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TERESINA - PI
NOVEMBRO DE 2018
CARLOS LUÍS RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR
LUCAS SILVA SOARES
WALLISON KENNEDY DA SILVA BEZERRA
TERESINA - PI
NOVEMBRO DE 2018
Sumário
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1 Teoria do Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Controle PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Tanque Misturador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 Modelo Matemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Procedimento de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2.1 Controlador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2.2 Atuador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2.3 Sensor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.4 Malha de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2
1 Introdução
SP (SP - PV) PV
Controlador Atuador Planta
Sensor
Figura 2 – Diagrama de bloco de um controlador PID em uma malha fechada. r(t) repre-
senta a referência ou setpoint (SP) e y(t), a variável do processo (VP)
Termo ’P’ (Proporcional): O termo proporcional, como o nome indica, representa uma
correção proporcional ao valor atual do erro. Isso apresenta uma ação de controle da
mesma intensidade do erro percebido.
Termo ’I’ (Integral): O termo integral age com um compensador para a ação proporci-
onal. A medida que o erro cresce, a ação proporcional também cresce, o que pode gerar
grandes oscilações no sinal e gerar instabilidade no sistema. Dessa forma, a ação integral
considera valores passados do erro e integra-os sobre o tempo, gerando uma correção
sobre o valor proporcional em busca de eliminar as oscilações.
Termo ’D’ (Derivativo): Também chamado de controle antecipatório, este termo tem a
ação de estimar a tendência do futuro erro baseado na atual taxa de variação do erro com
o tempo.
Cada termo possui efeitos que interferem entre si, assim, há a necessidade do balanço
adequado entre eles. Esta operação de balanceamento é chamada de sintonia. Existem
vários métodos para realizar a sintonia de controladores PID que dependem tanto da es-
pecificidades do método quanto das características do sistema, do sensor e do atuador.
As sintonias mais comumente utilizadas são as de Ziegler-Nichols, Broida e CHR (STEF-
FANO; STUBBERUD; WILLIAMS, 1967).
Dessa maneira, o projeto e controle dos dispositivos necessário para o sua operação e
monitoramento devem ser cuidadosamente conhecidos.
O dispositivo central do processo de mistura é o tanque misturador. O misturador é
uma máquina rotativa destinada a promover a mistura de produtos em fase líquida/sólida
adicionando a um recipiente os componentes para o produto final e ação da máquina
sobre estes gera o processo de mistura. É composto de um eixo com um elemento de
mistura, denominado impulsor, o motor, o sistema de redução de rotação e o tanque de
armazenamento.
Para que esses processos ocorram, é necessário estabelecer alguns fatores como o
tipo e diâmetro do impulsor, velocidade de operação, bem como as propriedades físicas
da mistura. Em algumas aplicações, por exemplo, é imprescindível que a velocidade de
rotação do impulsor seja constante a fim de que a reação ocorra da forma correta e o
produto final tenha uma qualidade desejada (PAUL, 2004).
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o processo de um tanque misturador
e descrever o procedimento de controle da velocidade de rotação do impulsor. Este con-
trole é aplicado a um misturador de tubo vertical acionando por um motor assíncrono com
inversor de frequência. É evidenciada a dinâmica do processo e dos elementos presentes
na malha de controle e detalhado o procedimento de controle.
6
2 Desenvolvimento
Motor
Impulsor
Misturador
Fonte: Adaptado de "Handbook of industrial mixing : science and practice. John Wiley & Sons, Inc., 2004"
Dessa forma, podemos escrever a equação diferencial ordinária que rege o sistema da
seguinte maneira:
dωf (t)
J = T (t) − Bωf (t) (2.4)
dt
Aplicando a Transformada de Laplace a E.D.O.:
Wf (s) 1
= (2.6)
T (s) Js + B
Capítulo 2. Desenvolvimento 8
2.2.1 Controlador
A ação de controle considerada foi a PID. Dependendo das condições operacionais e
do tipo de fluido que será utilizado no misturador, há a necessidade das ações integral
e derivativa a fim de "prever" possíveis erros futuros e agir com maior rapidez sobre o
sistema para diminuir os riscos do produto final ter sua qualidade alterada.
Quanto maior for a viscosidade do fluido no misturador, a velocidade de rotação do
eixo tende a diminuir, afetando a qualidade da mistura. Além disso, condições operacio-
nais como a vazão de entrada de componentes, a vazão de saída da mistura ou reações
químicas do misturador podem afetar as condições do escoamentos e a rotação do impul-
sor (PAUL, 2004). Isso exemplifica a necessidade do controle preciso, rápido e adequado
do processo, fornecida pelo controlador PID.
Dessa forma, a função de transferência do controlador é dada por:
U (s) 1
= Kp 1 + + Td s , (2.7)
E(s) Ti s
onde, U (s) é o sinal enviado pelo controlador ao atuador, E(s) é o sinal erro gerado pela
comparação da VP com o SP, Kp é a constante do termo proporcional, Ti é chamado de
tempo integrativo e Td , tempo derivativo (ANG; CHONG; LI, 2005).
Para descobrir os valores de Kp , Ti e Td adequados para o processo, devem ser utili-
zados os métodos de sintonia para otimizar os parâmetros para a melhor operação.
2.2.2 Atuador
O sistema atuador considerador será o motor assíncrono equipado com um inversor de
frequência. Este receberá o sinal do controlador que modulará a frequência de entrada da
corrente alternada para o motor, variando a sua velocidade de rotação.
A função de transferência para o sistema atuador é dada por:
T (s) P N Ki
= , (2.8)
U (s) (Ki + s)s
onde, T (s) é o torque que age sobre o sistema, TN é o valor da potência nominal do motor
e Ki é uma constante que depende das características do inversor de frequências e do
motor (PAIXÃO, 2009).
Capítulo 2. Desenvolvimento 9
2.2.3 Sensor
Para a medição da saída do sistema, será considerado um transdutor de torque. Este
transdutor medirá o torque resultante desenvolvido no eixo durante o processo de mistura
por meio de ’strain gauges’, amplificará e converterá o sinal equivalente para rotação do
eixo. Isto implica que que a comparação será de medição direta, o sinal de saída dado
pelo transdutor é comparado diretamente com o valor de referência.
O esquema da montagem do transdutor no tanque misturador é dado na Fig. 6.
Transdutor
Motor
Strain Gauge
Misturador
Fonte: Adaptado de "Handbook of industrial mixing : science and practice. John Wiley & Sons, Inc., 2004"
Wf (s)
Wr (s) E(s) 1 PN Ki 1
Kp 1 + + Td s
( Ti s ) (Ki + s)s Js + B
+
-
3 Conclusão
Referências
ANG, K.; CHONG, G.; LI, Y. PID control system analysis, design, and technology. fourth.
[S.l.]: IEEE Transactions on Control Systems and Technology, 2005. v. 13. 2, 8
PAUL, E. L. Handbook of industrial mixing : science and practice. Hoboken, New Jersey:
John Wiley & Sons, Inc., 2004. 3, 5, 6, 7, 8
S.A. Systems & Control Engineering FAQ | Electrical Engineering and Computer Science.
2015. Disponível em: <https://engineering.case.edu/eecs/node/213>. 2
STEFFANO, J. D.; STUBBERUD, A.; WILLIAMS, I. Feedback and control systems. [S.l.]:
McGraw-Hill, 1967. (Schaums outline series). 3