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Interpretação de Texto

Redação Oficial
Profª Maria Tereza
Interpretação de Texto/Redação Oficial

Professora: Maria Tereza

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Último Edital

Compreensão e Interpretação de textos.


Tipologia textual.
Significação das palavras.
Redação Oficial.

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Interpretação de Texto

PROCEDIMENTOS

1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;

2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos,
etc.);

3. leitura do enunciado.

EXEMPLIFICANDO
NOSSA CAIXA – ADVOGADO – 2011 – FCC
Pós-11/9
Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo,
ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado
o mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culminando com o day before [dia
anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais
véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada
quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados
Unidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades
para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito
de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalíssima
reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”.
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido,
não como submissão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo
começo, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão
da política dos Estados Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certo
que nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo.
No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos ou
atos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência também é um caminho
para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar
mais na humanidade.
A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será
diferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez
de setembro” na rua.
(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

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1. Trata-se de uma crônica (observar fonte bibliográfica); o autor – Luis Fernando Verissimo –
é um dos maiores cronistas (senão o maior) brasileiros.
2. O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes,
identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas em
determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Pós-11/9 –, somado à repetição
da expressão na terceira linha do texto e ao uso de expressões coloquiais (“radicalíssima”,
por exemplo), remete imediatamente o leitor ao gênero do texto que lerá: uma crônica
baseada em fato ainda presente – a queda das Torres Gêmeas, nos EUA, em 11/9/01, a
qual mudou o mundo ocidental tal como era conhecido.
3. Trata-se de uma CRÔNICA (linguagem predominantemente coloquial): fotografia
do cotidiano, realizada pelo cronista que se apropria de um fato do dia a dia, para,
posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto
de vista.
4. No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “A tragédia de 11 de setembro”
(totalidade), o que norteia a estratégia de apreensão das ideias.
5. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e
verbais).
6. Identificação das palavras-chave no texto.
7. Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.

1. Ao comentar a tragédia de 11 de setembro, o autor observa que ela


a) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas.
(preâmbulo / véspera da História).
b) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais
drásticas que as então vigentes. (revisão da política dos EUA).
c) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de
solidariedade. (cotidiano de Nova York).
d) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar
um novo caminho. (seus cidadãos / permitem nações se repensarem no bom sentido /
oportunidade do novo começo).
e) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado
nacionalismo.

Anotações:

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8. Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos


do texto (IDEIA CENTRAL).

EXEMPLIFICANDO

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Oficial de Defensoria Pública – 2010 – FCC

01. O heroísmo é um dos últimos enigmas do comportamento humano.


02. Quando se trata de entendê-lo por meio de explicações racionais, é tão
03. incompreensível quanto sua gêmea maligna, a brutalidade.
04. Os psicopatas são mais transparentes do que os heróis. Pelo menos já
05. descobrimos o que os torna perigosos: sua incapacidade de sentir qualquer
06. empatia pelos outros. Já o heroísmo extremo é de difícil explicação científica.
07. Trata-se de um impulso ilógico que desafia a biologia, a psicologia e o bom
08. senso. Charles Darwin tinha dificuldades em explicar a ideia de se expor para
09. salvar a vida de um estranho. “Aquele disposto a sacrificar a sua vida, como
10. muitos selvagens o fazem, em vez de trair seus companheiros,
11. frequentemente não deixa descendentes para herdar sua nobre natureza”,
12. observou ele, que consequentemente não conseguia encaixar o heroísmo na
13. teoria da sobrevivência do mais forte.
14. Morrer pelos próprios filhos? Perfeitamente lógico. De acordo com
15. Darwin, nossa única razão de existir é passar nossos genes para a próxima
16. geração. Mas, e morrer pelos outros? Contraproducente. Afinal, não importa
17. quantos heróis fossem gerados, bastaria uma besta egoísta atleticamente
18. sexual para minar toda a linhagem heroica. Os filhos dos egoístas se
19. multiplicariam, enquanto os filhos dos super-heróis que seguissem o exemplo
20. do superpai se sacrificariam até à extinção. Não é difícil de entender por que o
21. comportamento heroico é raro.
22. Então, se todas as forças evolutivas e consequências desvantajosas
23. conspiram contra o heroísmo, por que tal comportamento existe? Segundo o
24. biólogo Lee Dugatkin, o heroísmo, uma forma de altruísmo, provavelmente data
25. da época em que vivíamos em tribos nômades, onde as pessoas tinham
26. entre si alguma conexão familiar. Ao praticar um ato heroico, elas estariam
27. salvando uma parte de seu material genético.
28. Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo Hannah
29. Arendt, teórica política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos de
30. pensar que a linha entre o bem e o mal é impermeável, que as pessoas que
31. cometem atrocidades estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamais
32. cruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos construir
33. circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: uma
34. sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a
35. verdade. Quem sabe assim não precisaremos de super-heróis para garantir
36. direitos básicos de cidadania.
(Andrea Kauffmann Zeh, O Estado de S. Paulo, Aliás, J7, 21 de junho de 2009, com adaptações)

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2. O assunto do texto está sintetizado em
a) o heroísmo é atitude sem explicação lógica quando analisado sob a ótica dos impulsos do
comportamento humano.
b) o heroísmo extremo é geralmente confundido com a brutalidade manifestada por
psicopatas.
c) heróis e psicopatas apresentam habitualmente o mesmo tipo de comportamento num
mundo incompreensível.
d) Charles Darwin falhou em suas explicações para o comportamento heroico apresentado
por certas pessoas.
e) a sobrevivência da espécie humana só é explicada pelo comportamento heroico de certos
indivíduos.

ERROS COMUNS

EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.

EXEMPLIFICANDO
SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014
A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será um
século urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo de
formação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nas
cidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento.
Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado,
um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, alguns
veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídas
por enclaves fechados e espaços exclusivos.
(Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad.
Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009)

3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas


a) cujos habitantes se sentirão ameaçados.
b) em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania.
c) de transformação social.
d) de grande aglomeração humana.
e) constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso.

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Comentário:
a) EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades.
b) EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania > arenas de transformação social.
c) REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social < áreas de transformação social.
e) CONTRAPOSIÇÃO: espaços públicos amplos e de fácil acesso ≠ De eoutro lado [...] por
enclaves fechados e espaços exclusivos.

ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS

1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARÁFRASES e CAMPO SEMÂNTICO e


ETIMOLOGIA.
Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-
lo mais fácil ao entendimento.
Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.
Exemplo:- Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação, etc.

EXEMPLIFICANDO
BB – 2012
Adeus, caligrafia

01. O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas
02. práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.
03. Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma
04. “boa letra” – já dada como anacronismo.
05. O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de
06. protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A
07. escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada
08. a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se,
09. há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada
10. tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger
11. reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de
12. escrever.
13. Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos
14. realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca
15. de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses
16. novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para
17. meninos e a costura para as meninas.
18. As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra
19. de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A
20. escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A
21. prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao
22. processamento visual.

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23. Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista
24. Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com
25. movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades
26. motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.
27. Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de
28. fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a
29. mão?” – indaga. O tempo dirá.
(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)

4. (12242) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em


a) As lamúrias têm um precedente ilustre (l.06) = os lamentos têm um nobre antecedente
b) o currículo que desobriga os estudantes (l.03) = a grade escolar que sanciona os alunos
c) pagarão um certo custo cognitivo (l.19) = demandarão prejuízo da percepção
d) por meio da percussão de teclas (l.25) = na prática rítmica do teclado
e) implicações culturais da mudança (l.27) = inclusões da altercação cultural

5. Caso desconhecesse o significado da palavra “anacronismo” (l. 04), a fim de apreendê-lo sem o
uso do dicionário, o leitor poderia valer-se
I – sua função sintática.
II – paráfrase existente no 1º parágrafo.
III – significado dos morfemas que a compõem.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

Anotações:

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SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014


Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos no
universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível
aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje
dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais.
O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca
pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada.
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa,
fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam
entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o
emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.
Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras
línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica
a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a
perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia.
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm
claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve
justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e
empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de
impressionar os neófitos.
(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São
Paulo, 24 de março de 2013. p. 7)

6. No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as


palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido
mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo
a) da religião.
b) do trabalho.
c) da geografia.
d) da medicina.
e) do esporte.

Anotações:

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2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGÓRICO NAS ALTERNATIVAS:
•• advérbios;
•• tempos verbais;
•• expressões totalizantes;
•• expressões enfáticas;
•• expressões restritivas.

EXEMPLIFICANDO
BB – 2012
Adeus, caligrafia

01. O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas
02. práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.
03. Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma
04. “boa letra” – já dada como anacronismo.
05. O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de
06. protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A
07. escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada
08. a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se,
09. há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada
10. tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger
11. reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de
12. escrever.
13. Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos
14. realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca
15. de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses
16. novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para
17. meninos e a costura para as meninas.
18. As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra
19. de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A
20. escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A
21. prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao
22. processamento visual.
23. Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista
24. Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com
25. movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades
26. motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.
27. Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de
28. fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a
29. mão?” – indaga. O tempo dirá.
(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)

7. (12228) Em relação ao progressivo abandono da escrita cursiva, as posições do filósofo Martin


Heidegger e do neurocientista Roberto Lent
a) são convergentes, pois ambos acreditam que o fim da prática de caligrafia implicará prejuízo
para certas áreas neuronais.

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b) são antagônicas, pois o neurologista não vê, com o fim da caligrafia, qualquer prejuízo para
as atividades culturais, como viu o filósofo.
c) baseiam-se em ênfases distintas: um trata do reconhecimento autoral ameaçado, ao passo
que o outro avalia as implicações biológicas.
d) opõem-se diametralmente, já que o primeiro vê desvantagens exatamente onde o segundo
reconhece tão somente efeitos positivos.
e) aproximam-se bastante: há, em ambos, a suspeita de que a digitação trará sério retrocesso
para as atividades culturais da humanidade.

8. (12240) Atente para as seguintes afirmações.


I – Para Martin Heidegger, a escrita mecanizada acaba por constituir um canal impessoal de
comunicação, ocultando aspectos reveladores da identidade do sujeito.
II – O autor lembra que reformas curriculares ocorrem eventualmente, não sendo novidade a
exclusão de atividades que deixam de ter justificativa como práticas escolares.
III – Há consenso entre especialistas de várias áreas quanto aos ônus que o abandono da
caligrafia trará para o desenvolvimento da nossa capacidade cognitiva.
Em relação ao texto, está correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) II e III.
e) I e II.

9. (12231) Afirma-se que o anúncio do fim da caligrafia, ocorrido em Indiana,


a) gerou protestos veementes do filósofo Martin Heidegger, que levantou argumentos contra
a escrita mecanizada. (não contemporâneo)
b) teve como efeito a exclusão da letra cursiva em boa parte das escolas norte-americanas.
c) provocou uma reação crítica, anacrônica e injustificável por parte de quem vê como
indispensável ter “boa letra”.
d) repercutiu desfavoravelmente entre nós, em uma reação menos crítico-analítica do que
emocional.
e) granjeou sérios adversários, que passaram a alertar contra os riscos de uma degradação
neurológica.

