Você está na página 1de 18

Teoria Literária:

Poetica
Material Teórico
O soneto e o diálogo entre a literatura e a filosofia

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Manoel Francisco Guaranha

Revisão Textual:
Profa. Ms. Silvia Augusta Albert
O soneto e o diálogo entre a literatura
e a filosofia

• O soneto e o diálogo entre a literatura


e a filosofia

·· Seja bem vindo à unidade V da disciplina: “O soneto e o


diálogo entre a literatura e a filosofia”. Nesta unidade, daremos
continuidade à análise de textos poéticos sempre ressaltando
os elementos formais e os sentidos que eles constroem.
·· É necessário que você perceba, nesta análise, que não há
uma grande distância entre o discurso clássico e o popular.
Uma forma clássica como o soneto, por exemplo, pode reunir
ditos populares e também recorrer a imagens da mitologia e a
sínteses de teorias filosóficas.

Para que você consiga apreender de modo adequado o conteúdo da disciplina, é necessário que
realize o seguinte percurso:
a) Leitura da contextualização;
b) L
 eitura do material teórico (esta leitura deve ser feita várias vezes destacando-se os principais
conceitos ou as definições contidas no texto, bem como procurando compreendê-las por meio
dos exemplos);
c) Realização da atividade de sistematização;
d) Realização da atividade de aprofundamento;
e) Consulta ao Material Complementar fornecido e visita aos sites sugeridos;
f) L
 eitura da bibliografia da unidade, especialmente a que se encontra na biblioteca virtual
da universidade. Assim você entrará em contato com diferentes visões sobre o conteúdo
abordado, além de obter um repertório maior de conceitos sobre a lírica e métodos de análise
de textos poéticos.
g) C
 ontato com o professor tutor para esclarecer dúvidas ou mesmo expor suas ideias a respeito
do assunto.
Lembre-se, a disciplina é a distância, mas isso não significa que você está sozinho nesse processo: o
diálogo é a forma mais produtiva de ensino e aprendizagem. É preciso compreender, ainda, que o
estudo deve ir além dos conteúdos disponibilizados nos textos da unidade e a forma de fazer isso é
consultar a bibliografia indicada.

5
Unidade: O soneto e o diálogo entre a literatura e a filosofia

Contextualização

A literatura é uma forma de conhecimento e, como tal, dialoga com outras formas de
conhecimento. Entre elas, podemos encontrar tanto as diversas expressões populares, cristalizadas
na memória coletiva, quanto alguns conceitos filosóficos.
Não devemos entender o texto como simples tradução de conceitos de outras áreas, mas
podemos utilizar esses mesmos conceitos para realizar um exercício de leitura que amplie nossa
capacidade de compreensão da obra literária. Dessa forma, ampliamos a possibilidade de
compreender como o sujeito dialoga com essas outras formas de conhecimento.
Nesse sentido, esta unidade traz um gênero poético clássico, o soneto, construído no período
parnasiano, final do século XIX e início do século XX, em que se valorizava o aspecto formal,
para mostrar que se pode extrair do texto elementos que nos remetem tanto aos adágios, ditos
populares, quanto a mitologias grega e judaico-cristã. Além de nos remeter também à filosofia
do final do século XIX.
Trata-se, é claro, de uma possibilidade de leitura que não invalida outras, mas apresenta um
método que procura aliar aspectos formais, figuras de linguagem a elementos do conteúdo para
que você, caro aluno, reflita que não é possível dissociar a análise dos fenômenos linguísticos
da análise do conteúdo.
Portanto, fique atento às relações que vamos estabelecer para ampliar suas possibilidades de
leitura dos textos literários, principalmente dos poemas.

