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Apostila de Hista Ria e Geografia Do Est PDF
Apostila de Hista Ria e Geografia Do Est PDF
ESTADO DO A M A P Á
A M A P Á
Situa-se a nordeste da região Norte e tem como limites a Guiana Francesa ao norte, o
Oceano Atlântico ao leste, o Pará ao sul e oeste e o Suriname ao noroeste. É o estado
brasileiro mais bem preservado, mantendo intacta quase a totalidade da floresta Amazônica,
que cobre 90% de seu território. O estado possui uma população urbana de 89%, ficando atrás
apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A região do atual estado do Amapá foi originalmente povoada por grupos indígenas do
tronco Aruaque, entre os quais destacam-se:
• Guaiampis
• Palicures
• Tucujus
Em sua obra "A Descoberta da Guiana", o navegador e explorador britânico Sir Walter
Raleigh descreveu uma "Província da Amapaia" como uma terra "maravilhosa e rica em ouro",
povoada por indígenas chamados "anebas" que teriam presenteado o espanhol Antonio de
Berreo com várias jóias daquele metal:
Raleigh narra ainda como o rival espanhol tentou sair da região para tomar a cidade mítica
de Eldorado (que então se acreditava ficar na Guiana) e não conseguiu, barrado pelo que seria
hoje chamada de Serra Tumucumaque:
O PERÍODO COLONIAL
Em 1619, Manuel de Souza d'Eça foi designado para servir na Capitania do Pará, no
Estado do Maranhão, por três anos. As suas funções incluíam a "(...) expulsão do inimigo do
Cabo do Norte, e mais descobrimentos (...)", para o que requeria homens, armas e
equipamentos diversos. O memorial que apresentou a respeito, detalha a situação estratégica
da embocadoura do rio Amazonas à época, descrevendo as atividades estrangeiras e
sugerindo as providências mais urgentes a serem tomadas pela Coroa.
Finalmente, a partir de 1623, Luiz Aranha de Vasconcelos e Bento Maciel Parente, tendo
como subordinados Francisco de Medina, Pedro Teixeira e Ayres de Souza Chichorro, com
forças recrutadas em Lisboa, no Recife, em São Luís do Maranhão e Belém do Pará, apoiadas
por mais de mil índios flecheiros mobilizados pelo frade franciscano Cristóvão de São José,
atacaram e destruíram posições inglesas e neerlandesas ao longo da embocadoura do rio
Amazonas, na ilha de Gurupá e na ilha dos Tocujus. Como conseqüência, seis fidalgos
ingleses foram mortos, os fortes neerlandeses de Muturu e Nassau foram destruídos, centenas
de combatentes mortos ou capturados, provisões, armas, munições e escravos da Guiné foram
apresados, e um navio neerlandês afundado.
Dois anos mais tarde, em 1625, Pedro da Costa Favela, Jerônimo de Albuquerque e Pedro
Teixeira, com destacamentos de Belém e Gurupá, reforçados por algumas centenas de
indígenas chefiados pelo franciscano Frei Antônio de Merciana, destruíram novos
estabelecimentos na costa do Macapá e no rio Xingú. O Macapá era a designação genérica da
região compreendida entre a foz do rio Paru e a margem esquerda da foz do rio Amazonas,
abrangendo quatro províncias de indígenas ali aldeados por missionários franciscanos, entre
elas a chamada Província dos Tocujus.
Até meados do século XVII foram registrados choques entre portugueses, neerlandeses e
britânicos no delta do Amazonas e na Capitania do Cabo Norte. No século XVIII, a França
reivindicou a posse da região do Cabo Norte, e embora o Tratado de Utrecht (1713) tenha
estabelecido os limites entre o Estado do Maranhão e a Guiana francesa, estes não foram
respeitados pelos franceses: o problema da posse da região permaneceria pendente nas
relações entre as duas Cortes.
