio Alves, já como novo
coordenador da assembléia, encaminhou debate sobre as providências
necessárias ao futuro da entidade. Nada mais havendo a tratar, o
coordenador da associação declarou, às 21 horas, encerrados os
trabalhos da assembléia, da qual eu, Luiz Rodrigues Vieira, que a
secretariei, lavrei a presente ata que vai assinada por mim, pelo
coordenador da assembléia, pelo coordenador da associação, pelo
secretário, pelo tesoureiro e pelos demais associados presentes.
50
Anexo 3
Modelo de Estatuto de Cooperativa
ESTATUTO DA
COOPERATIVA DE PRODUÇÃO
CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO,
PRAZO DE DURAÇÃO,
ÁREA DE AÇÃO E ANO SOCIAL
CAPÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DO QUADRO SOCIAL
CAPÍTULO V
DO CAPITAL
55
não podendo ser negociada de modo algum, nem dada em garantia, e
sua subscrição, integralização, transferência ou restituição será sempre
escriturada no livro de matrícula.
§ 3º - A transferência de cotas-partes entre cooperantes, total ou
parcial, será escriturada no livro de matrícula mediante termo que
conterá as assinaturas do cedente, do cessionário e do presidente da
cooperativa.
§ 4º - O cooperante deve integralizar as cotas-partes à vista, de uma
só vez, ou subscrevê-las em prestações periódicas, independentemente
de chamada, ou por meio de contribuições.
§ 5º - Para efeito de integralização de cotas-partes ou de aumento
do capital social, poderá a cooperativa receber bens, avaliados
previamente e após homologação da assembléia geral.
§ 6º - Para efeito de admissão de novos cooperantes ou novas
subscrições, a assembléia geral atualizará anualmente, com a aprovação
de 2/3 (dois terços) dos cooperantes presentes com direito a voto, o
valor da cota-parte, consoante proposição do conselho de administração,
respeitados os índices de desvalorização da moeda publicados por
entidade oficial do governo.
§ 7º - Nos ajustes periódicos de contas com os cooperantes, a cooperativa
pode incluir parcelas destinadas à integralização de cotas-partes do capital.
§ 8º - A cooperativa distribuirá juros de até 12% (doze por cento)
ao ano, que são contados sobre a parte integralizada do capital, se
houver sobras.
Art. 21 - O número de cotas-partes do capital social a ser subscrito
pelo cooperante, por ocasião de sua admissão, será variável de acordo
com sua produção comprometida na cooperativa, não podendo ser
inferior a dez cotas-partes ou superior a 1/3 (um terço) do total
subscrito.
§ 1º - O critério de proporcionalidade entre a produção e a subscrição
de cotas-partes, referido neste artigo, bem como as formas e os prazos
para sua integralização, serão estabelecidos pela assembléia geral, com
base em proposição do conselho de administração que, entre outros,
considere:
a) os planos de expansão da cooperativa;
b) as características dos serviços a serem implantados;
c) a necessidade de capital para imobilização e giro.
§ 2º - Eventuais alterações na capacidade de produção do
cooperante, posteriores à sua admissão, obrigarão ao reajuste de sua
subscrição, respeitados os limites estabelecidos no caput deste artigo.
56
CAPÍTULO VI
DA ASSEMBLÉIA GERAL
a) Definição e Funcionamento
Art. 22 - Assembléia geral dos cooperantes, ordinária ou
extraordinária, é o órgão supremo da cooperativa, cabendo-lhe tomar
toda e qualquer decisão de interesse da entidade. Suas deliberações
vinculam a todos, ainda que ausentes ou discordantes.
Art. 23 - A assembléia geral será habitualmente convocada e dirigida
pelo presidente.
§ 1º - Poderá também ser convocada pelo conselho fiscal, se
ocorrerem motivos graves e urgentes ou, ainda, após solicitação não
atendida, por 1/5 (um quinto) dos cooperantes em pleno gozo de seus
direitos sociais.