6
O soneto e o diálogo entre a literatura e a filosofia

Muitas vezes, a ideia que se tem de literatura é a de algo distante do cotidiano. Em determinados
períodos, a literatura foi vista como algo elitizado e o conceito de belo como algo ligado apenas
aos modelos clássicos da antiguidade greco-latina. Um desses momentos foi o Parnasianismo,
tendência literária de origem francesa que também foi adotada no Brasil na segunda metade
do século XIX.
Como uma tentativa de reagir ao excesso de sentimentalismo do período anterior, o
Romantismo, os adeptos do Parnasianismo pregavam o racionalismo, a arte pela arte, o culto
às formas clássicas, como o soneto. Fazer poesia significava ter a capacidade de encontrar rimas
raras, construir versos rigorosamente metrificados. O nome do movimento remete a Parnasos,
um monte situado no centro da Grécia, sobre a antiga cidade de Delfos, a norte do golfo de
Corinto. Segundo a mitologia grega, era uma das residências do deus Apolo, justamente o deus
da beleza e de suas nove musas.
Na prática, porém, a literatura é indissociável da vida humana e os temas de que se apropria
são aqueles que fazem parte da nossa experiência, ainda que expostos de modo elevado.
Também é muito difícil para o artista manter a racionalidade diante de um gênero – o poético –
que se presta à expressão dos sentimentos.
Nesta unidade, vamos pensar sobre isso. Faremos a análise de um soneto, conceito com o
qual você já tomou contato nas unidades anteriores. Elegemos como uma das especificidades
fundamentais do gênero a sua característica racional e seu forte teor argumentativo. Em confronto
com essa rigidez formal, vamos estudar o tema que um soneto de Vicente de Carvalho, “Velho
Tema”, desenvolve. Vamos observar que, apesar do uso da forma clássica, o texto apresenta
uma série de conceitos que derivam de ditos populares. Além disso, o sujeito por assim dizer
costura aspectos da mitologia clássica e da ideologia judaico-cristã. Tudo isso irá se misturar às
condições de produção do poema: a segunda metade do século XIX e as correntes pessimistas
da filosofia da época.
Para realizar esse percurso, vamos convidá-lo a ler (e reler) o soneto que será apresentado a
seguir. Para analisar esse texto, vamos tecer considerações sobre o gênero soneto e as principais
figuras de linguagem e mostrar como esses elementos produzem sentido no texto.

Velho tema
Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais, a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,


Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

7
Unidade: O soneto e o diálogo entre a literatura e a filosofia

Essa felicidade que supomos,


Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim; mas nós não a alcançamos


Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Vicente de Carvalho (1866-1924)

Então vamos à análise do poema “Velho Tema”. O texto anterior é um soneto, palavra
originária do italiano que significa “pequeno som”. Esse tipo de poema teve origem na lírica
italiana do século XII e é composto por duas quadras ou quartetos e dois tercetos. Geralmente,
segue uma rígida estrutura quanto à rima e é composto, na maioria dos casos, por versos
decassílabos. Também é desejável que o soneto seja concluído com uma “chave de ouro”,
ou seja, que no terceto final haja uma conclusão marcada por algum procedimento estilístico
especial, uma ideia brilhante que arremate o poema de forma original e bela.
O soneto é tem afinidades com o silogismo, o que o transforma em uma
estrutura argumentativa.

Glossário
Silogismo: segundo o aristotelismo, raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duas
proposições, ditas premissas, das quais, por inferência, se obtém necessariamente uma terceira,
chamada conclusão (p.ex.: “todos os homens são mortais; os gregos são homens; logo, os gregos
são mortais”).
Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Disponível em: http://houaiss.uol.com.br/

Normalmente, os dois quartetos apresentam uma proposição genérica, o primeiro terceto


uma afirmação particular e o último terceto apresenta a conclusão. No caso do soneto “Velho
tema”, poderíamos esquematizar o texto como a seguir:
• Premissa maior (dois quartetos) - A vida resume-se à esperança frustrada de felicidade;
• Premissa menor (primeiro terceto) - A felicidade é uma suposição, um sonho dourado;
• C
 onclusão (segundo terceto) - Logo, nunca alcançaremos a felicidade no plano
da realidade.

