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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

UEPB / CAMPUS VIII / ARARUNA


CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE - CCTS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Aula 18 e 19: Escoamento em superfície livre –


Introdução aos Condutos Livres.

Hidráulica
Aula 20 – 21/05/2015 Prof. Maria Cordão

Escoamento em condutos livres

Seção A-A
A
-p ≠ atmosfera
Q -Seções plenas
-Ex.: Adutoras
A
Escoamento Forçado

B
Seção B-B
Q
-p= atmosfera
-Ex.: Canais de
B Irrigação
Escoamento Livre
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Escoamento em condutos livres


•Analogia com os condutos forçados:
•Nos canais a linha piezométrica, geralmente, coincide com a
linha d’água (profundidade)
•Condutos livres  maior complexidade: difícil especificação de
valores numéricos para a rugosidade, diversidade de forma
geométrica, pequenos erros resultam em altos danos.

Condutos Forçados Condutos Livres


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Canais: diversidade de revestimentos

Canal Gramado – Fonte:www.tcm.rj.gov.br


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Canais: diversidade de revestimentos

Canal de gabião. Fonte: www.mapavirtual.com.br/reidastelas/gabiao2


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Canais: diversidade de revestimentos

Canais em Concreto
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Canais: diversidade de revestimentos


Canais em Concreto
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Canais: diversidade de revestimentos

Canais em Concreto: trecho de hidrovia em ponte


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Canais: diversidade de revestimentos

Canais em Enrocamento
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Canais: diversidade de revestimentos

Canais em Alvenaria
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Canais: diversidade de revestimentos

Canais (calhas em Polietileno)


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Escoamento em condutos livres


•Classificação: NATURAIS
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Escoamento em condutos livres


ARTIFICIAIS
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Escoamento em condutos livres


•Classificação:
PRISMÁTICOS E NÃO-PRISMÁTICOS

•Seção reta e declividade de fundo •A superfície livre varia no espaço e


constante ao longo do comprimento no tempo  profundidade e
declividade variam;
•Escoamento permanente e uniforme:
características hidráulicas constantes •Apresentam grande variabilidade na
ao longo do espaço e do tempo. forma e rugosidade das paredes.

•Canais Artificiais •Canais Naturais


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•Classificação:
SEÇÃO ABERTA OU FECHADA
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•Classificação dos canais:

Cursos
Natural d’água (rios)
Pequenos
(circular)
Canais Fechados
Grandes
(retangular)
Artificial
Trapezoidal
Aberto
(escavados)
Triangular

Retangular
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Escoamento em condutos livres


•Elementos geométricos da seção transversal:
•Área Molhada (A): área da seção reta do escoamento, normal à direção do
fluxo;
•Perímetro Molhado (P): comprimento da fronteira sólida em contanto
com o líquido (fundo e paredes);
•Raio Hidráulico (Rh): é a relação entre a área molhada e o perímetro
molhado;
•Altura d´água (y): distância vertical do ponto mais baixo da seção do canal
até a superfície livre;
•Altura do escoamento(h): altura d’água perpendicular ao fundo do canal;
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•Elementos geométricos da seção transversal:
•Largura de topo (B): largura da seção na superfície livre;
•Altura Hidráulica (Hm) ou profundidade média: relação entre a área
molhada e a largura na superfície livre;
•Declividade do fundo do canal(I0): declividade longitudinal do canal. Em
geral são baixas: I0=tgα= sen α
• Declividade da linha d’água ou linha piezométrica ( Ia): declividade da
linha d’água
• Declividade da linha de energia (If): variação da energia da corrente no
sentido do escoamento.
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•Elementos geométricos da seção transversal:
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•Tipos de escoamento:
•Variabilidade das características hidráulicas no espaço e no
tempo:

• Permanente
Tempo • Não-Permanente

• Uniforme
Espaço
• Variado
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•Tipos de escoamentos em canais:
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•Escoamento permanente e uniforme:

I0 // If // Ia
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•Escoamento permanente e variado:

I0 ≠ If / ≠ Ia
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Escoamento em condutos livres


•Outras Classificações
•Número de Reynolds: relação entre a força de inércia e as
forças viscosas