GUERRA DA LAGOSTA
A COSTA PALICÚRIA
Como vimos, as primeiras informações históricas do Amapá têm início em 1500. Mas as
primeiras notícias da terra precederam o ciclo do descobrimento do Brasil. Assim, as duas
potências européias (Portugal e Espanha) de então, passam a disputar, gradualmente, a
corrida rumo a conquista de novas terras. Entre os fatores que trouxeram os portugueses ao
Brasil, faz-se relevo a necessidade de um intercâmbio comercial mais amplo com o Oriente, a
exploração de novas terras e a busca de metais preciosos e produtos naturais. Os resultados
foram benéficos para Portugal que, mantendo as novas colônias em seu poder, providenciava
de imediato a exploração dos metais preciosos e produtos naturais.
Pelo exposto, a conquista da América foi, antes de luto, um empreendimento ibérico e luso.
O mesmo se deu no Amapá. Já mencionamos que há contradições sobre a viagem de Pinzón
ao Oiapoque, mas oficialmente tem-se que, ao chegar aqui em janeiro de 1500, os primeiros
contatos com os índios, possivelmente os Palicur, lhe permitiram desvendar o nome original
predominante na região: Costa Palicúria.
Historicamente esse parece ser o primeiro nome de nossa costa. Esses índios de língua
aruaque, hoje habitando o Oiapoque, guardam com seus ancestrais um verdadeiro acervo
histórico narrativo que futuramente poderá ser desvendado, com relação à presença do homem
pré-pinzônico no Amapá. Apesar do relato oral, e como protagonista principal, o povo palicur
tem muita coisa a passar para nós que apenas iniciamos essa peregrinação histórico-cultural.
Em sua breve passagem pelo Amapá, Pinzón teria dado ao rio o seu próprio nome, o que mais
tarde criaria controvérsias sobre a definição de nossas fronteiras com a Guiana Francesa.
Assim (e ressalvadas as controvérsias) a presença de Pinzón no Oiapoque foi o ponto inicial da
própria presença européia na nossa história. Várias informações mais tarde, sobre a
localização exata do rio, vieram a criar, já no final do século XIX, a célebre questão do
Contestado.
A “descoberta do Amapá” por Pinzón mereceu-lhe, dos reis católicos Fernando de Aragão
e Isabel de Castela, a possa da Costa Palicúria. Por razões de distância geográfica ou mesmo
pela falta de exatidão do local, Pinzón não chegou a tomar posse da terra, vindo a falecer
numa pequena ilha do Caribe (Marguerita), após exaustivas buscas pelo rio que havia
navegado pela primeira vez.
PERSONAGENS DA HISTÓRIA
Vicente Pinzón (1460, Palos, ?) – Em Palos, por volta de 1489, Vicente Pinzón conhecera
Cristóvão Colombo. Junto com seus irmãos Martin Alonso e Francisco, Vicente não apenas
aceitou participar da viagem de alto risco que Colombo havia convencido os reis Fernando de
Aragão e Isabel de Castela, a financiar, como bancou, junto com os irmãos, um oitavo dos
custos da expedição. Escalado para ser o capitão da caravela Niña, Vicente também se tornou
o maior responsável pelo recrutamento da tripulação: foi ele quem convenceu os relutantes
marujos de Palos a seguir uma rota que até então jamais havia sido percorrida.
Ao contrário de Francisco e Martin (que morreu poucos dias após o retorno à Espanha em
1493, e já rompido com Colombo), Vicente permaneceria fiel ao almirante genovês até a morte
dele, em maio de 1506.
Fernando e Isabel – Fernando foi rei de Aragão e Sicília. Nasceu em Aragão, Espanha, em
1452, e morreu em Madrigalejo, na Estremadura (Espanha) em 1516. Em 1504 foi rei de
Nápoles e aclamado rei de Castela sob o nome de Fernando V. Filho de João de Aragão,
casou-se em outubro de 1469 com a infanta Isabel de Castela; esse casamento consumou a
união dos dois reinos, base do poderio espanhol. Em 1474, Isabel torna-se rainha de Castela e,
em 1479, Fernando sucedeu seu pai no trono de Aragão. Na união matrimonial, Isabel
reservou seus direitos pessoais e também os benefícios das grandes descobertas marítimas.