8
Observando atentamente, percebemos que o poema transita do físico para o metafísico e
a ponte que liga esses dois estágios é a esperança da hora feliz. O poema trata do desejo de
felicidade que o homem jamais atinge, um sonho que é frustrado invariavelmente pela morte.
No primeiro quarteto, prevalecem as referências à “vida”, “à pena de viver” e à “existência”
(plano físico). No segundo, encontramos as expressões “eterno sonho” e “alma desterrada”
(plano metafísico). Há, neste trânsito, a ideia implícita de que a vida material (física) constitui
um caminho para a morte (metafísica).
Neste soneto de Vicente de Carvalho, o que chama a atenção, além da metáfora empregada
para a felicidade (árvore toda enfeitada de frutos dourados), é a utilização da paronomásia,
que vem a ser o emprego de palavras semelhantes na forma ou na prosódia - pronúncia - mas
opostas ou aparentadas no sentido, presente nos dois tercetos.

Essa felicidade que supomos,


Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim; mas nós não a alcançamos


Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Esse fenômeno linguístico confere maior


expressividade ao poema e o torna raro sob o
aspecto do achado poético. Observe a paráfrase
dos tercetos: a felicidade é uma árvore milagrosa
Assim, esse entendimento só
de dourados pomos (frutos) que está sempre
seria possível na audição do
onde a pomos (colocamos) e nunca a pomos
poema, não na leitura, haja
(colocamos) onde estamos.
vista a diferença de grafia em o
Além do jogo com a palavra “pomos” verbo haver no presente “há” e
(empregada como substantivo e como verbo), o pronome, “a”
surge o emprego do pronome “a”, que pode ser
entendido também, por causa da pronúncia e
não da grafia, como “há”, do verbo haver. Nesse
caso, uma segunda leitura possível é: “Porque está
sempre apenas onde a [há] pomos (=frutos) / E
nunca [há] pomos (=frutos) onde nós estamos”.
Esse aspecto fica evidente não na leitura visual,
silenciosa, mas na declamação do poema, em
que ouvimos os sons.

9
Unidade: O soneto e o diálogo entre a literatura e a filosofia

Um bom texto, via de regra, apresenta uma série de procedimentos estilísticos que se combinam
para conferir maior valor conotativo à mensagem. No caso do soneto de Vicente de Carvalho,
isso não é diferente. Apesar da aura clássica, erudita, de que se reveste o soneto pela forma e
pelo momento literário em que ocorre, o Parnasianismo, o poema é todo estruturado por meio
do aproveitamento de adágios, ou seja, ditos populares que compõem o senso comum.

Glossário
Parnasianismo: movimento literário do século XIX que valorizava a arte pela arte; valorizava
a forma e procurava inspiração nos temas clássicos. Daí a importância dada ao soneto, às rimas
e à forma.

O aproveitamento do adágio é perceptível no emprego de duas expressivas metáforas: “A


existência resumida não é nada mais que uma grande esperança malograda” e “a felicidade
que supomos [existir] é uma árvore milagrosa que sonhamos toda arreada [enfeitada com
arreios] de dourados pomos”. Na primeira metáfora encontramos, embora alterado, o adágio
“a esperança é a última que morre”. Na segunda, a expressão “pomos dourados”, que nos
remete à expressão de uso comum “sonhos dourados”.
Podemos estabelecer a ligação entre as duas metáforas pelo aspecto cromático, pois é
de domínio público a atribuição da cor verde à esperança. A esperança de felicidade é algo
que disfarça a pena de viver (a dor existencial). A felicidade é, portanto, uma árvore, pois
também é verde, mas que está arreada (enfeitada, adornada) de pomos dourados, ou seja,
de sonhos dourados, que por sua vez não são sonhos de ouro, mas apenas têm a cor desse
metal nobre e valioso.
Perceba que esses clichês do texto são redimensionados pelo uso poético e enriquecidos
pelos procedimentos estilísticos utilizados, principalmente a metáfora e a paronomásia. Trata-se
do resgate da memória coletiva que o sujeito poético incorpora ao texto, construindo a imagem
de porta-voz da coletividade.
A ideia da felicidade como uma árvore cujos frutos jamais podem ser alcançados remete-
nos também ao flagelo de Tântalo, personagem da mitologia grega que era muito querido
dos deuses, mas que cometeu alguns atos que o fizeram cair em desgraça com os imortais
do Olimpo. Por isso, como castigo, Tântalo foi submetido à sede e à fome eternas, pois foi
mergulhado num lago até os joelhos, sem poder beber água, pois esta lhe fugia dos lábios, nem
alcançar as árvores frutíferas próximas, que também lhe fugiam quando tentava tocá-las.
Essa imagem da mitologia grega conecta-se com outra da mitologia judaico-cristão, pois nos
remete à ideia bíblica de que o primeiro homem, Adão, foi expulso do jardim do Éden perdendo
o acesso à felicidade eterna, devendo ganhar o pão com o suor de seu rosto (dor existencial)
porque desobedeceu a Deus, justamente comendo o pomo da árvore da ciência.

