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Sumário

Resumo.........................................................................................................................1
Introdução......................................................................................................................2
1. Conceituação de Bullying..........................................................................................3
2. Classificação dos Envolvidos....................................................................................4
3. Bullying no Cotidiano Escolar...................................................................................6
Considerações Finais....................................................................................................8
Referências bibliográficas.............................................................................................9
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O BULLYING NA ESCOLA: UMA VIOLÊNCIA MASCARADA

Autora: Anderléia Sotoriva Damke

RESUMO

O presente estudo busca discutir as manifestações do fenômeno bullying no


cotidiano escolar. Inicialmente apresentamos a sua conceituação que abrange
comportamentos agressivos, insultos discriminação e exclusão da criança do
ambiente escolar. Assim, o bullying é caracterizado pela sua repetitividade, que
ocorre sem um motivo aparente com os envolvidos.

Em seguida, exploramos a classificação dos envolvidos, como é o caso das


vítimas, que são classificadas como: vítima típica - sofre de forma repetitiva com a
agressão, porém não consegue resolver por não se impor; vítima provocadora -
tenta revidar com a provocação, assim é conhecida como agressiva e a vítima
agressora - sofre com o fenômeno e tenta transferir sua indignação com outras
crianças que considera mais frágeis. Em seguida, abordamos o bullying no cotidiano
escolar. Apesar das discussões recentes, esse fenômeno não é novo na escola e
sua manifestação nesse ambiente pode sofrer influência de alguns fatores, tais
como: o clima escolar, as relações interpessoais e a relação professor aluno, ou
desestruturação familiar, falta de relacionamento afetivo, maus tratos físicos e
excesso de tolerância, ou ainda, através de características próprias do indivíduo,
como impulsividade, dificuldades de atenção.

As manifestações do fenômeno nem sempre são percebidas pelos


professores que, de uma forma equivocada, associam esse fenômeno com práticas
de brincadeiras infantis. A não identificação das manifestações do bullying pelos
professores pode ocorrer, pois as crianças evitam expor o problema aos
profissionais que atuam naquele contexto, por entenderem que nada podem fazer
para ajudá-las Assim, destacamos a necessidade de preparar os professores para
lidarem com o bullying, que interfere no processo educacional, não só dos alunos
que praticam, ou que são vitimas, mas de todos aqueles que convivem no ambiente
escolar.

E, ao final desse estudo, articulamos algumas questões para analisar formas


que possibilitem preparar os profissionais da educação para lidarem com o
fenômeno e, assim, consigam trabalhar com os alunos questões que os façam
compreender a gravidade de praticar essa forma de violência. Consideramos que a
escola necessita ser um ambiente seguro, o que permitirá à criança socializar-se e
desenvolver responsabilidades, defender idéias e, acima de tudo, assumir uma
autonomia própria. Ao preparar os profissionais da educação para lidarem com as
manifestações do bullying, poderíamos contribuir para que o ambiente escolar se
transforme em um local menos violento, possibilitando ao alunos o equilíbrio e a
superação de lidar com suas emoções, seja em estado de repressão ou
agressividade, valorizando a tolerância e a solidariedade entre os alunos

Palavras-chave: Bullying, Escola, Violência.


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INTRODUÇÃO

Atualmente, várias são as indagações que surgem quando se ouve falar do


fenômeno bullying na escola, muitas vezes identificado pelos profissionais da
educação como algo que faz parte do momento da criança como meras brincadeiras
infantis, outras vezes o termo nem é identificado entre a comunidade escolar. A partir
dos autores pesquisados, dentre eles FANTE (2005), PINHEIRO (2006), LOPES
(2005). O bullying é uma realidade bem presente no cotidiano escolar, muitas vezes
de forma mascarada entre os comportamentos das crianças (FANTE, 2005, p. 29).

