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Os fragmentos abaixo foram extraídos de artigos, sites entre outros, que podem auxiliar

você nos estudos de uma forma prática. A seguir algumas dicas que utilizo.

Faça uma lista do que você precisa fazer! Muita coisa na cabeça gera ansiedade. Coloque
tudo no papel e assim que for terminando, volte a ela cortando o que já foi realizado.
Você vai ver que a sensação de dever cumprido te deixa mais tranqüilo. Uma técnica que
utilizo é a atribuição de prioridades as tarefas da lista, sejam elas do trabalho, da
faculdade, da igreja, de casa ou pessoais.

Urgente- a própria palavra já diz (para ontem).


Prioridade- as tarefas que você ainda tem dois dias ou menos.
Necessário- o que você sabe que precisa ser feito, mas pode esperar uma semana.
Desejável- aquilo que você quer fazer e o que geralmente “rouba” a cena das prioridades.

É claro que cada um de nós tem uma maneira de estudar, de trabalhar, de viver. As
dicas que se aplicam a minha maneira podem não ser boas para você!

Faça o que for melhor pra você!

O que você vai encontrar a seguir?

1-Como fazer uma resenha?


2-Orientações para preparar um seminário
3-Sugestões para que a leitura seja mais dinâmica
4-Precisa mesmo de dicionário?
5- Fazendo um Relatório de leitura: uma idéia diferente do resumo!
6- Como estudar
7- 27 dicas para escrever bem

1. Como fazer uma resenha?

Quando se requeri, em uma disciplina, uma resenha aos estudantes aparece a pergunta:
professor qual a diferença entre um resumo e uma resenha? A diferença entre o resumo
e a resenha é pouca. Uma resenha é um exercício de síntese, mas também de crítica,
percebendo os pontos positivos e negativos do objeto resenhado, deve necessariamente
trazer suas opiniões sobre o que está sendo discutido. O resumo nada mais é do que
uma síntese de um texto ou de algum assunto abordado, nunca perdendo o foco do tema
principal. O resumo deve se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento
de valor. Já a resenha vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela,
apresentando suas linhas básicas, deve avaliá-la, mostrando seus pontos fortes e fracos.
Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de
síntese que expressa a opinião do autor sobre uma determinada obra que pode ser um
livro, um artigo, um filme e outros gêneros de produções culturais como peças teatrais,
exposições, shows etc.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura
descrição com momentos de crítica direta. No entanto, sendo um gênero
necessariamente breve, corre-se o risco da superficialidade. Não use expressões como “
Eu gostei” ou “Eu não gostei”. Não se esqueça de argumentar em determinados pontos
mostrando a quem lê seu trabalho as principais características da obra.

Tipos de Resenha

As resenhas apresentam algumas divisões. A mais conhecida delas é a resenha


acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos
textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha
descritiva e resenha temática. Vamos nos ater aqui a resenha crítica, objeto de nosso
interesse.

Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma
produção completa:

1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo


que você vai resenhar;
2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do
texto a ser resenhado;
3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco
narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4. Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir
claramente o texto resenhado;
5. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua
opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo
comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula.
É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso,
porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6. Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de
analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém).
7. Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi
resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de
algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8. Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e
período, curso que está fazendo.
2. Orientações para a preparação de um seminário

O objetivo da formação universitária é fornecer competências e habilidades aos futuros


profissionais e/ou em sua formação continuada. O seminário cumpre essa função, pois é
uma técnica de aprendizagem que inclui pesquisa, discussão e debate. Assim, busca
capacitar os estudantes na busca de informações com autonomia, ele não é feito somente
para o professor, mas essencialmente para os alunos, para que aprendam a fazer pesquisa,
competência necessária a qualquer bom profissional.

O seminário não é uma leitura de um texto, mas sim uma troca de idéias entre quem
apresenta e quem assiste. Geralmente os organizadores apresentam um tema com o apoio
de um texto distribuído entre os assistentes e usa o recurso de figuras, mapas,
transparências, recortes de revistas ou jornais, vídeos, encenações entre outros.

1. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

Ele pode ser individual ou em grupo. Quando em grupo, o assunto é dividido em sub-temas
(temas menores) e cada aluno fica responsável por um deles ou todos falam sobre eles. O
debate envolve toda a classe, incluindo o professor e as conclusões envolvem a todos. Desse
modo, um seminário é composto pelo professor, pelo grupo expositor (quem prepara o
seminário) e pelo grupo comentador (demais alunos da classe que possuem a função de
questionar, criticar e aprofundar a abordagem apresentada pelo grupo expositor).