TJ-RJ – 2013
Receita de casa
Juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora alguns pobres arquitetos
profissionais achem que não.
Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa é que ela deve ter um porão,
um bom porão com entrada pela frente e saída pelos fundos. Esse porão deve ser habitável
porém inabitado; e ter alguns quartos sem iluminação alguma, onde se devem amontoar
móveis antigos, quebrados, objetos desprezados e baús esquecidos. Deve ser o cemitério das
coisas. Ali, sob os pés da família, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazerão os leques,
as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que
outrora andaram em caminhos longe.
(Adaptado de Rubem Braga, Casa dos Braga – Memórias de infância)

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10. (12235) Depreende-se do texto que, para o autor, o porão é o espaço de uma casa
a) destinado ao despejo de coisas inúteis, inexpressivas e sem vida, que nenhum membro da
família vê sentido em preservar.
b) caracterizado tanto pelo aspecto sombrio como pelos mais variados vestígios de um tempo
morto, ali acumulados.
c) reservado às vivas lembranças de uma época mais feliz, que a família faz absoluta questão
de não esquecer.
d) resguardado de qualquer vestígio do presente que possa macular a história solene dos
antepassados, ali recolhida e administrada.
e) esvaziado de sentido, tanto pelo fato de não ser funcional como por parecer um desses
museus que a ninguém mais interessa visitar.
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Oficial de Defensoria Pública – 2010 – FCC
Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo Hannah
Arendt, teórica política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos de
30.pensar que a linha entre o bem e o mal é impermeável, que as pessoas que
cometem atrocidades estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamais
cruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos
construir circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: uma
sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a
35.verdade. Quem sabe assim não precisaremos de super-heróis para garantir
direitos básicos de cidadania.

11. ... uma sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a verdade.
O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,
a) possibilidade de realização de um fato.
c) certeza imediata a respeito de uma ação real.
c) dúvida plausível acerca da realização de um fato.
d) ação prevista em um futuro imediato.
e) fato realizado em um tempo indefinido.

Anotações:

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Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e
de expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”:
provavelmente, é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo...

EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no que
está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa
galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em
projeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo
e espaço.
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização,
superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-
se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação
tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do
gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao
gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos
nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como
parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de
que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras.
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)

12. Considere.
I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço,
questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução
oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.
II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentados
ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum
modo, conectados à realidade.
III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos
em teoria, acredita-se que seja possível.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.

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AS QUESTÕES PROPOSTAS

Compreensão do texto: resposta correta = paráfrase textual.


e
Inferência
Observe a seguinte frase:
A água voltou. Já podemos lavar a roupa.
Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:
a) que a água voltou;
b) que a roupa pode ser lavada.
Ao utilizar a forma verbal “voltou” e o advérbio “já”, comunica também, de modo implícito,
que havia faltado água e que havia roupa suja.
INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.

EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa
ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível
poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos
recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente
os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio
atravessou incólume a zona de perigo.
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha,
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados,
contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de
perigo.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca,
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua
própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

13. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de
a) dissimulação.
b) lisura.
c) observação.
d) condescendência.
e) intolerância.

EXTRATEXTUALIDADE
A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do aluno
conhecimento mais amplo de mundo.

EXEMPLIFICANDO
TJ-RJ – 2012
A Era do Automóvel
E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por
entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora,
tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram
para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso,
eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só
pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer.
Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de
guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se tivesse visto um bicho de Marte
ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando
voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da
Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta
fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a
elegância, modelo do esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém
adivinhava essa era. Quem poderia pensar na futura influência do Automóvel diante da
máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na corriola dificultosa
que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos baloiços e aos
pôneis mansos? Ninguém! Absolutamente ninguém. [...]
Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. [...] Ruas arrasaram-se,
avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou,
arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente
nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.
(João do Rio. “A era do automóvel”. Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 17-18)

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14. (12237) A afirmativa correta é
a) a crônica aborda transformações decorrentes da chegada do automóvel às ruas do Rio de
Janeiro.
b) João do Rio mostra uma cidade multifacetada, dividida entre poderosos e humildes.
c) a elegância dos hábitos da sociedade carioca da época é destaque no desenvolvimento do
texto.
d) a cronista se desencanta com as ruas malcuidadas da cidade, que impedem a circulação de
veículos.
e) a crônica é uma reportagem sobre os perigos do tráfego de automóveis nas ruas do Rio.

TIPOLOGIA TEXTUAL
Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.

EXEMPLIFICANDO
BB - 2012

15. (12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em


I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas
de escrever.
II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita.
III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal.
Atende ao enunciado APENAS o que consta em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

Anotações:

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Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado


objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.

EXEMPLIFICANDO
TRE-SP - 2012
Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros favorecem,
ou não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar),
campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das aves mais comuns na região vivem e se
reproduzem em fragmentos de mata naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordo
com o estudo, a possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestal
pode levar ao desaparecimento de diversas espécies.
O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul, próxima
a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de pastos e campos de
produção de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se as espécies avaliadas poderiam usar
as plantações de tangerina, que são culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitat
natural − ou até substituí-lo.
Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas plantações e nos
fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos,
ou seja, 62 espécies não ocorrem nos pomares. “A mata nativa quase não existe mais e, por
causa disso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas”, lamenta o pesquisador
Marcelo Gonçalves Campolin.
A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê a redução
de algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros −,
para serem utilizadas para a agropecuária. “Ficamos receosos de que as mudanças nas áreas
protegidas possam ser terríveis para as aves e para outros animais, que vão perder ambientes
naturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou
até mesmo a desaparecer”, prevê o professor.
(José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011, com adaptações)

16. (12229) Considerando-se o desenvolvimento textual, afirma-se corretamente que


a) no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas no estudo
proposto pelo pesquisador.
b) o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não apresenta
relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.
c) o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, com
conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.
d) o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º parágrafo,
que são retomadas nos seguintes.
e) as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não ter sido
determinado com precisão o objetivo do estudo.

Obs.: observe os trechos predominantemente descritivos ao longo do texto.

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Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da
apresentação de argumentos que as defendam e comprovem.

EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – 2012
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas
não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correio
e o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventa
antes demais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade
tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran é um
paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças
necessárias de fora.
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da
mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente
brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo
terreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de português
brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.
São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa
geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira,
entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta
aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com
a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a
deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o
quarto do poeta, também “intacta, boiando no ar.”
A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em
particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar,
para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brás
genérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque
quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no
plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da
poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.”
Adaptado de Antônio Cândido. Texos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213

17. (12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido


a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na
época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.
b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião
crítica sobre a cidade que a acolheu.
c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas
da época em que o autor compunha.
d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas
favoráveis a respeito do compositor.
e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça
que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.

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Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não
faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto
expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto
expositivo e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.

EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – 2012
O teatro de mamulengos, como a maioria das artes de bonecos, chegou ao Brasil, com os
portugueses, sob a forma de presépio. Esse tipo de apresentação já era realizado na Europa
desde a Idade Média, com o objetivo de difusão religiosa, característica que faz com que
religião e teatro de bonecos se misturem desde a origem.
Muita coisa mudou na arte do mamulengo, a começar pela duração dos espetáculos.
Histórias e linguagem também variam bastante de um grupo para outro. Histórias são passadas
de geração para geração, enquanto outras são criadas. Esse teatro tem como principal
característica o improviso, e os espectadores participam dele o tempo todo, por isso o roteiro e
o enredo não são fixos.
Com o tempo se desenvolveram dentro da modalidade dois tipos de mamulengos. O
rural é o mais tradicional, que conserva figuras alegóricas bíblicas, como a alma e o diabo, e
cujo universo social reproduz os hábitos cotidianos, os valores culturais, os conflitos entre os
humildes e as autoridades nas fazendas e povoados. Já o mamulengo urbano adota novas
personagens e circunstâncias relacionadas à dinâmica das cidades e do tempo e mantém um
enredo, embora não abra mão do improviso.
(Conhecimento Prático Língua Portuguesa. São Paulo: escala educacional, no 21, p. 46-49, com adaptações)

18. (12227) Fica evidente no texto que


a) os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em razão da
necessária participação do público em momentos específicos.
b) o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente
consegue criar personagens e cenas citadinas.
c) as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, que
caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.
d) o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de suas
apresentações a um público participante.
e) o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança de hábitos
e de gosto de seu público tradicional.

Anotações:

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Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos
e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo.

EXEMPLIFICANDO

19. Considere as afirmações.


I – O texto verbal apresenta traços da tipologia injuntiva.
II – A segunda oração do texto verbal faz referência contrária a conhecido ditado popular,
exigindo do leitor conhecimento prévio.
III – O texto não verbal é dispensável, visto que não acrescenta informação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

GÊNEROS TEXTUAIS
EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) não
expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntos
bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se
(explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.
EXEMPLIFICANDO
TST-2012
Cursos
Os cursos universitários a distância costumavam ser malvistos na academia brasileira. Lutava-se
contra a sua regulamentação, que só se deu em 1996. A má fama dessa modalidade em que o
aluno se forma praticamente sem ir à universidade − já tão disseminada em países de educação

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de alto nível − persiste até hoje no Brasil. Em parte, pela resistência de uma turma aferrada à
velha ideia de que ensino bom, só na sala de aula. Mas também pelo desconhecimento que
ainda paira sobre esses cursos. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundação Victor Civita,
retirou um conjunto deles dessa zona de sombra, produzindo um estudo que rastreou as
fragilidades e o que dá certo e pode ser exemplar para os demais. Durante cinco meses, os
especialistas analisaram os cursos de oito faculdades (públicas e particulares) que oferecem
graduação a distância em pedagogia, a área que, de longe, atrai mais alunos. O retrato que
emerge daí ajuda a desconstruir a visão de que esses cursos fornecem educação superior de
segunda classe. Em alguns casos, eles já chegam a ombrear com tradicionais ilhas de excelência.
Mas, no geral, resta muito que avançar.
À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o nível. Os melhores
cursos souberam implementar o mais básico. “Não dá para deixar o aluno por si só o tempo
inteiro. É preciso fazer uso constante da tecnologia para conectá-lo ao professor”, alerta
a doutora em educação Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por
exemplo, usar a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre
que, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade brasileira diz
respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos desafios intelectuais. Muitos
aqui não estão preparados para a função, como enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos
indicam ainda a relevância de o aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir a
aulas esporádicas nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar à
vontade a biblioteca e os laboratórios.
No Brasil, até uma década atrás, os cursos de graduação a distância estavam em instituições
pequenas e pouco conhecidas. Hoje, esparramaram-se pelas grandes e vão absorver quase
um terço dos universitários até 2015. São números que reforçam a premência da busca pela
excelência.
(Adaptado de VEJA. ano 45, n. 31, 1o de agosto de 2012. p. 114)

20. (12202) Os cursos de graduação a distância bem-sucedidos


a) priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades lúdicas
mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.
b) incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob a
supervisão do professor.
c) procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes para
os estudos, além das telessalas.
d) promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nos
momentos em que estiver verdadeiramente concentrado.
e) contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecer
ao aluno um retorno imediato de seu progresso.