§ 2º - Não poderá votar na assembléia geral o cooperante que:
a) tenha sido admitido após a convocação; ou
b) infringir qualquer disposição do art. 8° deste estatuto.
Art. 24 - Em qualquer das hipóteses referidas no artigo anterior, as
assembléias gerais serão convocadas com antecedência mínima de 10
(dez) dias úteis, com o horário definido para as três convocações, sendo
de uma hora o intervalo entre elas.
Art. 25 - O quorum para instalação da assembléia geral é o seguinte:
a) 2/3 (dois terços) do número de cooperantes em condições de
votar, em primeira convocação;
b) metade mais um dos cooperantes, em segunda convocação;
c) mínimo de 10 (dez) cooperantes, em terceira convocação.
§ 1º - Para efeito de verificação do quorum de que trata este artigo,
o número de cooperantes presentes, em cada convocação, será contado
por suas assinaturas, seguidas do respectivo número de matrícula,
apostas no livro de presença.
§ 2º - Constatada a existência de quorum no horário estabelecido
no edital de convocação, o presidente instalará a assembléia e, tendo
encerrado o livro de presença mediante termo que contenha a
declaração do número de cooperantes presentes, da hora do
encerramento e da convocação correspondente, fará transcrever estes
dados para a respectiva ata.
Art. 26 - Não havendo quorum para instalação da assembléia geral,
será feita nova convocação, com antecedência mínima de 10 (dez)
dias úteis.
Parágrafo único - Se ainda assim não houver quorum para a sua
instalação, será admitida a intenção de dissolver a cooperativa, fato
que deverá ser comunicado à respectiva OCEMG.
57
Art. 27 - Dos editais de convocação das assembléias gerais deverão
constar:
a) a denominação da cooperativa e o número de Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas - CNPJ, seguidas da expressão: Convocação da
Assembléia Geral, Ordinária ou Extraordinária, conforme o caso;
b) o dia e a hora da reunião, em cada convocação, assim como o
local da sua realização, o qual, salvo motivo justificado, será o da sede
social;
c) a seqüência ordinal das convocações;
d) a ordem do dia dos trabalhos com as devidas especificações;
e) o número de cooperantes existentes na data de sua expedição
para efeito do cálculo do quorum de instalação;
f) data e assinatura do responsável pela convocação.
§ 1º - No caso da convocação ser feita por cooperantes, o edital
será assinado, no mínimo, por 5 (cinco) signatários do documento que
a solicitou.
§ 2º - Os editais de convocação serão afixados em locais visíveis
das dependências geralmente freqüentadas pelos cooperantes,
publicados em jornal de circulação local ou regional, ou através de
outros meios de comunicação.
Art. 28 - É da competência das assembléias gerais, ordinárias ou
extraordinárias a destituição dos membros do conselho de administração
ou do conselho fiscal.
Parágrafo único - Ocorrendo destituição que possa comprometer
a regularidade da administração ou fiscalização da cooperativa, poderá
a assembléia geral designar administradores e conselheiros fiscais
provisórios, até a posse dos novos, cuja eleição se realizará no prazo
máximo de 30 (trinta) dias.
Art. 29 - Os trabalhos das assembléias gerais serão dirigidos pelo
presidente, auxiliado por um secretário ad hoc, sendo também
convidados os ocupantes de cargos sociais a participar da mesa.
§ 1º - Na ausência do secretário e de seu substituto, o presidente
convidará outro cooperante para secretariar os trabalhos e lavrar a
respectiva ata;
§ 2º - Quando a assembléia geral não tiver sido convocada pelo
presidente, os trabalhos serão dirigidos por um cooperante, escolhido
na ocasião, e secretariado por outro, convidado por aquele, compondo
a mesa dos trabalhos os principais interessados na sua convocação.
Art. 30 - Os ocupantes de cargos sociais, como quaisquer outros
cooperantes, não poderão votar nas decisões sobre assuntos que a eles
se refiram direta ou indiretamente, entre os quais os de prestação de
contas, mas não ficarão privados de tomar parte nos respectivos
debates.