Fernando também teve grande influência no governo dos dois Estados. Ampliando o poder da
Coroa, ele tomou uma série de medidas contra privilégios da nobreza, com o pretexto de que a
luta contra os mouros havia terminado, ordenou a destruição de todas as fortalezas, reprimiu
Após ter feito importante reforma das finanças (1480), pôde-se permitir convocar mais
raramente as cortes. Estendeu também a tutela do Estado sobre o clero e, em 1482, fez
conceder pelo papa o “jus supplicationis”, que lhe permitiu apresentar seus candidatos aos
altos postos eclesiásticos e aos benefícios importantes. Unindo as forças de Aragão às de
Castela, completou a “reconquista” com a tomada de Granada (1492); o casal real recebeu, por
isso, da Santa Sé, o título de “reis católicos”. Como conseqüência de vitórias militares,
Fernando se tornou rei de Nápoles em 1504 (sob o nome de Fernando III). Em 1512 completou
a unificação territorial da Espanha, pela anexação de Navarra. Quando da morte de Isabel, sua
filha, a infanta Joana, tornou-se herdeira dos domínios de Castela.
Amapá - Na língua tupi, o nome Amapá significa O Lugar da Chuva. Antonio Lopes
(TOPÔNIMOS TUPIS, in “Revista de Geografia e História”, nº 2, São Luiz, Maranhão, 1947) diz
que Amapá veio de Ama (Chuva) Paba (Lugar, estância, morada), significando, portanto, Lugar
da Chuva. Esta novidade é citada também por Sarney (SARNEY, José e COSTA, Pedro,
Amapá, a Terra onde o Brasil Começa, Editora do Senado Federal, 1999.). A tradição diz, no
entanto, que o nome teria vindo do nheengatu, uma espécie de dialego tupi jesuítico, que
significa Terra que Acaba, ou seja: ilha.
fruto, da grossura de uma maçã, roxo-escuro, contém um soco leitoso e pegajoso na pele; a
polpa é doce e saborosa. Amadurece no mês de março. A madeira é branca, aproveitável na
mercenária.
Oiapoque – também vem do tupi, e significa Casa dos Guerreiros (OIAP, WAIAPI, WAIAP,
UIAP + OCA, OQUE, OC, OCCO). O nome WAIAPI, que lembra os indígenas da reserva atual
do Amapari, também significa parentes. Os Waiapi que teremos a oportunidade de falar mais
adiante, são os mesmos Guaiapi (Guaiapise) que teriam lutado com os Mocura (Mucura,
Mukura) no século XVII, no sul do Pará. Foi o explorador Keymis (Sarney, José – Amapá, a
Terra onde o Brasil ) que em 1596 primeiro deu o nome Oiapoque ao então rio de Vicente
Pinzón.
A região onde fica o Amapá já foi disputada por franceses, ingleses e holandeses. Uma
comissão de arbitragem que se reuniu em Genebra, garantiu a posse definitiva ao Brasil, em
1900.
Coberto pela Floresta Amazônica, a atividade turística é pouco explorada pela falta de
infra-estrutura.
O Amapá - que tem uma área de 140 mil 276 quilômetros quadrados - está quase
inteiramente ao Norte do Equador. Limita-se ao Norte com a Guiana Francesa, ao Sul com o
estado do Pará, a Leste com o Oceano Atlântico e a Oeste com o Suriname e com o estado do
Pará.
Macapá, a capital do Estado e área de livre comércio, é uma das raras cidades do mundo
cortada pela Linha do Equador, o que permite ao macapaense estar ao mesmo tempo nos dois
hemisférios (Norte e Sul). O Amapá não tem ligação rodoviária com o resto do país. Só se
chega ao Estado de avião ou de navio.
É maior que muitos paises da europa, bem como outros estados brasileiros como: Rio de
janeiro, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, espirito Santo e Santa
Catarina.