Anotações:

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ARTIGOS: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira
responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.

EXEMPLIFICANDO
TRF-2ª REGIÃO – 2012
O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição de
calçar um par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e com
alto poder aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida
e caminhada. Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos
esportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes,
associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável.
A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo
e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre e
Florianópolis, locais de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais se
exercita. Já Recife é a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem
mais do que habitantes de países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos do
que europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seus
times, é a capital do futebol. Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre.
A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No ranking
da Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comuns
de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas de
diabetes, tabagismo e hipertensão. “O corpo humano foi feito para se mexer”, diz o fisiologista
Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. “Em movimento constante, nosso
organismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece.”
(Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações)

21. (12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são
a) alimentação regrada e hábitos esportivos.
b) sedentarismo e modalidades favoritas.
c) praias e tradição dos times de futebol.
d) poder aquisitivo e questões culturais.
e) parques e existência de áreas planas.

NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente o
de informar, não o de convencer.

EXEMPLIFICANDO
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos
econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimento
sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia
Geral das Nações Unidas, e definido como aquele que “atende as necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas”.

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Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-
sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio
entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e
redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento
econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração
de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.
(Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665)

22. (12211) O sentido do texto está corretamente exposto em


a) sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas,
não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes.
b) tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um
real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas.
c) só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de
todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo.
d) o conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico
ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente.
e) desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e
padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação
ambiental.

CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista


apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo,
baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é
predominantemente coloquial.

EXEMPLIFICANDO
SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014
“O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse
o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio
preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois.
Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do
presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento
dessa impossibilidade.
Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua
amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para
antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era
o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém
trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar.
Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é
mais o mesmo aquele rio.
Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram
não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste,
mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser
recuperado.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)

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23. No texto, o autor
a) contrapõe o amor à amizade, em defesa desta.
b) lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos.
c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor.
d) constata que o passado é irrecuperável.
e) critica o caráter insondável das relações interpessoais.
BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor
expressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais.

EXEMPLIFICANDO
TRT 6ª REGIÃO PE – 2012
Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem
é irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado,
o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela;
Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas
Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que
a mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas
Atena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros.
A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos
os que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol.
Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre
trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora o
sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos
dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e
este é seu suplício”.
(Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-
25)

24. (12215) Atente para as afirmações abaixo.


I – O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato
de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento de
maneira inteligível.
II – A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira
coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana.
III – Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos e
condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) III.

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PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre


produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência
em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de
publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta
informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente,
apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar
determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional
e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e
em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.
CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual
com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga,
ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
CHARGE

CARTUM

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QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas
peculiaridades.

TEXTO LITERÁRIO

EXEMPLIFICANDO
SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia.
Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de
penumbra na tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas,
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.
Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

25. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua
atenção é
a) fresta.
b) marca.
c) alma.
d) solidão.
e) penumbra.

SEMÂNTICA

SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Porém os sinônimos podem ser
•• perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente.
Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião
•• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.
Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio
Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do
acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

Exemplos:
mal X bem
fraco X forte
subir X descer
possível X impossível
simpático X antipático
EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas
numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao
irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios
batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam
impiedosamente os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio
atravessou incólume a zona de perigo.
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha,
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados,
contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de
perigo.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca,
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua
própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
26. O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4º parágrafo). Mantém-se o sentido original do
texto substituindo-se o elemento grifado por
a) inatingível.
b) intacto.
c) inativo.
d) impalpável.
e) insolente.

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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação: significação objetiva da palavra - valor referencial; é a palavra em “estado de
dicionário“.
Conotação: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades
devido às associações que ela provoca.

EXEMPLIFICANDO
SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014

A marca da solidão

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia.


Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de
penumbra na tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas,
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.
Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

27. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é


a) menino.
b) chão.
c) testa.
d) penumbra.
e) tenda.

TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014


O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas
numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao
irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios
batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam
impiedosamente os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio
atravessou incólume a zona de perigo.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha,
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados,
contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de
perigo.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca,
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua
própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

28. Doce o caminho, amargo o fim. (3º parágrafo)


A frase acima
a) contrapõe a natureza singela das sereias à violência do mar.
b) assinala a vitória de Ulisses sobre o poder mágico das sereias.
c) descreve a principal consequência do confronto entre Ulisses e as sereias.
d) introduz a razão pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias.
e) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias.

Anotações:

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PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS

Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam
significados diferentes.
•• Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra)
•• Ao invés de (oposto) / Em vez de (no lugar de)

ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)


apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam dispensa (ato de dispensar)
mantimentos)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)

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peão (aquele que anda a pé, domador de pião (tipo de brinquedo)


cavalos)
precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados
diferentes.
Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na
pronúncia.
São Jorge / São várias as causas / Homem são
Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da
vogal tônica “o” / “e”.
O molho / Eu molho
A colher / Vou colher
Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente.
Apreçar = combinar o preço de / Apressar = tornar mais rápido
Acender = pôr fogo / Ascender = subir
ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se


assenta
Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante
Caçar Perseguir a caça Cassar Anular
Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção
Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura
Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas
Censo Recenseamento Senso Juízo claro
Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar
Cerrar Fechar Serrar Cortar

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Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico
Círio Vela grande de cera Sírio da Síria
Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar
Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a
Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído
Incipiente Principiante Insipiente Ignorante
Intenção ou tenção Propósito Intensão ou tensão Intensidade
Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas
linhas se cortam
Laço Laçada Lasso Cansado
Maça Clava Massa Pasta
Paço Palácio Passo Passada
Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia

Cesta Recipiente de vime, palha Sexta Dia da semana; numeral


ou outro material trançado ordinal (fem.)

Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor, departamento Sessão = reunião

EXEMPLIFICANDO

29. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há uma expressão
sinônima.
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação

30. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaços das frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje são muitos
os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do
presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
a) discriminar – tráfico – infligiu
b) discriminar – tráfico – infringiu
c) descriminar – tráfego – infringiu
d) descriminar – tráfego – infligiu
e) descriminar – tráfico – infringiu

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31. Leia as frases abaixo.


1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi.
2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.
3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.
4 – ___________ dias que não falo com Zambeli.
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes.
a) concerto – há – a – cessões – Há.
b) conserto – a – há – sessões – Há.
c) concerto – a – há – seções – A.
d) concerto – a – há – sessões – Há.
e) conserto – há – a – sessões – A.

32. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau).


“Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã
caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____
seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os
primos e a tia.
a) mau – mal – mais – mas
b) mal – mal – mais – mais
c) mal – mau – mas – mais
d) mal – mau – mas – mas
e) mau – mau – mas – mais

33. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento dos parênteses.
a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas).
b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos. (imergiu-emergiu).
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou).
d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava).
e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).

34. Verifique quais dos homônimos homófonos entre parênteses completam, correta e
respectivamente, os espaços nas orações abaixo.
I – Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso)
II – Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da peça de teatro. (espectadores/
expectadores)
III – Não gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato)
Assinale a alternativa que traz a sequência correta.
a) senso – expectadores – extrato
b) senso – espectadores – estrato
c) censo – expectadores – estrato
d) senso – espectadores – extrato
e) censo – espectadores – extrato

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35. Assinale a alternativa em que a palavra tem um homônimo homógrafo.
a) Pleno.
b) Escolha.
c) Desprezo.
d) Ruim.
e) Utopia.

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Questões, poderá assistir ao video da explicação do professor.

http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H1091042

Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. (12242) A 5. E 6. B 7. (12228) C 8. (12240) E 9. (12231) D 10. (12235) B 11. A
12. C 13. A 14. (12237) A 15. (12252) A 16. (12229) C 17. (12256) D 18. (12227) D 19. D 20. (12202) C
21. (12212) D 22. (12211) E 23. D 24. (12215) E 25. A 26. B 27. E 28. E 29. A 30. A 31. D 32. C 33. D
34. D 35. C

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

GABARITO COMENTADO (TEMA)

16.
a) errada: no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas
no estudo proposto pelo pesquisador.
No 2º parágrafo, apenas são mencionados os tipos de culturas da zona da pesquisa.
b) errada: o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não
apresenta relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.
No 3º parágrafo, é feita a relação entre o número de espécies estudadas e as áreas nativas e
cultivadas.
c) certa: o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais,
com conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.
O 1º parágrafo – típico de uma notícia – apresenta o tema, descrevendo, brevemente, aspectos
que serão abordados em sua continuidade.
d) errada: o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º
parágrafo, que são retomadas nos seguintes.
O texto não é repetitivo, pois vai agregando dados e acrescentando informações até o final.
e) errada: as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não
ter sido determinado com precisão o objetivo do estudo.
O objetivo da pesquisa é claramente especificado no 1º parágrafo, e as conclusões são
pertinentes.

17.
a) errada: destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São
Paulo, na época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.
Não há referência no 1º §. O artista “exprimiu a realidade tão paulista do italiano”. Não se fala
em terra da garoa. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexão
acerca de um fato, tecendo-se sobre ele opiniões.
b) errada: analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo
opinião crítica sobre a cidade que a acolheu.
Não há análise do contexto histórico 1º §, tampouco opinião rítica sobre São Paulo.
c) errada: contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e
negativas da época em que o autor compunha.
Não há exposição no 1º § de características positivas e negativas da época em que compunha
Adoniran. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexão acerca de um
fato, tecendo-se sobre ele opiniões.
d) certa: fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas
favoráveis a respeito do compositor.
Além de informar sobre o verdadeiro nome do compositor e sobre seu nome artístico, afirma
ter sido “A ideia excelente”. Aqui, observa-se marca de artigo: exposição de um fato, seguida de
opinião e argumento.

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e) errada: critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora
reconheça que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.
O autor só tece elogios.

18.
a) errada: os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em
razão da necessária participação do público em momentos específicos.
O texto diz que muita coisa mudou na arte do mamulengo, como a história e a linguagem.
Observe a expressão “fechada” “bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos”.
b) errada: o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente
consegue criar personagens e cenas citadinas.
Segundo o texto, existe a modalidade mais recente, denominada mamulengo urbano. Observe
a expressão “fechada” “dificilmente”.
c) errada: as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos,
que caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.
O mamulengo rural, que tratava de aspectos religiosos, mantêm-se ainda hoje, com as mesmas
características.
d) certa: o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de
suas apresentações a um público participante.
Essa alternativa confirma o que diz o texto no final do 2º parágrafo. Trata-se de um texto,
predominantemente, expositivo; nessa afirmativa, observam-se as marcas principais dessa
tipologia – exposição de ideias.
e) errada: o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança
de hábitos e de gosto de seu público tradicional.
O texto não diz nem sugere que o teatro de mamulengos esteja em declínio.