Segundo Fante (2005, p. 29) o bullying pode ser responsável por vários
resultados negativos no processo de aprendizagem e no relacionamento
interpessoal entre alunos e no próprio desenvolvimento psíquico, devido as suas
características, dentre elas: maltratar, causar sofrimento, desestruturar o emocional
e acabar com a motivação da criança em relação à vida escolar. Diante de tais
questões, esse estudo tem como objetivo discutir as manifestações do fenômeno
Bulliyng no cotidiano escolar.
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1. CONCEITUAÇÃO DE BULLYING

Neste item apresentamos algumas conceituações do fenômeno bullying para


evitar a construção de conceitos errôneos que acabam banalizando a sua
manifestação como meras brincadeiras infantis. Ramos (1988, p. 57) apresenta, em
uma tradução literal de bully, como valentão, tirano, brutalizador ou amedrontador.

De acordo com Fante (2005, p. 28), o bullying é um subconjunto de


comportamentos agressivos que envolvem intimidações, insultos, assédios,
exclusões e discriminações de todo gênero. Para a autora, são atitudes
caracterizadas pela repetitividade, pelo desequilíbrio de poder e pela violência que
geralmente acontece sem motivo aparente, cuja finalidade é de maltratar, intimidar,
provocar dor, angústia e sofrimento.

Pesquisas recentes registradas por Pinheiro (2006, p. 121) revelam que


muitas crianças estão sofrendo o bullying, por meio de ataques ao seu gênero
sexual, com brincadeiras maliciosas que as rotulam com características masculinas
ou afeminadas. Tais como: “gay”, “lésbica”, “sapatão” e “frutinha”, apelidos que têm a
finalidade de agredir e destruir a moral do aluno frente ao grupo escolar.

É interessante analisar como esse fenômeno age sobre os alunos, a ponto de


levá-los a manifestar o desejo de desistir da escola, devido ao sofrimento que a
criança transporta ano após ano de sua vida escolar, pois a discriminação a
acompanha ao longo dos anos. Podemos verificar que a manifestação do bullying
está muito presente no cotidiano escolar em atitudes corriqueiras entre os alunos,
que se referem às atitudes de “xingamento”, “gozação”, “humilhação”, “zombaria”,
“isolamento”, situações que acompanham a criança por um grande período de
tempo e que, muitas vezes, não são capazes de resolver tal situação sozinha.

Lopes (2005, p. 166) classifica o fenômeno bullying em três estilos: o bullying


direto, que engloba a imposição de apelidos, assédios, agressões físicas, ameaças,
roubos e ofensas verbais; bullying indireto, que envolve atitudes de indiferença,
isolamento e difamação e o cyberbullying, que ocorre através da intimidação
eletrônica por celulares ou internet, em que os alunos utilizam de mensagens e e-
mails difamatórios, ameaçadores, assediadores e discriminatórios que provocam
agressões entre os mesmos. Convém ressaltar que os envolvidos com o bullying
estão propensos a diversas implicações que interferem de forma negativa nas
atividades sociais, por serem submetidos a tais formas de violência.

Diante da apresentação de algumas características de agressão que envolve


o fenômeno, faz-se necessário analisar que o bullying não é uma mera violência, já
que a agressividade ocorrida em suas manifestações não se limita simplesmente a
um fato isolado. Pelo contrário, é uma agressão contínua que torna o aluno
prisioneiro do agressor, o que pode resultar no afastamento do aluno do ambiente
escolar.
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2. CLASSIFICAÇÃO DOS ENVOLVIDOS

Em busca de uma melhor compreensão e identificação dos envolvidos com tal


fenômeno, serão apresentadas algumas características por meio de pesquisas
discutidas no livro de Fante (2005) em que podemos classificá-los em: vítima típica,
vítima provocadora, vítima agressiva, testemunhas e agressor.

Segundo Fante (2005, p. 71) vítima típica refere-se ao indivíduo que sofre
repetidas vezes a agressão e não resolve a situação por não conseguir se impor. Na
maioria das vezes essa vítima é tímida, insegura, submissa e possui baixa auto-
estima, que a impede de reagir contra a violência sofrida. Esse caso retrata as
características dos envolvidos como uma vítima típica, sendo que a maioria dos
alunos que sofrem bullying na escola possui o comportamento de timidez, retração e
dificuldades de socialização.