GEOGRAFIA
ASPECTOS FÍSICOS
Fonte: www.amapa.net
CLIMA: Equatorial
HABITANTE: Amapaense.
A linha do Equador, conhecida como "Marco Zero", ou seja, com sua latitude de 0º,
encontra-se a 5 km do centro da cidade de Macapá e pode ser alcançada pela Rodovia
Juscelino Kubitscheck.
PRINCIPAIS RIOS
Rio Amapá Grande, Rio Amapari, Rio Amazonas, Rio Araguari, Rio Cassiporé, Rio
Calçoene, Rio Flexal, Rio Gurijuba, Rio Jari, Rio Matapi, Rio Maracá, Rio Maracapí, Rio
Oiapoque, Rio Pedreira, Rio Tartarugal Grande, Rio Tartarugalzinho, Rio Vila Nova
CLIMA
Durante o ano duas estações são definidas: o inverno e o verão, o inverno caracterizado
pelas fortes descargas pluviais que vão desde fins de dezembro até agosto e o verão com
predominância dos ventos alísios e vai de setembro a dezembro.
VEGETAÇÃO
Os vegetais que se destacam em todo o estado por sua importância econômica são: o
acapú, o angelim, andirobam ucuúba, cedro, pau mulato, carnaúba, maçaranduba, jatobá,
pracuúba, pau rosa, pau amarelo, castanheira, piquiá, aquariquara, sucupira, etc. Todos são
aproveitados na indústria madeireira. Uns de grande porte, alcançado até 40 metros como a
Dentre essas palmeiras, a mais importante é o açaizeiro, cujo fruto dá um vinho de sabor
agradável muito utilizado na alimentação.
Nas matas do Amapá, encontram-se plantas medicinais como a quina, que produz o
"quinino", empregada na fabricação de remédios. O amapazeiro é uma árvore que dá um leite,
utilizado no tratamento de doenças pulmonares. Foi o nome dessa planta que se deu o nome
ao local: Amapá.
As matas amapaenses são ricas em plantas, cujas cascas ou sementes, servem para
corantes ou tintoriais. Como exemplo podemos citar o urucuzeiro, cujo fruto, o urucu, possui
uma polpa colorida, muito usada para dar cor vermelha a uma variedade de coisas e é usada
no preparo dos alimentos que necessitam de corante. Existe também em nossas matas árvores
que dão fibra ou embira, usada na confecção de cordas, redes, adornos, etc. Uma dessas
fibras é o "tururi". Ele envolve o cacho do ubuçu, fruto do ubuçuzeiro. Além do "tururi", temos
outras espécies de embira que são tiradas da casca da embireira.
RELEVO
Os montes são número de quatro: Monte Catari, Monte Carupina, Tipas e Itu.
HIDROGRAFIA
O Amapá possui uma bacia hidrográfica constituída de muitos rios que se destacam pela
sua importância econômica. Os rios amapaenses na sua maioria desaguam no Oceano
Atlântico.
Cachoeira do Paredão onde fica a Hidrelétrica Coaracy Nunes a qual fornece energia
elétrica para grande parte do estado.
O rio Oiapoque que se destaca por servir de linha divisória entre o Brasil e Guiana
Francesa. Suas cachoeiras mais importantes são: Goiabeiras, Mananá, Caimum, Tacuru, Gran
Rocho, etc
Rio Pedreira tem importância histórica. Dele é que foram tiradas as pedras para construção
da Fortaleza de São José de Macapá, forte que foi construído pelos escravos para defesa do
Brasil contra os invasores estrangeiros.
Rio Vila Nova separa o município de Mazagão do município de Laranjal do Jari, nele se
encontram jazidas de ferro e a Cachoeira Branca
Rio Jari, afluente da margem esquerda do rio Amazonas separando o Amapá do estado do
Pará, encontra-se as Cachoeiras de Santo Antonio, Cumarú, Inajá, Aurora, Maçaranduba,
Guaribas, do Rebojo, do Desespero, etc
Rio Amapari é afluente do rio Araguari e é importante porque banha a Serra do Navio e é
em seu leito que é lavado o manganês
A bacia hidrográfica formada pelos rios Araguari, Amapari é a mais importante do estado
tanto pela sua contribuição de energia como pela aproximação do rio Amazonas.