19.
I – certa: observe o uso do imperativo “Brinque” – marca da injunção.
II – certa: o ditado popular que é contrariado é “Não brinque com fogo”. O leitor – a fim de
apreender a totalidade da injunção – necessita conhecê-lo.
III – errada: o texto não verbal é indispensável; caso contrário, não seria possível saber qual era
o produto vendido. Poder-se-ia imaginar que se tratava da venda de Coca Cola, e a coerência
estaria perdida.

20. Observe que se trata de um editorial, texto que tem como características principais – além do
fato de não ser assinado – a presença da opinião e o objetivo da persuasão.
a) errada: priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades
lúdicas mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.
Não há, no texto, referência a relacionamento entre colegas.
b) errada: incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob
a supervisão do professor.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

O aluno ainda não é suficientemente estimulado em relação ao uso da internet. Observe “É


preciso fazer uso constante da tecnologia” [...] “usar a internet para envolver estudantes”.
c) certa: procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes
para os estudos, além das telessalas.
No final do 3º parágrafo é destacada a afirmação feita nessa alternativa. Observe a persuasão:
“procuram despertar”.
d) errada: promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala
apenas nos momentos em que estiver verdadeiramente concentrado.
Não há referência ao uso da telessala apenas nos momentos de concentração do aluno.
Observe, além da palavra “fechada”, a afirmação “Não dá para deixar o aluno por si só”.
e) errada: contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode
fornecer ao aluno um retorno imediato de seu progresso.
O texto não menciona a existência de avaliações virtuais frequentes. Releia os dois últimos
períodos do 2º parágrafo.

21. Observe que se trata de um artigo (assinatura + opinião + persuasão).


a) errada: alimentação regrada e hábitos esportivos.
Esses itens são mencionados no 3º parágrafo.
b) errada: sedentarismo e modalidades favoritas.
O sedentarismo é predominante no Recife, e as modalidades favoritas são mencionadas no 1º
parágrafo.
c) errada: praias e tradição dos times de futebol.
Praias e tradição dos times de futebol são típicas do Rio de Janeiro.
d) certa: poder aquisitivo e questões culturais.
Poder aquisitivo e questões culturais são enfatizadas no início do 2º parágrafo e retomados no
trecho “Pelos mesmos motivos”... (4ª linha).
e) errada: parques e existência de áreas planas.
Essas características restringem-se a Brasília.

22.
a) errada: o sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações
Unidas, não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes.
OBSERVE 1º PERÍODO DO 2º PARÁGRAFO.
b) errada: tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se
chegar a um real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações
Unidas.
“necessidade de revisar e redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes” (último
período); NÃO SE FALA EM DIMINUIR. Além disso, observe a expressão “fechada” “real
desenvolvimento”.
c) errada: só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento
econômico de todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de
consumo.
OBSERVE AS EXPRESSÕES DE CUNHO CATEGÓRICO “SÓ” E “TODOS OS”.

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d) errada: o conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento
econômico ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio
ambiente.
NÃO HÁ TAL AFIRMAÇÃO NO TEXTO; FALA-SE EM “ATUAÇÃO HUMANA”, NÃO EM AUMENTO.
e) certa: desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção
e padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação
ambiental.
OBSERVE 1º PERÍODO DO 2º PARÁGRAFO.

23. Observe que se trata de uma crônica (“olhar particular do cronista”).


a) errada: o cronista conceitua amor e amizade, mas não valoriza esta em detrimento daquele,
julgando-o inferior.
b) errada: o cronista reproduz a fala de um filme a que assistiu; não se trata de sua opinião.
c) errada: releia a última oração do texto.
d) certa: releia a última oração do texto.
e) errada: não há critica, e sim a “esperança de entender essa estranha melancolia, esse vazio
preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois”.

24. Observe que se trata de um breve ensaio.


I – errada: O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no
fato de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento
de maneira inteligível.
O texto não menciona outro autor de magnitude de Ovídio, apenas declara que a descrição da
inveja feita por Ovídio serviu de modelo a todos os que abandonaram esse tema. Observe a
palavra “fechada” “nenhum”.
II – errada: A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de
maneira coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana.
Não se pode inferir do texto que foi a partir do mito de Aglauros que surgiu a primeira explicação
sobre a inveja, ou que esse mito seria desimportante sem a descrição de Ouvídio.
III – certa: Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por
ressentimentos e condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem.
Essa alternativa reproduz a descrição feita por Ovídio sobre o que é inveja. Observe a primeira
oração do segundo parágrafo.

25. Observe – antes de tudo, o uso conotativo da palavra, típico de textos literários – o campo
semântico em que se insere “fresta” (no texto, igual a “universo reduzido”): “espia”, “ranhuras”,
“diminuto”, “pedrinhas”, “minúsculos”, “bonsais”, “só visíveis”.

26.
a) errada: o navio entrou na zona de atuação das sereias; logo, foi atingido.
b) certa: Orfeu “conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça”.
c) errada: o navio continuou navegando.
d) errada: a embarcação era concreta.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

e) errada: não houve julgamento do modo como a embarcação atravessou a zona de perigo.

27. Ao utilizar a palavra “tenda” em “Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto
formando uma tenda de penumbra na tarde quente.”, o autor empregou-a conotativamente,
visto que, denotativamente, “tenda” significa “barraca desmontável de tecido resistente”.

28.
a) errada: as sereias não eram singelas (que não revela dissimulação ou reserva); elas atraíam
os navegantes pera depois devorá-los.
b) errada: a frase refere-se aos navegantes que sucumbiam ao canto das sereias, não a Ulisses,
que conseguiu escapar.
c) errada: a frase refere-se aos navegantes que sucumbiam ao canto das sereias.
d) errada: a frase refere-se aos navegantes que sucumbiam ao canto das sereias.
e) certa: os navegantes que não conseguiam escapar do canto das sereias, eram por elas
seduzidos – “Ninfas de extraordinária beleza” – e depois devorados.

29 a 34. confirmar resposta nos quadros de “Parônimos” e “Homônimos”

35. A palavra pode ser o substantivo “o desprezo” [Ê] ou a forma verbal “eu desprezo” [É].

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Redação Oficial

Correspondência Oficial: maneira pela qual o Poder Público (artigo 37 da Constituição:


“administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios) redige atos normativos e comunicações.
Características (atributos decorrentes da Constituição)
•• Impessoalidade: ausência de impressões individuais de quem comunica; tratamento
homogêneo e impessoal do destinatário.
•• Uso do padrão culto de linguagem: observação das regras da gramática formal e emprego
de vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma (ausência de diferenças lexicais,
morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias
linguísticas). O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre
sua compreensão limitada.
•• Clareza: ausência de duplicidade de interpretações; ausência de vocábulos de circulação
restrita, como a gíria e o jargão.
•• Concisão: transmissão de um máximo de informações com um mínimo de palavras.
•• Formalidade: obediência a certas regras de forma; certa formalidade de tratamento;
polidez, civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
•• Uniformidade: atenção a todas as características da redação oficial e cuidado com a
apresentação dos textos (clareza da digitação, uso de papéis uniformes para o texto
definitivo e correta diagramação do texto).
•• Emissor: um único comunicador - o Serviço Público.
•• Receptor: o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro)
– ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).

EXEMPLIFICANDO
SERGIPE GÁS – 2010
1. (34144) A maneira pela qual o poder público redige atos normativos e comunicações denomina-
se redação
a) empresarial.
b) oficial.
c) governamental.
d) mercadológica.
e) estadual.

TCE-MG – Redator de Acórdão – 2007

2. A frase ISENTA de ambiguidade é


a) Por buscar de maneira excessiva a perfeição até nas tarefas mais banais, o responsável pelo
registro de processos advertiu duramente o funcionário.
b) Ao fazer discursos, habituara-se a observar o semblante dos ouvintes, que, assim julgava,
espelhava as emoções que vivenciavam.

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c) O deputado tinha interesse pessoal na causa dos habitantes da vila, mas conteve o
entusiasmo para inibir qualquer frustração de suas expectativas.
d) O recém-eleito porta-voz do grupo, que já havia feito uma consulta formal à Procuradoria,
resumiu em poucas palavras os obstáculos a serem superados.
e) Coube a mim a apresentação da parte inicial do relatório, que me prontifiquei a revisar,
porque me consideraram mais familiarizado com o jargão técnico.

BB – Escriturário – 2011
3. A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é
a) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos poder estar
sendo recebidos em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.
b) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de pessoal
especializado em serviços gerais para os departamentos que foram recentemente criados.
c) Estou encaminhando a presença de V. Sa. este jovem, muito inteligente e esperto, que lhe
vai resolver os problemas do sistema de informatização de seu gabinete.
d) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento, faltaram
um número grande de servidores para os andamentos do serviço.
e) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar de quais providências vão ser
tomadas para resolver essa confusão que foi criado pelos manifestantes.

Pronomes de Tratamento

1. Concordância dos pronomes de tratamento


•• concordância verbal, nominal e pronominal: embora se refiram à segunda pessoa gramatical
(à pessoa com quem se fala ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
para a terceira pessoa.
Ex.: “Vossa Excelência conhece o assunto”. / “Vossa Senhoria nomeará seu substituto.”
•• adjetivos referidos a esses pronomes: gênero gramatical coincide com o sexo da pessoa a
que se refere.
Ex.: “Vossa Excelência está atarefado.” / “Vossa Excelência está atarefada.”

Anotações:

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

Pronomes de Tratamento Pronomes de Tratamento


com quem se fala verbo e pronome na 3ª Vossa Excelência autoridades do Poder Executivo,
(vossa/s ...) pessoa: Vossa (Sua) Legislativo e Judiciário.
Excelência pronunciará vocativo:
seu discurso. 1 – Excelentíssimo Senhor (chefes
do Poder);
adjetivo – sexo da
2 – Senhor + cargo (demais).
de quem se fala pessoa a que se refere:
(sua/s...) Vossa (sua) Excelência Vossa Senhoria demais autoridades e particulares.
está satisfeito(a). vocativo: senhor.

2. Emprego dos Pronomes de Tratamento (uso consagrado)


•• Vossa Excelência
a) autoridades do Poder Executivo (Presidente da República; Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito
Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos
de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de
Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais).
b) autoridades do Poder Legislativo (Deputados Federais e Senadores; Ministro do
Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos
Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais).
c) autoridades do Poder Judiciário (Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de
Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar, Delegados*).
* A Lei nº 12.830/2013 dispõe no art. 3º que “O cargo de delegado de polícia é privativo de
bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem
os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados.”
OBS.1: a vereadores, conforme Manual de Redação da Presidência da República, não é
dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem as autoridades legislativas. Logo, o
pronome a ser usado é “Vossa Senhoria”.