2. MODALIDADES

a) O grupo escolhe um representante (coordenador) para iniciar a apresentação e para fazer


as considerações finais. O coordenador deverá durante a produção do seminário distribuir
funções para os outros participantes do grupo, assim o seminário é uma produção coletiva.
b) O tema geral é subdividido em subtítulos e formar-se-ão na classe tanto grupos quantos
os sub-temas. O professor ou o coordenador do seminário apresenta o tema geral, para uma
visão global, e depois cada grupo aprofunda a parte que lhe coube, acontecendo o debate e
chegando-se às conclusões com o auxílio do professor.

3. OS COMPONENTES DO SEMINÁRIO

a) Coordenador geral - Geralmente é o professor e é aquele que propõe os temas, indica a


bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e fixa à duração das sessões, e se
necessário, complementa os itens.
b) Coordenador do grupo - É aquele que coordena a produção do seminário, as reuniões
que antecedem a apresentação, quem fica responsável por determinada atividade (pesquisa
para localização de textos complementares, de vídeos, de imagens, de músicas, de pessoas,
da digitação do texto roteiro, da impressão de materiais auxiliares, da produção de
transparências, da reserva de equipamentos ou de espaços alternativos para a exposição e a
produção de dinâmicas de grupo) e é também aquele que auxilia o professor na avaliação de
cada membro do grupo.
c) Secretário - É o estudante que não pertence ao grupo que expõem o tema, mas que é
designado pelo professor para registrar a apresentação e as conclusões finais, após os
debates.
e) Debatedores - São estudantes que são indicados pelo professor para, durante a
apresentação do seminário, sistematizarem questões que serão feitas ao grupo expositor.
Serve para o aprofundamento crítico do trabalho o que ajuda na produção da síntese
provisória e nas considerações finais do trabalho.
d) Comentadores – São todos os alunos da classe, os quais podem participam fazendo
perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando
alguma contribuição.

4. ETAPAS DO SEMINÁRIO:

O coordenador geral (professor) propõe o estudo, indica a bibliografia mínima, forma os


grupos. O grupo formado escolhe-se o coordenador do grupo, o qual atribui funções para
cada participante, marca as reuniões, coordena a apresentação e, posteriormente, ajuda o
professor a avaliar. Reuniões sucessivas são realizadas sob a orientação do organizador
para:

- determinação do tema central ("o fio condutor");


- divisão do tema central em tópicos;
- análise do material coletado;
- síntese das idéias dos diferentes autores analisado sob a forma de Introdução (breve
exposição do tema central); Desenvolvimento (explicação, discussão e demonstração);
- conclusão (síntese provisória do grupo) e bibliografia (de acordo com as normas da ABNT).
- Concluídos os estudos e pronto o seminário, a classe se reúne sob a orientação do
coordenador. O(s) relator(es) em aula apresentam os resultados e devem se utilizar de
recursos audiovisuais ou escritos para os assistentes. Os debatedores, após a exposição,
intervém com perguntas que são subsídios ao aprofundamento do tema. A classe
(comentadores) participam das discussões e debates, fazendo indagações, reputando ou não
informações. O coordenador geral do seminário faz uma síntese e encaminha para as
conclusões finais, fazendo a avaliação do seminário, o que é diferente da avaliação da
participação dos membros na confecção do seminário.
5. ROTEIRO DO SEMINÁRIO

Plano de exposição - deve expressar o roteiro em que o trabalho será apresentado, deve ser
entregue ao professor e aos demais participantes da classe. Nessa exposição do processo
apresentação, assim com nas outras partes que compõem o seminário não se pode
confundir o pensamento do autor com as idéias e conclusões do grupo.
Introdução - deve ser objetiva e concisa.
Conteúdo - deve ser dividido em unidades, tomando-se o cuidado de não reproduzirem-se
os títulos e subtítulos das obras consultadas. As transcrições de texto deverão ser as
estritamente necessárias e citadas corretamente, ou seja, entre aspas ("), sem alterações e
com a indicação do nome do autor, ano da obra e número da(s) página(s).
Conclusão - interpretação pessoal e não a repetição da opinião do autor estudado.

