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“Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar”
(Chico Buarque)
1
Doutora em Sociologia (Universitat de Barcelona) e pós-doutorado (CUNY/EUA). Pesquisadora na
interface de Sociologia e Antropologia, nos temas: Decolonialidades, estudos queer, direitos humanos e
marcadores sociais da diferença. Prêmio Nacional dos Direitos Humanos de 2011.
Obra: A reinvenção do corpo: gênero e sexualidade na experiência transexual (2006).
2
Palestra proferida no painel sobre “Teologia e Diversidade afetivo-sexual”, organizado pelo Grupo de
Pesquisa Diversidade afetivo-sexual e teologia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) em
16 de novembro de 2017.
agressão, assim como do mandato ético, para encontrar uma solução não violenta para
exigências raivosas” considera Judith Butler.
Escancaradamente é possível ver como o julgamento passa pelo corpo, como
ainda ele causa constrangimento, como ainda incomoda, perturba, faz desabar certezas e
confundir conviccções. O corpo, nos termos de Foucault, está diretamente mergulhado
num campo político.
Os sentidos com os quais podemos pintar a liberdade devem basear-se na
pluralidade como condição mesma de ser sensível às demandas do outro. Voltamos ao
básico. Ainda é preciso acordar “nossa pátria mãe tão distraída/ sem perceber que era
subtraída/ em tenebrosas transações”.
3
Transcrição realizada pelo autor. Disponível em: http://g1.globo.com/videos/v/judith-butler-fala-
sobre-a-questao-de-genero-nas-escolas-brasileiras/4456138/#. Acesso em 17 de nov de 2017.