Vocativo Correspondente a “Vossa Excelência”


•• Chefes de Poder – Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo.
Ex.: “Excelentíssimo Senhor Presidente da República” / “Excelentíssimo Senhor Presidente
do Congresso Nacional” / “Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal”
•• Demais autoridades – Senhor, seguido do cargo respectivo.
Ex.: Senhor Senador / Senhor Juiz / Senhor Ministro / Senhor Governador.
Envelope (endereçamento autoridades tratadas por Vossa Excelência):

A Sua Excelência o Senhor A Sua Excelência o Senhor A Sua Excelência o Senhor


Senador Fulano de Tal Fulano de Tal Fulano de Tal
Senado Federal Ministro de Estado da Juiz de Direito da 10a Vara Cível
70.165-900 – Brasília. DF Justiça Rua ABC, no 123
70.064-900 – Brasília. DF 01.010-000 – São Paulo. SP

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OBS. 2: em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) para as
autoridades da lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo
público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
•• Vossa Senhoria
•• empregado para as demais autoridades e para particulares

Vocativo correspondente a “Vossa Senhoria”


•• Senhor
Envelope (endereçamento autoridades tratadas por Vossa Senhoria):

Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
70.123 – Curitiba. PR

OBS. 3: fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que


recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de
tratamento Senhor.
OBS. 4: doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evita-se usá-lo
indiscriminadamente; é empregado apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham
tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor
os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o
tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
Verso do Envelope

Remetente: NOME (em caixa alta)


Cargo (em caixa alta e baixa)
Setor de Autarquias Sul
Quadra 4 - Bloco N
70.070-0400 – Brasília-DF

•• Vossa Magnificência
•• empregado, por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade.

Anotações:

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

Vocativo correspondente a “Vossa Magnificência”


Magnífico Reitor
•• Pronomes de tratamento para religiosos (de acordo com a hierarquia eclesiástica)
•• Vossa Santidade: Papa. Vocativo Santíssimo Padre.
•• Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: Cardeais. Vocativo Eminentíssimo
Senhor Cardeal ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal.
•• Vossa Excelência Reverendíssima: Arcebispos e Bispos.
•• Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima: Monsenhores, Cônegos e
superiores religiosos.
•• Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
OBS. 5: O Manual de Redação da Presidência da República – bem como outros dele decorrentes
– não apresenta vocativo para Arcebispo, Bispo, Monsenhor, Cônego, Sacerdote, Clérigo e
demais religiosos. Outros manuais – de forma inconsistente – recomendam Excelentíssimo
Reverendíssimo para Arcebispo e Bispo; Reverendíssimo para as demais autoridades
eclesiásticas.
Tabela de Abreviaturas

Pronome de Abreviatura Usado para se


Abreviatura plural
tratamento singular dirigir a
Vossa Alteza V. A. VV. AA. Príncipes, duques
a as
Vossa Eminência V. Em. V. Em. Cardeais
a as
Vossa Excelência V. Ex. V. Ex. Altas autoridades
Vossa Reitores de
V. Mag.a V. Mag.as
Magnificência universidades
Vossa Majestade V. M. VV. MM. Reis, imperadores
Tratamento
Vossa Senhoria V. S.a V. S.as
cerimonioso

OBS. 6: não se abreviam os pronomes de tratamento quando os destinatários são o Presidente


da República e o Papa.

EXEMPLIFICANDO
FCC – GOV-BA – 2013

4. (34143) Os pronomes de tratamento estão empregados corretamente em


a) Espera-se que, no Brasil, Sua Santidade, o Papa Francisco, seja recebido, com o devido
respeito, pelos jovens.
b) O advogado assim se pronunciou perante o juiz: “Peço a Vossa Senhoria que ouça o
depoimento desta nova testemunha.”
c) Senhor Chefe do Departamento de Pessoal, dirijo-me a Vossa Excelência, para solicitar o
abono de minhas faltas.

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d) Vossa Majestade, a rainha da Inglaterra, foi homenageada por ocasião do aniversário de
seu reinado.
e) Refiro-me ao Ilustríssimo Senhor, Cardeal de Brasília, ao enviar-lhe as notícias do Conclave.

BB – Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2012

5. Em uma correspondência oficial, em que se apuram o rigor e a formalidade da linguagem,


deve-se atentar para o seguinte procedimento
a) o verbo deve conjugar-se como se a pessoa gramatical fosse você no caso de tratamentos
como Vossa Senhoria ou Vossa Excelência.
b) o tratamento por vós (e não por tu) é o indicado no caso de interlocutores de alta projeção
na esfera política e institucional.
c) o tratamento por Sua Senhoria ou Sua Excelência revela menos solenidade do que os
tratamentos em Vossa.
d) apenas excepcionalmente o tratamento em Vossa Excelência levará o verbo a flexionar-se
na 3a pessoa do singular.
e) formas abreviadas, como V. Exa., devem reservar-se a autoridades com quem se tenha
contato mais amiúde.

Fechos para Comunicações

1. para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:


Respeitosamente.
2. para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
Atenciosamente.

CUIDADO!!!!! NÃO use Cordialmente, Graciosamente.


É ERRADO ABREVIAR QUALQUER UM DESSES FECHOS: Att., Atcs.

EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – Analista Judiciário – 2006

6. A questão refere-se ao Manual de Redação da Presidência da República e ao Manual de


Elaboração de Textos do Senado Federal. Com base nos manuais citados, analise as afirmativas
a seguir: Contemporaneamente, os fechos para comunicação, com base nos manuais citados,
são
a) somente “atenciosamente” e “respeitosamente”.
b) preferencialmente “atenciosamente” e “cordialmente”.
c) somente “cordialmente” e “respeitosamente”.
d) preferencialmente “cordialmente” e “respeitosamente”.
e) somente “atenciosamente” e “cordialmente”.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

Identificação do Signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais


comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do
local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Ex.: (espaço para assinatura)
Nome
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
OBS. 6: para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do
expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.
OBS. 7:
•• Não se empregam PRECIOSISMOS: palavras raras, muitas vezes arcaicas, antigas, em
desuso (“Outrossim”, “Destarte”, “Subscrevemos mui atenciosamente.”...)
•• Não se empregam NEOLOGISMOS: criação de palavras.
•• Não se usam expressões que exprimam FAMILIARIDADE: “Prezados”, “caros”, no vocativo;
•• Não se utilizam expressões REDUNDANTES: “Em resposta...”; “Sem mais, subscrevemo-
nos.”; traço para a assinatura; “Vimos por meio desta...”
•• VERBORRAGIA E PROLIXIDADE constituem erro: “Temos a satisfação de comunicar...”;
“Nada mais havendo para o momento, ficamos à disposição para maiores informações
necessárias.”; “Aproveitamos o ensejo, para protestos da mais elevada estima e
consideração.”

EXEMPLIFICANDO

7. Em relação à redação de correspondências oficiais, considere as afirmações abaixo.


I – As comunicações oficiais, incluindo as assinadas pelo Presidente da República, devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local da assinatura.
II – O pronome pessoal de tratamento referente ao cargo não deve ser abreviado quando tratar-
se de Presidente da República e Papa.
III – A forma de tratamento e o vocativo que devem ser usados em correspondência que for
dirigida a Vereador são Vossa Senhoria e Sr. Vereador, respectivamente.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

Anotações:

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Padrão Ofício

Ofício
Aviso FORMA SEMELHANTE / FINALIDADE DIFERENTE
Memorando

SEMELHANÇAS

1. Partes:
•• tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.
Exs.: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME
•• local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.
Ex.: Brasília, 15 de março de 2012.
•• destinatário (o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação; no ofício, deve
ser incluído também o endereço).
•• assunto (resumo do teor do documento; também chamado de ementa).
Ex.: Assunto: Produtividade do órgão em 2012.
•• texto (padrão ofício)
•• introdução - apresentação do assunto que motiva a comunicação; evita-se o uso das
formas “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”;
•• desenvolvimento – detalhamento do assunto; se houver mais de uma ideia, deve haver
parágrafos distintos;
•• conclusão – reafirmação ou reapresentação do assunto.
OBS. 8: os parágrafos devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados
em itens ou títulos e subtítulos.
•• texto (mero encaminhamento de documentos)
•• introdução – referência ao expediente que solicitou o encaminhamento; caso contrário,
informação do motivo da comunicação (encaminhar) indicando os dados completos do
documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e assunto de que trata), e a
razão pela qual está sendo encaminhado.
Ex: “Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 2012, encaminho, anexa, cópia do Ofício
nº 34, de 3 de abril de 2011, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição
do servidor Fulano de Tal.”
ou
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de
fevereiro de 2012, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de
projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”
•• Desenvolvimento – normalmente, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou
ofício de mero encaminhamento.
•• fecho.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

•• assinatura do autor da comunicação.


•• identificação do signatário.

EXEMPLIFICANDO
BB – Escriturário – 2010

8. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é INCORRETO afirmar que


a) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.
b) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o local de onde é expedido e a data em
que foi assinado.
c) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do documento.
d) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta, respeitando-se a formalidade que
deve haver nos expedientes oficiais.
e) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez como, por exemplo, Agradeço a V. Sa. a atenção
dispensada.
2. Forma de diagramação:
•• Fonte
Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.
Símbolos não existentes na fonte Times New Roman - fontes Symbol e Wingdings.
•• Número de páginas
É obrigatório constar a partir da segunda página.
•• Tamanho da folha
Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho
A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm.
•• Orientação
O documento deverá ser impresso como Retrato.
•• Impressão
Poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direit1a
terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”). A impressão dos textos
deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para
gráficos e ilustrações.

Anotações:

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•• Início de parágrafo
O início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda.
•• Espaçamento entre parágrafos
Deve ser utilizado espaçamento de 2,5cm.
•• Espaçamento entre linhas
Deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo (uma
linha em branco).
•• Alinhamento
O texto deve ser justificado.
•• Margem esquerda
O campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura.
•• Margem direita
O campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm.
•• Margem superior
O campo destinado à margem superior terá 2 cm.
•• Margem inferior
O campo destinado à margem inferior terá 2 cm.
•• Armas nacionais
É obrigatório o uso das Armas Nacionais nos papéis de expediente, nos convites e nas
publicações de âmbito federal (artigo 26, inciso X, da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971),
único emblema que figurará nos modelos padronizados. As Armas Nacionais poderão ser
omitidas nos papéis e nas publicações de uso interno das repartições federais.

EXEMPLIFICANDO
TRT 24ª – Juiz do Trabalho Substituto – 2006 (adaptada)

9. A respeito do Padrão Ofício, conforme ensina o Manual de Redação da Presidência da República,


analise as afirmativas a seguir.
I – Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel ofício.
II – Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira:
tipo do documento + número do documento + palavras-chave do conteúdo.
III – Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas
citações, e 10 nas notas de rodapé.
Assinale
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se nenhuma afirmativa estiver correta.