6. FORMAS DE AVALIAÇÃO DE UM SEMINÁRIO

Na elaboração de um roteiro, observamos a exatidão, o planejamento equilibrado, com


seqüência, à adequação da matéria com o grau de conhecimento da classe, a seleção da
matéria em quantidade e qualidade, a exposição oral (controle da turma, voz, vocabulário,
relacionamento com a classe e segurança), a seleção e uso de dispositivos didáticos (lousa, e
equipamentos eletrônicos, entre outros), a criatividade e o material didático (ilustrações,
imagens, texto roteiro para os colegas, etc.).

Referência

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:


Atlas, 1990.
3. Sugestões didáticas para que a leitura seja mais dinâmica

1. Bons leitores não mergulham na leitura sem antes examinar o material. Em geral,
vale a pena realizar certos procedimentos exploratórios para ter uma idéia da extensão e
estrutura do texto, para saber se lhe interessa, se atende aos objetivos que tem em
mente, se o estilo lhe agrada, se tem relação com outros textos que conhece etc. É o que
chamamos de “varredura”. Examine a capa, contra capa, “orelhas’ ficha-bibliográfica,
índice dos capítulos e apresentação ou introdução. Dessa forma, poderá criar
expectativas sobre o que está escrito, formular hipóteses sobre o conteúdo do texto,
presumir o grau de dificuldade que terá na leitura. Adquirindo o hábito de praticar a
varredura, terá mais facilidade para selecionar o material de seu interesse e certamente
iniciará a leitura mais preparado para interagir com o autor.

2. Leitura linear x leitura ativa – existem vários modos de ler. Experimente os dois
citados Pode ser notícia de jornal, artigo acadêmico, texto de interesse para o ensino,
não devendo o material ser muito extenso. Na primeira vez faça uma leitura linear do
material, sem instruções. Perceba o que aprendeu com a leitura e das conclusões à que
chegou.

Da outra forma, a leitura ativa, comece pela varredura. A partir das informações
contidas (tema, títulos, subtítulos etc.), apresente pra você ou para um grupo, após a
leitura, perguntas que gostaria de ver respondidas: perguntas individuais, não aquelas
que o professor faria para verificar a compreensão do texto. Terminadas as duas tarefas
você vai perceber a superioridade da leitura ativa sobre a leitura linear.

3. Contrato de leitura. Em geral, o professor universitário fornece aos alunos uma


bibliografia básica, da qual extrai um ou mais títulos de leitura obrigatória. Para saber
se foram mesmo lidos, passa tarefas do tipo fazer resumos (com ou sem apreciação
crítica) ou organiza um seminário no qual um grupo discorre sobre um tema diante de
uma platéia de colegas mudos e apáticos. Faça um contrato com você, com o professor,
com um grupo de amigos que esteja com dificuldades de leitura. Liste os livros que você
se interessa em ler que tenham ligação com a disciplina e até aqueles que você gostaria
de ler. Faça um contrato por escrito, pode ser em grupo com colegas, estabeleça um
tempo(fim do período), para finalizar as leituras. Pergunte indicações a seu professor do
que gostaria de ler, vá até a biblioteca. Você vai se surpreender ao final do período com o
que leu. Afinal, só se torna um bom leitor, quem lê! Descubra sua praia! A minha é
crônica e poesia!
4. Precisa mesmo de dicionário?

Sabe aquelas palavras que aparecem no texto, confundem nossa


cabeça e fazem com que percamos o fio da meada? Pois é, aprenda
com essas simples pistas a entender o contexto sem parar a leitura!

Algumas das pistas que nos levam a deduzir corretamente a inferência


lexical são:

· PONTUAL (vírgulas, travessões, dois pontos etc.). Por exemplo "É assim
por exemplo que a antropofagia - absorção de um ser por outro da
mesma espécie (que é pouco encontrada no reino animal, mas se
encontra entre os homens - a reprimida." Neste exemplo, o travessão não
é mero marcador de pausa entonacional, tem uma função lógica-
explicativa: introduzir o significado de antropofagia.

· PARTICULAS EXPLICATIVAS (isto é, ou seja, ou, por exemplo), como na


frase "- a assembléia dos espartanos livres que escolhia por aclamação
gerusia e os éforos ou segundo expressão romana, o senado (os anciões) e
os cinco guardiões". Os significados, mesmo que aproximados das
palavras gerusia e éforos podem ser descobertas pelo aluno-leitor, se for
levado a perceber a função explicativa do "ou" e da distribuição simétrica
das estruturas na frase.