A vítima provocadora é caracterizada, segundo Fante (2005, p. 71), pela


personalidade agressiva, pois tenta revidar a agressão, mas geralmente isso
acontece de forma ineficaz e são alunos que sofrem maus tratos, apelidos,
gozações e buscam resolver o problema sozinho. Nesse caso, a autora explica que
os alunos tentam revidar para conseguir libertar-se desta violência e acabam
sofrendo repressões, agressões a ponto de desistir do próprio direito à liberdade.

Existe também, conforme Fante (2005, p. 71), o caso da vítima agressora,


que é o sujeito que sofre a violência e transfere a indignação em forma de agressão
a crianças mais frágeis. Muitos alunos que são vítimas acabam se tornando
agressores para repreender o sentimento de humilhação e indignação, transferindo
para os colegas a mesma violência.

Neste caso, percebemos que o desejo de suicídio vem como forma de


terminar com o problema. Assim, a vítima carrega consigo o desejo de promover o
sofrimento a outras pessoas, já que não consegue resolver a própria situação. Tal
situação apresenta indícios de uma vítima agressora, a qual tenta transportar o seu
sentimento de humilhação e sofrimento através de uma outra forma de violência a
outros alunos.

Os estudos de Fante (2005, p. 71) apontam a existência de testemunhas que


são sujeitos que presenciam o bullying, mas se calam pelo medo de tornarem-se
futuros alvos de agressão. Muitas vezes, acabam sofrendo pelo simples fato de não
poderem fazer nada para acabar com o sofrimento dos colegas.

Pereira (2002, p. 26) utiliza-se das análises de Olweus  (1978) para


mencionar que as crianças vítimas de bullying possuem dificuldades para uma
autodefesa e que, normalmente, são ansiosas, amedrontadas e com falta de
confiança ou, ainda, na maioria das vezes, são crianças isoladas por não possuírem
habilidades de socialização. Conforme se observou nos casos já apresentados,
estas são, geralmente, as características das pessoas que sofrem o bullying.


Olweus, D. Aggression in the schools: bullies and whipping boys. Washington, Hemisphere, 1978.
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Lopes (2005, p. 169) afirma que as crianças que sofrem o bullying estão mais
propensas a sofrer danos à saúde, tais como: depressão, ansiedade, irritabilidade,
agressividade, pânico, desmaios, insônia, estresse entre outros sintomas.
Entendemos que tal situação traz sérias implicações à saúde da criança e interferem
tanto no desenvolvimento cognitivo, como também no desenvolvimento das relações
sociais.

Com relação aos danos à saúde já apresentados, Fante (2005, p. 79)


também expõe uma preocupação, que é a superação desta repreensão, pois, além
de causar danos à saúde de caráter psicossomático 1, também pode desencadear
outras reações como a hiperatividade, impulsividade e agressividade quando a
vítima é submetida a intenso sofrimento, responsável pela evolução de traumas
psíquicos, que afetam o indivíduo durante toda a sua vida.

Para conhecer o agressor, será utilizada a visão de Fante (2005, p. 73) que
caracteriza o autor do bullying pelo mau-caráter, impulsividade e por ser um
indivíduo anti-social. Segundo a autora, muitas vezes sua agressividade é movida
por uma base familiar deficitária, com comportamentos agressivos entre os próprios
familiares, um relacionamento que estimula a criança a utilizar-se da violência para
impor seu poder a fim de conseguir o que deseja. Compreendemos que, na maioria
das vezes, o agressor promove a violência acreditando que está agindo de forma
correta, devido à concepção de valores que possui em sua vida, frente ao mundo
que o cerca.

Existem diversos fatores que influenciam a criança a tornar-se o agressor das


manifestações do bullying, como afirma Lopes (2005, p. 167). A autora menciona
que os fatores podem ser de origem familiar, por desestruturação familiar, falta de
relacionamento afetivo, maus tratos físicos e excesso de tolerância ou através de
características próprias do indivíduo, como impulsividade, dificuldades de atenção e
hiperatividade. Para a autora, o agressor é normalmente popular entre os alunos,
com comportamentos anti-sociais, agressivo, impulsivo, que tem prazer em dominar
e causar danos sobre os outros alunos. No mesmo sentido, Fante (2005, p. 169)
contribui com Lopes (2005) ao apresentar outros fatores que também podem
influenciar o comportamento agressivo da criança, seja pelo contexto social em que
a criança está inserida, com desigualdades sociais, pobreza e violência. Ou ainda,
os meios de comunicação que banalizam a violência e podem ser responsáveis pela
formação de comportamentos agressivos e torna-se grande influência na formação
da identidade da criança.