Art. 31 - Nas assembléias gerais em que forem discutidos os balanços
58
das contas, o presidente da cooperativa, logo após a leitura do relatório
do conselho de administração, as peças contábeis e o parecer do
conselho fiscal, solicitará ao plenário que indique um cooperante para
coordenar os debates e a votação da matéria.
§ 1º - Transmitida a direção dos trabalhos, o presidente e demais
conselheiros de administração e fiscal, deixarão a mesa, permanecendo
no recinto, à disposição da assembléia geral para os esclarecimentos
que lhes forem solicitados.
§ 2º - O coordenador indicado escolherá, entre os cooperantes, um
secretário ad hoc para auxiliá-lo na redação das decisões a serem
incluídas na ata pelo secretário da assembléia geral.
Art. 32 - As deliberações das assembléias gerais somente poderão
versar sobre assuntos constantes do edital de convocação e os que
com eles tiverem imediata relação.
§ 1º - Os assuntos que não constarem expressamente do edital de
convocação e os que não satisfizerem as limitações deste artigo,
somente poderão ser discutidos após esgotada a ordem do dia, sendo
que sua votação, se a matéria for considerada objeto de decisão, será
obrigatoriamente assunto para nova assembléia geral.
§ 2º - Para a votação de qualquer assunto na assembléia deve-se
averiguar os votos a favor, depois os votos contra e, por fim, as
abstenções. Caso o número de abstenções seja superior a 50% dos
presentes, o assunto deve ser melhor esclarecido antes de submetê-lo
à nova votação ou ser retirado da pauta, quando não é do interesse do
quadro social.
Art. 33 - O que ocorrer na assembléia geral deverá constar de ata
circunstanciada, lavrada no livro próprio, aprovada e assinada ao final
dos trabalhos pelos administradores e fiscais presentes, por uma
comissão de 10 (dez) cooperantes designados pela assembléia geral.
Art. 34 - As deliberações nas assembléias gerais serão tomadas por
maioria de votos dos cooperantes presentes com direito de votar, tendo
cada cooperante direito a 1 (um) só voto, qualquer que seja o número
de suas cotas-partes.
§ 1º - Em regra, a votação será a descoberto, mas a assembléia geral
poderá optar pelo voto secreto.
§ 2º - Caso o voto seja a descoberto, deve se averiguar os votos a favor,
os votos contra e as abstenções.
Art. 35 - Prescreve em 4 (quatro) anos a ação para anular as
deliberações da assembléia geral viciadas de erro, dolo, fraude ou
simulação, ou tomadas com violação de lei ou do estatuto, contado o
prazo da data em que a assembléia geral tiver sido realizada.
b) Reuniões Preparatórias (Pré-Assembléias)
59
Art. 36 - Antecedendo a realização das assembléias gerais, a
cooperativa fará reuniões preparatórias de esclarecimento, nos núcleos
de cooperantes, de todos os assuntos a serem votados.
Parágrafo único - As reuniões preparatórias não têm poder
decisório.
Art. 37 - As reuniões preparatórias serão convocadas pelo conselho
de administração, com antecedência mínima de cinco dias, através de
ampla divulgação, informando as datas e os locais de sua realização.
Art. 38 - Deverá constar na ordem do dia do edital de convocação
da assembléia um item específico para a apresentação do resultado
das reuniões preparatórias.
60
poderão participar da votação das matérias referidas nos itens “b” e
“f ” deste artigo.
§ 2º - A aprovação do relatório, balanço e contas dos órgãos de
administração não desonera seus componentes da responsabilidade por
erro, dolo, fraude ou simulação, bem como por infração da lei ou deste
estatuto.
e) Processo Eleitoral
a) Conselho de Administração
63
administração e deixar que os conselheiros entre si definam quem
assume como presidente, vice-presidente e secretário, bem como outros
cargos de diretoria, ou então optar por formar chapas completas, onde
já estejam definidos os cargos que cada conselheiro vai ocupar.