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DIFERENÇAS
Finalidade
Aviso e Ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas.

1. Aviso: expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma


hierarquia; tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si.
Uso de vocativo seguido de vírgula.
Exemplo de Aviso
Aviso nº xxx/SG-PR
Brasília, xx de maio de xxxx.
A Sua Excelência o Senhor
[nome e cargo]
Assunto: Blá-blá-blá
Senhor Ministro,
CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.
Atenciosamente,
[nome]
[cargo]

EXEMPLIFICANDO
TCE-MG – Redator de Acórdão – 2007

10. Considerados os padrões definidos para comunicações oficiais, é correto afirmar que
a) estão em conformidade com o padrão de “Aviso” as seguintes partes de uma comunicação
oficial:
A Sua Excelência o Senhor
Mário dos Santos Barbosa
Ministro de Estado das Relações Exteriores
Assunto: Seminário sobre Segurança Pública
Senhor Ministro,
.....................................................................................
.....................................................................................
Atenciosamente,
Margarida Sousa Dias
Ministra de Estado da Justiça

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b) o vocativo a ser empregado em texto dirigido a autoridade que não exerce a função de
Chefe de Poder é Excelentíssimo Senhor, como em “Excelentíssimo Senhor Senador da
República”.
c) em correspondência encaminhada ao Presidente do Congresso Nacional, como a qualquer
outro Chefe de Poder, é indispensável o tratamento digníssimo, como expressão do apreço
pelo atributo pessoal do destinatário.
d) são fechos adequados a todas as modalidades de comunicação oficial, independentemente
da hierarquia envolvida, “Respeitosamente” e “Atenciosamente”, mas adotado um, ou
outro, na dependência do assunto tratado.
e) é desejável que o texto de um encaminhamento simples de documento observe a seguinte
fórmula, com adequação aos dados específicos daquilo que se encaminha: “Honra-nos
encaminhar anexa, em atendimento à solicitação feita, com a presteza habitual, pelo Sr.
Chefe do Departamento de Administração, cópia do telegrama de 2 de março de 2005, do
Presidente da Confederação Nacional de Atletas, a respeito de projeto de atendimento a
jovens em situação de risco.
2. Ofício: expedido para e pelas demais autoridades; tratamento de assuntos oficiais pelos
órgãos da Administração Pública entre si e também com particulares.
Uso de vocativo seguido de vírgula.
No cabeçalho ou no rodapé: nome do órgão ou setor; endereço postal; telefone e endereço
de correio eletrônico.
Exemplo de Ofício
[Ministério]
[Secretaria / Departamento / Setor / Entidade]
[Endereço para correspondência]
[Telefone e endereço de correio eletrônico]
Ofício nº xxxxxxx/SG-PR
Brasília, xx de maio de xxxx.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado Fulano
Câmara dos Deputados
CEP – município – estado
Assunto: Blá-blá-blá
Senhor Deputado,
CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.
Atenciosamente,
[nome]
[cargo]
INSTITUTO FEDERAL XXXX Caixa Postal 000 74.001-970 – Brasília
– DF 61-XXXXXXXX – gabinete@ifbrasilia.edu.br
AB / CD
OBS. 9: a numeração dos ofícios recomeça a cada ano.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

OBS. 10: quando houver documentos a anexar, escreve-se a palavra anexo na margem esquerda
e a sua descrição.
Ex.: Anexo: Recibo do pagamento.
OBS. 11: na última linha do papel, à esquerda, devem constar as iniciais de quem redigiu e de
quem digitou o texto, separadas por uma barra. Se forem a mesma pessoa, basta colocar a
barra e as iniciais.

EXEMPLIFICANDO
DPE-SP – Oficial de Defensoria Pública – 2010

11. A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redação de um ofício, é


a) o local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento à direita da página.
b) devem constar o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.
c) deve haver identificação do signatário, constando nome e cargo abaixo da assinatura,
exceto se for o Presidente da República.
d) o fecho deve conter as expressões Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com a
autoridade a que se destina o documento.
e) é facultativa a indicação do teor do documento, ou seja, o assunto, pois ele vem expresso
no corpo do ofício.
2.1. Ofício Circular: segue os mesmos padrões de forma e estrutura do ofício. Entretanto, é
utilizado para tratar de um mesmo assunto com destinatários de diferentes setores/
unidades.
Exemplo de Ofício Circular
[Ministério]
[Secretaria / Departamento / Setor / Entidade]
[Endereço para correspondência]
[Telefone e endereço de correio eletrônico]
Ofício Circular nº xxxxxxx/&&-&&
Brasília, xx de maio de xxxx.
Aos Senhores
Diretores das Escolas da Rede Estadual
Região Metropolitana de ZZZZZ
Assunto: Blá-blá-blá
Senhor(a) Diretor(a),
.......
3. Memorando: comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que
podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto,
de uma forma de comunicação eminentemente interna; caráter meramente administrativo
ou de exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado
setor do serviço público.
Característica principal: agilidade.

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OBS. 12: o destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Ex.: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.
OBS. 13: os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de
falta de espaço, em folha de continuação.
OBS. 14: após a numeração de controle, devem constar, no máximo, três níveis de siglas: a
da unidade emitente, a da imediatamente superior e a do órgão/unidade responsável pela
competência regimental.
Ex.: Memorando nº xx/Seata/Coseg/Cglog
Exemplo de Memorando
Mem nº xxx/DJ
Brasília, xx de maio de xxxx.
Ao Senhor Chefe do Departamento de yyyy
Assunto: Blá-blá-blá
CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.
Atenciosamente,
[nome]
[cargo]

Anotações:

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

EXEMPLIFICANDO
TCE – Procurador de Contas – 2006 (adaptada)

12. Considere a hipótese de que o documento a seguir tenha sido redigido para ser encaminhado
ao diretor de segurança no trânsito do DETRAN/DF.
Memorando n.º 3/NUCETA
D.D. Diretor de Segurança no Trânsito do DETRAN/DF
Assunto: ...............................................
Motoristas quanto à perigosa mistura bebida + direção, nos dias de folia carnavalesca, onde a
ingestão de bebidas alcoólicas se eleva, em nome da descontração e da alegria próprios dos
brasileiros.
Pobre e rico, jovem e velho, mulheres e homens, e todos se lançam à folia, como se o mundo
fosse acabar amanhã.
Presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do DI, reduto dos foliões mais intempestivos,
onde se verificam muitas ocorrências de trânsito irresponsável, no intuito de intensificar as
atividades educativas em Taguatinga, neste ano.
Como em preitos anteriores, coloco-me à disposição para o que for de seu desejo.
( ) O campo “Assunto” do documento em pauta estaria corretamente preenchido com a frase:
Solicitação da presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do DI.
( ) Não é indicada a forma de memorando para transmitir mensagens de solicitação, como a
contida no texto apresentado; a modalidade correta de expediente oficial, nesse caso, seria o
requerimento, uma vez que o signatário do texto solicita.
( ) Por ser expedido por um chefe de núcleo a um diretor - cargos situados em níveis
hierarquicamente diferentes -, o texto em questão deve ser substituído pela modalidade ofício,
mesmo se tratando de comunicação interna.
( ) Desconsiderado o espaçamento entre linhas e partes do texto, estão em conformidade com a
forma e a estrutura do memorando oficial: a identificação do documento e do local de origem,
a data, o vocativo, e a assinatura.
Assinale a alternativa em que esteja correta a sequência de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo.
a) V – F – F – F.
b) V – V – F – F.
c) V – F – V – F.
d) F – F – V – V.
e) F – V – F – V.
OUTROS TIPOS CORRESPONDÊNCIAS
4. Exposição de Motivos: expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-
Presidente (geralmente, por um Ministro de Estado) para informá-lo de determinado
assunto; propor alguma medida; ou submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Caso envolva mais de um Ministério, é assinada por todos os Ministros é chamada de
Exposição Interministerial.

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Forma: modelo do padrão ofício, se o caráter for tão somente informativo – pode conter
comentários se a exposição submeter à consideração do Presidente da República a sugestão de
alguma medida a ser adotada.
OBS. 15: Havendo necessidade de duas assinaturas, fica à esquerda a da autoridade
responsável (no uso das atribuições) e à direita a do co-responsável (que fornece apoio técnico
e logístico). A autoridade responsável é aquela que responde diretamente pelas competências
e pelas atribuições da unidade e o co-responsável é a autoridade da unidade que fornecerá o
apoio técnico e/ou logístico para o desempenho da atividade. Na maioria dos casos, o próprio
documento define quem é o responsável direto e o responsável indireto.
Forma de identificação:
(assinatura) (assinatura)
(Nome do responsável) (Nome do co-responsável)
(Cargo do signatário) (Cargo do signatário)

EXEMPLIFICANDO
TRT 6ª Região – Analista Judiciário – Arquivologia – 2012

13. As considerações que antecedem os textos dos projetos de lei, para mostrar suas vantagens e
justificar as medidas propostas, configuram a chamada
a) ordem de serviço.
b) instrução normativa.
c) carta declaratória.
d) exposição de motivos.
e) resolução de consulta.

5. Mensagem: instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos,


notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo
para informar sobre fato da Administração Pública.
Forma
•• indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da
margem esquerda.
•• vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário,
horizontalmente, no início da margem esquerda.
•• texto, iniciando a 2 cm do vocativo.

OBS. 16: a mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz
identificação de seu signatário.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

EXEMPLIFICANDO

14. Considere as afirmações que seguem.


I – A comunicação de veto a projeto de lei pelo presidente da República ao presidente do
Senado Federal deve ser realizada por meio de mensagem.
II – O documento utilizado por ministro de Estado que desejar convidar outro ministro para a
mesa de abertura de um seminário é a mensagem.
III – A estrutura da exposição de motivos de caráter meramente informativo segue o modelo do
padrão ofício.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
6. Correio Eletrônico
Forma: um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem
incompatível com uma comunicação oficial. Nos termos da legislação em vigor, para que a
mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito
como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do
remetente, na forma estabelecida em lei.
O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo
a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich
Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu
conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja
disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)

15. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise os itens a seguir.
I – Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem
incompatível com uma comunicação oficial.
II – Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, obrigatoriamente, o formato
Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre
seu conteúdo.
III – Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja
disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.
Assinale
a) se nenhum item estiver correto
b) se apenas os itens II e III estiverem corretos.
c) se apenas os itens I e III estiverem corretos.
d) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
e) se todos os itens estiverem corretos.
7. Fax
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação que está
sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão
de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há
premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax,
cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.
Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes. É
conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. é., de
pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, conforme
exemplo a seguir:
[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
_______________________________________________________
Destinatário:_____________________________________________
No do fax de destino:_____________ Data:_______/_______/_____
Remetente:______________________________________________
Tel. p/ contato:________ Fax/correio eletrônico:________________
No de páginas: esta +______ No do documento: _________________
Observações:_____________________________________________

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)

16. Em relação ao Manual de Redação da Presidência da República, avalie os itens a seguir.


I – O campo “assunto” do formulário de mensagem de correio eletrônico deve ser preenchido
de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.
II – Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
documental, isto é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
III – Se necessário o arquivamento de fax, pode-se fazê-lo com o próprio papel de fax, não
sendo necessário fazer cópia dele.
Assinale
a) se apenas os itens I e III estiverem corretos.
b) se todos os itens estiverem corretos.
c) se apenas os itens II e III estiverem corretos.
d) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
e) se nenhum item estiver correto.
8. Ata: relatório escrito do que se fez ou disse em sessão de assembleia, sociedade, júri,
corporação. É o registro claro e resumido das ocorrências de uma reunião de pessoas, com
fim determinado.
Forma
•• localizadores temporais: dia, mês, ano e hora da reunião (sempre por extenso);
•• espaço da reunião: local (sede da instituição, rua, número, cidade);
•• nome e sobrenome das pessoas presentes, com respectivas qualificações;
•• declarações do presidente e secretário;
•• assuntos tratados (ordem do dia);
•• fecho;
•• assinaturas, por extenso, do presidente, secretário e participantes da reunião.