Além dos rios merecem destaque inúmeros lagos e lagoas como: Lago Grande, Lago dos
Bagres, Lago Floriano, Lago do Vento, Lago dos Gansos, Lago Piratuba, Lago duas Bocas,
Lago Novo, Lago Comprido, Lago do Vento, Lago Mutuca e outros.
As quatro ilhas mais importantes são: Ilha do Bailique, ilha do Maracá, ilha de Jipioca, ilha
de Santana.
Existem ainda as ilhas de menor importância como a ilha Jipioca e a ilha de Juruá, a ponta
do Martim e a ponta do Guará.
A maioria dos lagos secam durante o verão. E os peixes e as tartarugas descem para os
lagos mais fundos ou para os rios mais próximos.
Na época das chuvas, os lagos enchem e são navegáveis e representam uma das
potencialidades locais.
O aproveitamento desse potencial deve ser feito em harmonia com a natureza; isto é, sem
a devastação. A pesca não deve ser feita no período da desova, para que os peixes não
desapareçam. Os ovos dos tracajás não devem ser tirados para que a espécie não
desapareça.
A utilização da natureza deve ser feita com cautela, para que se possa usufruir sempre dos
seus benefícios.
ATIVIDADES ECONÔMICAS
RECURSOS
Manganês
Principal riqueza do estado do Amapá, o manganês teve sua exploração iniciada em 1957.
Ali se encontram as maiores reservas do país, chegando o estado a extrair 80% da produção
total de manganês do país na década de 60. Suas jazidas foram arrendadas por 50 anos pela
Icomi, Indústria e Comércio de Mineração, do grupo Bethlehem Steel, que paga royalties de 4 a
5% do valor do minério extraído ao governo local, sendo as encomendas asseguradas por um
contrato com o Defense Materials Procurement Agency, órgão governamental norte-americano.
A renda dos royalties do manganês foi destinada à construção da Usina de Paredão, para
assegurar base energética às indústrias que vierem a ser ali instaladas. A mineração do
manganês provocou deslocamento de mão-de-obra e contribuiu consideravelmente para o
aumento da população no estado, antes território administrado pelo Governo Federal. Essa
empresa construiu uma estrada de ferro com capacidade para 700 mil toneladas de minério e
200 mil toneladas de outros tipos de mercadorias, assim como um porto, a que podem ter
acesso navios de até 45 mil toneladas.
Além do manganês, o Amapá tem também grande reserva de recursos naturais que inclui
minerais como o ouro, explorado nos garimpos dos rios Calçoene, Cassiporé e Igarapé de
Leona, além do rico veio existente no rio Gaivota. Diamantes são também muito encontrados
na região de Santa Maria. A 80 km da capital, Macapá, existe uma jazida de 9,6 milhões de
toneladas de hematita, com 70% de ferro, explorada pela empresa Hanna Company.
A região onde hoje se encontra o estado do Amapá foi doada ao português Bento Manuel
Parente, em 1637, com o nome de capitania da Costa do Cabo do Norte. No final do mesmo
século, a região sofreu incursões de ingleses e holandeses, que foram expulsos pelos
portugueses. No século XVIII, os franceses também reivindicaram a posse da área e em 1713,
o Tratado de Utrecht estabeleceu os limites entre o Brasil e a Guiana Francesa, os quais não
foram respeitados pelos franceses. Os portugueses construíram então a fortaleza de São José
do Macapá, para proteger seus limites das incursões dos franceses.