10
Ambos os mitos, o grego e o judaico-cristão, remetem-nos à ideia da existência terrena como
desterro, resultado do rompimento que o homem, em algum momento, teve com a divindade
e, em consequência, o mundo tornou-se hostil a ele.
A ideia da felicidade como bem que nunca se alcança, resumida no segundo quarteto:
“É uma hora feliz, sempre adiada / E que não chega nunca em toda a vida” ganha força,
estilisticamente, por meio da utilização do quiasmo existente no último terceto. O quiasmo
“consiste no cruzamento de grupos sintáticos paralelos, de forma que um vocábulo do primeiro
se repete no segundo, em posição inversa (A B x B A)” (MOISÉS, 1997, p. 426):

Considerando-se ainda o momento em que viveu Vicente de Carvalho, devemos levar em


conta as correntes filosóficas do final do século XIX e início do século XX que, conscientemente
ou não, aparecem no poema. Vejamos:
Arthur Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo polonês que exerceu grande influência
no pensamento ocidental a partir da segunda metade do século XIX com sua obra O Mundo
como Vontade e Ideia (1844). Para esse pensador, o mundo externo só nos é cognoscível
por meio de nossas sensações e ideias. Esse postulado desenvolvido em sua obra é uma forma
de reação ao excessivo materialismo do tempo em que o filósofo viveu: uma sociedade que
concebia os sentidos como a principal fonte de conhecimento do mundo.
Além desse conceito, Schopenhauer desenvolveu outro: o do mundo como vontade. Indo
contra o pensamento filosófico tradicional de que o homem é um ser racional, Schopenhauer
apresenta o mundo como vontade: “Sob o intelecto está a vontade consciente ou inconsciente,
um persistente ímpeto vital, uma atividade espontânea, uma força de imperioso desejo. O
intelecto pode às vezes parecer liderar a vontade, mas somente como um guia lidera o viajante;
‘a vontade é um alentado cego que leva aos ombros um aleijado que enxerga’ “( Schopenhauer
apud DURAND, 1959, p. 295) .

Informação

William James Durant (1885 —1981) - filósofo, historiador e escritor estadunidense, conhecido
por sua autoria e co-autoria, junto à sua esposa Ariel Durant, da coleção A História da Civilização.

11
Unidade: O soneto e o diálogo entre a literatura e a filosofia

Sendo a vontade a essência do homem, o mundo torna-se sofrimento, porque vontade


significa necessidade e o que é alcançado é sempre menos que o desejado. Para cada desejo
satisfeito permanecem dez insatisfeitos. Nesta perspectiva, o desejo torna-se infinito e a realização
dele é limitada. Esta última equivale a “esmolas dadas a um mendigo que lhe conservam a vida
hoje para que sua miséria subsista amanhã” “(SHOPENHAUER apud DURAND, 1959, p. 295).
Assim, segundo Schopenhauer, “cada indivíduo traz dentro de si uma contradição arrasadora;
o desejo realizado desenvolve em si outro desejo - e assim indefinidamente”. Nesse contexto, a
vida é dor e o prazer é apenas a cessação momentânea da dor.
Diante dessa sumaríssima exposição, é possível identificar a filosofia de cunho pessimista de
Schopenhauer resumida nos tercetos finais do soneto, os quais apresentam a ideia de que a
felicidade encontra-se sempre além de nós ou de nossos desejos:

[A felicidade] Existe, sim; mas nós não a alcançamos


Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Desse modo, é importante notar que um texto literário evoca, por meio de uma leitura atenta,
uma série de conceitos advindos de várias áreas do conhecimento com os quais dialoga. Assim,
além da observação de aspectos formais, é possível extrairmos uma série de sentidos que
ampliam a perspectiva de leitura do poema. Nesse caso, evidenciamos o diálogo estabelecido
tanto com os ditos populares quanto com a filosofia, tanto com o espírito clássico quanto com
o popular.
É importante que você leia outros poemas e procure neles ecos de outros textos tanto
literários quanto de outras áreas do conhecimento: filosofia, religião, ciência. É sabido que todo
discurso surge interligado a uma rede de outros discursos e compõe um sistema interdiscursivo
em interação com os discursos que o precedem e que o sucederão. Nesse processo, um discurso
pode citar, comentar, parodiar, enfim, dialogar com os outros transformando-se em um campo
em que locutores e vozes ocupando diferentes posições ideológicas, culturais e sociais interagem
uns com os outros.
É só a partir da identificação das diferentes fontes de onde emanam as diferentes vozes e
da busca de identificar a função ou o propósito de cada uma delas que podemos fazer uma
leitura interativa do texto. Quando se trata de um texto literário, essa tarefa se complica dada
a complexidade dos recursos expressivos mobilizados intencionalmente pelo sujeito. O que
pretendemos mostrar, não só nesta unidade, mas ao longo de toda disciplina, é que não basta
descrever a estrutura dos textos literários, mas extrair sentido da disposição dos elementos
estruturais do poema e buscar compreender como os temas remetem a outros temas. Enfim, o
que desejamos é que você se torne um leitor crítico que identifique a dimensão expressiva do
material literário.

12
Material Complementar

Para que você possa entender melhor ainda como se analisa poemas, é indispensável que
você leia o livro: CANDIDO, A. Na sala de aula: caderno de análise literária. 8. ed. São Paulo:
Ática, 2000. (E-book)
Para esta atividade, já que abordamos como uma forma clássica tal qual o soneto, por
exemplo, pode reunir ditos populares e também recorrer a imagens da mitologia e a sínteses
de teorias filosóficas, leia o capítulo “No Coração do silêncio”, páginas 55 a 67. Nele, o crítico
analisa, a partir de um poema do também Parnasiano Alberto de Oliveira, aspectos da obra do
poeta. Apesar de o texto não se tratar de um soneto, prevalecem as ideias de inspiração clássica.
Este livro está disponível na Biblioteca Virtual da Universidade, acessível por meio do link:
http://sites.cruzeirodosulvirtual.com.br/biblioteca
Depois de acessar o sistema com seu login, clique em “E-books da Pearson (em português)”.
É muito importante você fichar o capítulo, pois assim poderá reler os principais conceitos
sempre que quiser sem ter de recorrer à leitura do capítulo todo. Além disso, o fichamento faz
com que você treine as habilidades de síntese e paráfrase de conceitos.
Bom trabalho!

13
Unidade: O soneto e o diálogo entre a literatura e a filosofia

Referências

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Allain. Dicionário de Símbolos. Rio de Janeiro: José


Olympio,1990.

DURAND, Will. História da filosofia: vida e ideias dos grandes filósofos. 2v. Trad. Monteiro
Lobato. 10ª ed. São Paulo: São Paulo Editora, 1959.

KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Coimbra: Armênio e Amado


Editora, 1988.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1997.

Bibliografia para consulta:

BOSI, Alfredo (org.). Leitura de poesia. São Paulo : Ática, 2007. (E-book)

CANDIDO, A. Na sala de aula: caderno de análise literária. 8. ed. São Paulo: Ática, 2000.
(E-book)

COUTINHO, A. Notas de Teoria Literária. São Paulo: Vozes Editora, 2008.

GOLDSTEIN, N. S. Versos, sons, ritmos. 14. ed. São Paulo: Ática, 2007. (E-book)

MICHELETTI, G.; BOAVENTURA, A.; CURY, B. Estilística: um modo de ler... poesia. 2. ed. São
Paulo: Andross Editora, 2006.

14
Anotações

15
16
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000

Você também pode gostar