Entre tantas influências negativas que cercam a criança em seu cotidiano,


entende-se que, ao chegar à escola, ela traz consigo idéias, pensamentos e ações
próprias da cultura que a envolve. Com relação a este problema, analisa-se a
importância de que a escola desenvolva a formação de valores coletivos, atitudes
que permitirão a convivência do aluno com o grupo escolar.

1
Encontrado na Revista Psicofísiologia (1997) - Doenças psicossomáticas são distúrbios
emocionais que desempenham um papel importante, precipitando início, recorrência ou agravamento
de sintomas, distinguindo das doenças puramente orgânicas.
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3. BULLYING NO COTIDIANO ESCOLAR

Na seqüência abordamos o bullying no cotidiano escolar, com


comportamentos, influências e relacionamentos que provocam a sua manifestação
naquele ambiente. Tal manifestação implica no desenvolvimento cognitivo e social
dos alunos que vivenciam esse fenômeno.

Fante (2005, p. 29) afirma que o fenômeno bullying já está na escola há muito
tempo, porém de forma oculta e sutil, que passa despercebido ao professor, pois a
maioria das agressões acontece longe dos adultos, tornando-se desconhecido aos
olhos dos profissionais da escola. A autora (2005, p. 185) destaca alguns fatores
internos à escola que podem ser responsáveis pelos comportamentos agressivos,
tais como: o clima escolar, as relações interpessoais e a relação professor aluno.
Dessa forma o clima escolar é caracterizado pela socialização e busca pela
eqüidade entre os alunos.

Fante (2005, p. 190) afirma que as crianças são mais propensas a


desenvolverem a capacidade de relacionar-se socialmente na idade escolar, na qual
o professor estará influenciando o desenvolvimento do caráter da criança, para
socializar-se com o grupo escolar. Nesse contexto, podemos perceber que a escola
possui um papel fundamental no desenvolvimento do relacionamento social da
criança, pois o professor possui o papel do mediador no processo de interação, ao
desenvolver a sociabilidade do aluno com o grupo escolar.

Com base na situação acima, a escola poderia contribuir com a manifestação


do bulliyng quando não propicia tal desenvolvimento quanto ao relacionamento de
alunos e professores, seja por manter ações hostis, repressivas ou excluidoras que
podem ocorrer pela falta de preparo do professor em lidar com situações
conflituosas da sala de aula. A ausência desse preparo pode fomentar mais
manifestações de bullying na escola. Nessa perspectiva, a autora apresenta
diversas ações caracterizadas como manifestações de bullying, tais como:
intimidações, gozações, isolamento, insultos, ridicularizações, assédios, apelidos,
racismo entre várias outras atitudes. Esse fenômeno diferencia-se das outras
violências pela sua repetitividade, que acaba levando a vítima a sofrer
emocionalmente. Esse sofrimento pode levar o aluno a parar de estudar, ou ainda, a
pedir a transferência para outra escola, onde ele não se sinta tão exposto e
fragilizado.

Compreendemos que as manifestações do bullying são situações do dia-a-dia


da escola e que passam despercebidas aos olhos dos profissionais da educação,
muitas vezes pelo desconhecimento de como agir e outras por considerar as
agressões como meras brincadeiras infantis. Portanto, é notório o sofrimento do
aluno quando submetido ao bullying e a dificuldade que a criança tem em libertar-se
de tal violência. Nas pesquisas desenvolvidas por Fante (2005, p. 67), percebemos
que o bullying ocorre com maior freqüência na sala de aula e, assim, há uma
preocupação com a figura do professor em seu ambiente de atuação, pois os
alunos, muitas vezes, desrespeitam a presença dos professores e promovem na
sala de aula um ambiente de insegurança com conflitos constantes, no qual até o
professor acaba tornando-se vítima do bullying.
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Com base nos autores pesquisados, atribuímos uma preocupação com a