· PALAVRAS SEMELHANTES OU CONTRÁRIAS: "Juncos sampanas e


outras pequenas embarcações coalhavam as águas, umas em movimento,
outras atracadas...". "este trabalho tem por objetivo proceder ao exame de
dois critérios de textualidade apresentados por Beaugrande-Bressler
(1981) centrados, respectivamente no locutor e no alocutário a
intencionalidade e aceitabilidade".

Pode-se consultar o dicionário para saber os significados de juncos,


sampanas, locutário, no entanto, alertado para procurar "dicas" do
significado das palavras no contexto em que elas se inserem, o aluno
poderá perceber em relação à junco e sampanas que se esta falando de
embarcações de pequeno porte; e no caso de alocutário; que se está
falando de contraparte de locutor, logo similar a ouvinte. Às vezes, esses
traços gerais da significação das palavras bastam para que se possa
prosseguir a leitura.

· TRECHO EXTENSO LIGADO AO TERMO EM QUESTÃO: "Era um frei


burguês, possuidor de um pequeno Clupea barangus. Todo dia ele pegava
o pequeno exemplar ictiológico e o alimentava com Papaveasas Rhoesas e
Cosmus Ripinatus Certa ocasião ao tirar o miúdo peixe do aquário..." Só o
hábito de interromper a leitura ao encontrar uma palavra desconhecida e
que faria o aluno-leitor não perceber que ictiológico se refere a peixe.

- O professor mostra ao aluno-leitor que, agindo como um investigador,


um detetive à procura destas pistas ele poderá descobrir muito sobre os
aspectos da significação das palavras.
5. Fazendo um Relatório de leitura: uma idéia diferente do resumo!

Primeira dificuldade para o aluno: o relatório não é um resumo dos textos lidos.
Habituados a ler para resumir, os alunos sentem muita dificuldade em ler para
aprender, confrontar idéias, tirar conclusões. Mas a leitura reflexiva e crítica é que vale a
pena, e por isso é preciso insistir no fato de que o relatório é outro tipo de trabalho. Para
orientar o aluno, proponha que ele responda, em relação a cada texto lido, algumas
perguntas-chave sobre o conteúdo e o modo de ler:

“O que o autor do texto lhe diz?


 O que você diz ao autor do texto?
 O texto tem relação com alguma coisa que você já leu?Especifique.
 Você formulou perguntas ao autor antes de iniciar a leitura? Quais? Obteve respostas?
 Que dúvidas persistiram?
 Achou a tarefa fácil ou trabalhosa?
 Como resolveu as dificuldades que surgiram?”

As perguntas surgirão de acordo com a natureza da disciplina e o grau de competência


dos alunos.

Referência

CARVALHO, Mariana; SILVA, Mauricio. Como Ensinar a ler a quem já sabe ler?. Revista
Ciência Hoje, vol. 20, n. 19, 1996.
6. Como estudar

Estudar não é apenas ler. O fato de ser ter devorado com avidez um livro - seja por
achá-lo interessante, seja por se ter pressa em dar conta de seu conteúdo - não
significa tê-lo estudado. Esse tipo de leitura, é, ainda, superficial. Em geral, tira-se
pouco proveito de imediato e, caso não se retorne ao texto, muita coisa se perderá
alguns dias após a leitura.

Estudar é bem diferente. Significa compreender o que se leu, meditar sobre os


pontos principais, reter o fundamental. Por isso, o estudo requer tempo bem maior
que a simples leitura. Mas seus resultados são mais profundos e duradouros.

O estudo exige várias leituras. Num primeiro momento, é importante fazer uma
leitura geral, atenta, para se ter uma visão de conjunto do texto. Geralmente, essa
primeira leitura suscita a necessidade de consultar o dicionário, ou anotações de
aulas/palestras, ou até mesmo outras obras que estejam ao alcance e que sejam
importantes para o entendimento do texto. No entanto, não convém interromper a
leitura para essa consulta, salvo nos casos em que o desconhecimento de algum
termo ou fato comprometa a compreensão geral, tornando impossível ou muito
difícil o prosseguimento do estudo.