Art. 50 - O conselho de administração rege-se pelas seguintes
normas:
a) reúne-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente
sempre que necessário, por convocação do presidente, da maioria do
próprio conselho, ou, ainda, por solicitação do conselho fiscal;
b) delibera validamente com a presença da maioria dos seus
membros, proibida a representação, sendo as decisões tomadas pela
maioria simples de votos dos presentes, reservado ao presidente o voto
de desempate;
c) as deliberações serão consignadas em atas circunstanciadas
lavradas em livro próprio, lidas, aprovadas e assinadas no fim dos
trabalhos pelos membros do conselho presentes.
Parágrafo único - Perderá automaticamente o cargo o membro do
conselho de administração que, sem justificativa, faltar a três reuniões
ordinárias consecutivas ou a seis reuniões durante o ano.
Art. 51 - Cabem ao conselho de administração, dentro dos limites
da lei e deste estatuto, as seguintes atribuições:
a) propor à assembléia geral as políticas e metas para orientação
geral das atividades da cooperativa, apresentando programas de trabalho
e orçamento, além de sugerir as medidas a serem tomadas;
b) avaliar e providenciar o montante dos recursos financeiros e dos
meios necessários ao atendimento das operações e serviços;
c) estimar previamente a rentabilidade das operações e serviços,
bem como a sua viabilidade;
d) estabelecer as normas para funcionamento da cooperativa;
e) elaborar, juntamente com lideranças do quadro social, Regimento
Interno para a organização do quadro social;
f) estabelecer sanções ou penalidades a serem aplicadas nos casos
de violação ou abuso cometidos contra disposições de lei, deste
estatuto, ou das regras de relacionamento com a entidade que venham
a ser estabelecidas;
g) deliberar sobre a admissão, eliminação e exclusão de cooperantes
e suas implicações, bem como sobre a aplicação ou elevação de multas;
h) deliberar sobre a convocação da assembléia geral e estabelecer
sua ordem do dia, considerando as propostas dos cooperantes nos
termos dos parágrafos 1º e 2º do art. 7º;
i) estabelecer a estrutura operacional da administração executiva
64
dos negócios, criando cargos e atribuindo funções, e fixando normas
para a admissão e demissão dos empregados;
j) fixar as normas disciplinares;
k) julgar os recursos formulados pelos empregados contra decisões
disciplinares;
l) avaliar a conveniência e fixar o limite de fiança ou seguro de
fidelidade para os empregados que manipulam dinheiro ou valores da
cooperativa;
m) fixar as despesas de administração em orçamento anual que
indique a fonte dos recursos para a sua cobertura;
n) contratar, quando necessário, um serviço independente de
auditoria, conforme disposto no artigo 112, da lei nº 5.764, de
16.12.1971;
o) indicar banco ou bancos nos quais serão feitos negócios e
depósitos de numerário, e fixar limite máximo que poderá ser mantido
no caixa da cooperativa;
p) estabelecer as normas de controle das operações e serviços
verificando mensalmente, no mínimo, o estado econômico-financeiro
da cooperativa e o desenvolvimento das operações e serviços através
de balancetes e demonstrativos específicos;
q) adquirir, alienar ou onerar bens imóveis da sociedade, com
expressa autorização da assembléia geral;
r) contrair obrigações, transigir, adquirir, alienar e onerar bens
móveis, ceder direitos e constituir mandatários;
s) fixar anualmente taxas destinadas a cobrir depreciação ou
desgaste dos valores que compõem o ativo permanente da entidade;
t) zelar pelo cumprimento da legislação do cooperativismo e outras
aplicáveis, bem como pelo atendimento da legislação trabalhista perante
seus empregados e fiscal.
§ 1º - O presidente providenciará para que os demais membros do
conselho de administração recebam, com a antecedência mínima de 3
(três) dias, cópias dos balancetes e demonstrativos, planos e projetos e
outros documentos sobre os quais tenham que pronunciar-se, sendo-lhes
facultado, ainda anteriormente à reunião correspondente, inquirir
empregados ou cooperantes, pesquisar documentos, a fim de dirimir
as dúvidas eventualmente existentes.