EXTRATIVISMO VEGETAL
Madeira
A densa floresta conta com aproximadamente 9,5 milhões de hectares, com uma reserva
de madeira superior a 1,5 milhões de m³, de grande aceitação comercial nos mercados
nacional e internacional. As concentrações de madeiras comercializáveis equivalem a 170 m³
por habitantes, ressaltando-se também a existência de espécies madeiras com fonte de
material celulósico e semente oleaginosas com alto teor de óleo. Entre as espécies mais
comercializadas de madeiras estão: acapú, macacaúba, andiroba, pau mulato, breu, cedro,
maçaranduba, Angelim, sucupira, etc.
Entre as sementes oleaginosas que mais se destacam são: andiroba, ucuúba, castanha-
do-Pará, pracaxí, etc.
AGRICULTURA
Alguns fatores foram responsáveis por este desempenho negativo da agricultura. Pelo
setor público, houve a limitação de recursos destinados aos projetos de fomento ao setor
decorrente da situação financeira imposta pelo governo federal na contenção do déficit público
que atingiu o Amapá de modo contundente influenciando a ação estadual na área rural. De
lado do setor privado, a incipiente organização dos produtos em associações, cooperativas e
sindicatos, que restringe o seu poder de negociação na busca pelo desenvolvimento de suas
atividades, principalmente no que se refere a crédito, distribuição e comercialização dos
produtos.
Para o suprimento da demanda interna, o mercado importa grande do seu consumo. Muito
embora existam boas perspectivas de desenvolvimento agrícola tendo e, vista as condições
adequadas e bons solos e climas, propícios, para o cultivo de culturas temporárias como: arroz,
milho, feijão, mandioca, legumes, etc... culturas permanentes como: pimentada-do-reino, coco,
laranja, limão e outros.
Arroz
Com poucas tradição no Amapá, o cultivo do arroz utiliza o sistema produtivo consorciado
com a mandioca ou o milho e em menor escala, cultivo "solteiro".
Milho
O milho, cultura de grande significado para o Amapá, também vem apresentando queda de
produção nos últimos anos. Como nas demais culturas temporárias no período analisado,
caíram a produção ( 19,68) e área colhida ( 946,78). Estes declínios tem se refletido na
produção avícola, por ser matéria-prima destinada à fabricação de ração balanceada para
aves.
Macapá e Santana foram, mais uma vez, os dois maiores municípios produtores com
68,55% a 19,3% da produção total, respectivamente.
Feijão
A produção de feijão vem decaindo desde 1986, tendo apresentado em 1977 uma
substancial queda na quantidade produzida (72,58%). O feijão cultivado no Amapá é o caupi
(feijão da colônia), de pouca aceitação para consumo por parte da população de classe média.
O governo vem tendando incentivar o cultivo, devido à importância na alimentação da
população de baixa renda. Por isso vem fomentando o seu cultivo com a distribuição de
sementes selecionadas através de subsídios ao preparo da área mecanizada.
Mandioca
Horticultura
CULTURAS PERMANENTES
Pimenta-do-reino
Citros
Banana
Pecuária
Pesca
É considerada de grande expressão econômica cujo potencial ainda não foi devidamente
avaliado e nem explorado na extensão do nível de importância que representa como fonte de
abastecimento e investimento para o Amapá. As principais áreas de exploração são: Porto de
Santana, Arquipélago do Bailique, Vila do Sucuriju, Ilha de Maracá, Foz do Cassiporé e Costa
do Amapá. As espécies mais exploradas são: piramutaba, pescada, filhote, dourado, gurijuba,
pirarucu, tambaqui, pirapitinga, tucunaré, piranha, traíra, acará, aruanã, sarda, jiju, tamuatá,
etc. Além das espécies acima citadas, o Estado do Amapá possui sua costa rica em espécie de
crustáceo de grande valor de mercado (camarão-rosa, camarão da água doce e o carangueijo).
O sistema produtivo predominante na atividade pesqueira é o artesanal, utilizando uma
tecnologia simples tanto nos processos de capturas e conservação como nas embarcações
utilizadas nas pescarias. Pode-se observar a pesca artesanal em duas modalidades principais
conforme áreas de ocorrência.
VEGETAÇÃO
POPULAÇÃO INDÍGENA
Fonte: www.brasilrepublica.com.