Mas, mesmo durante a primeira leitura, é útil assinalar as passagens


consideradas mais importantes e fazer anotações ( no próprio texto e às suas
margens). Isto nos permite voltar com maior facilidade aos pontos principais ou
nos chama a atenção para a necessidade de retomar/aprofundar idéias expressas
pelo autor. É importante, então, termos sempre lápis e caderno à mão, para
assinalar ou anotar palavras desconhecidas, trechos importantes, dúvidas que
surgem, pontos a serem pesquisados em outra fontes, etc...

Num segundo momento, volta-se ao texto, agora para uma leitura mais pausada,
buscando sua compreensão, parágrafo a parágrafo, localizando as idéias
principais e as secundárias, tentando reconstruir o processo do pensamento do
autor e captar a estrutura do texto.

Num terceiro momento, cuida-se da interpretação do texto, buscando explicitar os


pressupostos que justifiquem a posição do autor, fazer comparações e associações
das idéias contidas no texto com outras do mesmo autor e de outros autores;
formar opinião e tomar posição diante das idéias o autor. Neste caso, a volta ao
texto não será necessariamente um nova leitura (parágrafo a parágrafo), mas um
reportar-se apenas aos trechos ainda não totalmente entendidos, ou aos que
contenham idéias centrais ou aos que mais chamaram atenção.

Depois da interpretação vem o quarto momento, o da problematização, que


consiste no levantamento e discussão de questões explícitas e/ou implícitas no
texto. Finalmente, a síntese pessoal, o quinto momento: a retomada do texto, com
discussão, reflexão, crítica e tomada de posições pessoais.

Esses dois últimos momentos poderão ou não exigir nova(s) leitura (s) do texto
como um todo (ou trechos), dependendo de como se desenvolveram os momentos
anteriores e do registro que deles foi feito, e variando, também, conforme o grau de
complexidade do texto.

Os momentos que se sucedem à primeira leitura exigem mais que as assinalações


e anotações feitas no próprio texto ou às suas margens. Requerem um registro
mais sistematizado, através de fichamentos, resumos, resenhas.

Podem-se destacar três tipos de fichamentos

1. FICHAMENTO TEXTUAL - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a


seqüência do pensamento do autor e destacando: idéias principais e secundárias;
argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às idéias principais. Traz,
de forma racionalmente vizualizável - em itens e de preferência incluindo
esquemas, diagramas ou quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto.

2. FICHAMENTO TEMÁTICO - reúne elementos relevantes (conceitos, fatos,


idéias, informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com
título e subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto
estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no registro de idéias, segundo a visão do
leitor. As transcrições literais devem vir entre aspas e com indicação completa da
fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas
uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da
fonte. As que trazem simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer indicação.

3. FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO - consiste em resenha ou comentário que dê


idéia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito
também a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema
ou a área de estudo. O fichamento bibliográfico completa a documentação textual
e temática e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e
professores.

Eis, em síntese, os passos a serem seguidos no estudo:

· LER – integralmente e com entendimento (visão de conjunto).

· IDENTIFICAR – o tema.

· DESTACAR – as idéias principais.

· LOCALIZAR – argumentos, fundamentações, justificações, exemplos ligados às idéias


principais.

· ANOTAR – dúvidas, impressões, associações, etc., despertadas pelo texto, bem como
passagens que chamaram atenção.

· FORMULAR – questões cujas respostas se encontrem no texto e/ou questões por ele
suscitadas.

· RESUMIR – construir um texto sucinto, que contenha as idéias mais importantes do


texto estudado.

· ESQUEMATIZAR – elaborar um quadro ou sinopse que permita visualizar a estrutura,


o planejamento do texto, expondo suas idéias centrais.

· INTERPRETAR – comparar/associar as idéias do autor (com as pessoais, do leitor;


com outras do mesmo autor; com as de outros autores).

· CRITICAR – formar opiniões próprias a respeito das idéias do autor, fazer apreciações
e juízo pessoal do texto.

Dependendo do tempo de que se dispõe e da familiaridade maior ou menor que se tenha


com o texto ou tema, é possível deter-se em uns passos mais que em outros, ou
“queimar” alguns, desde que não se perca de vista a necessidade de aprofundamento,
para assimilação das idéias e adequado posicionamento pessoal. O importante é
compreender todo o significado daquilo que se lê e refletir sobre o que se estuda, pois só
assim é possível dele nos apropriarmos, aplicando-o de maneira viva às mais diversas
situações.