§ 2º - O conselho de administração solicitará, sempre que julgar
conveniente, o assessoramento de quaisquer funcionários graduados
para auxiliá-lo no esclarecimento dos assuntos a decidir, podendo
determinar que qualquer deles apresente, previamente, projetos sobre
questões específicas.
§ 3º - As normas estabelecidas pelo conselho de administração serão
65
baixadas em forma de resoluções, regulamentos ou instruções que, em
seu conjunto, constituirão o regimento interno da cooperativa.
Art. 52 - Ao presidente competem, entre outros, definidos em
regimento interno, os seguintes poderes e atribuições:
a) dirigir e supervisionar todas as atividades da cooperativa;
b) baixar os atos de execução das decisões do conselho de
administração;
c) assinar, juntamente com outro diretor ou outro conselheiro
designado pelo conselho de administração, cheques, contratos e demais
documentos constitutivos de obrigações;
d) convocar e presidir as reuniões do conselho de administração,
bem como as assembléias gerais dos cooperantes;
e) apresentar à assembléia geral ordinária:
1. Relatório da gestão;
2. Balanço geral;
3. Demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas verificadas
no exercício e o parecer do conselho fiscal.
f) representar ativa e passivamente a cooperativa, em juízo e fora dele;
g) representar os cooperantes, como solidário com os
financiamentos efetuados por intermédio da cooperativa, realizados
nas limitações da lei e deste estatuto;
h) elaborar o plano anual de atividades da cooperativa;
i) verificar periodicamente o saldo de caixa;
j) acompanhar, juntamente com a administração financeira, as
finanças da Cooptec.
Art. 53 - Ao vice-presidente compete interessar-se permanentemente
pelo trabalho do presidente, substituindo-o em seus impedimentos
inferiores a 90 (noventa) dias;
Art. 54 - Compete ao secretário, entre outras, definidas em regimento
interno, as seguintes atribuições:
a) secretariar os trabalhos e orientar a lavratura das atas das reuniões
do conselho de administração e da assembléia geral, responsabilizando-se
pela guarda de livros, documentos e arquivos pertinentes;
b) assinar, juntamente com o presidente, contratos e demais
documentos constitutivos de obrigações, bem como cheques bancários.
Art. 55 - Os administradores, eleitos ou contratados, não serão
pessoalmente responsáveis pelas obrigações que contraírem em nome
da cooperativa, mas responderão solidariamente pelos prejuízos
resultantes de desídia e omissão ou se agiram com culpa, dolo ou má-fé.
§ 1º - A cooperativa responderá pelos atos a que se referem este
artigo, se os houver ratificado ou deles logrado proveito.
§ 2º - Os que participarem de ato ou operação social em que se
oculte a natureza da sociedade, podem ser declarados pessoalmente
responsáveis pelas obrigações em nome dela contraídas, sem prejuízo
66
das sanções penais cabíveis.
§ 3º - O membro do conselho de administração que, em qualquer
momento referente a essa operação, tiver interesse oposto ao da
cooperativa, não poderá participar das deliberações relacionadas com
essa operação, cumprindo-lhe declarar seu impedimento.
§ 4º - Os componentes do conselho de administração, do conselho
fiscal ou outros, assim como os liquidantes, equiparam-se aos
administradores das sociedades anônimas para efeito de
responsabilidade criminal.
§ 5º - Sem prejuízo da ação que possa caber a qualquer cooperante,
a cooperativa, por seus dirigentes, ou representada por cooperantes
escolhidos em assembléia geral, terá direito de ação contra os
administradores para promover a sua responsabilidade.
Art. 56 - Poderá o conselho de administração criar comitês especiais,
transitórios ou não, para estudar, planejar e coordenar a solução de
questões específicas, relativas ao funcionamento da cooperativa.
b) Administração Executiva
Art. 57 - As funções da administração executiva dos negócios sociais
poderão ser exercidas por técnicos contratados, segundo a estrutura
que for estabelecida pelo conselho de administração.