capacitação dos professores, para lidar, ou diminuir os casos de bullying, pois estão
diretamente ligados ao processo de ensino, seja pela desmotivação, baixa auto-
estima e redução do rendimento escolar, responsável por parte do percentual de
evasão escolar. Por isso, compreendemos que o bullying e a violência escolar
deveriam merecer uma maior atenção da escola para a possível redução desse
fenômeno.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A seguir apresentamos algumas considerações construídas, no decorrer do


trabalho, sobre o fenômeno bullying. Ao longo desse estudo, entendemos que as
escolas identificam apenas algumas possíveis características do fenômeno e
apresentam dificuldade na compreensão das diversas situações que envolvem o
bullying. Talvez tal situação ocorra por que o bullying é muito mais complexo do que
se pode imaginar, pois engloba características diversas e trata-se de uma violência
contínua e sufocante que compromete o desenvolvimento da criança,
impulsionando-a a desenvolver diversos traumas e bloqueios que repercutem sobre
toda a sua vida.

A dificuldade em reconhecer o bullying pode ocorrer, também, segundo Fante


(2005, p. 16), porque as vítimas normalmente sofrem caladas, com medo de expor a
situação de repressão e acabam ficando presas a tal violência, acarretando diversas
implicações no seu próprio desenvolvimento. Nesse caso, constatamos a ausência
da percepção sobre o sofrimento da criança, o que pode reforçar a fragmentação do
entendimento do fenômeno que os professores demonstram ao tentar lidar, sem
sucesso, com tal situação.

Assim, muitos professores não conseguem identificar a manifestação do


bullying, pois normalmente as crianças evitam expor o problema aos profissionais
que atuam naquele contexto, por entenderem que nada podem fazer para ajudá-las.
O ambiente escolar é apresentado por Fante (2005, p. 209) como um possível
veículo redutor do fenômeno bullying, pois pode ensinar os alunos a trabalhar com a
situação, despertando o equilíbrio e a superação de lidar com suas emoções, seja
em estado de repressão ou agressividade, valorizando a tolerância e a solidariedade
entre os alunos.

Consideramos que a escola pode ser o caminho para influenciar nas


mudança de idéias, comportamentos e valores, tanto para os profissionais atuantes
da escola que precisam estar preparados para enfrentar o bullying, quanto para os
alunos que serão capazes de agir de forma responsável, consciente e autônoma,
frente às diversas situações cotidianas.

Rodrigues (2003, p. 83) afirma que há uma necessidade de que os


educadores identifiquem as experiências de vida dos alunos, em busca de promover
a compreensão da realidade cultural, da participação e criticidade da realidade em
que se vive. O autor ainda destaca a importância de auxiliar o educando a facilitar o
desenvolvimento da autonomia, permitindo a sua socialização com uma auto defesa
contra possíveis agressões e a criticidade sobre os fatos que o envolvem, formação
essa, capaz de assegurar a adaptação do aluno no ambiente social.

Compreendemos que a escola precisa ser um local seguro, tranqüilo e


agradável que permitirá à criança aprender a socializar-se, desenvolver
responsabilidades, defender idéias e, acima de tudo, assumir uma autonomia
própria. Porém, para a escola atingir tal objetivo, faz-se necessária a recuperação
deste ambiente permitindo o desenvolvimento eficaz do processo de ensino
aprendizagem.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org. Acessado em 25 set. 2006.
FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. São Paulo: Verus, 2005
LOPES, Neto A. A, Bullying-comportamento agressivo entre estudantes. Jornal
Pediatria. Rio de Janeiro. 2005.
PEREIRA, Beatriz Oliveira, Para uma escola sem violência – estudo e
prevenção das práticas agressivas entre crianças. Lisboa: Dinalivro. 2002.
RAMOS. F.J.S. Dicionário inglês-português. São Paulo, Ed. FTD, 1988
RODRIGUES, Neidson, Por uma nova escola: o transitório e o permanente na
educação. 13 ed. São Paulo. Cortez, 2003.
VÁSQUEZ, I. (1997). Hiperatividade: avaliação e tratamento. In: BAUTISTA, R.
Necessidades Educativas Especiais. Lisboa: Dinalivro, 1997. p. 159-184.

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