EXEMPLIFICANDO
TRT 2ª Região – Técnico Judiciário – 2008

17. Um grupo de jornalistas tem um encontro para a escolha de alguns assuntos a serem publicados
no jornal em que trabalham.
Foi redigido um documento oficial, necessário a esse tipo de encontro, que deverá obedecer a
certo padrão, EXCETO que
a) deverão constar no corpo do documento o dia, o local e a hora do início do encontro.
b) o fecho deverá conter necessariamente a fórmula Atenciosamente.
c) serão relacionados os nomes dos participantes e de quem presidiu o encontro, além do
responsável pelo registro dos fatos e das resoluções tomadas.
d) o documento só será validado pelo conhecimento de todos os participantes, que aporão
suas assinaturas após leitura do que nele consta.
e) o documento será redigido em corpo único, sem parágrafos e espaços, e também sem
rasuras que, se ocorrerem, deverão ser retificadas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 63
9. Apostila: averbação feita abaixo dos textos ou no verso de decretos e portarias pessoais
(nomeação, promoção, etc.), para que seja corrigida flagrante inexatidão material do texto
original (erro na grafia de nomes próprios, lapso na especificação de datas, etc.), desde que
essa correção não venha a alterar a substância do ato já publicado.
Forma
•• título, em maiúsculas e centralizado sobre o texto: APOSTILA;
•• texto, do qual deve constar a correção que está sendo feita, a ser iniciada com a remissão
ao decreto que autoriza esse procedimento;
•• data por extenso;
•• identificação do signatário, abaixo da assinatura, em maiúsculas.
10. Ordem de Serviço: uma instrução (ato interno) dada a servidor ou órgão administrativo.
Encerra orientações a serem tomadas pela chefia para execução de serviços ou
desempenho de encargos. É o documento, o ato pelo qual se determinam providências a
serem cumpridas por órgãos subordinados.
Forma
•• título: Ordem de Serviço nº …...., de …... de …...................... de 20XX (Em caixa-alta e
centralizado);
•• texto;
•• nome e cargo do chefe.
11. Parecer: opinião escrita ou verbal, emitida e fundamentada por autoridade competente,
acerca de determinado assunto. Assim sendo, vincula-se a uma solicitação realizada por
correspondência anterior.
Forma
Segue o padrão ofício, suprimindo-se o destinatário, o vocativo e o fecho e incluindo-se o nome
do interessado e o número do processo. O título deve apresentar as iniciais em caixa alta e
as demais letras em caixa baixa, seguido do número sequencial do documento e da sigla da
unidade que o emitiu, alinhados à esquerda. Tal documento não se encontra padronizado
no Manual de Redação da Presidência da República, mas em outros tantos Manuais deste
decorrentes. A “urgência urgentíssima” é um mecanismo de deliberação instantânea de
matéria considerada de relevante e inadiável interesse nacional. Por ele, são dispensadas todas
as formalidades regimentais - exceto as exigências de quorum, pareceres e publicações -, com o
objetivo de conferir rapidez ao andamento da proposição.

Anotações:

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

EXEMPLIFICANDO

18. Baseado nas normas de correspondências oficiais, assinale a alternativa correta.


a) O Parecer é um exame apurado que se faz sobre determinado assunto, com apresentação
fundamentada de solução e, conforme as circunstâncias, pode ser de opinião favorável ou
contrária.
b) O título e o número do processo são sempre em letra minúscula.
c) O Parecer, por ser um documento oficial sem vinculação nenhuma com outra
correspondência, tem como objetivo principal fornecer subsídio para a tomada de decisões.
d) Com as exigências de quorum, pareceres e publicações, todas as demais formalidades
regimentais, entre elas os prazos, são dispensadas com a adoção da urgência urgentíssima.
12. Portaria: empregada para formalizar nomeações, demissões, suspensões e reintegrações
de funcionários.
Forma
•• numeração: número e data de expedição: Portaria nº ..., de ... de ... de 20XX.
•• título: denominação da autoridade que expede o ato, em geral já impresso no modelo
próprio.
•• fundamentação: citação da legislação básica, seguida da palavra RESOLVE.
•• texto.
•• assinatura: nome da autoridade competente, com indicação do cargo que ocupa.
13. Relatório: texto administrativo escrito para prestar conta de trabalho realizado. O relatório
subsidia decisão a ser tomada pelo destinatário. Por isso, é sempre conclusivo: apresenta
sugestão de caminho a ser tomado pelo superior, a quem dirigido, a partir do exame direto
da situação feito pelo autor. O relatório não é simples relato do ocorrido ou presenciado
(narração). Deve trazer a posição do signatário sobre a situação examinada, o que significa
dizer que é um texto argumentativo.
A linguagem de um relatório deve ser clara, objetiva e concisa. Deve, ainda, apresentar a
descrição das medidas adotadas.
Partes:
•• registro – parte expositiva; traz dados obtidos por meio da observação direta da situação;
•• análise – conteúdo argumentativo; confronto entre o dado da realidade e a norma aplicável
(verificar se o que ocorre ou ocorreu está de acordo com a lei);
•• conclusão: segunda parte argumentativa; traz avaliação da situação (normal ou anormal,
regular ou irregular) e sugestão de providências.
14. Requerimento: documento utilizado para obter um bem, um direito ou uma declaração
de uma autoridade pública. É uma petição dirigida a uma entidade oficial, organismo ou
instituição por meio da qual se solicita a satisfação de uma necessidade ou interesse. Em
sua elaboração, usa-se linguagem objetiva; incluem-se elementos como identificação,
endereço...; emprega-se a 3ª pessoa do singular e do plural; utiliza-se o Padrão Ofício,
contido no Manual de Redação da Presidência da República, para linguagem, identificação,
tipo de letra, dentre outras características.

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Estrutura:
•• Designação do órgão administrativo a que se dirige;
•• Identificação do requerente pela indicação do nome, estado civil, profissão, morada e
número de contribuinte;
•• Exposição dos fatos em que se baseia o pedido e, quando tal seja possível ao requerente os
respectivos fundamentos de direito;
•• Indicação do pedido em termos claros e precisos;
•• Data e assinatura do requerente ou de outrem a seu rogo, se o mesmo não souber ou não
puder assinar.
MODELO
Destinatário/invocação
Requerente
Identificação
O que requer
Justificativa
(Amparo legal, se houver)
Fecho: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar uma ou duas linhas. Não é obrigatório.
(“Termos em que pede deferimento”)
(Localidade e data)
(Assinatura)

15. Nota Técnica: tem como finalidade oferecer subsídios e contribuições a debates, esclarecer
gestores sobre a importância de determinada ação, dar orientações, no mais das vezes em
atenção a consultas recebidas.
Exemplo de Nota Técnica
NOTA TÉCNICA Nº 018/2013
Brasília, 09 de maio de 2013.
ÁREA: Finanças
TÍTULO: Certificado Digital e a Importância para os Municípios.
REFERÊNCIA(S): Cartilha SIOPS;
Comunicado CGSN/SE nº 3, de 10 de março de 2009;
Portal Receita Federal do Brasil (RFB)
Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte);
CORPO DO TEXTO (BLÁ-BLÁ-BLÁ)

16. Declaração: utilizada para afirmar a existência de um fato; a existência ou não de um


direito.
Forma
Pode-se iniciar uma declaração assim: “Declaro para fins de prova junto ao órgão tal...”,
“Declaro, para os devidos fins, que...”, ...

17. Atestado: documento firmado por uma pessoa a favor de outra, asseverando a verdade
acerca de determinado fato. Difere da CERTIDÃO – que atesta fatos permanentes – visto
que afirma convicção sobre os transitórios.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

18. Despacho: encaminhamento com decisão proferida por autoridade administrativa em


matéria que lhe é submetida à apreciação. É muito empregado na tramitação de processos.
Pode conter apenas: aprovo, defiro, em termos, de acordo ou ser redigido de forma mais
complexa.
Forma
Segue o padrão ofício, incluindo-se o nome do interessado e o número do processo e
suprimindo-se o vocativo e o fecho.

19. Edital: ato pelo qual se publica pela imprensa, ou em lugares públicos, certa notícia, fato ou
ordenança que deve ser divulgada para conhecimento das pessoas nele mencionadas e de
outras tantas que possam ter interesse pelo assunto.
Forma
•• timbre do órgão que o expede;
•• título: denominação do ato: Edital nº ... de ... de 20XX;
•• ementa: facultativa;
•• texto: desenvolvimento do assunto tratado. Havendo muitos parágrafos, recomenda-se
numerá-los com algarismos arábicos, exceto o primeiro que não se numera;
•• local e data: se a data não for colocada junto ao título, deve aparecer após o texto;
•• assinatura: nome da autoridade competente, com indicação do cargo que ocupa.
20. Resolução: ato emanado de autarquias ou de grupos representativos, por meio do qual
a autoridade determina, delibera, decide, ordena ou baixa uma medida. As resoluções,
em geral, dizem respeito a assuntos de ordem administrativa e estabelecem normas
regulamentares. Podem expedi-las os conselhos administrativos ou deliberativos, os
institutos de previdência e assistência social, as assembleias legislativas.
Forma
•• título: Resolução nº ..., de ... de 20XX (centralizada, em caixa alta/maiúsculas e negrito);
•• ementa (em negrito, alinhada a esquerda no documento);
•• texto (alinhado à esquerda);
•• assinatura e cargo de quem expede a resolução.

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO

19. Preencha os parênteses com V (verdadeira) ou F (falsa), conforme a veracidade da informação.


Após, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo.
( ) Em um requerimento, é obrigatória a citação de amparo legal à petição.
( ) Relatório é um texto no qual deve predominar a neutralidade, isto é, não se admitem
posicionamentos do relator.
( ) Atestado é um documento em que se declara algo e, na correspondência oficial, seu
emprego é frequente nos serviços policiais.
( ) Empregado na tramitação de processos, no despacho suprimem-se o vocativo e o fecho.
a) F – F – V – V.
b) V – F – V – V.
c) F – V – V – V.
d) F – V – F – F.
e) V – F – F – F.