URh
Re  Re<500  Laminar
 500<Re<2000  Transição
Re>2000  Turbulento

•Número de Froude: relação entre a força de inércia e a força da


gravidade
U Fr<1  Subcrítico ou Fluvial
Fr  Fr >1 Supercrítico ou torrencial
gH m Fr=1  Crítico
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Escoamento em condutos livres


•Distribuição de Velocidades
•Projetos de canais: utiliza-se a velocidade média da seção
•Importante ressaltar que:
•As velocidades das partículas não estão uniformemente
distribuídas;
•A distribuição de velocidade é função:
• da resistência do fundo do canal e das paredes;
•da resistência superficial da atmosfera e ventos;
•da resistência interna da viscosidade do fluido
•da aceleração da gravidade.
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•Distribuição de Velocidades:

Vmáx
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•Distribuição de velocidades – Linhas isotáquias
Canais artificiais Canais naturais
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•Cálculo prático da distribuição de velocidades:

•Relações práticas:
V0, 2 h  V0,8h V0, 2 h  V0,8h  2V0,6 h
V  V0,6 h 
2 4
•Velocidade máxima em uma vertical  ocorre entre 0,05h e 0,25h da
superfície livre.
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Escoamento em condutos livres


•Distribuição da pressão: hidrostática
•Em relação à variação de pressão, o escoamento em canais pode ser
classificado como:
•Paralelo: as linhas de corrente são paralelas, não apresentando
curvaturas;
•Para escoamento uniforme, a distribuição de pressão segundo a
normal no fundo do canal é hidrostática e dada por:

p  d cos
p  d  Para θ muito pequeno
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Escoamento em condutos livres


•Distribuição da pressão
•Em relação à variação de pressão, o escoamento em canais pode ser
classificado como:
•Curvilíneo: considera-se o efeito centrífugo devido à curvatura;
•Para escoamento uniforme, a distribuição de pressão segundo a
normal ao fundo é hidrostática e dada por:


p  y   h
r

Efeito Efeito
Hidrostático Centrífugo
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Escoamento em condutos livres


Escoamento Permanente e Uniforme:
Hipóteses:
•Canal prismático;
•Declividade e rugosidade
constante;
•Canal suficientemente longo;

Equilíbrio Dinâmico
do Escoamento

I0 // If // Ia Fluxo Paralelo
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Escoamento em condutos livres


•Equações de Resistência:
•Aplicação da equação de Bernoulli:

Aplicando o teorema de Bernoulli entre as


seções 1 e 2 do escoamento, tem-se:
2 2
V V
z1  y1  1  z2  y2  2  H
2g 2g

Para escoamento uniforme: y1 = y2 = y, V1 = V2 = V ou I0 // Ia // If:

H
H  z1  z2  Lsen  J   sen
L

Para ângulos pequenos (θ < 6º), sen θ = tg θ  J = I0


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Escoamento em condutos livres


•Equações de Resistência:
•Cálculo de Canais em Regime Uniforme: Equação de Chézy

fV ² 8g
 0  Rh I 0  V  Rh I 0
8 f
Fazendo:
8g
C  V  C Rh I 0 Fórmula de Chézy
f Válida para
escoamentos
Q  CA Rh I 0 turbulentos rugosos
em canais

Onde C é um coeficiente de resistência ou coeficiente de rugosidade de Chézy.


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•Equações de Resistência:
•Cálculo de Canais em Regime Uniforme: Fórmula de Manning
1/ 6
R 1 2 / 3 1/ 2
 V  Rh I 0 Fórmula de Manning
C h
n n
Válida para escoamentos
permanentes, uniformes
1 e turbulentos rugosos
Q
2 / 3 1/ 2
ARh I 0
n em canais

Onde n é denominado coeficiente de rugosidade de Manning.

Fórmula mais utilizada


em projetos de canais
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Coeficientes de Manning:
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1
Q  ARh I 0
2 / 3 1/ 2

n
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Escoamento em condutos livres


Problema proposto 1: Para a seção mostrada na figura
abaixo, determine a altura de água y, para uma vazão de
2,5m³/s, declividade de fundo I0 =0,001m/m, no regime
permanente e uniforme. Material do conduto: alvenaria.

y 1
2

2m
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n=0,014

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