CAPÍTULO VIII
DO CONSELHO FISCAL
69
CAPÍTULO X
DO BALANÇO GERAL, DESPESAS, SOBRAS, PERDAS E FUNDOS
70
§ 2º - Revertem em favor do FATES, além da percentagem referida
no parágrafo 2º, do art. 65, as rendas eventuais de qualquer natureza,
resultantes de operações ou atividades nas quais os cooperantes não
tenham tido intervenção.
CAPÍTULO XI
DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO
71
Anexo 4
Modelo de Ata de Cooperativa
ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DE
CONSTITUIÇÃO DA COOPERATIVA
Aos .... dias do mês de .... do ano de 200...., às .... horas, em ....
(indicar a localidade), Estado de ...., reuniram-se com o propósito de
constituírem uma sociedade cooperativa, nos termos da legislação
vigente, as seguintes pessoas:
(nome por extenso, nacionalidade, idade, estado civil, profissão, RG,
CPF, residência, número e valor das cotas-partes subscritas de cada
fundador.)
Foi aclamado para coordenar os trabalhos o Senhor .... (nome do
coordenador), que convidou a mim ... (nome do secretário), para lavrar
a presente ata, tendo participado ainda da mesa as seguintes pessoas:
(nome e função das pessoas).
Assumindo a direção dos trabalhos, o coordenador solicitou que
fosse lido, explicado e debatido o projeto de estatuto da sociedade,
anteriormente elaborado, o que foi feito artigo por artigo. O estatuto
foi aprovado pelo voto dos cooperantes fundadores, cujos nomes estão
devidamente consignados nesta ata. A seguir, o senhor coordenador
determinou que se procedesse à eleição dos membros dos órgãos sociais,
conforme dispõe o estatuto recém-aprovado. Procedida a votação,
foram eleitos para comporem o conselho de administração, (ou diretoria,
conforme o caso), os seguintes cooperantes: presidente: (colocar os
demais cargos e respectivos ocupantes) e como membros efetivos do
conselho fiscal os senhores, .... para seus suplentes, os senhores....,
todos já devidamente qualificados nesta ata. Prosseguindo, todos foram
empossados nos seus cargos e o presidente do conselho de
administração, assumindo a direção dos trabalhos, agradeceu a
colaboração do seu antecessor nesta tarefa e declarou definitivamente
constituída, desta data para o futuro, a cooperativa (denominação e
sigla), com sede em (localidade), Estado de .... , que tem por objetivo:
....(acrescentar um resumo do objetivo transcrito no estatuto). Como
nada mais houvesse a ser tratado, o senhor presidente da sociedade
deu por encerrados os trabalhos e eu, (nome do secretário) como
secretário, lavrei a presente ata que, lida e achada conforme, contém
as assinaturas de todos os cooperantes fundadores, como prova a livre
vontade de cada um de organizar a cooperativa (local a data)
(Assinatura do secretário da assembléia)
72
(Assinatura de todos os cooperantes fundadores)
Observações
73
O
Manejo Florestal Comunitário é
uma atividade econômica com
base na produção de produtos
madeireiros e não-madeireiros. Além
disso, pode assegurar um suprimento
contínuo de madeira, frutos da mata,
óleos e resinas para uso doméstico e
comercial. Este guia é destinado a
lideranças comunitárias, técnicos e
agentes de promoção do Manejo
Florestal Comunitário e de Pequena
Escala na Amazônia.
ISBN 858621217-8
9 788586 212178
LASAT GRAAL
Grupo de Apoio a Agricultura Familiar de Fronteira
ProManejo
NEAF CGC.: 83.213.546/0001-58 Projeto de Apoio ao Manejo Florestal
Núcleo de Estudos Integrados da Agricultura Familiar - CAP/UFPa Sustentável na Amazônia
ALFA
Aliança para a Floresta
Amazônia e Mata Atlântica
MINISTÉRIO DO
Programa Piloto para Proteção
das Florestas Tropicais
GOVERNO FEDERAL
MEIO AMBIENTE