NUMERAÇÃO DAS PARTES DE UMA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL


Artigo: até o artigo nono (art. 9o), adota-se a numeração ordinal. A partir do de número 10,
emprega-se o algarismo arábico correspondente, seguido de ponto-final (art. 10). Os artigos
serão designados pela abreviatura “Art.” sem traço antes do início do texto. Cada artigo deve
tratar de um único assunto.
Parágrafos (§§): desdobramentos dos artigos; numeração ordinal até o nono (§ 9o) e cardinal
a partir do parágrafo dez (§ 10). No caso de haver apenas um parágrafo, adota-se a grafia
Parágrafo único (e não “§ único”).
Incisos: elementos discriminativos de artigo se o assunto nele tratado não puder ser condensado
no próprio artigo ou não se mostrar adequado a constituir parágrafo. Os incisos são indicados
por algarismos romanos.
Alíneas: desdobramentos dos incisos e dos parágrafos; são representadas por letras. A alínea
ou letra será grafada em minúsculo e seguida de parêntese: a); b); c); etc. O desdobramento
das alíneas faz-se com números cardinais, seguidos do ponto: 1.; 2.; etc.

EXEMPLIFICANDO
SERGIPE GÁS – 2010

20. (34146) Os artigos de um ato oficial são numerados por algarismos cardinais a partir do
a) décimo.
b) terceiro.
c) vigésimo.
d) segundo.
e) décimo quinto.

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

SIGLAS
Siglas que são pronunciáveis: no mesmo corpo do texto e somente com a inicial maiúscula.
(não se usam pontos intermediários ou pontos finais)
Exemplo: Detran
Maiúsculas: siglas com quatro letras ou mais quando se pronunciar separadamente cada uma
das letras ou parte delas.
Exemplo: INSS, BNDES, IBGE
Maiúsculas: siglas até três letras.
Exemplo: SUS
Siglas consagradas pelo uso: a primeira referência no texto deve ser acompanhada de
explicitação de seu significado.
Exemplo: Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde (Ascom).
Manutenção da forma original: siglas que em sua origem trazem letras maiúsculas e minúsculas
na estrutura.
Exemplo: CNPq
Siglas dos órgãos estrangeiros 1: as traduzidas para o português deverão seguir essa
designação, e não a original.
Exemplo: Organização das Nações Unidas (ONU)
Siglas dos órgãos estrangeiros 2: mantém-se a sigla estrangeira não traduzida, mesmo que o
seu nome em português não corresponda perfeitamente à sigla.
Exemplo: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) Plural:
acréscimo de “s”, sem apóstrofo.
Exemplo: Organizações Não Governamentais (ONGs).

EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)
21. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, assinale a alternativa em que
não esteja correta a indicação de horas.
a) cinco horas.
b) 20h30min.
c) 22 horas.
d) 19h.
e) 14:30h.

Anotações:

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EXERCITANDO
BB – Escriturário – 2011

22. A frase cuja redação está inteiramente correta e apropriada para uma correspondência oficial é
a) É com muito prazer que encaminho à V. Exa. os convites para a reunião de gala deste
Conselho, em que se fará homenagens a todos os ilustres membros dessa diretoria,
importantíssima na execução dos nossos serviços.
b) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo Chefe do Setor, nos dirigimos a todos os de
vosso gabinete, para informar de que as medidas de austeridade recomendadas por V. Sa.
já está sendo tomadas, para evitar-se os atrasos dos prazos.
c) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que chegaram nossos analistas sobre as
condições de funcionamento deste setor, bem como as providências a serem tomadas para
a consecução dos serviços e o cumprimento dos prazos estipulados.
d) As ordens expressas a todos os funcionários é de que se possa estar tomando as medidas
mais do que importantes para tornar nosso departamento mais eficiente, na agilização dos
trâmites legais dos documentos que passam por aqui.
e) Peço com todo o respeito a V. Exa., que tomeis providências cabíveis para vir novos
funcionários para esse nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agilizar todos
os documentos que precisamos enviar.

DPE – Oficial de Defensoria Pública – 2010

23. A frase inteiramente correta é


a) Vossa Excelência, Senhor Embaixador, está sendo aguardado no salão nobre, para a
cerimônia de apresentação das credenciais.
b) Vossa Senhoria bem sabeis, Senhor Diretor, que vós devereis determinar a ordem em que
se apresentarão os conferencistas.
c) Excelentíssimo Senhor Prefeito, vossas determinações estão sendo repassadas a seus
funcionários, encarregados da execução dos serviços.
d) Dirigimo-nos a Vossa Senhoria, Senhor Governador, para expor as dificuldades que
impedem a resolução dos problemas apontados no relatório que lhe entregamos.
e) Se Vossa Senhoria quiserdes, estaremos ao vosso dispor para realizarmos a programação
do evento.

DPE – Oficial de Defensoria Pública – 2010

24. Considere o trecho do documento que encaminha um relatório ao Chefe de um setor hospitalar.
Está inteiramente correto e segue as orientações da redação oficial o segmento
a) Temos o enorme prazer de encaminhar a V. Sa. no devido prazo, este relatório que nos foi
solicitado na semana passada, para que tomeis conhecimento da realização dos serviços
próprios deste Setor, e do que precisamos para melhorá-lo ainda mais.
b) Cabe-nos, cumprindo os devidos prazos, informar à V. Sa. de tudo o que deve ser conhecido
sobre os nossos serviços de atendimento ao público neste Setor, e também, sendo-lhe
possível, vossa atenção para os nossos pedidos de melhoria desse atendimento.

70 www.acasadoconcurseiro.com.br
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

c) Encaminhamos a V. Sa. o relatório das atividades deste Setor, para dar-lhe conhecimento
da prestação dos serviços e solicitar sua atenção quanto a algumas providências a serem
tomadas no sentido de agilizar o atendimento ao público.
d) Este relatório que encaminhamos deverá informar-vos do que ocorre habitualmente em
nosso Setor, é para a tomada de providências que se torna necessário no andamento dos
nossos serviços e na melhoria do atendimento.
e) Para V. Sa. segue este relatório, cuja a avaliação de nosso Setor do que está sendo
necessário para nossos serviços o acompanha, esperando que será tomado providências
para melhorar os serviços prestados por este.

SERGAS – Secretária Executiva – 2010

25. Alguns dos princípios da redação oficial são


a) imparcialidade e objetividade.
b) cortesia e parágrafos curtos.
c) precisão e estilo rápido.
d) estilo floreado e emprego da ortografia comercial.
e) adoção de formatos padronizados e emprego da ortografia oficial.

TRE-SP – Técnico Judiciário – 2012

26. Constante de correspondência oficial enviada a um Ministro de Estado, a frase redigida de


modo correto e adequado é
a) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta de pauta para a
próxima reunião ordinária, que enviamos anexo à esse documento.
b) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalies a proposta de pauta para a
próxima reunião ordinária, que enviamos anexada a este documento.
c) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalie a proposta de pauta para a
próxima reunião ordinária, que enviamos anexa a este documento.
d) Solicitamos a Vossa Senhoria, Senhor Ministro, que avalie a proposta de pauta para a
próxima reunião ordinária, que enviamos anexado à este documento.
e) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta de pauta para a
próxima reunião ordinária, que enviamos em anexo a esse documento.

TRE-SP – Técnico Judiciário – 2012

27. O trecho redigido de acordo com as qualidades exigidas em um documento oficial,


principalmente clareza e correção, é
a) Em obediência às normas deste Departamento, encaminhamos este relatório, que tem por
objetivo informar a V. Sa. o andamento de nossos serviços durante o bimestre, em que as
metas foram integralmente cumpridas.
b) Enquanto Chefe deste Departamento, devo dirigir-me à V. Sa. para que sabeis dos nossos
procedimentos durante o bimestre, com a meta a ser atingida por nossos serviços, já
determinada antes.
c) Devemos encaminhar a V. Sa. este relatório de que, na qualidade de Chefe do Departamento,
damos conta dos nossos serviços no bimestre, feitos com toda a boa vontade de atender
bem nosso público.

www.acasadoconcurseiro.com.br 71
d) Me dirijo a V. Sa., como o Chefe deste Departamento, para informar-vos que estamos
atingindo a meta prevista de realização no bimestre, em que atuamos de acordo com as
regras estabelecidas.
e) Cumprimos nosso dever, como o Chefe do Departamento, para informar V. Sa. que o
andamento dos nossos serviços se saiu de acordo com o que já estava sendo previsto desde
o início, meta que conseguimos, felizmente, atingir.

TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)

28. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir.
Todas estão corretas, EXCETO
a) Devem-se escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado em todo o território
nacional ou na maior parte dele, evitando o emprego de expressões regionais ou locais.
b) É necessário articular a linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia
veiculada no texto.
c) É necessário usar as palavras e expressões em seu sentido comum, salvo quando o assunto
for de natureza técnica, hipótese em que se empregarão a nomenclatura e terminologia
próprias da área.
d) Preferencialmente, deve-se manifestar o pensamento ou a ideia com as mesmas palavras,
podendo-se empregar a sinonímia com propósito estilístico.
e) Deve-se atentar para a construção de orações na ordem direta, evitando preciosismos,
neologismos, intercalações excessivas, jargão técnico, lugares comuns, modismos e termos
coloquiais.

TRT-16ª REGIÃO – Técnico Judiciário - 2009

29. Considere as afirmativas seguintes sobre redação de documentos.


I – Correspondência oficial utilizada por autoridades, para tratar de assuntos de serviço ou de
interesse da Administração.
II – Com estrutura específica, esse documento deve, de início, ser numerado em ordem
sequencial, com sigla do órgão expedidor e data.
III – Na exposição do assunto, os parágrafos devem ser numerados, com exceção do primeiro e
do fecho.
IV – Encerra o assunto a fórmula Atenciosamente ou Respeitosamente, seguida da assinatura e
do cargo do emitente.
Trata-se de
a) parecer.
b) portaria.
c) ofício.
d) requerimento.
e) ata.

TRT-24ª REGIÃO – Juiz do Trabalho Substituto - 2006

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INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

30. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir.
I – Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento “digníssimo”. A dignidade é
pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida
evocação.
II – Em comunicações oficiais, é correto usar o vocativo “Excelentíssimo Senhor Senador”.
III – É recomendável evitar expressões como “Tenho a honra de”.
Assinale
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

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Gabarito: 1. (34144) B 2. B 3. B 4. (34143) A 5. A 6. A 7. E 8. E 9. D 10. A 11. E 12. A 13. D 14. E 15. C
16. D 17. B 18. A 19. A 20. (34146) A 21. E 22. C 23. A 24. C 25. A 26. C 27. A 28. D 29. C 30. A

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