Finalmente, alguns lembretes para a elaboração e cumprimento do plano de estudo


individual:

1. Definir o que estudar e selecionar a bibliografia correspondente, determinando por


onde começar.
2. Fazer o levantamento do tempo disponível e predeterminar um horário.
3. Cuidar para a garantia de algumas condições básicas para o estudo:
· Concentração – evitar ou procurar isolar os elementos de dispersão
· disciplina e organização:
- providenciar antecipadamente todo o material necessário (livro, caderno, lápis,
dicionário etc...)
- cumprir o horário planejado
- fazer anotações e fichamentos
- não deixar de ler índices, prefácios, tabelas, notas de rodapé, etc...

ESTUDO INDIVIDUAL, REFLEXÃO COMPARTILHADA

Sempre que se enfatiza a importância do estudo, fala-se da necessidade de “fazer


cursos”. Estes, sem dúvida, ajudam a “organizar as idéias”, traçar as linhas gerais da
teoria e seus temas básicos. Contribuem para nossa formação teórica, ideológica e
política, assim como palestras, seminários e outras situações de debates.

No entanto, nada substitui o estudo individual. Ele é indispensável à preparação e


aprofundamento dos temas tratados, contribuindo para o aproveitamento dos cursos e
participação em discussões.

É preciso, porém, empenhar-se para enfrentar desafios. Quando não se tem o hábito de
estudo, fica-se impressionado ao pegar um livro. Pensa-se que só pode ser lido por quem
freqüentou escola durante muitos anos. No início surgem muitas dúvidas e dificuldades,
mas com o prosseguimento do estudo começa-se a compreender melhor os textos e a
assimilá-los. Acima de tudo é necessário ter vontade de aprender e não desistir diante
dos primeiros obstáculos.

Daí a importância do estudo individual planejado, permanente, metódico. Que tal


assumir um compromisso com o estudo? E se experimentarmos encará-lo como uma
tarefa a ser cumprida com o mesmo rigor que todas as outras? Para isto, nada melhor
que estabelecer (e seguir) um plano de estudo individual. As dificuldades iniciais irão
diminuir aos poucos, com paciência e dedicação.

Mas, convém não fechar-se em si mesmo! É melhor levar as dúvidas e dificuldades


individuais para discussão no coletivo. Companheiros mais experientes ajudarão os
principiantes. O plano individual terá mais resultado se conjugado a um plano coletivo.
Uma boa prática é a formação de grupos de estudo, segundo o interesse por algum tema
ou livro, procurando-se garantir o debate organizado, dirigido por um roteiro comum. E
persistir na reflexão e no debate.

Cada grupo pode organizar sessões de estudo, na periodicidade considerada


conveniente. Elege-se um coordenador e um secretário. Os participantes
apresentam/discutem dúvidas, fazem comentários e decidem se devem voltar ao texto
individualmente e realizar novas sessões. Quando necessário, solicita-se a presença de
alguém que tenha mais acúmulo, para expor aspectos que facilitem a compreensão do
texto e para auxiliar a dirimir dúvidas ou reorientar o estudo.

É importante que o grupo estabeleça prazos para divulgação dos avanços da reflexão
compartilhada. Por exemplo, apresentação de seminários, produção de artigos,
monografias, resenhas etc.

É este o sentido do estudo programado.

Referencia

Nereide Saviani.
Este texto é uma composição de excertos, com algumas alterações, de “Orientações para o estudo”
(publicado em anexo à apostila Introdução ao estudo do Socialismo Científico, CEPS – Centro de Estudos e
Pesquisas Sociais, São Paulo, 1987, mimeogr.) e de “Estudo Individual, reflexão coletiva” (matéria
publicada em A Classe Operária, nº 161, 9 de julho de 1998 – p. 6).
7. 27 Dicas para escrever bem

1. Vc. deve evitar abrev., etc.


2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado,
segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém
de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia dona loreta, minha professora lá
no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.
5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?
9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa porcaria.
10. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra
repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida
desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: “Quem cita os
outros não tem idéias próprias”.
13. Frases incompletas podem causar.
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes;
isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não
fique repetindo a mesma idéia.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que
ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da
idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia
central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma,
o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las
compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da
leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língüa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.

Referencia

Texto extraído de http://omar.pro.br/modules/articles/article.php?id=32

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